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Ao Norte de lugar nenhum por shoegazer

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Palavras: 2171
Acessos: 1104   |  Postado em: 05/03/2024

Em águas misteriosas

Depois daquele dia, não sabia dizer se era por mera impressão minha ou se estava de fato acontecendo, era que as coisas estavam diferentes. Provavelmente, era comigo.

Catarina continuou com sua rotina de leitura e introspecção enquanto eu a olhava de relance entre uma e outra tarefa do dia, e a via olhando em minha direção algumas vezes. Ela nunca comentou sobre o que tinha acontecido naquela noite, e eu também não procurei entrar no assunto.

Mas, agora seria diferente, já que o restante da família iria viajar e, depois daquela noite, ficar na companhia de Catarina me intimidava.

Eles nos abraçaram forte e se despediram antes de entrar no carro. Cristiano por sua vez nada disse, mas, mesmo assim, desejei sorte a ele mais uma vez. A irmã, no entanto, deu as costas sem dizer nada, voltando para seu quarto.

Me via sozinha naquela casa que parecia gigantesca e silenciosa. Fui pra sala, me servi de mais café e fui para o lado do jardim apreciar a manhã brevemente fria.

Comecei a arrumar a casa para me distrair, como de costume. Lavei as louças, varri e arrumei as roupas, colocando as que eu tinha sujas para lavar. Voltei para o jardim, e me sentei em uma das cadeiras, ouvindo os pássaros cantarem a plenos pulmões.

Logo, sentia aquele cheiro se aproximar. Virei para trás, e vi Catarina, que usava uma regata gasta e um short curto como roupa de dormir andar com seu cigarro nos lábios, o rosto preguiçoso, ainda bocejando. Ela caminhou até parar ao meu lado, apoiando-se no parapeito aonde estava sentada, impregnando o ar com o cheiro de suas ervas.

— Tem planos para o final de semana? – perguntou ela em um trago.

— Não – neguei com a cabeça.

— Já que não tem programação por hoje, está a fim de almoçar fora? – ela apagava o cigarro no cinzeiro.

— É uma boa.

Ela concordou, pressionando os lábios e seguiu o caminho para a cozinha. Ali fiquei, me entretendo com as minúcias que tinha ao redor do jardim até a hora que Catarina me chamou para sairmos. Ela já tinha trocado de roupa e provavelmente tomado banho e segui para fazer o mesmo.

Ao sair, seguimos por um caminho de terra próximo da cidade, descendo em direção ao lugar que ela tinha dito. Impressionava-me de como a cidade tinha tantas variações em um pequeno lugar. Paramos e andamos em um caminho gravado por passos entre as gramas para um pequeno casebre, algumas pessoas alojadas em mesas e crianças que corriam de um lado para o outro, se atirando na água e rindo com suas próprias brincadeiras.

 Deixamos nossas coisas em uma das mesas vazias. O sol não estava tão quente como nos dias anteriores, mas mesmo nublado, ainda podia sentir o calor que vinha da terra. Catarina não teve rodeios em começar a se despir e mostrar o biquíni que usava. Desviei o olhar e tentei me concentrar na água escura e imaginar os horrores que deveriam vir dali.

— Dessa vez, tu toma banho, não é? – Catarina passava protetor em seu corpo.

— Não – neguei envergonhada – estou suave.

— Você tem medo, é isso? – ela continuava a dizer enquanto espalhava o protetor pelos braços.

— É que eu não sei nadar...

Era verdade. Minhas únicas experiências se prestavam a piscinas que não passavam da minha altura, o suficiente para que eu me apoiasse nas bordas dela em dias quentes. A ideia de mergulhar na água em meio a vida selvagem fazia com que meus medos todos aflorassem, como de uma cobra me arrastar para o fundo desse rio ou peixes vorazes implicassem comigo.

— Não precisa ter medo – Catarina retrucou, e segurou em meu braço – vamos.

Paramos em frente a água e uma escada de madeira que dava para a água. Catarina desceu primeiro e deu a mão para mim. Neguei novamente.

— Não vai rolar...

— Não confia em mim? – Catarina logo disse.

— Não é que eu não confie, é que...

Ela insistiu para que eu entrasse mais uma vez.

— Não vai acontecer nada contigo. Eu prometo.

Engoli em seco, e fechei os olhos, colocando meu pé na escada. A água era extremamente fria, como se tivesse vindo da geladeira. Coloquei o outro pé, e comecei a me familiarizar com a água.

Segurei na mão de Catarina, que me segurou com firmeza enquanto descia os demais lances da escada. Meu corpo inteiro congelava sem entender de como naquele calor a água permanecia tão fria.

Catarina continuou segurando minha mão, e segurou a outra. Foi a passos lentos para o fundo e, provavelmente percebendo minha cara de pavor, riu.

— Nenhum bicho vai te atacar, Teodora.

— O que garante isso? – olhava de um lado para o outro.

— Eles não costumam ficar onde está movimentado – ela dizia com uma cara travessa.

— Ah, me sinto totalmente segura agora – ria com ironia, e ela parou, mergulhando e me levando junto. A água agora tornava-se refrescante, mesmo eu não sentindo o fundo do lugar e meu medo começando a se transparecer ainda mais.

— Viu como não precisa ter medo? É só questão de costume...

Nossas mãos continuavam juntas ali, debaixo d’água. Percebendo em como aquilo poderia ser estranho, desvinculei minhas mãos com a dela e acabei engolindo água, mostrando o total fracasso da minha independência aquática.

— Realmente, não me dou bem com isso – resmungava, e ela colocou minhas mãos sobre seus ombros.

— Vem logo, vamos dar uma volta.

Mesmo com o corpo gelado por conta da temperatura da água, senti meu rosto queimar, e meus lábios tremerem provavelmente pelo frio. Segurei em seus ombros e me apoiei em suas costas enquanto ela nadava tranquilamente. Meu coração bati tão rápido pelo temor das águas desconhecidas quanto pela intimidade daquele gesto. Catarina mostrava seu lado gentil ainda mais evidente, e enquanto fechava os olhos e apoiava minha cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro dela que ainda permanecia ali.

Catarina parou em um lugar mais raso, e me desvinculei de seus ombros, indo para um lugar ainda mais raso e ali fiquei a vendo nadar de um lugar para o outro, sem parecer se cansar. Meus dentes batiam um no outro e meu corpo se arrepiava, então fugi para onde estavam nossas coisas, procurando pela toalha para me proteger daquele frio. Ria ao perceber que queria me aquecer, já que sempre achava o clima daquele lugar quente e abafado, e agora, durante todos esses dias, já tinha me habituado ao calor tropical.

Catarina então, vinha da água, jogando o cabelo de um lado para o outro, e o calor fazia reluzir ainda mais o seu corpo, e a cada passo que ela dava, meus olhos acompanhavam.

Ignorei aquilo o máximo que queria. Ainda estava tensa de ter ficado tão próxima a ela, e encarar a sua presença daquela forma me deixava ainda mais sem jeito. Eu ficava totalmente sem reação na presença da Catarina, como se eu pudesse tropeçar e cair em sua frente porque estava tão focada em fugir daquilo que esqueceria como andar.

Colocou seus óculos novamente e pediu a tolha para mim, envolvendo-a contra o corpo e indo para o casebre novamente, voltando com a cerveja, que neguei naquele primeiro momento. Para tentar amenizar aquele clima, comecei a indaga-la sobre sua vida fora da cidade, já que as coisas que sabia sobre ela eram superficiais.

Catarina dizia que sempre quis estudar as pessoas, ou melhor, ser uma cientista. Por conta da condição do tio, tinha optado pela Psicologia, mas que detestava a maior parte dos colegas de turma assim como eles a odiavam por ser o estereótipo da nerd reclusa. Envolveu-se com análises de comportamento e começou a ficar mais tempo imersa em experimentos, seja com animais ou sociais, era fascinada por isso, mesmo que tenha recebido uma ou outra advertência. Sentia que, se fizesse isso, a “dívida” deixada pelo seu tio ia ser sanada, mas, segundo ela, trouxe mais trauma do que resultado de fato.

Ria quando dizia que adoravam as chamar de narcisista, egocêntrica ou ambiciosa sem nem saber o que aquilo significava. Foi quando ela me revelou o que tinha acontecido de fato no seu mestrado.

— O que me fodeu é que me envolvi com uma cobaia – dizia ela entre os dentes, quase rindo – eu sei, é imoral e jamais faria novamente, mas Teodora, ela era muito atraente, e quando falo atraente é além da beleza.

Tentei ignorar que o meu palpitou levemente no momento em que ela falou sem problemas algum de que se envolvia com garotas, só confirmando o que já tinha ouvido.

— E no final – ela ria de nervoso – mesmo dando o meu melhor, eu fui abandonada. Imagine como não me senti? Eu sei que foi idiota porque, uma hora ou outra, isso podia acontecer, mas, isso acabou com minha estima e só provou que nunca vou ter sorte com ninguém.

— Eu imagino. A primeira coisa que nos perguntamos é onde foi que erramos, se fomos insuficientes...– dizia já me servindo da cerveja e enchendo o seu copo – Mas, o que ela tinha de tão atraente?

— Ela era muito boa de cama – quando viu minha cara constrangida pelo comentário, começou a rir alto – Estou brincando! Ela tinha os problemas dela, mas era muito gentil e me fazia sentir valorizada. Realmente pensei que fosse dar certo.

— E porque ela não te valorizou... – disse entre um gole – Acha que nunca terá sorte com mais ninguém?

— Sim, Téo, porque não foi a única. Devo ser amaldiçoada – dizia ela dando de ombros – primeiro que as meninas dessa cidade eram tudo sigilosas, até aí tudo bem, cidade pequena e povo fofoqueiro, mas...

Ela respirou fundo, e continuou.

— Essa nem é a pior parte. Teve uma desgraçada na faculdade – ela disse entre os dentes, pausadamente. Tentei não rir, mas foi sem sucesso ao ver sua indignação – que eu era perdidamente apaixonada por ela, nossa, e eu sei que ela também gostava de mim, mas...

— Mas?

— Tu acredita que ela nunca me assumiu?  Passamos um tempão “juntas” – ela fazia as aspas com a mão – até porque nem em namoro ela teve coragem de me pedir...

— Os pais dela eram muito rígidos ou coisa assim?

— Família completamente conservadora – ela respondia revirando os olhos – mas, ela não morava lá há tempos e tinha vergonha até dos nossos amigos. O que eu tive que aturar calada só por gostar dela não tenho como medir, e outra... Ela vivia falando que ia fazer isso e, no final das contas, ela me levou lá pra casa dos pais dela, eu jurando que finalmente ia acontecer e, adivinha o que aconteceu?

— Você foi a amiga que foi passar uns dias na casa dela?

Ela começou a rir, concordando com a cabeça e voltando a beber.

— Exatamente! Fiquei tão puta que peguei minhas coisas, olhei bem pra cara dela e falei pra ela nunca mais me dirigir a palavra, então chorei todo o caminho de volta pra casa, mas, sobrevivi.

— Eu entendo... – mais do que gostaria – Como conseguiu lidar com isso?

— O tempo e autoconhecimento são bons pra um coração partido – ela concordava com um aceno, como se apreciasse a resposta – não outras pessoas. Apesar de ser bom, não resolve o problema.

— Você teve muita maturidade pra lidar com isso assim – concordava com um breve aceno, voltando a beber – quando foi comigo, eu só chorei e me odiei até passar.

— Tive que ter – Catarina riu com certa ironia – mas, não foi muito diferente. Não tem outro caminho a não ser seguir em frente – ela acendia mais uma vez aquele cigarro – Você mesma sabe muito bem disso.

— Não sei se você vai conseguir ir muito em frente fumando do jeito que você fuma, pra falar a verdade...

— Vai se foder, Teodora – disse ela rindo, negando com a cabeça.

— Talvez você só tenha tido experiências ruins porque as boas ainda vão acontecer – disse dando outro gole na cerveja.

— Ou eu tenha que ir pra outra cidade inventar outra personalidade e viver um grande amor... – ela pressionava os lábios, e mostrei meu dedo do meio pra ela – Não acha válido?

— É claro, aí depois aparece uma filha confusa atrás de ti depois de anos...– fechava os olhos, concordando e me deixando levar pela piada.

— Mas, fico feliz que tenha vindo.

Levou seu copo até o meu, e o tocou, brindando.

— Aos nossos recomeços.

Brindei de volta, respondendo com um tímido sorriso. Almoçamos e, após comer, ela perguntou se queria voltar a tomar banho, mas neguei, alegando ter tido minha dose de aventura suficiente pro dia. Pegamos nossas coisas e voltamos pra casa.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

A única coisa que me pergunto é onde será que essas meninas querem chegar...

 

E aí, o que acham que vai acontecer depois disso?


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Comentários para 19 - Em águas misteriosas :
edjane04
edjane04

Em: 05/03/2024

Eu acho que nem elas sabem ao certo... AINDA

 

É muito bonito ver a interação delas :)

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 05/03/2024

Acho que termina com muito amor kkkkk.

Só seu que Téo está caidinha pela Catarina.

Responder

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