Bom dia, leitoras!
Mais um capítulo super especial no ponto de vista da Júlia pra vocês!
Espero que gostem e aguardo os comentários de vocês, boa leitura!
Capitulo 8 – Vindo à tona
Júlia
Em uma das casas – a laranja com telhado ecológico – vejo a mãe preparar o jantar do lado de trás do balcão de sua cozinha americana enquanto as crianças, ainda com o uniforme da escola, tagarelam e brincam sem parar na mesa, no sofá, no chão e em cada canto livre que encontram.
Na casa ao lado, um homem chega sorridente com alguns projetos em mãos enquanto o seu marido o recebe de forma calorosa.
Endireito um pouco a minha cortina e confiro a luminosidade do meu quarto para ter a certeza de que ninguém pode me ver sentada aqui há não sei quanto tempo. Apenas eu a minha tequila de pepino e pimenta-jalapenho da 21 Seeds. Nem a forte chuva que está caindo lá fora me impediu de fazer isso.
Me sentia um pouco como naquele filme em que a Sofia me fez ver uma vez na nossa noite de filmes. Acho que era Paranoia o nome. Não que eu ficasse os observando por achar que algo de muito estranho estivesse acontecendo na vizinhança, pelo contrário.
Eu só gostava de observar as outras casas, as outras famílias. O que faziam a essa hora da noite, quando todos chegavam de seus trabalhos bem sucedidos e muito bem quistos.
Ultimamente, eu passei a fazer aquilo com muito mais frequência, na verdade. Ficava me imaginando em outra vida. O que teria acontecido se eu simplesmente tivesse ido pelo outro caminho quando tive a chance?
Acho que porque me sentia forçada em ter a que eu levava, no escritório e, com ele. Não que alguém realmente estivesse me forçando, ao menos não agora. Apenas os acontecimentos foram me levando até ali, eu acho. Parece que aquilo era a única coisa que tinha me restado. Uma nota média. É, acho que o meu trabalho era uma nota média, e o Clóvis com certeza também.
Infelizmente, hoje eu sentia que era tarde demais para começar uma carreira, tarde demais para conhecer outra pessoa e começar do zero. Tarde demais para se ter outra vida. Mas era bom me imaginar ali, enquanto os observava em suas rotinas comumente desejadas.
Droga, quando eu tinha me tornado uma pessoa tão melancólica?
Sinto um aperto no peito e me recordo do motivo de ter evitado pensar durante essas últimas semanas. Está quase fazendo um mês da última vez que falei com a Sofia, no dia em que ela ficou bêbada na piscina. Quero dizer, não é como se não tivéssemos nos visto ou trocado um “oi” vez ou outra quando fui ver a Marta. Mas desde então, não temos mais realmente nos falado e não faço ideia do que ela tem feito. Acho que desde aquele dia algo meio que quebrou dentro de nós duas.
Bem, pelo menos é assim que eu acho que ela se sente, já que nem a nossa “noite de filme na piscina" do último mês ela quis fazer. Apenas me deu uma desculpa qualquer dizendo que estaria ocupada no dia, e eu não me senti no direito de perguntar “ocupada com o quê?”. Apesar de ter ficado com muita vontade de saber, também tive medo da resposta e optei por permanecer na ignorância. Você pode até não concordar, mas às vezes a ignorância é uma benção em nossas vidas.
Fecho as cortinas e despejo na pia o restinho de tequila que havia ficado no meu copo. Amanhã eu precisava ir cedo para o escritório e, bem, para aquela vida que tinha me escolhido.
xxx
Tento não pensar em como me sinto vazia enquanto ouço a Marta falar sobre a nova decoração que estão fazendo na casa ou quando misturo o meu chá com uma colherzinha. Maldita hora que aceitei esse seu convite para “uma tarde de chá na piscina”. Super a minha cara né?
Não.
É tudo um borrão, até ela surgir no meu campo de visão e me despertar para a vida. Algo acorda dentro de mim e me sinto como se tivesse sido atingida por uma corrente elétrica.
– Oi, Júlia. – Ela é fria.
Não, pior do que isso, ela é indiferente.
Então, por que diabos meu coração começa a bater de forma descompassada só com a sua presença? Deus, como eu sou patética.
– Oi, Sofi-a. – Quase a chamo de Sofi, mas por algum motivo, sinto que não seria mais apropriado.
– Não sei que horas volto pra casa hoje. – Ela diz, olhando para a mãe dessa vez. – Só tô te avisando pra você não colocar a polícia atrás de mim ou algo assim. – Ela diz e eu tento não rir da cara que a Marta faz nessa hora.
– E eu posso ao menos saber para onde você vai? – Minha amiga pergunta para a filha, percebo que está começando a ficar daquele jeito impaciente.
Fico pronta para o caso de ter que interferir a qualquer momento, mesmo que isso me custe ouvir a Marta pegando no meu pé por horas a fio.
– Pra praia. – A Sofia responde de um jeito despreocupado e estranho um pouco.
– Claro que sim. – A Marta diz de forma presunçosa.
Pela forma como as duas se olham e pelas tentativas da Marta de lançar farpas a todo instante, tenho a sensação de estar por fora de alguma coisa.
– Bom café da tarde pra vocês duas. – A Sofia pega um dos biscoitos que está no meu prato enquanto parece ignorar por completo o ar provocativo da mãe e ainda sai com um sorriso no rosto.
Mas o que deu nela?
A Marta começa a tagarelar no instante em que ela caminha para longe de nós duas, mas eu quase não ouço o que ela fala, só a observo se afastar de forma desinteressada, como se não fizesse diferença nenhuma eu estar aqui ou não.
Começo a me dar conta de que é muito estranho vir para cá sabendo que não vou falar com ela. Mais do que estranho, não tem o mesmo sentido, ou a mesma importância. Eu sei, é meio injusto com a Marta. Ela fez tanto por mim, me deu praticamente uma família e, bem, é a minha melhor amiga.
Aquilo soa estranho quando falo, mesmo que por pensamento: "Melhor amiga". É claro que ela já foi a minha melhor amiga um dia e, até mesmo, tudo o que eu tinha. Alguém que eu pudesse pedir conselhos e me abrir. Apesar de eu sempre ter a visto muito mais como uma figura fraterna, na maioria das vezes.
E a Sofia, bem, eu a via como uma extensão da Marta e na minha cabeça, estar com uma era como estar com a outra. Só que não era. Não quando eu conseguia ter horas de conversas banais com a Sofia ou quando conseguia ser sincera com ela de uma forma que eu não conseguia ser com mais ninguém. Nem mesmo com a Marta, principalmente com ela. A gente sempre esbarrava em algum assunto delicado ou tínhamos algum ponto em que discordávamos e eu tinha que ficar pisando em ovos o restante da conversa inteira. Com a Sofia não, era mais leve, natural, eu não precisava fingir nada.
A verdade é que estar aqui e não estar com ela é como vir para ver uma pessoa e ela não estar em casa. Muito decepcionante. Fico repassando na minha cabeça quantas vezes no último ano eu tinha vindo até aqui só para ver ela sem que me desse conta e oscilo com a minha breve conclusão.
– Ei, Júlia, você me ouviu? – A Marta pede pela minha atenção.
Hã? Não?
O que ela falou mesmo? Faço uma varredura mental e de repente as suas duas últimas palavras começam a fazer muito sentido na minha cabeça, e estremeço.
– Menina? – Pergunto, tendo quase certeza de que ela falou algo sobre a Sofia estar saindo com alguém ou algo assim.
– Você não está sabendo? – Ela parece surpresa. Tento acenar com a cabeça de um jeito despretensioso, tentando não demonstrar que, na verdade, eu estava mesmo é me desfazendo por dentro. – Parece que é uma garota que trabalha na praia. Salva-vidas ou algo assim, você acredita? Só a Sofia mesmo para algo tão vulgar.
Ela está saindo mesmo com uma garota? Há quanto tempo?
A informação cai como uma bomba no meu colo, que nem me sobra tempo para processar o quanto a Marta está sendo bastante intolerante agora para que eu possa reprimi-la de alguma forma.
– Bom, esse foi o resumo que eu soube pelo João Pedro. – Ela continua. – É claro que ela não me contaria nada. Nunca me contou.
Não sei exatamente o que tinha me deixado mais ressentida. Ela estar com alguém ou ela estar com alguém e não ter me falado nada. Mas claro que era pela segunda opção. Óbvio. Será que ela se sentiu assim em relação ao Clóvis também? Bem, provavelmente, sim, levando em conta todos os últimos acontecimentos.
Merda.
Ela me fez provar do meu próprio veneno. Maravilha. Talvez eu merecesse aquilo. Provavelmente eu merecia.
– Quando você diz que estão saindo, você quer dizer... – Deixo que ela complete a frase por mim.
Preciso saber, preciso saber o tamanho do meu problema. Quero dizer, só preciso me certificar o quão sério ou não as coisas estão para a Sofia achar que não precisava me contar sobre isso.
– E eu lá sei como chamam hoje em dia, Júlia? Mas é isso o que você pensou. – Droga, não me ajudou muito, o que ela acha que eu pensei? – Me espanta eu ter sido a primeira a saber, e não você. Não que eu tenha ficado sabendo através dela, de qualquer maneira. – Ela dá de ombros e depois toma um gole do seu chá.
Sinto uma agulhada no fundo do peito.
– Eu e a Sofia... Nós não estamos na nossa melhor fase, eu acho.
Digo implorando para ela ficar satisfeita com a minha resposta. Pra ela não pedir pelo real significado daquela frase ou por mais explicações que eu provavelmente não saberia dar.
– É, eu reparei. – Ela larga a sua xícara em cima da mesa. – Mas você sabe como a Sofia é. Deve ter feito tudo isso porque está morrendo de ciúmes.
– Ciúmes?
Pergunto sem pensar direito, o meu coração está batendo tão forte que me faz questionar a última vez que fiz algum exame cardíaco. Talvez fosse a hora de fazer outro, se eu fosse ter uma reação estúpida assim com qualquer coisa que envolvesse... ela.
– O que mais poderia ser? Esse é o problema de você ter a mimado tanto sempre. Sempre tão disponível, fazendo e dando tudo o que ela queria. Ela deve ter odiado a ideia de ter que dividir você com alguém agora.
Ah, sim, esse tipo de ciúmes. Esse ciúmes completamente fraternal e inocente de uma afilhada pela sua madrinha.
Claro que estamos falando sobre isso. Não sei por que pensei diferente.
Vejo a Marta me encarando e percebo que ela estava esperando por uma resposta minha. Perfeito.
– É, eu acho que você tem razão.
– Sobre ela estar com ciúmes ou sobre você ter a mimado tanto que a estragou? Porque, sinceramente, essa menina não tem mais jeito. – Ela me questiona com tom de provocação.
"Ok, estamos entrando num terreno delicado, é melhor tomar cuidado com o que fala" meu cérebro me avisa.
– Sobre as duas coisas, eu acho. – Digo.
É melhor concordar, ou então eu precisaria tocar no assunto que “eu não precisaria ter a mimado tanto se você não tivesse sido sempre tão dura com ela” e eu não estava nada disposta a questionar a Marta sobre maternidade nesse momento. E de certa forma, vai ver, ela tinha razão. Em partes, pelo menos. Não que isso fizesse alguma diferença.
– Você bem que poderia ir na loja de materiais comigo ver aqueles pisos que te falei, não é? – Ela retoma o assunto que eu estava me esforçando a prestar atenção.
– Hm, não sei, eu ainda teria que passar em casa pra tomar banho, trocar de roupa... acho que vai ficar tarde, não? – Tento me esquivar.
– Como se isso fosse um problema. – Ela começa a dizer e tenho a certeza de que sua frase seguinte vai trazer alguma solução brilhante que vai me impossibilitar de recusar qualquer coisa que seja. – Você pode tomar banho aqui, é claro.
– Tudo bem, então. – Me forço a dizer.
– Mas você vai precisar usar o banheiro da Sofia. Estão trocando os azulejos do banheiro principal e o do corredor lá de cima, então deixei o João Pedro usar o da minha suíte.
Mas que maravilha.
Aquilo só faz eu me arrepender umas três vezes mais por ter aceitado aquele pedido. Que pelo menos isso sirva para eu aprender a começar a dizer não da próxima vez.
Subo as escadas, adrenalina preenchendo o meu corpo por saber que vou estar lá de novo, em poucos segundos, no nosso cantinho. Empurro a porta que ela havia deixado encostada.
O seu quarto está arrumado como sempre, isso, é claro, se você for como eu e desconsiderar aquela pequena bagunça de roupas e de alguns objetos deixados fora do lugar de última hora. Eu nunca considerei isso como bagunça, para mim era só a prova de que tem alguém morando aqui, de que esse quarto está vivo, assim como ela. É claro que eu e a Marta sempre discordamos sobre isso também.
Meus instintos quase me levam a querer xeretar atrás de mais informações sobre a tal garota da praia – por que eu faria isso? não sei – mas me seguro.
Indo para o banheiro, passo pelo seu painel de fotografias e, sem me dar conta, já estou parada em frente a ele. Vejo algumas dela com o irmão, uma rara da família inteira perdida no meio das outras, mas a maioria mesmo é de nós duas juntas, em todas as nossas fases possíveis:
A primeira vez que eu a segurei no colo, quando ela ainda tinha dias de vida. Eu e ela em sua piscina inflável redonda e depois na grande piscina, quando eu e a Marta começamos a ensiná-la a dar as primeiras braçadas antes mesmo de dar os seus primeiros passos. Nós na festa junina da creche dela, quando tinha uns quatro anos. Todos comemorando o seu aniversário de sete anos, o último que passei com ela antes de ir para Nashville – o próximo que passaríamos juntas seria quando ela completasse onze.
Depois, nós duas segurando uma abóbora de Dia das Bruxas bem em frente à árvore de Natal, com o seguinte trecho de música escrito em caneta colorida ao lado:
We can live like Jack and Sally, if we want
Podemos viver como Jack e Sally, se quisermos
Where you can always find me
Onde você sempre pode me encontrar
And we'll have Halloween on Christmas
E teremos o Dia das Bruxas no Natal
And, in the night, we'll wish this never ends
E, à noite, vamos desejar que isso nunca acabe
Lembro tanto desse dia. Eu enviei correspondências e troquei e-mails com a Sofi em todos os anos que estive fora do país, durante todos os meses, pelo menos uma vez por semana. Eu mostrava em fotos como era tudo por lá e ela amava o Halloween, mesmo que no Brasil não se comemorasse da mesma forma e que nunca pudéssemos estar juntas na data. Então no meu segundo ano morando lá, eu voltei para o Brasil para passar o natal na casa deles sem que a Sofia soubesse e ainda trouxe uma abóbora americana para fazermos uma Jack-o’-lantern. A Sofia, com seus nove anos, estava radiante e dali em diante “I Miss You” de Blink- 182 se tornou uma das nossas músicas, por conta disso.
Sigo olhando para as fotos e vejo nós duas em sua formatura do ensino médio e assim por diante. Ela estava tão feliz por “aquela bosta ter terminado”, como ela mesmo dizia. Meus olhos percorrem por todas as fotografias até localizar uma que eu nunca tinha visto ali antes: ela está em cima de uma prancha de Surfe ao lado de uma menina loira e pelo corte de cabelo da Sofia e tudo mais chutaria que a foto foi tirada ainda esse mês. Então não demora muito para eu ligar os pontos e descobrir de quem se tratava.
Puta merd*, a garota é perfeita, tão perfeita que nem parece real e sim saída diretamente de uma dessas séries adolescentes tipo Outer Banks. Meus dedos tocam na fotografia de maneira instintiva e ela cai no chão. Merda. Me inclino para juntá-la no mesmo instante e quando vou colocá-la de volta no lugar, meu coração chacoalha ao descobrir que a Sofia a tinha pendurado por cima da última foto que havia imprimido de nós duas juntas: a do último Ano Novo.
Fecho os olhos e os aperto com força, reprimindo a minha vontade de chorar.
Ah, Sofi, o que fizemos? Como estragamos as coisas desse jeito? Não costumava a ser nós duas contra o mundo? Então como chegamos ao ponto de nos cumprimentarmos como se não significássemos nada uma para outra? Prendo a foto de volta no lugar e entro no seu banheiro.
Coloco a roupa que a Marta havia me emprestado em cima do balcão da pia e me dispo, tirando uma toalha da prateleira – uma que tenho certeza de que a Sofia não usa há muito tempo – e a penduro no gancho do lado de fora do chuveiro. Entro no boxe e fecho a porta de vidro.
Jogo a cabeça para trás e deixo o calor da água morna atingir e molhar o meu cabelo enquanto fecho os olhos, tentando fazer com que todos os pensamentos se dissipem pelo vapor dentro daquele boxe.
Mas não consigo. Logo eles já estão nela de novo, como em uma eterna maldição.
E eu lá sei como chamam hoje em dia, Júlia? Mas é isso o que você pensou. A voz da Marta aparece na minha cabeça.
“Ela está trans*ndo com essa garota, merd*?”
É o que eu realmente queria saber. Mas imaginem só perguntar isso para a minha amiga, vulgo a mãe dela?
Na verdade, eu não queria saber, não deveria querer saber, mas nossa, acho que estou meio que desesperada para ver como é... Como ela é com uma garota?
Minha respiração fica mais pesada com o pensamento.
Eu já tinha a ouvido falar inúmeras vezes sobre, mas... não é o mesmo que ver, que sentir...
Abro os olhos abruptamente a fim de interromper aquela linha de raciocínio e vejo um shampoo com fragrância de melancia pendurado no suporte à minha frente. Um sorriso bobo surge entre meus lábios. Ela havia realmente trocado de shampoo, como imaginei. Pego o frasco abrindo a tampa. Pequenas bolhas de espuma borbulham ao redor da abertura e fecho os olhos, trazendo o shampoo da Sofia até o nariz.
O aroma da fruta vermelha invade as minhas narinas, e logo tenho a sensação de vê-la tentar disfarçar um sorriso ou de escutar o som da sua risada. Aquilo é tão ela.
Coloco um pouquinho do líquido viscoso em uma das mãos e a levo até a cabeça. A fragrância enche meu cérebro e sinto um formigamento gostoso percorrer a pele. Espalho um pouco até que o cheiro dela envolva todo o meu rosto, como uma droga. Uma onda de calor passa pelo meu ventre até se alojar entre minhas pernas, a mesma onda de calor que tive ao sentir a mesma fragrância só que em seus cabelos na última noite de filmes na piscina.
Olho através do boxe para me certificar de que havia mesmo trancado a porta do quarto dela. Chuto a realidade para algum lugar qualquer dentro da minha mente e coloco mais uma gota de shampoo na minha mão. Levando a palma até o nariz, sinto o seu cheiro de novo. Fecho os olhos, minha respiração acelera e meu clit*ris lateja no mesmo instante.
Puta merd*.
A mão com o seu shampoo desce até meu pescoço, desliza sobre a clavícula e se espalha em meu seio e mamilo. Deixo escapar um gemido sem querer enquanto estremeço ao toque.
Tento me lembrar daquelas fotos lá fora, as que gritam o motivo de eu precisar me obrigar a parar com isso agora mesmo.
Eu não posso fazer isso, mas preciso aliviar a tensão de alguma maneira ou então vou acabar explodindo. Então me forço a pensar nele. Nas suas mãos em mim e em como me senti extremamente desejada quando fodemos pela primeira vez depois de tanto tempo separados.
Eu senti falta disso, Júlia...
Você ficou ainda mais gostosa depois de todos esses anos, sabia disso?
Começo a me esfregar lentamente, os dedos fazendo pequenos círculos no clit*ris endurecido. Ele está aqui, bem atrás de mim, tanto que sou capaz de sentir a sua protuberância se eu empinar a minha bunda um pouco mais para trás.
Tento me mover mais rápido, o suficiente para não conseguir pensar direito.
Eu preciso disso. Está tão perto. Mas não consigo. Não é o suficiente. Eu não gozo e meus dedos desaceleram aos poucos.
Jesus, como eu me odeio. Sinto vontade de chorar.
“Não é disso que você precisa, Jules...” – Uma segunda voz surge na minha cabeça. Uma voz feminina dessa vez, a voz dela.
É quando uma névoa nubla os meus pensamentos e toda a minha força e determinação desaparecem, saindo de cena. Fraca, engatinho para aquele lugar dentro da minha mente, aquele que ninguém pode ver. Só eu.
Ninguém precisa saber.
Naquele instante, nos meus pensamentos impróprios e dentro daquela minha doce fantasia, eu a quero. Deus, como eu a quero, tanto que chega a doer. Quero que ela seja minha, minha garota. Nosso segredinho sujo... meu e dela. Algo que podemos colocar debaixo dos panos quando ninguém está vendo.
– Ah, Sofi... – Minha mão direita escorrega entre minhas pernas novamente, meu clit*ris duro lateja mais do que nunca agora.
Me permito ser possuída pelo aroma de melancia do seu shampoo e não consigo mais pensar direito. É como se ela estivesse aqui.
A Sofia força minha cabeça para trás e beija meu pescoço, ch*pando e mordendo enquanto me gira e me encosta na parede. Eu sinto algo quente cobrindo minhas costas, braços finos envolvendo meu corpo e descendo pela minha cintura... A pulseira da amizade com o meu nome em seu pulso. É ela. Gemo.
Sempre seria ela.
Empurro o meu corpo contra a parede com a minha mão ainda enterrada entre as pernas, meus mamilos pressionam dolorosamente os azulejos do banheiro dela.
– Sofi... nós não... para... você precisa parar. – Suplico.
– Você pode até quase ter sido a minha madrinha... – Ela afasta o meu cabelo para sussurrar atrás de mim. Seu hálito quente. Seus seios e os mamilos durinhos como pedra contra as minhas costas fazem a minha pele inteira formigar. – Mas você não pode mandar em mim, lembra?
Deixo escapar um sorriso. Tão mandona... Seus lábios quase encostam no meu ouvido enquanto sinto sua bocet* quente e molhada ser pressionada contra a minha bunda. Deus...
Meu clit*ris lateja tanto que dói daquele jeito gostoso.
Eu só quero que ela acabe com isso, eu só quero que ela me foda, que faça isso parar... Tenho certeza de que isso vai passar quando acontecer. Precisa passar.
Intensifico ainda mais os movimentos, a minha mão se tornando a mão dela na minha cabeça quando assume o lugar do meu dedo dentro de mim. Rebolo os quadris para dentro, querendo sentir alguma coisa, qualquer coisa. O máximo que conseguir.
Quero ela em mim, quero saber qual é a sensação de senti-la assim. Mantenho os olhos fechados, sentindo os seus lábios, sua mão em meu seio em um minuto e a sua boca roubando a minha respiração no segundo seguinte. Sua língua é tão gostosa.
Ah, merd*, como isso é bom... Eu tô tão, tão perto e não quero que ela pare, eu não... O meu orgasmo está lá, sei que está lá, crescendo e aumentando enquanto a minha garotinha está me fodendo tão, tão gostoso...
Eu finalmente gozo, e eu grito em silêncio, meus sussurros sendo abafados pelo barulho alto do jato de água do chuveiro.
Respirando com dificuldade, desmorono contra a parede, quase caindo enquanto estremeço. O orgasmo enfraquece minhas pernas e faz meus joelhos cederem um pouco. Fecho os olhos até que a sensação passe e eu consiga recuperar em partes o meu fôlego.
De uma vez por todas, qual é o meu problema, porr*?
Lágrimas escorrem pelo meu rosto e se misturam com a água do chuveiro.
Por que eu faria isso? E por que com ela? Logo com ela? Ela é só mais uma garota. Ela não é especial. Não pode ser.
Você ainda dá para o gasto e há centenas de mulheres no mundo para você poder experimentar, Júlia.
"Você sabe que não é sobre isso", uma vozinha sussurra na minha mente.
É, eu sei.
Eu posso até estar confusa sobre a minha sexualidade. Bem, eu ainda gosto de homens e isso é um fato. Mas também é um fato que eu me sinto atraída por mulheres também – mesmo que seja apenas por atrizes ou personagens e não por pessoas que realmente fazem parte da vida real, ao menos, não da minha vida real. Mas não é essa "confusão" que me faz pensar nela desse jeito. O que deixa tudo pior. Antes fosse só uma vontade reprimida que eu pudesse usar como justificativa.
Mas não é.
Merda, eu só preciso trans*r, tipo, de verdade. Essas poucas vezes que eu e o Clóvis temos nos encontrado claramente não estão dando conta do recado. Preciso lembrá-lo de sairmos mais vezes.
E definitivamente eu preciso ficar longe dessa casa, nem que seja por um tempo. Eu posso dar uma desculpa qualquer, a Marta vai entender, eu acho. E também não é como se fizesse mais sentido eu estar aqui toda a semana enquanto... enquanto a Sofia não precisa mais de mim.
É isso. Eu só preciso de um tempo. Uns dias afastada dessa família e o meu juízo volta para o lugar.
Tem que voltar.
xxx
Aquilo não pode estar acontecendo.
– Tem certeza? – Pergunto para a “marida de aluguel” do panfleto que a Sofia deixou aqui em casa uma vez e que jurei que nunca precisaria.
A chamei assim que cheguei em casa, acendi as luzes e ouvi um grande estouro que fez a casa inteira ficar na escuridão logo em seguida.
– É um risco você permanecer nessa casa. A goteira no telhado provocada pela chuva da noite passada deve ter entrado em contato com a parte elétrica, o que ocasionou o curto-circuito. – Ela me explica com paciência. – Eu vou chamar a minha equipe logo pela manhã, mas já te adianto que vai levar alguns dias.
Dias???
O que eu faço?
Penso no Clóvis, ele provavelmente não se importaria de me receber em seu apartamento. Mas é fora da cidade, vai deixá-lo muito mal acostumado e depender de homem definitivamente é a última coisa que quero (e que preciso) agora.
Então ligo para a primeira pessoa que me vem à cabeça. A única que sempre viria em uma situação dessas.
– Marta? Será que eu posso passar a noite na sua casa hoje?
Não acredito que estou prestes a fazer aquilo. Como fui idiota por achar que poderia ficar longe dela, enquanto estou a passos de ficar mais perto do que nunca nesse exato instante.
– Algumas noites, na verdade. – Digo contra a minha vontade.
Deus, me ajude.
Fim do capítulo
Oooooi leitoras! Saudade de vocês!
Entãooo, NOSSO CASAL (SOFIA + JÚLIA) ESTÁ VIVO SIIIIM!
E não importa que seja só nos pensamentos da Júlia, já é alguma coisa hahahaha
Entãoo, o meu nível de descrição de cena hot com essa história vai ser assim pra mais, isso foi uma prévia kkkkkkkkkkkk (rindo de nervoso)
O que acharam desse capítulo??? Gostaram? Comentem aqui!
O que será que vai rolar a partir de agora, com a Júlia dormindo na casa da Sofia?? Será que vão se aproximar de novo?? Se entender??? Ou isso vai gerar mais briga e confusão??? Quero saber a opinião de vocês!
Próxima segunda-feira (11/03) as minhas aulas da faculdade irão voltar, e ainda não sei o quanto essa nova rotina vai interferir no meu processo de escrita e no tempo que eu tenho pra responder vocês.
Mas garanto que vou tentar continuar sendo o mais presente possível (porque vocês e essa história têm muita prioridade na minha vida) e prometo que NÃO VOU abandonar essa história, então não me abandonem também!
De todo o modo, vai continuar tendo um capítulo por semana toda a segunda-feira, qualquer coisa eu aviso vocês!
E é isso!
Muito obrigada por tudo e até a próxima segunda, podem ter certeza de que já vou ficar morrendo de saudades!
Comentar este capítulo:
thays_
Em: 11/03/2024
Esse capítulo foi simplesmente PERFEITO, a música do Blink, a cena do banheiro, puta merda, arrasou!
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Aaaaah, muito obrigada pelo seu comentário, querida!
Você foi a única leitora que comentou sobre a cena da música de Blink-182, obrigada por isso! Eu amei e me emocionei muito escrevendo. Já ouvia essa música há um tempo e sempre pensava nelas, sempre imaginei que tinha tudo a ver com a conexão entre as duas.
Obrigada!
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Zanja45
Em: 10/03/2024
Bom dia, Alina!
Como pode uma amizade como a de Sofia e Julia ser afastada abruptamente – já se passou um mês – Como elas estão aguentando tanto tempo “distante”?
O quê era algo entrelaçado, separado pela imaturidade e incompreensão dos sentimentos das duas. A amizade de Julia para com a mãe de Sofia já não é como antigamente, já que quando ela está perto de Marta tem que ficar se policiando o tempo inteiro. Acaba que não faz sentido essa amizade já que nem para ela pode confidenciar seus segredos. Julia se sente desencontrada, mas, o porque de ainda insistir nesses laços fraternos, se o foco de ir até a casa de Marta é Sofia? E elas estão com as relações estremecidas?! Sofia fala somente o básico com Julia, lhe é indiferente, pelo menos é isso que tem demonstrado, Porém, essa sucintez dela para mim é artimanha, por Julia não lhe ter notado como ela esperava. Só que, parece que esse desinteresse que a mesma está submetendo a Júlia, aparentemente tem dado resultado, pois ela está sentindo na pele tudo isso que a Sofia está fazendo ela passar.
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Oi, querida!
Então, sobre o afastamento da Sofia com a Júlia, pode apostar que é algo passageiro, nada capaz de romper os laços dessa relação tão forte entre elas. É mais resultado realmente dessa confusão e incompreensão de sentimentos das duas mesmo.
Sobre a Júlia insistir em manter sua relação com a Marta, é algo bem mais complexo. A Júlia acha que deve muita coisa para a Marta, por ela ter dado "uma família" pra ela, por ter feito meio que o papel de mãe dela, além de amiga. Fora que ela é madrinha do João Pedro, sempre foi muito ligada na família, de modo geral. E, em primeiro lugar, foi a Marta que deu tudo isso para ela. Então para a Júlia, isso ainda tem um peso muito grande.
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Zanja45
Em: 09/03/2024
Oi, Alina!
A Júlia está virando “Fifi” ou é outra coisa?!
Mas as vezes não é porque queremos ficar vendo o que “Fulano, Beltrano ou Cicrano” estão fazendo, porém e inevitável não ver, porque as moradias são tão “transparentes” que é impossível não notar os comportamentos das pessoas e a maneira delas agirem. Os apartamentos, as casas são muito próximas umas das outras que ter privacidade fica um pouquinho difícil.
Entretanto o que ficou claro é que a Júlia gostaria de constituir uma família - Por isso ela ficava olhando os casais e idealizando alcançar um nível de relacionamento daquele tipo. Todavia o questionamento, o porque ela estava triste diante de tudo que contemplava?
A Júlia queria ter uma outra vida, ser uma pessoa diferente daquela que ela é, tanto no trabalho quanto no relacionamento. Ela se considera mediana para ambos. Se ela tivesse se decidido por outro caminho como seria?
Portanto, a observação da vida cotidiana tem se tornado constante, não por que ela seja alguma fofoqueira – goste da vida dos outros ou algo nesse patamar, mas, porque a mesma não está feliz com suas escolhas, porém, certo conformismo fica bem visível com a fala dela” o que o destino quis para ela”. Todavia, ela tem que ter em mente que, não poderá “deixar a vida me levar”, e, sim, que ela pode tomar “as rédeas” da vida e traçar sua própria trajetória, assim como lhe aprouver.
Até mais!
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Oi, Zanja!
Ótimo comentário!
Você está conseguindo captar tudo muito bem, viu?
Sim, é tudo isso que você disse, eu escrevi essa cena com a intenção de transmitir tudo isso: que a Júlia não está feliz com a vida que leva, e que, acima de tudo, se sente presa a essa vida. Nem vejo tanto como conformismo, mas sim por realmente acreditar que não teria outra saída.
Acredito muito que a Sofia vai ser fundamental para dar uma virada nessa situação e mostrar para ela que tem saída sim. O que você acha?
Obrigada pelos comentários!!
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Zanja45
Em: 09/03/2024
Boa tarde, Alina!
É impressão minha ou a mãe de Sofia está "jogando" de uma certa forma com Julia? Será que ela desconfia dos sentimentos da filha por sua “amiga” Julia? Fiquei com "pulgas atrás das orelhas" Senão, a mesma não ia soltar que Sofia estava saindo com uma menina da praia e que ela ficou sabendo antes de Julia, ou melhor por outras pessoas.
Até breve!
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Oi, querida!
Eu adoro esses seus comentários e observações sobre a Marta e a relação dela com a Júlia. Acaba passando um pouco batido para a maioria das leitoras. Mas eu adoro explorar essa relação delicada e complexa dessas duas.
Eu acho normal a Marta comentar para a Júlia sobre a Sofia. É uma coisa que mães acabam fazendo, né? (contar da vida dos filhos para as amigas kkkkkk), ainda mais que ela sabe que a Sofia é super ligada na Júlia.
Maaas, de certo modo, concordo com você, a Marta acaba jogando sim com a Júlia, nessa relação entre as três.
Sobre a Marta desconfiar dos sentimentos... Será??? Vamos aguardar os próximos capítulos!?
Obrigada pelo comentário!
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Zanja45
Em: 07/03/2024
Esse “gelo” que a Sofia está dando na Julia é estratégia dela ou por que a mesma tem amor próprio?
Pela amiga não ter dado o valor devido a ela. Mas tem a passagem em Sofia diz que vai chegar tarde, para a mãe não colocar a polícia atrás dela. E aquela história de pegar um biscoito no prato de Julia. Eu entendi como uma provocação. Para mim, mesmo que indiretamente ela quis chamar atenção de Julia. “Baby, baba olha o que perdeu. Baba, criança cresceu. ” Julia "que lute" porque Sofia não vai facilitar para ela.
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Acho que é um pouco dos dois, viu?
Acho que a princípio, amor próprio, como ela mesma comentou no capítulo "Emergindo", ela estava cansada de se iludir tanto assim, desses "altos e baixos". Mas ela também aproveita pra provocar kkkkkkk e sim, a cena do biscoito teve um pouco disso!
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Zanja45
Em: 07/03/2024
Alina,
Se isso que você nos deu foi só "um paliativo", pois você disse lá nos comentários que vai ter cenas mais hots do que as deste capítulo, imagine quando de fato Julia e Sofia se acertarem , Hein?!
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Simmmm...
Estou guardando o melhor para as duas, de fato, juntas.
Espero muito superar a expectativa de vocês, vou trabalhar muito para isso, pode deixar!
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Zanja45
Em: 07/03/2024
Alina,
Eu estou na expectativa do próximo episódio. Quero saber onde a Júlia vai dormir, porque a mãe de Sofia estava fazendo aqueles reparos no banheiro principal e corredor. Enfim, tem quantos quartos na casa de Sofia? Quero saber se tem a possibilidade de as duas compartilharem o mesmo quarto?
alinavieirag
Em: 17/03/2024
Autora da história
Oi, querida!
Amei essa sua curiosidade sobre o número de quartos! hahahaha
Entãooo... Tem três: O da Sofia, o do irmão dela (João Pedro) e o dos pais. Mas também tem a sala, onde tem um sofá cama que dá para dormir e tal.
O que será que vai rolar?? Será que ela vai acabar tendo que dormir no quarto da Sofia em algum momento??
Também fico ansiosa pelos próximos capítulos, e mais uma vez, muito obrigada por comentar!
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Zanja45
Em: 07/03/2024
Boa noite, Alina!
você construiu a cena do banho da Júlia de uma forma tão perfeita que teve horas que dava para confundir a imaginação dela, como se de fato a Sofia estivesse realmente no desenrolar do sexo entre as duas. – Eu torcendo para Sofia entrar em cena – E teve momentos que tive até dúvidas se ela não estava presente. E, você “ botou para lá ” justapôs fantasia e “real” como se fosse um só.
alinavieirag
Em: 11/03/2024
Autora da história
Boa tarde, Zanja!
Primeiramente, queria agradecer todos os seus comentários nesse capítulo, me fizeram refletir bastante sobre o andamento da história e também me ajudaram a saber como a história está chegando para vocês!
Foram muitos comentários seus kkkkk então vou responder aos poucos, conforme eu for conseguindo, tudo bem?
Fico muito feliz por você ter gostado e achado isso da cena, pois tentei construir da melhor forma possível, eu queria realmente trazer essa sensação. Além de ser uma boa maneira de mostrar o que está passando na cabeça da personagem (quais seus medos, desejos, como ela gostaria que fosse), enfim...
Muito obrigada por estar presente por aqui e por estar gostando da história!
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patty-321
Em: 05/03/2024
Capítulo maravilhoso, parabéns pra vc, pois escreve muito bem. Pobre Julia kkkk, não consegue sair desse emaranhado de sentimentos e sensações que só a Sofia, provoca. Debaixo do mesmo teto, algo tem q ocorrer, bora autora, mas eu gosto das estórias mais lentas. Bjs
alinavieirag
Em: 11/03/2024
Autora da história
Boa tarde, Patty!
Muito obrigada pelo seu comentário, fiquei imensamente feliz, viu?
Sim, também morro de pena da Júlia kkkkkkkkk pois ela se cobra demais e também se importa muito com a opinião alheia, além de ter um dilema moral muito grande dentro dela que precisa ser resolvido.
Sim, elas com certeza irão se reaproximar de certa forma, agora que estão mais próximas do que nunca.
Aaah, que bom que você gosta de histórias mais lentas, eu também gosto, acho que desenvolve mais as personagens e as suas relações. Vou continuar desse jeito até mais um pouquinho, mas sempre desenvolvendo e construindo algo entre elas! Bjs
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