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Nórdicos por Natalia S Silva

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 3475
Acessos: 1527   |  Postado em: 01/03/2024

Capitulo 3

 

Stephanie

 

 

 

 

 

 

 

 

Estávamos a um bom tempo escondidos no quarto dos meus pais, dois dos guardas da casa, protegiam o cômodo do lado de fora, enquanto meu pai andava de um lado para o outro com uma arma nas mãos.

 

 

 – Acalme-se Harald! Está assustando as meninas!

 

 

Mamãe tentou conter os passos incessantes do marido, mas o que realmente estava assustando a todos nós, não era o seu nervosismo e sim, o medo de que mais uma vez fôssemos aterrorizados por ladrões e saqueadores. Na última vez que isso aconteceu, os três irmãos homens que possuía, tinham morrido tentando nos proteger. Aquela com certeza não era uma boa lembrança para aquele momento, mas era a única coisa que conseguia pensar, enquanto ouvia os disparos contínuos vindo dos portões da colônia.

 

 

 – Eu não quero morrer hoje, mãe!

 

 

Anne estava bastante assustada, os últimos tempos não estavam sendo nada fáceis, principalmente para ela, que era completamente apegada aos irmãos que faleceram há poucos meses, e agora se não bastasse, teria que se casar ainda na adolescência, com um bárbaro que tinha idade para ser seu pai.

Lembrar daqueles homens me fez respirar mais devagar, talvez aquele ataque estivesse sendo feito por eles mesmos, afinal, uma centena deles estava nos nossos portões a algumas horas atrás.

 

 

Nesse momento, enquanto tentava acalmar meu coração que batia descompassado, batidas na porta foram ouvidas e logo depois um dos guardas adentrou no cômodo.

 

 

 – Lord Harald! A ameaça foi contida, conseguimos com a ajuda e o comando do povo bárbaro, neutralizar o grupo que tentava invadir a colônia. Muitos deles foram mortos, o restante se retirou em fuga. 

 

 

 – Graças a Deus! 

 

 

Meu pai finalmente parou de andar pelo quarto, aparentando estar mais aliviado assim como todos nós.

 

 

 – Quantas baixas tivemos?

 

 

 – Nenhuma Lord! Nenhum dos nossos homens sofreu ferimentos, apenas um dos nórdicos foi atingido!

 

 

 – Ele morreu?

 

 

 – Não Lord! Ele está sendo atendido pelos médicos no hospital. Levou um tiro na barriga e perdeu muito sangue!

 

 

 – Onde está a filha do Lord Agnar? Quero agradecer por tudo!

 

 

 – Está no hospital! O homem ferido é o irmão dela, também filho do Lord Agnar!

 

 

 – Que merd*! Acompanhe-me até lá!

 

 

Nosso pai saiu rapidamente do quarto, acompanhando os passos largos do guarda, obrigando-me a praticamente correr para alcançá-los. 

 

 

 – Onde você está indo Stephanie?

 

 

 – Vou com o senhor!

 

 

 – Fique com a sua mãe! 

 

 

 – Eu não quero! Precisamos convencê-los a mudar de idéia com relação ao casamento!

 

 

 – Não quero falar sobre isso agora!

 

 

 – Não precisa falar! Mas você também sabe que ela é a única que pode nos ajudar agora!

 

 

 – Ela não vai! É uma deles, não confunda simpatia forçada com amizade.

 

 

Não me dei ao trabalho de responder, apenas segui caminhando a passos largos ao seu lado. Não estava confundindo nada, a nórdica nem tentou ser simpática conosco, mas pude perceber em suas palavras que ela discorda da escolha do pai e do irmão e isso pra mim já era o bastante.

 

 

Ao chegarmos à enfermaria, os médicos já tinham deixado o quarto, apenas o nórdico ferido e sua irmã se encontravam no cômodo. O homem estava dormindo, com uma grande faixa envolta do seu abdômen, suja de sangue. A irmã estava em pé ao lado da cama, com a expressão mais neutra possível, seus cabelos presos num coque mal feito, o rosto e pescoço suado e ainda assim ela parecia fria, sem fazer muito caso da situação. Eu definitivamente não compreendia aquele povo.

 

 

 – Gunnar?! Como está o seu irmão?

 

 

Meu pai estava realmente preocupado, não com a saúde do bárbaro, mas em como o restante deles poderia reagir em relação a isso. Afinal, ele tinha se ferido protegendo o nosso povo e não o deles.

 

 

 – Dormindo!

 

 

Meu pai ignorou a rispidez da resposta e tentou dialogar mais uma vez.

 

 

 – Ele vai ficar bem! Temos ótimos médicos, curandeiros como vocês chamam! Eles vão cuidar dele, logo estará pronto para outra.

 

 

Gunnar sequer voltou sua atenção para nós, apenas desviou os olhos do irmão, quando outro bárbaro adentrou no quarto.

 

 

 – Torsten har alt under kontroll! Jeg sa ikke å bekymre deg for noe! “(Torsten tem tudo sob controle! Disse pra não se preocupar com nada!)”

 

 

 – Bli her hos ham, ingen andre enn healerne nærmer seg, hvis det er noe nytt gi meg beskjed! “(Fique aqui com ele, ninguém além dos curandeiros se aproxima, qualquer novidade mande me avisar!)”

 

 

Meu pai e eu não entendíamos nada do diálogo dos dois, mas assim que o recém chegado se aproximou do leito onde o rapaz ferido estava, Gunnar se afastou deixando o quarto, sendo seguida por nós dois.

 

 

 – O grupo que tentou invadir sua colônia, estava fortemente armado. Conseguimos detê-los com tamanha desvantagem, somente porque os pegamos de surpresa, não estavam esperando pela resistência.

 

 

A mulher ia andando enquanto falava, direcionando-nos através das vielas na direção dos portões da colônia.

 

 

 – Meus guardas informaram que graças ao seu pessoal e a sua estratégia conseguimos vencê-los.

 

 

 – Eu não diria que vencemos! Eles apenas recuaram. Acredito que vão tentar de novo em breve. Não estavam contando com tantas baixas, agora voltaram não só pelo saque, mas pela vingança. 

 

 

 – Você acredita mesmo nisso?

 

 

 – Nem todos os povos são passivos e aceitam bem a perda dos seus!

 

 

Ela sequer olhava pra nós, seguia andando a passos largos a nossa frente, mas pude perceber que sua última frase era uma direta ao meu pai, que visivelmente ficou chateado, já que tinha perdido três filhos à pouco tempo.

 

 

Ao chegarmos aos portões, Gunnar subiu em uma das torres de vigilância e pediu que acompanhássemos, o restante de sua tropa estavam espalhados entre os nossos guardas, todos com a atenção voltada na nossa direção.

A nórdica se aproximou de um dos bárbaros que possuía a barba extremamente longa, e os cabelos presos por uma única trança, o homem cochichou algo pra ela.

 

 

 – De har lys, som kan lyse mange meter fremover! “(Eles têm luzes, que podem iluminar muitos metros à frente!)”

 

 

 – Be dem lyse opp! “(Peça para acenderem!)”

 

 

Gunnar foi até a beirada, com os olhos fixos na escuridão à frente, encarando os pontos de luz, que nada mais eram do que fogo provavelmente causado por alguma arma que eles possuíam.

As luzes das torres de vigilância foram acesas, iluminando mais de 100m à frente dos portões, deixando meu pai e eu estarrecidos.

Aproximamos-nos e pudemos ver claramente, quase uma centena de corpos espalhados pelo chão, era quase tantos corpos quanto da última vez que fomos atacados, a única diferença é que dessa vez eram os invasores que estavam mortos e não o nosso povo.

 

 

 – Meu Deus! Eu não imaginei que fossem tantos!

 

 

 – Acreditávamos que havia uma centena de homens tentando invadir a colônia! Mas a julgar pelo número de corpos, havia muito mais! Já que a maioria conseguiu fugir e ainda assim, eliminamos cerca de cem deles.

 

 

 – Isso é magnífico! Se não fosse por vocês, seria o meu povo que estaria morto agora!

 

 

 – Eu acredito que é o mesmo povo que invadiu da última vez. E que não vieram apenas para saquear. Vão voltar, pelo saque, por vingança e principalmente pelo motivo inicial. 

 

 

 – Que motivo?

 

 

 – Acredito que eles se impressionaram com tudo que vocês têm aqui e pretendem ocupar a colônia!

 

 

 – Ocupar? Morar aqui?

 

 

 – Não só isso, uma ocupação se resume em muitas coisas, se apoderar de riquezas, escravizarem um povo e explorar mulheres.

 

 

Aquele comentário com certeza foi o mais infeliz que ela havia feito desde sua chegada, mas a julgar pelas dezenas de corpos do lado de fora dos nossos portões, ela estava sendo sincera.

 

 

 – O que você sugere?

 

 

 – Que comece a se preocupar!

 

 

Gunnar concluiu a frase e se encaminhou para a escada, descendo rapidamente da torre de vigilância, meu pai e eu tentamos acompanhá-la, mas ela era rápida demais.

Quando finalmente a encontramos, ela estava na casa que havíamos cedido para que se abrigasse até que construíssem suas próprias casas.

 

 

 – Você é um homem sábio Lord Harald! Mas é fraco, lento e dócil! Se não mudar vai ver o seu povo ser escravizado, suas filhas violentadas por homens mais velhos que você. Vai morrer e não vai conseguir proteger a ninguém, nem a si mesmo.

 

 

Ela falava enquanto reunia suas coisas, como quem está fazendo as malas para viajar, tive medo por um momento, pois cheguei a pensar que estivesse indo embora, fugindo daquela briga que não era sua, e isso nos deixaria à mercê dos invasores. Não sei o que era pior, deixar minha irmã se casar com um deles, ou vê-los partir e sermos massacrados por outro povo violento.

 

Meu pai engoliu os insultos, ele sabia bem que não ter pensado na proteção do seu povo era a causa dos seus filhos estarem mortos, e agora numa última tentativa de reverter essa situação, estava oferecendo sua filha caçula em casamento para um homem muito mais velho e bárbaro. No entanto, ter esse povo nórdico por perto, não parecia ser uma opção tão ruim a julgar pelas circunstâncias.

 

 

 – É por isso que resolvi me aliar com o seu pai, com o seu povo. Podemos nos ajudar mutuamente!

 

 

Gunnar parou por um instante com o que estava fazendo, encarando meu pai com uma expressão indecifrável, era como se ele estivesse falando bobagem e ela quisesse corrigir. 

 

 

 – Você é homem da casa! O pai, o Lord, o marido! Você tem que aprender a defender o seu povo de outros povos, não pense que se unir ao Lord Agnar, vai salvar sua vida! 

 

 

 – O que quer dizer?

 

 

 – Exatamente isso! Você só está adiando o inevitável! 

 

 

Gunnar apanhou algumas bolsas, dirigindo-se para fora da casa. Em frente à porta, o grande bárbaro de trança e barba longa, já nos aguardava.

 

 

 – Jeg tar med Heimdall til Herrens hus! Si til Finn at han skal pakke sakene sine og møte oss der, han skal stå vakt til broren min blir frisk! Så snart han har kommet seg til rette, sender jeg Ivar for å hjelpe deg! “(Vou levar o Heimdall para a casa do Lord! Mande o Finn arrumar suas coisas e ir nos encontrar lá, vai ficar de guarda até que meu irmão se recupere! Assim que ele estiver acomodado, mando o Ivar para te ajudar!)”

 

 

 – Og du? “(E você?)”

 

 

 – Jeg kommer tilbake i morgen! Du har ansvaret inntil da! “(Pela manhã eu retorno! Você está no comando até lá!)”

 

 

Gunnar se dirigiu até a enfermeira novamente, depositando as sacolas no chão, nos pés de um dos guardas do meu pai.

 

 

 – Leve pra casa do Lord e coloque em um quarto! 

 

 

O guarda nem titubeou, sequer voltou sua atenção ao meu pai para saber se era ou não para cumprir a ordem, simplesmente obedeceu, tamanha era a imponência da bárbara a sua frente.

 

Meu pai esperou que o guarda saísse e como Gunnar não entrou na enfermaria e manteve-se no mesmo lugar, meu pai tentou conversar mais uma vez.

 

 

 – O que pretende? O que temos que fazer?

 

 

 – Tem que ensinar seus homens a atirar, tem que produzir armas! Todos aqui sabem usar a eletricidade, a água encanada, dirigir seus automóveis! Mas nenhum sabe segurar uma arma para defender sua mulher ou filho? Sua filha sabe se defender?

 

 

Nesse momento Gunnar encostou o dedo indicador no meu peito, sem direcionar os olhos na minha direção, eles permaneceram fixos em meu pai.

 

 

 – Não! Ela não sabe!

 

 

 – Você tem um reino aqui! Um reino grande e rico e colocou lebres para protegê-lo dos lobos.

 

 

Sua mão se afastou de mim.

 

 

 – Meu irmão ficará na sua casa até se recuperar, com um dos meus homens para protegê-lo! E a partir de amanhã, todos aqui vão aprender a lutar, a atirar e a matar! Você entendeu?

 

 

Meu pai simplesmente concordou com um gesto, ela parecia irritada com a situação, mas não soube dizer ao certo o motivo, pois parecia mais incomodada com o fato de ter que nos defender, do que ter seu irmão ferido.

 

 

 – Eu… eu vou providenciar acomodações para vocês!

 

 

Gunnar o ignorou adentrando finalmente na enfermaria, sem que a seguíssemos desta vez.

 

 

 – O que há de errado com ela?

 

 

 – Eu não sei Stephanie! E nem quero descobrir! Hoje ela salvou a vida de muita gente do nosso povo. Já está bom demais pra mim por enquanto!

 

 

 – E quanto a Anne?

 

 

 – Pelo amor de Deus Stephanie! Pare de me infernizar com isso!

 

 

Meu pai saiu andando a passos largos para longe da enfermaria, indo na direção do casarão, sendo seguido de perto por mim. Eu estava feliz por termos sido salvos naquela noite, mas isso não mudava o fato de que ele havia colocado um povo bárbaro dentro dos nossos portões, que poderia fazer muito pior do que os antigos invasores. Sem mencionar o fato de que ele tinha entregado a minha irmã, sua própria filha de 14 anos em troca de uma possível união, a qual eu não acreditava ser viável com um tipo de gente tão selvagem.

 

 

 – Eu vou continuar te infernizando sim! A Anne não tem que carregar esse fardo! Ela não precisa se sacrificar por ninguém!

 

 

Meu pai parou de andar e se voltou na minha direção praticamente cuspindo as palavras.

 

 

 – Você acha que eu queria isso? Acha que era a Anne que eu queria sacrificar? Era pra ser você! Ou a Elisabeth, mas principalmente você! É a mais velha e ainda está encalhada! E pelo jeito nem aqueles animais querem você!

 

 

Aquelas palavras doeram profundamente, meu pai nunca havia sido tão ríspido, mas isso não mudava o fato do que eu estava defendendo, e não seriam aquelas grosserias que me fariam desistir da Anne.

 

 

 – Se você fosse um homem de verdade, não precisaria entregar suas filhas para salvar seu rabo! 

 

 

Meu pai me esbofeteou no rosto com força, assim como tinha feito com minha mãe pouco mais cedo, pelo jeito aquilo estava se tornando um hábito. Senti rapidamente o gosto do sangue, enquanto uma lágrima teimosa rolou pelo meu rosto. Mas não era dor, era raiva, nos últimos tempos eu estava odiando o homem que sempre admirei.

 

 

 – Se quer tanto salvar a Anne, seduza o bárbaro e o faça desistir dela! Mas nós dois sabemos que você não vai poder dar o que ele quer! 

 

 

Meu pai me deixou sozinha no meio da viela, eu não o segui dessa vez, não queria e não conseguiria encará-lo sem perder o respeito e o controle, então me mantive ali, remoendo tudo de ruim que tinha acontecido conosco até aquele fatídico momento.

 

 

Algum tempo depois, me coloquei a andar na direção de casa quando uma van do hospital passou por mim, sabia exatamente o que ela estava transportando e só então saí daquele estado letárgico que me encontrava.

 

 

 

 

Há mais de dez anos atrás, me apaixonei perdidamente por um agricultor da colônia, eu era jovem e a maioria das meninas da minha idade já estavam noivas. Jacob era um garoto lindo de 19 anos, ruivo de olhos verdes, ele era extremamente encantador e meu pai não queria que eu me envolvesse com ele, preferia algum médico ou engenheiro pra mim. Nosso namoro foi proibido, mas mesmo assim continuamos nos encontrando às escondidas, até que engravidei aos 16 anos.

Meu pai ficou enlouquecido e logo depois do nosso noivado, acabei tendo um aborto espontâneo com apenas três meses de gestação, aborto esse que quase me levou a morte, já que precisei de uma intervenção médica. No entanto, tempo depois, Jacob e eu nos casamos, e tivemos mais duas tentativas fracassadas de ter filhos, os médicos da colônia me diagnosticaram infértil, eles não tinham como ter certeza de nada com a limitação de recursos que possuíamos. No entanto, o que já estava ruim piorou ainda mais, Jacob passou a me trair com todas as mulheres possíveis da colônia, o que me fez entrar numa depressão profunda, porém, mesmo sabendo de todo mal que ele me causou, sofri muito quando num dia qualquer, ele sofreu um acidente terrível durante a noite, numa colheita de arroz. Aos 18 anos eu era uma mulher viúva e sem nenhuma perspectiva de constituir família, eu nunca mais me envolvi com ninguém, nunca mais senti nada por homem nenhum e também não despertei o interesse neles, não em relação a matrimônio, já que uma mulher infértil não lhes daria herdeiros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao chegar em casa, percebi a movimentação nos corredores do casarão, meu pai eufórico rodeava a nórdica feito um palhaço, ele havia disponibilizado um dos melhores quartos para o homem ferido.

 

 

 – Onde estava Stephanie? Eu estava morta de preocupação!

 

 

Voltei minha atenção à minha mãe que surgiu de repente do lado oposto de onde estava.

 

 

 – Estava tomando um ar!

 

 

Eu não recordava mais do tapa que meu pai havia me dado, até ver a expressão de espanto no rosto da minha mãe, que imediatamente se aproximou, segurando-me pelo queixo, analisando minuciosamente.

 

 

 – O que aconteceu? Como se machucou?

 

 

Meu lábio inferior estava levemente inchado, tinha um pequeno corte com sangue seco.

 

 

 – Pelo jeito, seu marido aderiu a esse costume! Deve ser influência dos bárbaros!

 

 

 – Não acredito que seu pai bateu em você! Qual o motivo?

 

 

 – Eu falei umas verdades! 

 

 

 – Pelo amor de Deus Stephanie?! Sabe o quanto ele está nervoso nos últimos tempos! Você ainda foi provocar?!

 

 

 – Provocar mãe? Tentar defender a Anne agora é provocar? Por acaso a senhora está a favor desse casamento ridículo dela com um homem mais velho e ogro?

 

 

 – É claro que não! Mas não tem nada que possamos fazer por hora! 

 

 

 – E quer que eu faça o quê? Fique tranquila enquanto a menina se desmancha em lágrimas o tempo todo, assustada com o que pode acontecer?

 

 

 – Eu sei Stephanie! Eu sinto exatamente a mesma coisa que você, pode ter certeza que sou a pessoa que mais sofre e se importa com ela. Mas você entrar em pé de guerra com seu pai não resolve nada!

 

 

 – Ele parece um bobo envolta dela. Até parece que bajulando eles não vão tomar conta da colônia assim que se estabelecerem aqui. É só olhar pra cara dela, e os outros então?

 

 

 – Ela nos defendeu essa noite! O irmão dela quase morreu para proteger o nosso povo! Tenha um pouco de fé minha filha!

 

 

 – Fé mãe?! Fé em quê? Que esses bárbaros não são tão bárbaros assim?

 

 

 – Exatamente!

 

 

 – Beleza, então eles são bons homens, a única coisa que devemos nos preocupar é em ver a Anne sendo desposada por um bárbaro não tão bárbaro! 

 

 

Dei as costas à minha mãe, estava ainda mais irritada com a passividade dela do que com a ingenuidade do meu pai. Me dirigi para o jardim nos fundos do casarão, sem querer ver nem conversar com mais ninguém. Estava muito irritada com toda aquela situação.

 

O jardim era lindo, como a casa ficava no terreno mais alto da colônia, podia ver todos os campos e plantações nos fundos do casarão, que ficava entre as rochas que serviam de paredes para a colônia, impedindo qualquer um de invadir por aquele lado.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capitulo 3:
Isis SM
Isis SM

Em: 27/04/2024

esse líder é um bundão, cara frouxo

Responder

[Faça o login para poder comentar]

jake
jake

Em: 09/04/2024

Eita !!! Que difícil!!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 02/03/2024

Tá complicado.


Resposta do autor: :?-?| pois é

Responder

[Faça o login para poder comentar]

thays_
thays_

Em: 01/03/2024

Infelizmente acho que a Anne não vai conseguir escapar dessa :/


Resposta do autor: Vamos ter que torcer pra alguém fazer alguma coisa né?


Natalia S Silva

Natalia S Silva Em: 01/03/2024 Autora da história
Será? Vamos ter que torcer pra alguém fazer alguma coisa né?


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