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ACONTECIMENTOS PREMEDITADOS por Nathy_milk

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Palavras: 3694
Acessos: 815   |  Postado em: 23/02/2024

Capitulo 40

Capítulo 40 - acontecimentos Premeditados

Sexta Feira, Eu e a Ana lu não deixávamos de acompanhar o relógio, segundo a segundo para sermos liberadas para o bar. Segundo ela, já estava com o gosto de cerveja na boca. A Maria Borba estava lotada de pessoas, de mesinhas na calçada, na rua, de barulho, de universitários. Deu um trabalho para conseguir uma mesinha, mas nada como ter conhecidos, amigos de curso para colar em uma rodinha e ficar por lá. 

- E no final você não foi conversar com a Bruna? - Ana Lu puxou o assunto, enquanto segurava um copo de cerveja. 

- Eu fiquei presa na reunião ontem, hoje fiquei full no DP. Perguntei se poderia ser amanhã ou no domingo. 

- Então vai falar com ela? Eu gosto dela. Acho que te fez bem. 

           - Hahaha, eu também gosto dela. Tô sentindo falta, mas sabe…. - meu celular tocou, “Bruna Raissa”, olhei pra Ana Lu e ela mesmo já deu risada, sacudiu a cabeça como se dissesse atendê - Pronto. 

  - Oi Flavinha! Ta por onde? - começou a Bruna, com uma voz suave. 

- Tudo bem, Bru? Estou na Maria Borba, terminei a aula e vim tomar um suco. Porque? 

         - Você fica linda com essa camisa azul de manga dobrada - ela está aqu! Está me vendo. Com o celular no ouvido comecei a rodar os olhos, procurando. Cadê? - Estou atrás de você, do outro lado da rua - fui girando, procurando, até meus olhos encaixarem nos olhos dela, naquele exato momento minha braveza ou orgulho se dissipou. Minha única vontade era atravessar a rua e beijar aquela mulher de um metro e meio. Desliguei o celular e comecei a andar, atravessando a rua. A Bruna sorriu do outro lado, ela sabe o quanto mexe comigo, o quanto gosto dela, ela sabe desse poder. Veio para a guerra, pintada e com um vestidinho prateado mostrando tudo e um pouco mais, linda, linda, linda. Com um decote bem avantajado, ela sabe como mostrar um pouco do que me encanta. 

Atravessei a rua e não houve palavras, não houve pontos ou vírgulas. Fui seca e direta, me aproximei dela já dando o bote e a Bruna deixou facilmente. A mão esquerda foi na cintura aproximando os corpos, a direita foi na nuca, passando os dedos pelo cabelo, estreitando o espaço. Não houve pedidos, apenas língua com língua e lábios entreabertos. um cheiro gostoso no pescoço e pude sentir a pele da Bruna arrepiar. Mais contato lábio lábio, lingua explorando o espaço, aquela mordidinha no lábio inferior e uma bitoquinha para fechar. 

- Nossa, acho que fiz bem em vir atras de você - Bruna falou de imediato. 

- Isso não é um sim, nem um não, é um vamos conversar! - Falei com sinceridade

- Com um beijo desses eu aceito - falou rindo.

- Quer ficar ali com a gente? Vou só terminar o suco - ela sorriu com um ar de sinceridade, de calma. 

- Claro, a Ana Lu está por ali né?! 

- Sim, o barzinho de sexta é sagrado pra ela. 

- Errada ela não está - estiquei minha mão pra ela, oferecendo a cia, o carinho, eu. A Bruna retornou sorrindo, claro que eu me derreti. Como vestidinho minúsculo, atravessou a rua comigo, em direção a mesinha que eu estava, e claramente arrancando olhares pelo caminho. 

- Olha quem apareceu. Finalmente o mal humor da Flávia vai melhorar - eu olhei sem graça pra Ana Lu, quase dando uma bronca nela e elas, claro, riram de mim. 

- Bru, você está indo em algum lugar? - perguntei, estava com roupa bem de balada. 

- Depende de você Flavinha - olhou bem direta, olhar em funil. Eu cheguei a contrair em baixo ventre e devo ter ficado com o rosto vermelho - Vim para conversarmos. 

- Um copinho, Bruna? - Ana Lu perguntou, dissipando a tensão. 

- Claro! - A Ana Lu encheu um copo americano para a Bruna, que levantou para um brinde, olhando pra mim;

- Beber sem brindar, são sete anos sem dar! - Eu pra variar fiquei sem graça, como ela pode ter esse poder de me tirar as proteções e barreiras? Deixei ela conversar um pouquinho com a Ana Lu, as duas se dão bem até o momento. Me mantive um pouco mais calma, não quero mostrar pra Bruna o quanto sinto falta dela ainda, quero ouvir ela primeiro, por mais que esse beijão já tenha sido o suficiente pra ela saber que sou dela.

- Bru, quer ir lá em casa para conversarmos? -perguntei na boa. 

-  Na sua casa, certeza?

- É na rua de baixo, mais perto. Se quiser é claro. Só não tenho nada lá, bebida eu digo. 

- Hummm - respirou fundo, olhou para os lados, como se pensasse - Tem um hortifruti aqui, vamos lá comigo.  Pego um vinho para conversarmos. Pode ser?

- Tá certo, vou lá com você. 

- Me espera aqui, não precisa ir. 

- Ah tá, você com esse vestido micro e gostosa desse jeito não vai ficar sozinha aí! - eu sei que a frase é de certo modo preconceituosa, mas não ia deixar ela com aquele vestido minúsculo andando em uma rua de esquenta universitário, não é nem seguro, não por ela, pela falta de noção que infelizmente existe. 


Em meia hora estávamos subindo no elevador de casa, eu carregando 4 sacolas entre vinho, água com gás, frutas e umas porcarias que ela comprou. O período no sacolão foi leve, parecia primeiro encontro, sabe? Andando em ovos, tentando saber até onde poderiamos ir, onde poderíamos chegar. A Bruna anda de salto graciosamente, entramos em casa e ela já começou a falar:

- A Beatriz está aí?

- Não sei Bru, não perguntei pra ela se vinha pra cá. Normalmente de sexta ela vai pra casa do Gabriel. 

- Eles estão bem? - Fomos conversando enquanto desfazemos a sacola. 

- Acho que sim, não fico perguntando. Nós acabamos só dividindo o apartamento mesmo - não foi uma mentira, mas não sei se foi completamente verdade o que eu falei. 

- Humm, faz bem, sabe que eu tenho um pezinho atrás com ela.

- Não entendo essa birra de vocês duas, acho tão sem motivo - A Bruna não respondeu, voltou a mexer na sacola das compras.

- Vou cortar esse queijo aqui, colocamos em um pratinho. Pode ser?

- Eu corto, você está de salto. Não está com o pé machucando não? Fica descalça se quiser - falei mexendo na sacola e começando a organizar as coisas, me virando para a pia. 

- Eu adoro esse cuidado que você tem comigo - a Bruna falou me abraçando por trás, colocando a mão na minha cintura, estreitando o espaço. Encostou o nariz nas minhas costas, puxou forte o ar, extraindo o aroma ou o oxigênio, não sei ao certo. Só sei que arrepiei. Me mantive ali, na mesma posição, mas não comecei a cortar nada, me permiti sentir esse momento, esse carinho. Ela continuou ali nas costas e os braços, à frente, foram nos botões da camisa, abriu um, dois, três, dando acesso para a mão direita achar a pele, enquanto a esquerda já estava na cintura. A mão  da Bruna procurou espaço por cima do top, explorando até preencher suas mão com meu seio. Primeiro uma apertada leve, um carinho, até encher a mão com força - Eu quero você!

Delicada, mas de modo firme virei meu corpo de frente para a Bruna. Lábio com lábio, começamos a nos beijar, sem brutalidade, de um jeito calmo, lento. Desci a mão direita pelas costas dela, passando pelos glúteos, que apertei, ganhando um gemido de retorno. Desci mais um pouco a mão chegando na coxa. O micro vestido me permitiu apertar a pele quente da Bruna enquanto eu beijava angustiantemente seu pescoço. Intensificamos a pegação e minha mão já estava por baixo do vestido nos glúteos novamente, como gosto dele. Tracionei mais e  com as duas mãos e um pulinho dela, a Bruna subiu no meu colo, cruzando as pernas atrás, permitindo que eu conseguisse carregar ela pelo pequeno corredor do apartamento. E no meu quarto, voltamos a nos encontrar de forma carnal, sentimental, não racional, hormonal, sexual. 


- Flavinha, flavinha. Vamos levantar meu amor? - me assustei com o som suave da voz da Bruna, ao pé do meu ouvido. 

- Que horas são?

- Humm, hora de acordar. Já passou das 9 horas. 

- Cacete. Perdi a hora - falei me acertando na cama sem levantar. Passei a mão pelos cabelos, tentando dar uma domada neles. 

- Mas você tinha algum compromisso hoje? - Bruna perguntou com uma expressão boca. 

- Tinha uma conversa marcada com você às 8:30, lá em Santana. Não vou chegar a tempo. 

- Ainda precisamos dessa conversa? Não nos resolvemos? - falou passando o dedo atrás da minha orelha, levando uma mecha de cabelo. 

- Precisamos sim, Bru. A vida não é só sex* gostoso. E diga-se de passagem, bem gostoso! - pude ver o rostinho dela ficando vermelho, sem graça - Vou tomar um banho rapidinho. Pode ser?

- Vai querer tomar café da manhã aqui ou ir em uma padaria aqui perto? 

- Tem uma aqui perto, podemos ir andando. É um meio termo entre o que gostamos. 

- Vou ter que ir de vestidinho, segundo você, micro. 

- Seu critério Bru, não vou nunca tomar partido sobre sua roupa. Até porque não tem outra aqui. Te empresto um moletom se quiser. E um tênis, chinelo se quiser, pra não ir de salto. 

- Tudo bem, posso ir assim mesmo, mas gostaria de tomar um banho antes de ir. Posso? 

- Claro - Levantei e peguei uma toalha no armário - Você sabe onde fica o banheiro, fica à vontade. 

- Não vem comigo?

- Não Bru, quero acertar algumas coisas antes - ela sorriu e entendeu meu lado, não questionou. Cerca de uns 30 minutos depois já estávamos entrando em uma padaria, na região da república, próximo a minha casa. Apesar de ser bem pertinho, optamos por ir de Uber por conta dela estar de salto. 

- Pronto Dona Flávia, já fizemos nosso pedido, pode começar. 

- Você que me chamou pra conversar, Bru. Você que me encheu a paciência nos últimos dias. Então, pode começar você a falar. 

- Hum.. Tá, primeiro quero te pedir desculpas pela forma como eu agi lá na pousada, eu te desrespeitei e fui muito agressiva. 

- Humm…Bruna, já somos bem grandinhas e eu estou cansada de não sermos adultas. Você me tratou mal bem antes mesmo da pousada, nem sei se começamos alguma coisa de modo certo. 

- Fla..

- Deixa eu falar. Você sempre agiu comigo de um modo elitista e esnobe, mostrando que estava acima de mim porque sabe comer coisas chiques ou tem dinheiro para ir em um restaurante caro. Eu sei da minha origem, eu vim de uma família humilde pra caralh*. Eu fui aquela criança que ficava na beira da feira, pedindo dinheiro e carregando sacola, para poder levar uma fruta pra casa. Se eu não tivesse participado de um projeto social, se não tivesse uma cesta básica da assistente social, eu não teria comida. Então sim, hoje eu não gasto 200 reais com uma barra de chocolate. Eu quero ser respeitada, não vou esconder a minha origem. Eu lutei muito para crescer na vida, pra ter uma casa própria hoje. A primeira coisa que falta no nosso namoro é esse respeito. 

- Flavinha, eu sei que eu errei muito com a gente. Sei o quanto infantil e medíocre eu fui. Quero te pedir mil desculpas por isso. Eu venho de uma realidade diferente da sua sim, nunca me faltou nada material, nunca faltou estudo do bom e do melhor, curso de linguas. Mas me faltou esse limite, esse conhecimento social, essa empatia de entender outras realidades. 

- Me quebra quando você é grosseira e fala que  algum lugar que eu vou é pocilga ou imundo só porque não é chique. Não é do seu gosto. Faz eu me sentir um rato de esgoto, como se eu não tivesse senso de higiene ou de sociedade, sabe?! Isso é algo que me machucou muito. 

- Eu peço desculpas Flávia. Eu não te tratei bem, nem como você merece. Você sempre foi cuidadosa e amorosa comigo. Eu quebrei uma confiança que você me deu. 

- Não é só uma questão de confiança Bruna é de machucar também. ME senti um lixo com a forma que você foi grosseira comigo na pousada. A forma que terminou e sumiu depois. Eu me perguntei todos os dias qual importante teve nosso namoro pra você. Acho que nenhuma. Eu não sou uma pessoa que você vem, faz sex* e some. Se é isso que você quer, está conversando com a pessoa errada. Isso eu não aceito. 

- Nunca Flavinha  - ela esticou o braço, tentando encostar na minha mão, eu puxei no mesmo momento, antes mesmo do toque - você é uma mulher maravilhosa. Fui muito juvenil na forma que te tratei. Me senti péssima quando cheguei no meu apartamento, depois da nossa viagem. Eu senti um vazio que nunca tinha sentido na vida. Assim que eu entrei eu desabei de raiva e vergonha. 

- E mesmo assim levou quase três semanas para vir falar comigo. Se não tivesse me visto no velório, teria falado comigo?

- Eu falei com você no velório, mas ainda estava morrendo de vergonha. E diga-se de passagem quem é aquela mulher que estava com você? - perguntando sobre a Isa

 - Não importa e você não está em condições de fazer qualquer exigência. 

- Não é uma exigencia. Sei que ela trabalha com você, é sua chefe na investigação. Sei disso porque você falou, mas ela fez umas brincadeirinhas lá no velório, depois atendeu seu telefone. 

- A Isa é uma amiga, ela viu como eu fiquei mal depois de te ver. Ela acompanhou quando terminamos. 

- Não devo me preocupar com ela então?

- Bruna, você deve se preocupar com a forma que você me trata, a forma como valoriza ou não o que temos ou tivemos. Já te falei outras vezes, eu vou me afastar de você por conta das suas ações. 

- Eu não fui atrás de você, pedir desculpas porque eu estava completamente envergonhada com a minha postura, o jeito como te tratei. E depois começou a investigação lá no jornal, eu estava com tanto medo, tão assustada. 

- Porr* Bru, essa é a hora que você tem que estar com pessoas que te protegem. Você tem um problema no carro, procura quem? O economista? Vai no mecânico. Essa era a hora pra ter abaixado sua crista e me pedido ajuda, orientação. 

- Eu sei, mas realmente estava com muita vergonha pra te pedir ajuda. Ninguém do jornal ficou comigo, meu padrinho foi o primeiro a falar que era minha culpa, ele falou “parabéns Bruna, isso mesmo, te avisei pra não trazer polícia pra cá, pra não levantar a bandeira”. Ele largou todo o auxilio da policia na minha mão, como punição sabe?! E a mayra que seria a segunda no comando, falou que tinha uma viagem pra Londres já marcada, que não iria perder a viagem por erro meu e sumiu, foi pra Londres. Eu fiquei sozinha cuidando do jornal, das edições, recebendo a polícia toda hora. Sem contar que eu tinha um contato direto com o Evangelista, senti muito quando soube que ele tinha falecido. - Bru, você está envolta de pessoas que não te fazem crescer, te reduzem para você encaixar em um molde. Agora só um comentário, fique puta se quiser, você valoriza tanto a Mayra, faz tanto por ela e na hora do aperto ela entra no avião e some? Que apoio, que base uma pessoa dessa passa pra você?

- Não é assim Flávia. 

- Olha aí Bru, o que você quer da sua vida? Não to falando da gente, da sua vida. Você está com pessoas que te prendem e gosta delas, gosta disso. E outra, será que você está pronta pra um relacionamento sério, firme, com futuro? Eu não quero alguem pra sex*, alguem que eu tenha medo de dar um passo pra frente, alguem que não seja uma base, um porto seguro. A sensação que tenho é que na primeira dificuldade, você vai voltar para Mayra, para os chocolates caros dela, para as viagens dela. Você realmente quer alguém além dela? Eu não tenho mais idade, nem tempo para ficar disputando ninguém. 

- Fla, eu tenho 27 anos, não sou tão  ingênua como você faz parecer. Eu sei que errei como você em  muitos pontos. E sei que preciso melhorar muito em outros. Essa situação toda que aconteceu, me mostrou que quero ao meu lado alguém que me ajude a crescer, a ser melhor, que esteja comigo nos momentos críticos, que não fuja. Talvez o medo de te perder fez eu dar abri um pouco mais a minha mente. 

- Bru, eu gosto muito de você. E sinto falta de você em cada pequeno detalhe. Depois que te vi lá no velório eu voltei chorando, afundada. Adoraria ter você comigo de novo, a gente se conecta super bem na cama, no beijo… 

- Mas… 

- Mas não posso ser sua  namorada se sou pra você uma segunda opção, ah, alguem que não desaparece. Ah, alguém que me ajuda a crescer, ah, alguem que me respeita. Isso é o mínimo em um relacionamento. ME parece que sou uma pessoa que completa um check list seu. Se você não sente algo, nada aperta seu peito, eu não sou essa pessoa pra você. Até acho que você sente algo por mim, acho mesmo, mas será que vai além de uma zona segura? 

- Fla - estiquei a mão pedindo pra esperar

- Você foi a primeira pessoa que consegui namorar, sex*, continuidade depois da Fabiola. Eu praticamente sou viúva e isso é algo que não dá pra apagar da alma de ninguém. Eu realmente gosto muito de você Bru, da maneira que você fica elegante de salto, da forma como você sorri e abre uma covinha, do jeito firme que fala no celular aos sábados, no seu olhar quando vê algo diferente que você quer pesquisar, do seu fogo, de como estica o pé quando está quase lá. Eu não quero ser o check list de ninguém, quero alguém que eu possa amar. 

- Você repara nesses detalhes todos em mim? 

- Bru, eu me apaixonei por você na segunda vez que  nos vimos, quando me falou do café havaiano, me explicando sobre as notas de sabores. Você falou com tanta propriedade, vontade, conhecimento que me encantei ali- ela abriu um sorriso,mostrando a covinha - Mas quando você foi para São Francisco e ficou com a Mayra, nós já estávamos juntas, eu fiquei um pouco mais cabreira. Não te culpei de nada, o que eu disse naquela época foi verdade, não tínhamos nada acertado, nada determinado. Depois você continuou me tratando como se eu fosse uma pessoa sem estudo algum, sem base, sem nada. A sensação que tenho é que eu posso dar o meu melhor, olhar todos esses detalhes seus, ser tudo pra você, você não quer isso, você quer aparência, classe, dinheiro, e isso meu amor, eu não posso te dar. 

- Amor, eu fui uma pessoa muito mesquinha, eu sei disso, não tenho orgulho, me envergonho muito. Me dá uma chance de te mostrar que melhorei, que quero crescer com você, ao seu lado. Que juntas dá pra ir longe. 

- Bruna, uma pergunta muito séria? 

- Todas. 

- Você sente alguma coisa por mim? 

- Não significou nada essa noite?

- Eu sinto uma conexão enorme com você na cama, mas quando acaba o sex*, eu não sei se você sente algo por mim - a Bruna levantou, aproximou mais a cadeira. Com delicadeza segurou a minha mão, olhando firme pra mim

- Flavinha, me dá mais essa chance, eu gosto muito de você, me sinto cuidada e protegida ao seu lado, adoro seu beijo, a forma como leva as coisas a sério. Me dá essa chance de provar que posso ser sua parceira de caminhada. Só mais essa chance. 

Eu segurei firme a mão dela, quase apertando, eu quero dar essa chance pra Bruna, quero acreditar nela. Com as mãos dela ainda sendo apertadas, puxei o ar, como se precisasse para me acalmar e sacudi o rosto para cima e para baixo, como um pronto de aceitação.

Ela puxou minha cabeça aproximando o rosto e me deu um selinho, prolongado, que eu retribui. Quando me soltou, pude ver um sorriso radiante, verdadeiro, puro vindo da jornalista. Uma expressão de agradecimento pela nova oportunidade.

- Bru, tem uma coisa que dessa vez eu vou negociar. 

- Eu já imagino o que seja.

- Eu sei que você trabalha com a Mayra, mas eu não quero mais você de trelelê com ela. Não quero mais saber de chocolatinho daqui, cafezinho dali. Vai negociar com ela só as coisas do jornal. E isso pra mim é irredutível. Eu não vou aceitar mais interferência dela no nosso relacionamento. Entendo a importância que ela teve pra você, na sua vida e profissão, mas se quiser voltar comigo, essa é uma cláusula que não dá pra abrir mão. 

- Você fica tão gostosa como advogada, toda firme. 

- Bruna. 

-  Eu sei meu amor. Tem a minha palavra. A Mayra mais uma vez se mostrou uma pessoa que não é confiável, que me esconde as coisas, que na hora do aperto some. Se quero evoluir, tenho que me afastar das pessoas que me puxam pra tras. 

- Humm. 

- Chega de Humm… tira esse bico do rosto, por favor. Me mostra aquele sorrisao sacana seu, que parece que quer me comer todo o tempo. 

 

- Mas eu quero - Ela ficou vermelha, mas abriu um sorriso gostoso, mostrando as covinhas me encantando. Espero não estar me expondo a nada arriscado novamente. Que a Bruna aproveite melhor essa chance que ganhou. 


Fim do capítulo


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Comentários para 40 - Capitulo 40:
mtereza
mtereza

Em: 27/02/2024

Gostei de elas terem voltado e espero mesmo que a Bruna na estrague tudo novamente 

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