Ooooi leitoras, isso mesmo, vocês não enlouquecerem, hoje é quarta-feira e teve um capítulo novo! Espero que gostem!
Capitulo 6 – A Salva-Vidas
Emma
– Ei, Vini, você viu o meu flutuador? Só achei o seu. – Pergunto revirando um amontoado de roupas que estão em cima da nossa poltrona há não sei quantos dias.
Pelo menos eu acho que é o dele. Como saber se os dois flutuadores salva-vidas são exatamente iguais?
Eu daria tudo pra ter um guarda-roupa só meu e tão grande que eu poderia ir pra Nárnia, se quisesse. Mas o máximo com que posso sonhar agora é sair dessa porcaria e dividir um apartamento um pouco maior. Ou algo em que eu não precise compartilhar a minha própria cama com o meu melhor amigo – e colega de trabalho – gay. Já seria um avanço e tanto.
– São cinco e meia da manhã, Emma, pelo amor de Deus. – Ele diz com a voz sonolenta, seu rosto enterrado no travesseiro.
– Eu sei, tenho que parar em um lugar antes. – Digo remexendo em uma segunda pilha (é sério, eu não duvido de qualquer dia desses eu abrir a geladeira e achar roupas lá também) e encontro o DVD de Seres Rastejantes que tínhamos assistido ontem à noite.
Quer dizer, eu tinha assistido, o Vinicius só ficou enchendo o meu saco ou fechando os olhos o tempo inteiro e eu jurei que ele fosse vomitar a qualquer momento.
– Pra ver ela? Não acha que está se arriscando demais? Não me leve a mal, eu amo você, mas... não gostaria de um replay do que aconteceu da última vez. Aquilo me deu muito medo.
Por “o que aconteceu da última vez” ele quis dizer um homem de quase um metro e noventa bater na nossa porta tão forte que parecia que iria cair enquanto gritava que não queria viado e sapatão perto da filha dele de novo. É, aquilo foi uma merd*. E tudo culpa minha.
– Eu sei. Mas é que hoje não é qualquer dia. Não posso deixar de aparecer.
– Tudo bem, só espero que saiba o que está fazendo.
Eu também espero, tive vontade de dizer, mas isso só o deixaria mais emburrado, então...
– Eu sempre sei. – Minto.
– Ei, olha onde está o seu flutuador. – Ele diz tirando algo laranja e cumprido escrito “SALVAMENTO” de baixo do seu lençol.
– Seu ridículo. – Pego de sua mão e bato nele de leve com a espuma.
Quantas vezes eu já tinha dito a ele pra parar de usar os nossos flutuadores como travesseiro ou almofada?
– Ai! – Ele choraminga um pouco. – Bom trabalho, Bitch.
– Boa folga, preguiçoso.
O mormaço do início do dia me atinge em cheio quando abro a porta. Fico na dúvida de onde está mais quente agora: dentro ou fora de casa. Uma pergunta de milhões.
Desprendo a corrente da minha bicicleta da grade da nossa janela e coloco meus fones de ouvido sem fio. Seleciono a mesma música de todas as manhãs e logo as primeiras batidas de Follow The Sun preenchem os meus ouvidos, como uma promessa de um dia melhor:
Follow, follow the sun
(Siga, siga o sol)
And which way the wind blows
(E para qual lado o vento sopra)
When this day is done
(Quando este dia terminar)
Breathe, breathe in the air
(Respire, respire fundo)
Set your intentions
(Defina suas intenções)
Dream with care
(Sonhe com cautela)
Tomorrow's a new day for everyone
(Amanhã é um novo dia para todos)
A brand new moon and brand new sun
(Uma nova lua e um novo sol)
Penso a mesma coisa todos os dias:
Hoje vai ser diferente. Precisa ser.
A padaria está quase vazia quando entro, a não ser pelo senhor de cabelos grisalhos e de seus quase oitenta anos que está comprando a sua meia dúzia de pães matinais.
Confiro os doces expostos atrás do vidro e meus olhos não encontram a torta com cobertura de morango e glacê rosa. Começo a ficar nervosa. Pergunto sobre a torta para a funcionária que está atrás do balcão. Ela coloca uma mecha para dentro do boné e limpa uma gota de suor que escorre pela sua testa.
É, trabalhar no calor é uma merd*, quase tenho vontade de dizer. Mas se ela olhar para o meu uniforme agora poderia achar que é uma piada de mau gosto. Só que não é.
– É, realmente acabou. Mas a próxima deve ficar pronta em torno de uma hora.
Mas que caralh*. Não tenho uma hora.
Por que eu não comprei ontem? Ah sim, porque eu sou patética por achar que alguma coisa daria certo para mim. Enquanto nunca deu. Nunca daria.
Novamente, faço uma varredura com o olhar sobre a parte doce da padaria. Não demora muito pra eu parar na coisa mais rosa que tem ali.
– Acho que eu vou querer um Donuts, então, por favor. Aquele com cobertura de creme e confeitos de corações.
Estaciono minha bicicleta e a encosto no muro que separa a rua do terreno baldio.
Não leva muito tempo para ver uma garotinha de um metro e vinte de cabelos loiros como os meus – só que uns três tons mais claros – vir correndo em minha direção.
– Feliz aniversário, Lili. – “Grito” baixinho, para que só ela possa ouvir.
– Você veio! – Vejo que ela ainda está de pijama.
– É claro que eu vim. Que tipo de irmã mais velha você acha que eu sou?
O tipo de irmã que sai de casa com dezesseis anos e abandona a irmã de dois?
– Ninguém me viu vindo até aqui. – Ela diz com certo orgulho na voz e me sinto culpada.
– Que bom. Olha o que eu trouxe pra você. – Pego a caixinha com o Donut e abro para ela. Vejo Lili abrir um sorriso na mesma hora.
– Não é muito, mas... – Começo a me desculpar.
– É rosa! – Ela me interrompe, toda empolgada.
Como eu sentia inveja dessa felicidade, essa felicidade pura de achar que qualquer merd* é um tesouro de algum baú encontrado no final de um arco íris.
– Espera. – Digo quando vejo a sua mãozinha direita ir em direção do Donut.
Pego o isqueiro do meu bolso e coloco-o por de baixo da rosquinha, posicionando a chama dentro do furo central.
– Faz um pedido. – Eu peço e ela assopra a vela improvisada. Desligo o isqueiro em seguida, simulando que ela tinha conseguido apagar a sua chama.
– Sabe o que eu pedi? Pra que a gente volte a morar na mesma casa de novo: você, eu, a mamãe e o papai.
Sinto ferroadas na minha garganta. Como dizer para uma criança de sete anos que os seus sonhos jamais se realizarão? Exatamente. A gente não diz. Apenas a deixa acreditar.
– Tomara que dê certo. – Tento colocar esperança na minha voz, mesmo sabendo que o que ela pediu nunca aconteceria.
– Agora quero ver se eu acertei nesse pedido aqui. – Digo tirando uma caixa retangular da cestinha da minha bicicleta e entrego a ela.
Lili começa a desembrulhar seu presente como se sua vida dependesse disso e um sorriso escapa dos meus lábios.
– Eu não acredito, Emma. – Ela diz com a voz comprometida e tenho quase certeza de ver seus olhos marejarem.
Ah não, Lili, se você chorar eu nem sei...
– Do jeito que você queria, não é? – Pergunto engolindo o meu próprio choro enquanto olho para o par de chuteiras cor de rosa com detalhes em verde limão que está em suas mãos agora. – Só lembra do que a gente combinou, tá? A mamãe pode até ficar sabendo, mas o seu pai...
Se o Marcus soubesse que sua filha gosta de jogar futebol e que a sua enteada lésbica (que ele finge não fazer parte da sua família) a incentiva, tenho certeza que não seria só eu a me ferrar nessa história.
– Você é a melhor irmã do mundo! – Ela diz me envolvendo em um abraço. Tem coisa melhor do que ganhar um abraço de uma criança? Se tem, eu desconheço.
Acaricio os seus cabelos, um cheirinho de Tutti-frutti invade as minhas narinas e tenho vontade de congelar o tempo naquele instante.
Ah, Lili, se você soubesse o quanto eu sinto a sua falta.
– Você está indo lá salvar vidas? – Ela pergunta enquanto se afasta do nosso abraço. Percebo que está olhando para o brasão do corpo de bombeiros estampado no meu uniforme.
– É o que eu faço, não é? Esse é o meu trabalho. – Digo tentando soar convincente, como se eu amasse o que fazia.
Eu sei que tem muita coisa pior do que ser salva-vidas e eu que o diga. Por quantos trabalhos de merd* eu tinha passado desde que fui forçada a sair de casa, há cinco anos atrás? Mas não é algo que eu tinha escolhido. Não, eu não tinha tido escolha.
Não que eu soubesse o que queria da vida, mas como saber se tudo o que eu faço é trabalhar e me ocupar pensando em como as contas vão fechar no final do mês?
– Um dia eu quero ser que nem você, Emma. – Minha irmãzinha diz e parece que vou desabar.
Começo a lembrar de todas as coisas que tive que passar desde nova. Das coisas que precisei ouvir, do quanto tive que me odiar por tanto tempo. Do vazio que eu sinto no peito todos os dias quando vou dormir, e todos os dias quando acordo.
Não, você não vai querer ser como eu Lili, e, se depender de mim, eu vou fazer de tudo para que você jamais precise ser.
xxx
Estamos na metade do caminho da identificação. Sei que deveria estar olhando para o oceano agora, mas ao em vez disso, quebro uma das nossas regras mais sagradas: dar as costas para o mar. Olho para trás, para a casa de madeira de dois andares, a que tem grandes portas e janelas envidraçadas. Faço isso todos os dias, como se estivesse presa naquele mesmo ritual amaldiçoado de sempre, que nunca tem fim.
Me lembro de ter quase a idade de Lili e vir na praia com a minha mãe quase todos os dias, no fim da tarde, quando ela saía do trabalho. Meus pais tinham acabado de se separar, ou melhor, meu pai tinha acabado de dar no pé – como preferirem – e eu acreditava que ela fazia aquilo para ser algo divertido, pra mostrar que a nossa vida também podia ser boa sem ele. Hoje eu tinha quase certeza que ela só não queria ter que ir pra casa cedo demais e se deparar com a sua ausência.
A gente sempre passava por aquela mesma casa e ela sempre dizia que um dia seria nossa. Naquela época eu acreditava nela. Ficava até imaginando onde seria o meu quarto. Onde eu posicionaria cada coisa.
Hoje, com meus vinte e um anos, eu sabia que para ter uma casa não bastava só querer muito aquilo. Não bastava só ser seu sonho. Não bastava só você amar a localização, imaginar as suas coisas lá, não bastava só sua vontade. Pelo contrário, ter uma casa não tinha nada a ver com isso. Hoje eu sabia que aquilo era só um devaneio melancólico e distante, meu e dela. E que hoje tinha se tornado um devaneio ainda mais deprimente, só meu. Tanto o de ter a casa, quanto o de morar com a minha mãe de novo.
Olho para o mar em minha frente. Noto que a área está com a cor diferente das águas ao redor devido à suspensão da areia do fundo, provavelmente causada pelo retorno da água. Além disso, as ondas não estão quebrando com muita frequência devido ao aumento da profundidade, o corrobora com o meu veredicto final.
– Está vendo aquilo ali? – Pergunto ao Murilo, um dos nossos novatos, enquanto aponto para as faixas de areias com formato de meia lua.
– É uma corrente de retorno, certo?
Confirmo com um movimento de cabeça.
É muito difícil vencê-las. É preciso nadar paralelo à praia para fugir da força da corrente, e nunca contra ela, caso contrário, nadará e nunca sairá do lugar. Acho que é um pouco como se parece a minha vida, como se eu estivesse presa em uma corrente. Por quanto mais tempo aguentaria nadar nadar e nunca chegar a lugar algum? É até irônico localizar uma bem aqui.
Murilo me alcança uma das bandeiras vermelhas que trouxemos para a nossa “ronda” e começo a cavar um buraco com o pé. Ele me ajuda a fincar e enterrar a estrutura na areia e em menos de dois minutos finalizamos aquela sinalização.
Agora sim, área imprópria para sonhos.
xxx
Um homem vestido com a camiseta do “Bom Atacado” e com uma cabeça gigante do mascote da empresa arremessa um frisbee para quem está passando pela areia, mas ninguém o pega.
Tenho certeza que daqui de cima do meu posto essa cena deve estar parecendo umas cem vezes mais ridícula. Campanha de marketing de guerrilha em plena praia e de um mercado que vende por atacado? Onde estamos? Em Derry? Nunca vi uma capital fazer tanta coisa com cara de cidade pequena. Quando eu penso que já vi de tudo a vida me prova que eu não vi é foi nada.
Tá aí uma coisa que nunca te falam sobre ser Salva-Vidas: Em quase todos os seus dias de trabalho as horas exaustivas de treinamento diário e pesado que você fez para socorrer pessoas vão parecer em vão e você vai desejar ter feito um treinamento psicológico e de paciência pra aguentar tudo o que somos obrigados a ver por aqui.
Faltam umas duas horas para o meu turno acabar. Parece pouco, mas é quando o tempo demora mais a passar. Me viro para o outro lado da praia, algumas pessoas jogam vôlei ao fundo, outras, altinha. Uma garota de cabelo castanho escuro e camiseta branca com alguns dizeres escritos em preto surge no meu “radar”. Ela devia estar correndo ou então jogando alguma coisa pra parecer tão suada e com as bochechas tão vermelhas.
Fixo o olhar nela. Não sei se é porque está usando um shortinho bem curto e justo ou se são os seus brincos vermelhos e bem chamativos que não consigo identificar o que é daqui onde estou. Eu poderia pegar os meus binóculos, mas isso com certeza pareceria bem estranho.
Algo nela me parece familiar, mas tenho certeza que ela não costuma vir para esse lado da praia, pelo menos nunca a vi aqui antes. E eu a teria notado. Ainda estou olhando pra ela quando tira o short, ficando só de biquíni na parte de baixo.
Ela vai entrar na água de camiseta e brincos? Pelo jeito, sim, mas tudo bem. Cada doido com a sua mania. De qualquer maneira, isso com certeza é a menor das estranhezas que eu já presenciei em quase um ano e meio de trabalho.
A garota entra no mar, me atento pra ver se ela não vai ir para muito longe. Minha mão direita vai até o meu pescoço de maneira involuntária, conferindo se o meu apito estaria ali caso precisasse recorrer a ele. Ela começa a boiar e olha para o céu, distante e perdida em seus próprios pensamentos.
O meu rádio de comunicação dá um bipe e desperto da minha distração.
– Emma, pode checar quantos binóculos tem no seu posto? Parece que o pessoal do posto 4 não está encontrando o de lá. – Um dos nossos superiores pede do outro lado da linha.
Saio do meu “cadeirão” e começo a recontar todos os nossos equipamentos: Máscara, nadadeira, Snorkel, macacão de neoprene, colete salva-vidas, flutuadores, lanterna com bateria de 6 Volts...
Olho para o mar por puro costume enquanto vasculho o lugar em busca de um segundo binóculos. Meu coração dá um sobressalto quando vejo a garota boiar bem em frente de uma das minhas bandeiras vermelhas.
– Preciso desligar! – Grito no meu radinho.
Mas que merd*, como ela foi parar ali tão rápido? Vou até a varanda e apito para ela. Aguardo alguns segundos, na esperança que ouça o meu sinal, minha musculatura já preparada. Mas quando ela finalmente para de boiar e se dá conta de que o mar a levou para longe demais, faz justamente o que não deveria fazer: começa a nadar contra a corrente.
Ela não vai conseguir, não desse jeito. A garota começa a afundar algumas vezes, desaparecendo da minha visão. Isso mesmo, caralh*. Não tenho muito tempo. Desço do meu posto às pressas e desprendo a corda do flutuador (que sempre está preso ao meu corpo) quando chego ao chão.
Merd*, esqueci os meus pés de pato, mas que se dane, eu sempre fui a mais rápida da equipe mesmo quando estava sem eles.
Eu consigo.
Corro o mais rápido que posso, como se a minha vida dependesse disso, e meio que depende. Quando escolhemos uma profissão como essa estamos abdicando da nossa vida em prol da vida de outro pessoa: a nossa vítima.
Meu coração a mil por hora, o flutuador arrastando no chão atrás de mim. Não desacelero nem por um momento quando sinto a água gelada entrar em contato com os meus pés e pernas. Não leva muitos segundos para o oceano bater na minha cintura até alcançar o meu pescoço. Dou as braçadas mais importantes da minha vida. Estou a poucos centímetros da minha vítima agora.
Movo a corda do flutuador até ele vir flutuando para mim, as instruções do meu treinamento pulsando vivas em minha memória.
Entrego-o para a garota, ela o agarra e eu a puxo em minha direção. Faço a volta nela com o flutuador, a envolvendo com a sua espuma. Eu a peguei. Ela está consciente. Eu consegui.
– Júlia? – Ela diz ao me ver. Parece confusa.
– Não... O meu nome é Emma, olha: – Digo apontando por reflexo para o meu uniforme. – Sou Salva-Vidas, faço o monitoramento dessa região. Qual é o seu nome?
– Hum... – Ela limpa um pouco a garganta. – Sofia... Sofia Maria.
Fim do capítulo
Oi de novo, gente! Quis fazer essa surpresa pra comemorar 1 mês de história (publiquei o primeiro capítulo dia 22/01) e também como forma de agradecimento pelas leituras e pelo carinho que venho recebendo, e também porque muitas de vocês me pediam muitoooo por um capítulo a mais hahahaha
Sei que não é exatamente o que vocês esperavam (eu acho), mas prometo que vai valer a pena no final, confiem em mim!
Esse capítulo foi um capítulo extra que decidi que seria a melhor forma de introduzir uma nova personagem para a trama, afinal, tem coisa mais intimista do que vocês que estão lendo saberem o que se passa em sua cabeça antes da própria protagonista (Sofia) a conhecer?
Apesar que a Emma já apareceu em um capítulo antes (sem dizer o nome), alguém se ligou nisso?
Quero opiniões!! O que acharam dela e da sua inserção na história? Eu acho ela uma personagem muito forte (e linda também, né? kkkk) Acho que é uma das personagens com a história de vida mais densa que eu já escrevi.
Enfim, a Júlia vai precisar reagir em algum momento pra não ficar pra trás nessa, né? O que acham??
O próximo capítulo será narrado pela Sofia, onde a gente vai descobrir como ela foi parar aí kkkkk
Agora eu que lute pra conseguir terminar o próximo capítulo a tempo de postar na segunda-feira sendo que vou estar viajando no fim de semana kkkkk talvez eu poste só segunda-feira de noite e não de manhã como eu vinha fazendo, por conta disso, tá? Não me matem!
Amo vocês e até o próximo capítulo!
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Zanja45
Em: 22/02/2024
Oi, boa tarde Alina!
Não foi o que pensei, mas você havia falado que esse episódio ajudaria a entender os acontecimentos futuramente. Porém, foi muito inusitado esse capítulo, fique um pouco deslocada a princípio " estou na história certa?" " Quem é Emma?", esses questionamentos ficaram” martelando" minha mente. E tanto que comecei a leitura ontem e terminei a poucos instantes. _ Ontem literalmente" entrei em parafusos", fiquei "noiada". - Disse para mim mesma " deixa para amanhã", já estava "colapsada".
Não lembrava dessa Emma nas leituras dos capítulos anteriores, tive que voltar nas leituras para ver em que momento ela aparece em cena. - Achei- Nos próximos episódios vou me atentar mais aos detalhes, mesmo àqueles que julgue não ser muito importante.
A Emma aparenta ser uma pessoa do bem, que tem sonhos a ser realizados, como ter um local mais espaçoso, já que ela dividi com seu amigo Vinícius, um quarto. Ela compara sua vida como “ nadar contra a corrente” que parece sem escapatória.
Ela luta para que sua irmãzinha, Lili, não tenha o mesmo destino que ela. Tem o apoio dela para desenvolver atividades que seu padrasto condenaria. A vida dela foi muito sofrida, abandonada pelo pai, a lembrança boa da mãe – é que sempre a levava a praia, em que hoje ela desenvolve as atividades laborais. Entretanto, ela se questiona se mãe a trazia até aquele local se era porque sua filha gostava ou se era para tentar fugir da realidade – Dar um tempo, antes de voltar para Casa, pois ainda pensava no pai de Emma.
Meio frustrante e decepcionante, tudo que ela passou e viveu. A começar lá na infância quando ela teve os laços familiares rompidos, com a separação de seus pais. Depois na adolescência, que ela não teve muitas opções, resolvendo sair da casa de seu padrasto que não aceitava a orientação sexual dela.
Quando ela reflete sobre seu passado e o presente, viu que sua vida permanece sem muitas alterações” Nada de novo no front”. E aqueles devaneios aos quais foram submetidos pela sua mãe continuam a acontecer, sem nenhuma perspectiva de mudança.
Será que” as engrenagens “ vão ser modificadas com o encontro com Sofia?
Espero que Emma encontre “ o caminho da felicidade “, pois sua vida até o momento, foi de muita dureza. Não sei se Sofia vai propiciar isso para ela, mas que seja pelo menos o “norte”, porque, apesar de tudo, há Júlia, por quem Sofia é apaixonada.
Autora, já virei admiradora da história de vida de Emma, torcendo para que ela dê a volta por cima e consiga alcançar seus objetivos .
Parabéns, Alina! Você nos surpreendeu bastante ontem (Foi um giro de 360 graus).
Até o próximo episódio!
alinavieirag
Em: 01/03/2024
Autora da história
Oooi querida!
Fiquei muito feliz com seu comentário, muitas percepções incríveis sobre a Emma e a trajetória de vida dela. Ela é uma personagem bastante complexa pra mim, com o passado mais "denso", como comentei.
Vou tentar fazer de tudo para dar jus a essa personagem incrível que já fez vocês se apegarem tanto. Com certeza vou fazer com que a Sofia dê pelo menos um "norte" e faça uma boa passagem na a vida de Emma!
Desculpa se te deixei confusa com o capítulo! hahahaha esse capítulo eu escrevi como um "extra" e realmente queria pegar vocês um pouco de surpresa kkkkkk achei que seria a melhor forma de introduzir uma nova personagem para a história.
Mas fico feliz que você tenha gostado e por ter te surpreendido de maneira positiva, no final das contas!
Muito obrigada por estar sempre aqui e por comentar!
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Leidigoncalves
Em: 22/02/2024
Adorei conhecer a Ema e vou te confessar, eu meio que tô torcendo por ela agora, sei que vai ter uma história com a Sophia, só não sei se vai ser só até a Júlia tomar atitude, ou se vai ser mais duradouro kkk
Não sei como vai ser o desenrolar da história e nem oq se passa na sua cabeça extraordinária, mas espero que você dê uma bela jornada pra Ema que acabou de aparecer e já conquistou meu coração.
Ema é a menina que foi atrás de filmes de terror não é? Percebi na hora em que li seres rastejantes kkkk
Ah que pena que não vai poder postar segunda de manhã, adoraria um capítulo de presente de aniversário, mas que vc pelo menos consiga postar na segunda mesmo ????
alinavieirag
Em: 01/03/2024
Autora da história
Emma ainda vai ficar conosco durante mais alguns capítulos sim hahaha
Aaaah muito obrigada pelo carinho, querida! E simm, vou fazer de tudo pra dar uma boa jornada pra Emma dentro do possível, pois me apeguei muito a ela também hahahaha
É ela mesma!
Obrigada por comentar e por estar sempre aqui!
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patty-321
Em: 22/02/2024
Uma personagem muito interessante. Eu lembro que ela comprou os dvds de filmes de terror. Tô curiosa pra saber como e porque a Sofia tá na praia. Bjs.
alinavieirag
Em: 01/03/2024
Autora da história
Sim, gosto muito da Emma, me trouxe muitas perspectivas novas. É ela mesma hahaha
Obrigada por comentar!
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Brescia
Em: 21/02/2024
Boa noite autora.
A Emma é a menina que está caidinha pela Sophi , só ela não percebeu, parece capricorniana , mas o seu chefe sim, quando ela foi pegar o filme.
Desculpe-me dizer, mas vc parece que pensa muitas coisas ao mesmo tempo e responde tb,rs. Isso se reflete na sua escrita que às vezes parece desconexa e confusa, mas no final e simples e bem humana, eu gosto muito, deve ser porque sou assim.
alinavieirag
Em: 01/03/2024
Autora da história
Oi, querida!
Realmente penso muitas coisas ao mesmo tempo hahaha
Sobre a escrita desconexa e confusa, você se refere a esse capítulo da Emma ou a todo o resto? hahahaha
Tento sempre escrever de forma consistente e conexa, mas esse capítulo eu escrevi como um "extra" e realmente queria pegar vocês um pouco de surpresa kkkkkk achei que seria a melhor forma de introduzir uma nova personagem para a história.
Obrigada por comentar!
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bfz
Em: 21/02/2024
Julia que se cuide, quero ver Emma e Sofia juntas!
alinavieirag
Em: 01/03/2024
Autora da história
Ainda vai ver! hahaha Emma entrou pra dar uma mexida nas coisas
Mas é claro que a Júlia continua tento prioridades nessa história, né? hahaha
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