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  • Bruxas e Guerreiras vol. 03
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Bruxas e Guerreiras vol. 03 por Bel Nobre

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Palavras: 2175
Acessos: 326   |  Postado em: 04/02/2024

CAPITULO LIII

         CAPÍTULO CINQUENTA E TRÊS           

                NYXS

Prendi a respiração. Isolei meus sentidos, focando apenas nos sons da floresta. Ouvi quando o casal de águia, satisfeitos com o estrago que fizeram na taipan, subiram na metade do voo e desistiram de arrancar mais um pedaço da cobra que estava morrendo.

Se despediram, avisando para ter cuidado e não aterrissar no pântano. Estávamos a dez mil pés de altura, o aviso veio tarde demais. Uma massa de ar ascendente gerou uma turbulência que veio ao encontro do meu corpo e sacudiu  minhas asas. Não consegui subir, já estava sem forças e manter as asas abertas estava ficando insuportável. Meus ombros queimavam e cada fibra muscular ardia como se estivessem sendo cortadas por uma gilete afiada. Minha queda era inevitável.

Fiquei apavorada.

Estava quase arrependida de ter brigado para subir sem um treinamento adequado, agora sei o quanto fui irresponsável. Nas nada se compara à experiência incrível de voo. A sensação de grandeza e liberdade aliviava o remorso. Uma rajada de vento me empurrou para trás, tirando meu equilíbrio que já era quase inexistente. Meus pulmões ardiam como brasas quando caí, tal qual uma pedra jogada do alto de um edifício.

— Arghhhhh! Que porr*! Que caralh* de  dor infeliz!

Minha asa entortou e ouvi o estalo de ossos quebrando. A dor me invadiu, cruel e intensa. Com muito esforço para não me mexer, senti cada parte do meu corpo. Fiquei aliviada quando percebi que o barulho não veio de mim, eu provavelmente tinha pisado em um esqueleto.

Que raios de lugar era esse que em todo canto tinha carcaça humana? Seria um ossário para depósito de condenados? Com toda certeza ninguém da minha reserva sabia que aqui existia um pântano recheado de corpos. Seriam lobos? Ou humanos?

Eu estava presa neste lamaçal, com as asas enterradas, e a pior parte era a falta de ar nos pulmões. Não poder respirar normalmente estava me sufocando, não apenas literalmente.

Um sibilo baixinho soou próximo a mim. Procurei sua fonte, assustada. a cobra estava viva?  Eu estava só e machucada, o ataque de heroísmo de momentos atrás tinha acabado. Tentei me comunicar com as guerreiras, mas o laço estava mudo. Tentei com minha filha, mas apenas um barulho infernal soava, como um tambor tocando. Eu também não conseguia me comunicar.

Controlei o pouco de oxigênio que restava ainda no peito e examinei cuidadosamente o espaço onde caí, estava muito distante da parte em que entrei. O pântano se estendia por cerca de cinco quilômetros até o despenhadeiro. Quando estava voando, tive uma visão completa do lugar. Tinha gravado os locais mais mortais para um pássaro, mas não me lembro de ter visto perigo para os lobos. No entanto, ainda era perigoso, e agora eu estava no escuro, sem saber como me defender. Ou melhor, do que me defender.

O local onde estou fica muito distante das lobas, praticamente no outro lado da ilha. Era o lado selvagem e inabitável.

Escutei mais uma vez o sibilo, dessa vez mais perto. A cobra devia estar se aproximando, mas sei que estava muito ferida. Arrancamos grandes pedaços das suas costas, pele e carne. As aves comeram sem receio os pedaços, planando de bico aberto esperando que eu jogasse a minha porção.

Rezava para que a cobra não fosse mágica e que seu corpo não se regenerasse como o nosso. Ainda assim, se conseguisse me encontrar, ferida ou não, seu veneno me tiraria de combate. Minha asa está meio enterrada na lama fétida e tremendo muito, a dor é insuportável. Tentei tirá-la do atoleiro, mas tudo que consegui foi enterrá-la ainda mais. Estava sem forças para sair do lameiro.

— Caralh*! Que dor dos infernos é essa? Cadê você, Nara? — Eu estava afundando na lama e os pedaços de ossos penetravam na minha pele a cada movimento.

Tentei mais uma vez a conexão e nada aconteceu. Eu estava só, presa e sem ar, meu peito queimava cada vez mais.

A taipan apareceu rastejando. Ela vinha em minha direção, ainda distante. Uma parte de seu rabo parecia quebrado, virado para o lado num ângulo não muito natural. Ela sabia que eu era uma das culpadas por seus ferimentos e veio acertar a conta.

— Vem, desgraçada, pode vir! — Queria muito saber onde estão a porr* dos dons que recebemose porque não consigo conjurar. Minha magia não estava funcionando, minha força exaurida e eu estava bem prestes a morrer.

Senti meu sangue gotejar. Quatro penas estavam quase caindo, penduradas por muito pouco. Nunca pensei que doesse tanto.

Me preparei para atacar. Assim que a taipan se aproximasse, eu teria que pular para cima dela e torcer para vencer ou morreria tentando. Quando ela chegou na distância ideal, empurrei sofridamente meu corpo para cima dela.

O plano não saiu como o esperado. A lama me segurou e a pouca força que me restava não foi suficiente. Tudo que consegui fazer foi me deslocar para o lado e afundar ainda mais. A taipan passou direto por onde eu estava antes, e quando não sentiu o impacto contra meu corpo, fez um giro desajeitado com o corpo machucado e voltou mais rápido do que antes.

Um vulto pequeno de capuz preto atravessou na minha frente, de braços abertos e fazendo movimentos estranhos. Parecia muito magro, os membros finos e os cabelos muito pretos chegavam na cintura. O vestido também preto parecia muito velho, assim como as luvas, com os pedaços pendurados ameaçando cair a qualquer instante. Não sei como, mas ela conseguia ficar de pé naquela lama que me segurava. Esse ser era o mesmo que vimos na praia logo quando chegamos, examinando um cadáver e se apavorando com os tubarões. E não foi a única vez. Muitas vezes eu me sentia vigiada quando estava sozinha, e momentos antes ela também estava presente, quando fiquei presa antes de voar. Estava em pé na árvore e me pedia para ir embora.

— Quem é você e porque está sempre me seguindo? — Consegui perguntar com muito esforço.

— Psiu! Não tire minha concentração, eu preciso trabalhar aqui. Pode se mover? — Ela falou baixinho. Era uma garotinha. Deveria ser uma lobinha filhote da reserva, nada mais me surpreendia. Eu, uma guerreira treinada desde o nascimento, que já viajou para outros mundos, no momento fora de combate dependendo da ajuda de uma criança.

— Estou presa na lama, com uma asa quebrada e pouco oxigênio. Às vezes acho que vou desmaiar, estou me sentindo fraca.  Quem é você? — Eu mal falava, e queria tanto poder manter meus olhos abertos, mas o sono estava me vencendo.

— Amina, esse é meu nome, o resto eu não sei. Escuta, preciso que use qualquer poder que tenha enquanto eu seguro essa coisa.

Não conseguia ver nada na frente da garota misteriosa, que pela idade não passava de seis anos. Quando falava, se comportava como um adulto. As palavras pareciam as de alguém que já viveu muito. Uma tontura veio mais forte e não me abandonava. Estava ficando com medo de desmaiar.

— Não consigo conjurar meus dons, tudo dói e o menor esforço me dá vontade de desmaiar. Não consigo respirar direito.

— Não durma, porque não sei se consigo. Vou tentar jogar um glamour em você para escondê-la da cobra. Só tem um problema. — Ela tateava meu corpo procurando algo sem, no entanto, se voltar para onde eu estava. Continuava apalpando com as mãos tão frias, talvez molhadas, que fizeram minha pele arrepiar.

— Qual.. — Falei arrastado. Estava cada vez mais difícil. — Seria o problema? Mas um… menos um… não vai fazer diferença.

— Vou exaurir minhas forças e cair ao seu lado quando gastar as minhas energias para criar o véu, a menos que possa me alimentar desse sangue que sai das suas penas. Por isso não pode dormir, preciso da sua permissão e que esteja consciente na hora que doar. Eu posso me alimentar com seu sangue? Prometo que não vou te machucar, não vou te morder.

O que ela estava dizendo não fazia sentido, por que ela precisava do meu sangue? Achei que estava alucinando. Concordei, já sem forças para falar, mas ela não tomou uma atitude. Forcei a voz a sair num sopro.

— Tem minha permissão.

Primeiro senti uma língua aveludada e fria no machucado da minha asa, que tremeu involuntariamente. Abri os olhos e vi a garotinha lambendo as penas manchadas de sangue, evitando tocar com as mãos enquanto lambia. No entanto, o esforço foi em vão. A primeira pena da ponta da asa pingava sangue e foi nessa que ela permaneceu, pegando com delicadeza. Parecia que estava com medo de me tocar. Com aquelas mãozinhas incrivelmente geladas, levou aos lábios, que também achei muito frios. Eu estava começando a delirar. Uma criança tem sangue quente e é naturalmente em algumas vezes mais quente do que um adulto, nunca fria nem quase gelada como essa garotinha. Ela sugava, ora rápido, ora lentamente, os dentes raspando sutilmente a carne.

A lembrança de outra criança veio à mente. Eu olhava para seu rostinho e um par de olhos azuis me olhavam de volta enquanto mamava em meu peito. Eu chorava com ela nos braços e a entreguei para Nara, que também chorava. Aquela criança nos meus braços era nossa filha. Ou então, será um dia. Ela me lembrava muito a Nana.

A imagem mudou. No meu delírio, Israfil entregava um par de alianças que forjou com pedras retiradas próximas ao local onde ele esteve sentado por séculos em seu cativeiro. Moldou os anéis e entregou a Nara, que me deu uma. Dentro da aliança estava gravado a letra “N” e algumas palavras inscritas que eu não podia ler. O anel foi colocado na minha mão esquerda e eu coloquei a outra na mão da Nara. Pensando bem, acho que estou tendo alucinações do futuro próximo, onde nós duas vamos selar nossa parceria de uma forma diferente.

Mais uma vez as imagens mudaram. Agora eu estava em uma caverna, Nara estava dormindo e minhas tias gêmeas aprontavam um ritual de reivindicação. As palavras eram bem claras.

— Apronte tudo. — Inae ordenou. Heloise jogou sais no solo, riscando as runas, e Angel ergueu um véu de invisibilidade na frente da gruta.

— Olhe a Nara. Sua companheira está morrendo, você precisa passar pelo ritual. — Me vi nua, cortando o pulso e oferecendo meu sangue para curar a alfa, minha companheira de vida e de morte. O ritual estava feito e Nara estava viva.

As visões iam e vinham em flashbacks. A garotinha estava falando, tentando chamar minha atenção, e isso me trouxe de volta  à realidade.

— Não se preocupe, não vou transformar você em vampira.

Abri os olhos. A garota estava sorrindo, mas notei alguma coisa estranha no seu olhar violeta. Nunca tinha visto olhos dessa cor. Apesar de lindos, pareciam sem vida.

— Essa criança que vi em suas lembranças é sua filha? Onde ela está? Não senti crianças aqui desse lado.

— Acho que sim. — Respondi, ainda sem entender muita coisa. — Você é vampira?

— Sim. Não lembro de muita coisa antes de chegar aqui, mas sou.

— O que se lembra? — Ela se virou e me encarou com aquele olhar penetrante.

— Eu me perdi. Ou me perderam, não sei… Tudo o que lembro é que quando acordei só sabia meu primeiro nome… E quando abri os olhos havia um homem por perto. Ele mandou  eu vir para a reserva e disse que a minha mãe estaria me esperando, que ela estava doente, mas quando me visse ia ficar boa… Você acredita nisso? Eu não acredito, mas mesmo assim aqui estou. Não tenho outro lugar para ir.

Acho que eu estava desmaiando e acordando repetidamente, pois escutava apenas pedaços do que a garota dizia e muita coisa não fazia sentido.

— E como você sabia em qual chalé sua mãe estaria? As lobas da ilha preferem morar em casas na parte moderna.

 — Ele me deixou na porta de uma loba. Estou terminando. Pronto, a cobra  não está vendo mais nada e nem sente o nosso cheiro. Como está se sentindo? Quer que eu vá chamar sua filha? Eu a senti aqui perto.

 — Não! Minha filha não. Chame a mãe dela, procure meu povo. — Me enchi de esperança. Se essas lembranças são visões do futuro, significava que eu iria sobreviver, que não era hora de jogar a toalha. Em algum canto, minha companheira está me procurando, e a minha obrigação é permanecer viva até o resgate chegar.

— Olha você está muito ferida. Sua asa está quebrada e o terreno aqui é muito lamacento. Se continuar aqui, vai ficar enterrada em pouco tempo. Vou chamar a Nara. Não se preocupe, você está guardada e protegida. Durma enquanto isso, assim economiza sua energia.

Acredito que senti uma mãozinha fria como gelo passando por meus olhos e um cheiro de lírio entrando nas minhas narinas. Depois disso, não vi mais nada.



 

 

 

Fim do capítulo


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