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Inefável por Maysink

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Palavras: 2304
Acessos: 212   |  Postado em: 29/01/2024

Capitulo XII

Caleb Monterraz

Não fazia a menor ideia de como havia parado ali, muito menos de como sair. Só sabia que estava preso dentro do que parecia ser o Château Santiago. A estrutura imponente e majestosa do velho castelo, havia dado lugar à decadência em sua mais pura forma. Os corredores sob a constante penumbra, a mobília reluzindo a aparência morta revestida pela madeira enegrecida de um corpo outrora banhado em verniz. A cada cômodo, o vazio me saudava. Pelas largas janelas, a eterna noite fazia fundo para o jardim igualmente negro. Não sabia a quanto tempo estava ali, tantas foram às vezes que andei por entre os silenciosos corredores que sentia estar começando a fazer parte deles. Sinceramente, acho que estava cada vez menos lúcido, os sentimentos bons iam se perdendo por entre os cômodos, tinha certeza de que poderia vê-los derretendo sob o assoalho daquela casa. Todas as tentativas de abrir algumas das inúmeras portas do casarão, foram fracassadas, e por mais que insistisse em chamar por alguém, o eco da minha voz me servia de resposta. 

Ayla e seus astutos olhos castanhos ganhavam o destaque dos meus pensamentos a todo momento, firmando meus pés precariamente no véu da razão. Foi envolto nas lembranças boas que minha garota proporcionava que o barulho alto de uma porta se fechando com força invadiu meus ouvidos, me fazendo sobressaltar de susto. Pus meu pesado corpo em movimento e segui, alarmado, até a fonte do som vindo da frente do casarão. Já mais próximo da entrada, o som de passos apressados em minha direção, interromperam os meus. Involuntariamente, armei uma postura defensiva, me preparando para qualquer coisa que pudesse acontecer a seguir.

— Caleb? – hesitante, deixei evidente minha presença ao entrar no cômodo que a voz me chamando se encontrava. Minha surpresa foi tamanha, ao ouvir meu nome sendo pronunciado nervosamente pela garota desconhecida que me olhava aflita. Não a respondi de imediato, aturdido pela presença intrigante da morena a minha frente. Os olhos de um castanho líquido ainda que soturnos brilhavam rajadas avelãs, as sobrancelhas bem delineadas estavam cerradas, o maxilar definido assim como os lábios cheios se apertava em contenção. O conjunto do lindo rosto transparecia o quão encabulada estava por me ver ali.

— Quem é você? – questionei-a igualmente aflito, dispersando a doce névoa de sua aprazível presença.

— Não era para você estar aqui! – desesperou-se enquanto repetia aquilo me ignorando totalmente. Suas mãos num ato nervoso iam várias vezes de encontro ao seu rosto angustiado enquanto falava, sua reação confirmava minhas suspeitas que algo naquela situação não estava certo.

— O que está acontecendo? Quem é você? – insisto impaciente. A desconhecida então voltou seus olhos agitados para mim, proferindo palavras tão agitadas quanto.

— Caleb, qual a última coisa de que se lembra? — questionou com a voz quebrada. Involuntariamente busquei minha última lembrança…Em meio à confusão fui pronunciando em voz alta os fragmentos que iam surgindo, como se para ter certeza se havia acontecido ou não, confidenciei cada lembrança embaralhada com a voz sôfrega.

— Ahm......Fui buscar Ayla na cafeteria … Ela estava com as amigas… Não lembro muito bem se conversamos…  Deixei-a em casa e fui para a minha… no quarto encontrei o relógio fora da caixa onde o guardei, mas quando o peguei … acho que acordei aqui. Não me lembro de mais nada depois disso. – o semblante desolado presente no rosto da desconhecida à minha frente, gelou toda a minha espinha, me golpeando em ondas de agonia, eliminando meu último resquício de paciência e equilíbrio. 

— Dá para falar logo que porr* está acontecendo? – proferi exaltado dando alguns passos em sua direção. Aquele mistério todo não contribuía em nada na tentativa de me manter calmo diante aquela situação estranha, seu silêncio tão pouco. Entretanto, definitivamente não ficaria melhor depois de suas próximas palavras.

—Você morreu! – ela disse vacilante. Incrédulo, deixei com que a gargalhada cética retumbasse de dentro do meu peito, suas palavras soavam quase como uma brincadeira maldosa. Mas vendo sua postura receosa, fui perdendo a força, a cética risada ia se tornando nervosa e amargurada.

— Que palhaçada é essa? – indaguei minha enésima pergunta àquela desconhecida. Praticamente cuspindo as palavras a ela, de tão cansado que estava de tudo aquilo. Para minha infelicidade, a inegável verdade refletia naqueles olhos castanhos tempestuosos. Claro que em algum momento, aquela hipótese havia passado pela minha cabeça, só não queria aceitar. De algum modo, acreditava que se não dissesse aquilo em voz alta, não se tornaria real. Mas, depois daquela afirmação vinda de outro alguém, não tinha mais como voltar. Eu estava morto! 

— E-eu... sinto muito! – a voz rouca tentou me dar consolo, proferindo palavras doces seguidas do delicado afago em meu ombro direito. Num ato corajoso levantei meus olhos aos seus, tentando transparecer o otimismo que eu não tinha e nem parecia necessário manter mais.

—  Peço desculpas pela explosão grosseira. Sei que não há o que se fazer. O que está feito, está feito! – suspirei resignado, havia sido tão rude com ela atoa. Para meu momentâneo alívio a garota me sorriu condescendente, apertando ainda mais seu afago. Ela também estava naquele lugar, entendia meu estado emocional precário.

— Na verdade, tem sim. Se você está aqui, então, Ayla corre perigo! – outra vez suas palavras surtiram o efeito congelante em meu corpo. A simples menção do nome da minha — não mais namorada — serviu para me despertar das lamentações silenciosas, sendo facilmente substituídas pelo questionamento de como aquela desconhecida sabia sobre ela e quem realmente era.

— Como você conhece Ayla? Afinal quem é você?

Afastando-se e dando um leve inclinar de sua cabeça, a garota pediu que a acompanhasse. Seguimos até a grande biblioteca no segundo andar do casarão, onde nos sentamos numa das poltronas largas de couro marrom para leitura dispostas ali. Aquele era um dos pouquíssimos cômodos com portas que tive acesso, já que os demais se mantinham trancados. A garota ao meu lado, mexia suas mãos inquietas, parecia escolher bem as palavras que iria usar, porém, fosse o que fosse, eu queria entender logo o que estava acontecendo, principalmente, porque aparentemente precisávamos ajudar Ayla.

— Me chamo Kiara Santiago, e como você também fui vítima de Ylena. Só que… não estou morta! – disse com pesar.

— Se não está morta, por que está aqui? Você não está fazendo sentido! – declaro ainda mais confuso.

— Olha, não tenho todas as respostas. O que sei, é que ela não conseguiu me matar, mas conseguiu tomar o meu lugar ou algo assim. Por isso estou presa aqui! 

— De quem você está falando? – perguntei confuso. Nem depois de morto parecia que teria as respostas para aquela merd* toda. A palavra morto ficou ecoando em minha mente de um jeito estranho.

— Ylena. Ela é meio que a dona do relógio, foi através dele que conseguiu fazer o que fez conosco!

— Era só o que me faltava! O relógio é amaldiçoado? – Kiara riu, como se o que tivesse falado fosse a coisa mais ridícula do mundo, como se a situação por si só já não fosse absurda. Aquilo acabou me fazendo fechar a cara insatisfeito, o que lhe resultou um sorriso largo e divertido.

— Possuído, eu diria. Nós estamos dentro dele neste momento, e como pode ter percebido não é nenhum parque de diversões. – mostrou o ambiente ao nosso redor com uma das mãos.

— E como você sabe quem somos?

— Quando entraram em contato com o relógio, criou-se a conexão entre todos nós. Como se fossemos partes diferentes dele. Acredito que seja deste jeito que Ylena consegue nos trazer para cá, também acho que foi como ela assumiu o meu lugar.

— Não lembro de ter visto te nos sonhos. – falei curioso.

— Eu quem te tirava daqui quando Ylena estava prestes a te alcançar. – pude ver o sorriso tímido surgir no canto de sua boca em resposta ao meu olhar surpreso. Não consegui agradecer-lhe audivelmente, mas tentei demonstrar minha gratidão apertando delicadamente uma de suas mãos. Foi inevitável que a nova onda de culpa, me transborda-se novamente de arrependimento por ter me alterado tão facilmente com ela, que nada tinha a ver com minha situação deplorável de recém morto, e sim que compartilhava da caótica sentença.

— Ylena é forte demais, e acabou dando um jeito de me afastar naquela noite. Isso meio que me ajudou a avisar Ayla, infelizmente só não foi a tempo. – Kiara prosseguiu com sua explicação. Aquilo tudo começou a fazer sentido em minha cabeça. Os sonhos, a voz, a sombra me empurrando, o papel do relógio, a reação de Ayla ao tocá-lo. Havíamos caído numa grande trama sobrenatural, ficando à mercê de seus jogos. Agora voltaria sua atenção à Ayla, a tornando sua próxima vítima.

— Nós precisamos fazer alguma coisa, temos de avisá-la para destruí-lo antes que seja tarde outra vez. Você já fez isso. – sugestiono.

— Desde que você chegou aqui, não consigo me conectar a ela. – sentenciou. Igualmente frustrado, levantei-me andando de um lado ao outro, estávamos de mãos atadas a espera de que um milagre acontecesse, e eu não estava disposto a ficar parado enquanto Ayla corria perigo. 

— Será que consigo? – pergunto esperançoso.

— Ayla precisa nos deixar trazê-la para cá através da conexão. Então depende mais dela do que de nós. – reponde tentando não acabar com minhas esperanças. Não nos restava mais nada além de esperar.

Enquanto não encontrávamos brechas até Ayla ou o contrário, pude conhecer mais de Kiara e sua vida pré-assassina sobrenatural, vulgo Ylena. Não podia negar, a presença da morena melhorava a apatia de estar sozinho naquela assombrosa mansão, a fluidez com que nossa conversa se desenrolava me era nostálgica. Ela sabia falar sobre tudo, desde astrologia à botânica e esse último era o assunto do qual falávamos naquele instante.

— Então aquelas flores lindíssimas ao redor do Château são suas preferidas? Você tem um gosto peculiar, Kiara! – a irreverência camuflada que usei zombando dela, a fez rir fartamente naquele espaço indefinido no tempo em que estávamos. Não que a flor-amor-perfeito negra fosse feia, na realidade, sua particular aparência tinha lá seu charme. Mas a imagem medonha proporcionada ao terreno durante as noites frias, não lhes dava tanto crédito assim. 

— Pois fique sabendo que essa espécie é rara, por ser uma flor híbrida não é em qualquer lugar que floresce. 

— Ok, oh Hera Venenosa! Aceite minhas sinceras desculpas. – disse, fazendo uma reverência desajeitada à sua frente, nos divertindo pelo meu jeito teatral lotado de exagero. Aos poucos ambos paramos de rir, e pude ouvir o suspiro saudoso de Kiara.

— Sabe do que mais sinto falta?! – acenei-lhe em negativa a incentivando. – Do café. Jamais perdoarei Ylena por me privar do meu líquido preferido! – dessa vez, quem gargalhou foi eu. Infelizmente, minha atual realidade se fez presente ao analisar a verdade de suas palavras, a verdade latente de quanta falta eu iria sentir dali em diante, esse triste pensamento também me causou um suspiro, que ao contrário de Kiara, era de melancolia. 

— Posso fazer uma longa lista dos motivos para não perdoá-la. – foi inevitável que o clima se tornasse mórbido depois daquilo. Afinal eu estava morto aos 23 anos, jovem e cheio de sonhos que jamais iriam se realizar. A garota ao meu lado deu um sorriso cauteloso, demonstrando que entendia o que se passava na minha cabeça. Ela estava presa aqui, e de certa forma, também não tinha como viver os seus sonhos. 

— Pessoas boas são tragadas pela espiral tortuosa que gere a vida, Cal. Um preço alto para se manter o equilíbrio. – depois de suas palavras, Kiara não mais voltou a falar, nem mesmo eu tive coragem. 

O silêncio era mais que necessário. Ambos, nos permitirmos absorver o impacto da avalanche que devastou nossas vidas. Um tempo depois, ouço Kiara me chamando, entretanto, ver sua imagem desaparecendo à minha frente, não era bem o que esperava encontrar. 

— O que está acontecendo? – gritei alarmado.

— Se acalme, Caleb. Era o que estávamos esperando. – seu corpo desaparecendo devagar e a tranquilidade estampada na face da garota a minha frente me soava perturbadora, claramente sua calma se devia às inúmeras vezes em que havia passado por isso durante suas visitas aos nossos sonhos. Sendo minha primeira vez presenciando aquilo, mortificado era o mínimo para descrever meu estado. 

— Não fale sobre mim. Apenas peça a ela que destrua o relógio como combinamos. – peço firme.

— O que? Cal, não! – Kiara exasperou depois do meu pedido abrupto. Havia pensado bastante e chegado à conclusão que se fosse mencionado, nossos planos iniciais não dariam certo. Ayla em toda sua impulsividade iria acabar fazendo totalmente o contrário do que pedíssemos, teríamos que induzi-la a concordar com a ideia de destruir o relógio e acabar logo com aquilo.  Ela saber que nós seríamos afetados não colaborava com esta expectativa.  

— Faça isso, ok? Será melhor assim. Não podemos correr o risco dela querer se envolver ainda mais nessa situação. 

— Tomara que ela ouça! – a morena concordou relutante, logo desaparecendo por completo.

— Infelizmente, não vai... – sussurrei-lhe. 

 

Aquela certeza pairava sobre mim, enquanto sua imagem sumia. Conhecia Ayla o suficiente para saber que a iminência de alguém em perigo, impulsionaria seu altruísmo, e nada nem ninguém a faria parar até tentar a exaustão. Eu contava com isso para poder ajudar Kiara a retomar sua vida, uma opção extremamente arriscada. Sabia que Ayla estaria em perigo, mas naquela altura todos já estávamos à mercê do improvável. O jeito seria dobrá-lo a nosso favor. Seria meu último ato de cuidado àquela que eu amava.

Fim do capítulo


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