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Inefável por Maysink

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Palavras: 2414
Acessos: 312   |  Postado em: 29/01/2024

Capitulo V

A noite se encerrou tranquila e animada pela expectativa do festival. Caleb havia nos deixado há pouco em casa depois de nos buscar, e mesmo insistindo para que ele passasse a noite comigo, me encontrava sozinha em meu quarto protelando ao máximo pregar os olhos. Não estava nenhum pouco animada para vivenciar o costumeiro tormento noturno que vinha sendo parte da minha rotina. Ainda que tivesse sobre a fraca influência do álcool, aquela sensação inquietante não abrandava de forma alguma. Era de se esperar que naquela altura, já estivesse acostumada, mas não era assim tão fácil. 

 Sentada no peitoril abaixo da janela, aprecio o céu daquela madrugada. A noite estava estrelada tal como em meu último sonho no jardim. Diferentemente, dos reflexos da noite na cidade, no jardim frontal do Château o manto infinito e incandescente abraçava cada cantinho que pudesse alcançar cedia ao casarão um magnetismo perigoso.  Pensar em como um lugar que tanto me deslumbrava agora me amedrontava, era devastador.

Em algum momento entre minha admiração e a luta constante em me manter acordada, cedi ao cansaço, deitando em minha cama. Mal repousei a cabeça sob o travesseiro para que meus olhos inevitavelmente se fechassem e minha mente enfim vagueasse para as lembranças da garota desconhecida. 

"Não foi espantoso me dar conta que me encontrava no tão conhecido jardim negro. Como das outras vezes, esperei pelo chamado tortuoso convidando a segui-lo para dentro da estrutura gélida da casa, mas este não veio. À minha frente à estátua em mármore envelhecido, erguia-se melancólica bem no meio do jardim. Testei meus passos, vagarosamente andando por entre as flores contornando a escultura, não havia somente as flores negras como também tinha uma variedade de flores de cheiro agradável. No farfalhar das folhas do pequeno labirinto, achei ter ouvido meu nome, um sussurro distante ecoando pela brisa. O chamado ganhava força de forma crescente, chegando cada vez mais perto.

— Ayla .... Ayla!

Olho ao meu redor procurando de onde a voz rouca vinha, e lá estava ela, correndo em minha direção. A garota desconhecida se aproximou apressada, o rosto repleto de aflição arrepiava minha pele, desconfortavelmente. Direcionei-me vacilante em sua direção tentando encurtar nossa distância em ato reflexo a urgência de seus passos.

— Ayla, precisa ajudá-lo! – a garota pronunciou afoita. 

Quando ficou perto o suficiente para ouvi-la perfeitamente, sua voz tinha o tom rouco agradável daquelas cantadas em músicas lentas e envolventes. Perdi meus olhos por seus detalhes. Nunca estivemos tão perto como naquele momento. Notei o franzir tenso entre suas sobrancelhas, o maxilar acentuado travado, os lábios chamativos crispados em evidente preocupação. Ela levou sua mão direita ao meu rosto numa carícia urgente e cautelosa, como se quisesse prender minha atenção totalmente em si. Aquele toque me arrepiou a alma por inteiro. 

— Você tem que ajudá-lo, cariño! – insistiu. 

— A quem tenho que ajudar? Quem é você? – sussurrei melancólica.

— Não há tempo! Por favor, volte. Ela já o alcançou. Você precisa acordar... Ayla!... Ajude-o! 

Meu corpo foi se afastando dela, sendo arrastado para longe depressa. Uma força sobre meus braços se fazia constante, empurrando e me forçando para a realidade sob seu aperto. Eu não queria ir, não antes de entender o que estava acontecendo, mas não tive escolha.

— Ajude Caleb… Ayla!” 

Despertei com o chamado alto e preocupado de Madison, que estava com as mãos em meus ombros chacoalhando enérgica tentando me trazer de volta a consciência. Olhei-a ainda aturdida por ter sido arrancada do estado inconsciente tão rudemente por seu chamado insistente e nervoso.

— Ayla, por Deus, acorda! – chama outra vez.

— Oi… o que houve?  

— Eu quem te pergunto o que houve! –  exclamou agitada. – Você estava inquieta chamando pelo Caleb. – a menção ao nome do meu namorado me trouxe clareza imediata. Ele corria perigo! Seja lá o que estivesse acontecendo, deveria encontrá-lo o mais rápido possível. Aquela urgência me tomava inteira, fazendo meu corpo ficar trêmulo e impaciente. 

— Meu Deus, preciso ir. – exasperei, agitada. Minha amiga me olhou confusa e alarmada, enquanto me via procurar um par de roupas qualquer para sair imediatamente. Provavelmente a ruiva estava achando que eu ainda agia sob a influência do sono, pois penosamente me olhava vagando de um lado ao outro no quarto.

— Onde pensa que vai, sua louca? Não tem a mínima condição de sair assim. – Num rompante, a garota agarrou-me novamente pelos ombros, me fazendo olhá-la irritada pela intromissão.

— Preciso encontrar Caleb! – sentencio, categórica.

— Sem chance, queridinha! – diz, me olhando como se eu estivesse maluca.

— Madison, não tenho tempo para discussão, saia da frente por favor. Você não entende! Eu tenho que encontrá-lo! 

Não sei se foi o meu evidente desespero ou discurso exaltado, ou qualquer outra coisa que tenha passado pela cabeça dela, mas a minha amiga deu-se por vencida bradando que me acompanharia, logo indo também se trocar. Saímos o mais rápido possível, e Madison visivelmente a mais calma de nós, dirigia seu sedan em direção a casa de meu namorado, enquanto eu ligava insistentemente para seu celular. Não tendo qualquer sucesso, optei por uma de suas irmãs que após o quinto toque atendeu com a voz arrastada de sono. 

— Samira, estou tentando falar com Cal e não estou conseguindo. Por favor, vá até ele, é urgente!

— Ahn? Ayla? O que aconteceu? – minha cunhada perguntou, meio desorientada.

— Samira por favor! É urgente!

— Tá bom, tá bom. – Esperei na linha ouvindo seus passos até o quarto do irmão, a cada segundo implorava aos céus que dissesse que ele estava apenas dormindo, por isso não me atendeu. Apesar de algo dentro de mim, gritar o contrário, ainda me agarrava aquele fiozinho de esperança com todo fervor que podia. O ruído da porta sendo aberta do outro lado da linha atraiu minha atenção de volta, fazendo meu coração pular apressado.

— Samira? Ele está aí? – pergunto apreensiva.

— Que estranho! 

— Samira! – proferi impaciente e temerosa.

— Desculpa Ayla, ele realmente não está aqui. O que… – não a deixei terminar, logo desligando o telefone. 

Levei as mãos ao meu cabelo o bagunçando nervosa, a tensão me fazia fracassar na tentativa de me acalmar de alinhar meus pensamentos. Tentava trazer a mente qualquer lugar que fosse que ele poderia ter ido, mas ao mesmo tempo rogava aos céus para aquilo ser apenas mais um pesadelo, que logo acabaria

—Ayla? Ele estava lá? – saindo de meu martírio pessoal olhei Madison, balançando a cabeça negativamente sentindo um bolo se formar em minha garganta. Não podia estar acontecendo, não com ele! – Ok. Precisamos pensar onde ele pode estar. Você tem alguma ideia? – acrescenta sugestiva.

— Eu...eu...não sei. – a respondi absorta em meu estado de total desespero. 

— Vamos Aly, respire e pense! Precisamos ajudá-lo e você o conhece bem. Onde ele poderia estar? – insiste.

Fiz como ela disse, respirei profundamente várias vezes, tentando organizar meus sentimentos e pensamentos. Não podia perder o controle logo agora. Caleb precisava de mim. Mas… onde ele poderia estar? Aquela pergunta ecoou em minha mente agitada por incontáveis vezes, até que uma luz se ascendeu. Uma ideia tão improvável dançou em meus pensamentos, uma que eu não queria acreditar ser uma opção, mas diante dos últimos acontecimentos parecia o mais próximo de um lugar que ele estaria. Um que eu bravamente o fiz evitar por todo esse tempo, até agora. 

— O Château. – sussurro.

— O quê? – questionou confusa.

— Caleb foi ao Château Santiago. – digo pausadamente, não me esforçando em fazer sentido para ela. A verdade é que nem mesmo se quisesse o faria.

— Isso é alguma brincadeira? Ayla, por que ele iria para lá uma hora dessa? – questionou Madison totalmente descrente.

— Mads, depois te explico o que quiser. Só por favor vá para lá o mais depressa possível. – corto sem qualquer traço de paciência.

Relutante minha amiga atende meu pedido, acelerando o máximo que podia ganhando noite afora. O caminho até o velho casarão foi preenchido no mais completo silêncio. A cada minuto que passava podia sentir meu peito afundar na mais pura aflição, não queria imaginar o que poderia acontecer, ou o que o teria feito ir até lá após tanto pedir que não fosse. Nós o encontraríamos e ele voltaria conosco, dizia a mim mesma. Precisava me manter otimista. Era o que me forçava acreditar a todo instante. 

Chegando ao terreno da casa, sua estrutura aterrorizante adornada pela escuridão se fazia presente. O brilho das estrelas brincava pelas pedras que compunham os pináculos do castelo, num jogo de luzes assombroso feito especialmente para o show particular daquela noite. Quando sinto o carro parar saio, apressadamente, sem sequer lembrar de fechar a porta, deixando até mesmo Madison para trás. Meus olhos impacientes perseguiam ansiosos todos os lugares da propriedade, meu corpo tremia em expectativa por encontrá-lo em segurança, e irmos embora o mais rápido possível dali. Subi aos pulos os degraus da escada frontal ignorando totalmente o maldito jardim. Já estava a alguns passos da porta de entrada quando o movimento em uma das grandes janelas no lado esquerdo me chamou a atenção. Forcei meus olhos naquela direção e pude ver os familiares cabelos castanhos movimentando por entre os cômodos, gritei seu nome, mas em nada pareceu adiantar. Apressei meus passos, indo de encontro aos vitrais, mal percebendo que seguia o caminho entre os arbustos de flores negras, ainda que seus pequenos galhos tentassem me impedir, somente me causava pequenos arranhões incômodos. Naquele momento não havia perfume ou sensação entorpecente me impedindo de seguir o convite mudo de me juntar ao abraço lúgubre daquele lugar. Nem mesmo o chamar constante de Madison ou seus passos apressados me perseguindo, me fizeram parar. Eu ansiava alcançá-lo e o arrancar das garras silenciosas e mortais daquele maldito casarão, mas aquela velha casa parecia ter um encanto sombrio só dela, ecoando seu chamado irresistível. Eu sentia seu apelo latente e vulnerável nos chamando, e sabia que para Cal não era diferente, era visível que ele já sucumbira a seu clamor. 

Sentimentos familiares me tomaram, a cada passo que dava o acompanhando pelo lado de fora gerava uma fincada aguda em meu coração. O Château exalava uma névoa sedutora e sorrateira sob nós dois, nos atraindo pelo simples prazer de nos ludibriar. Meu Cal era a mosca na teia de aranha dessa vez, e não conseguia sequer lutar, estava hipnotizado. Pude ter o vislumbre de seus outrora lindos olhos verdes, agora tão distantes e opacos seguirem a marcha funesta imposta pela voz invisível que ecoava tão somente para si. Precisava tirá-lo dali. A urgência de salvá-lo me incendiava, a adrenalina tomou-me de tal modo que comecei a esmurrar as janelas resistentes tentando chamar-lhe a atenção, mas outra vez não adiantou, Caleb não parecia ouvir nada além da melodia mortal que o guiava ainda mais para dentro do casarão. 

Novamente levei meus olhos pela estrutura da casa procurando uma brecha para entrar lá, porém não havia. Eu não conhecia a propriedade, Mads tão pouco e se voltasse à porta da frente não havia garantias de que o encontrasse facilmente para impedi-lo, a casa era enorme e eu não tinha tempo. Voltei meus olhos aflitos a sua figura absorta subindo o que pareciam degraus de uma escada e tão logo sumindo do meu campo de visão. Exasperada me afastei de costas, mantendo meus olhos nas janelas do último andar buscando-o, incansavelmente. Ainda tinha uma pequena esperança de que havia alguém dentro daquela casa e que no susto pelos meus gritos apareceria, mas não foi o que aconteceu. Alguns minutos depois, pude ouvir outro grito, um agudo e aterrorizado que veio de Madison, fazendo meus olhos a procurarem em total desespero. Sua face tomada de pavor e seus olhos verdes fitavam vidrados o ponto acima dos meus ombros, me fazendo virar na direção que ela olhava. Meu corpo gelou ao ver o corpo de Caleb parado de costas no parapeito da janela de uma das torres do lado esquerdo. A queda daquela altura não causaria um estrago, o mataria, era certo! Uma nova onda de terror me dominou, minha voz já rouca de tanto gritar, em um último resquício de força entoou outro chamado! 

— Caleb! Se afaste da janela. Meu amor, por favor, você precisa me ouvir. Se afaste! – implorei desesperada. Minhas súplicas não o tocavam! Pelos céus o que eu iria fazer? Pensando que ele não me ouvia devido à distância fui chegando o mais perto que o canteiro do jardim que rodeava aquela parte da casa me permitia, mas quando abri minha boca para chamá-lo mais uma vez, foi tarde demais. 

Ele havia caído. 

Aquele momento aconteceu em câmera lenta diante meus olhos, nem mesmo o grito horrorizado de Madison rompeu o efeito da imagem de seu corpo despencando, indo de encontro ao chão. Meu peito apertou tão fortemente que o ar desapareceu, como se uma mão invisível tivesse tomado meus pulmões com propriedade, sufocando sem remorso. Minhas pernas fraquejaram também me levando ao chão, o grito de dor ficou preso em minha garganta, meus olhos queimavam devido à quantidade de lágrimas grossas que caíam profusamente por meu rosto encontrando seu fim ao banhar o solo abaixo de mim, tal como o corpo de Caleb. O tempo parou bem como meu coração, sentia que havia caído junto a ele e tinha certeza que agora restaria meramente a casca oca do que um dia tinha sido uma pessoa. 

Entorpecida pela dor silenciosa que me abraçou indesejadamente, meus olhos alcançaram o último vislumbre da janela de onde ele havia caído, tentando me agarrar num ínfimo fio de esperança daquilo não ter acontecido, mas o peso da verdade caiu sobre meus ombros quando vi o vazio. Meus olhos se recusavam a voltar para a realidade que jazia a minha frente, então mantendo meus olhos pregados a janela, minha mente brincou uma última vez comigo. Podia jurar ter visto em meio às sombras projetadas pelo casarão, a silhueta de alguém observando a cena macabra, sob a proteção da escuridão tão naturalmente mórbida daquela noite. Madison me abraçou, Tirando minha atenção da janela, cedendo suas lágrimas ao meu lamento. De onde estávamos não podíamos ver seu corpo, provavelmente já sem vida, mas o vazio em meu peito confirmava o que eu lutava em não acreditar. 

Caleb estava morto! 

 

E nada que eu fizesse mudaria isso. 

Fim do capítulo


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