Capitulo 16
CAP 16
POV SOPHIE
- Amiga você viu a cara da delegada durante todo dia? Eu vi a hora ela me explodir com o pensamento.
- E você fez mesmo pra causar, pensa que não percebi você em cima de mim o tempo todo.
- Eu entrei no personagem de verdade, agora eu quero saber o que aconteceu pra vocês demorarem tanto de manhã.
- Você nem imagina o que aconteceu...
- Fala logo Sophie.
- Eu beijei ela, na verdade eu não sei quem tomou a iniciativa, só sei que foi perfeito... Até você da uma de empata foda e ligar na hora errada.
- Como eu ia saber que vocês já estavam nesse nível? Até onde eu sei você não conseguiu ultrapassar os limites, a delegada é jogo duro.
- Ela é mesmo, mas juro a você que se ninguém tivesse interrompido e ela tivesse parado na hora H, eu ia ficar uma fera porque não chegou nem perto e eu já estava louca. Menina eu tô passando mal só de lembrar.
- Ei volta aqui pra realidade, que foi bom isso já ficou claro agora eu preciso saber dos detalhes.
Passei a narrar os mínimos detalhes pra Amanda e a cada frase eu lembrava das sensações vividas naquela manhã. Passei a noite ansiosa pelo outro dia, queria ter mais alguns momentos como aquele. Amanheceu e eu já estava ligada no 220 volts, deixei Amanda no aeroporto e segui em direção a sua casa, já era quase meio dia quando bati na sua porta e ela apareceu linda.
- Oi entra.
Dei um beijo na sua bochecha e entrei.
- Pensei que já estaria trabalhando.
- Imaginei que iria chegar a essa hora e fui fazer um almoço pra gente.
- Hum, ela é prendada, já pode casar.
- Já fiz isso, não quero repetir o mesmo erro.
- Como assim? Não quer mais casar?
- Não mesmo, já viu alguém casado que se tivesse a oportunidade casaria de novo?
- Como você é sem graça Vitória, apois eu quero um casamento perfeito, com uma festa perfeita e com a pessoa perfeita.
- Mas se for só a festa eu também quero. Falei que não queria o casamento, o compromisso.
- Isso é sério? Isso diz respeito até mesmo a um namoro?(Pensei que ela estava brincando)
- Nao sei, só acho que o conceito de casamento ou de compromisso pra mim não dá mais certo.
- Eu não estou acreditando no que estou ouvindo. Vai passar o resto da vida como uma solteirona pegando um e outro?
- Não disse isso, mas entenda meu pensamento , eu estava no auge vida quando engravidei, como consequência eu e o Vitor resolvemos casar, tudo bem que não foi tão ruim, mas você não acha que eu deveria curtir um pouquinho pra depois, bem depois pensar em me amarrar?
Estávamos na cozinha, ela parou de cozinhar e veio bem perto de mim pra falar essa ofensa e pra acabar de acertar falou tudo num tom de deboche. Meu rosto foi tomando uma coloração rosada e a medida que ela ia falando eu fiquei vermelha feito camarão.
- Que pouca vergonha Ana Vitória, então quer dizer que você quer sair curtindo como se ainda tivesse vinte aninhos, isso é um absurdo, parece coisa daqueles homens galinha e coroa que se acha os novinho e fica pegando as novinhas abestalhada que encontram pela frente.
Escutei uma gargalhada da sem vergonha me deixando ainda mais irritada.
- Porque você está gargalhando? Falei alguma besteira por acaso?
- Sophie vem aqui pertinho de mim. Se acalma, toma uma água.
- Eu estou muito bem.
- Eu estava só brincando, mas acho que levou a sério demais ou seria outra coisa?
- Que outra coisa? Isso não é brincadeira que se faça.
- Porque? Qual seria o problema de eu sair pegando uns novinho? Ou pode ser até mesmo novinha.
- Você não brinca comigo Ana Vitória, não sabe do que sou capaz?
Eu estava frente a frente e com o dedo apontado na cara dela.
- E o que você faria?
- Você não brinca comigo Vitória.
- Por acaso isso é ciúmes?
- Como assim ciúmes? Eu não tenho ciúmes.
- Então tá bom, já que não está com ciúmes porque está toda vermelhinha?
- Eu não estou vermelhinha.
- Tá certo ciumenta vermelhinha vamos comer que eu tenho que pintar uma casa.
Virei as costas com raiva por ter entregado meus ciúmes, fui no banheiro e me certifiquei que ela estava certa eu estava vermelha feito camarão.
- Agora essa. Não quer ter compromisso. Vamos ver até onde isso vai.
Voltei e a mesa estava posta e a comida estava uma delícia, Vitória me falou que só estava faltando o quarto de hóspedes pra pintar, então quando terminamos de comer fomos pra lá. Foi uma tarde bastante animada e cansativa, realmente ela sabia pintar só que não imaginava que era um trabalho tão meticuloso, daqui pra frente valorizaria muito mais os profissionais dessa área. Já era noite quando terminamos e pedi a Vitória pra tomar um banho.
- Vi, queria tomar um banho, mas não tenho roupa pra trocar.
- Eu te arrumo uma roupa minha.
- Você é grande demais, suas roupas não cabem em mim.
- Tenho uma blusa grande, vai ficar parecendo um vestido, mas serve, quanto a um short vou ficar te devendo.
- Não tem problema, eu uso esse mesmo e sempre trago uma lingerie na bolsa.
- Precavida você. Vou pedir comida pra nós, não estou em condições de cozinhar.
- Tá certo.
Tomei banho e quando sai tinha uma blusa de botões grande que me serviu perfeitamente e não precisou nem do short, afinal eu estava em casa e queria ficar a vontade.
- Sophie cadê o short?
- A camisa ficou grande, não precisou do short.
Ela me deu uma encarada, uma secada de cima a baixo e saiu indo em direção ao banheiro. Vitória demorou tanto a ponto da nossa comida chegar e ela ainda estar no banheiro, então fui atrás dela.
- Vi, nossa comida chegou, tô com fome.
- Já estou saindo.
Como sua casa ainda não tinha móveis peguei alguns travesseiros e um lençol e fiz um pique nique na sala, peguei duas velas acendi, organizei toda comida e abri a porta que dá pra varanda. Quando ela chegou se espantou.
- Uau. Tinha tudo isso na minha casa ou você saiu e eu não vi?
- Eu sou bem criativa, estava mechendo nas suas coisas, espero que não fique com raiva.
- E eu vou ficar enraivada com um ambiente lindo desse? Espera que eu vou pegar um vinho.
Ela saiu, mas meu sorriso continuou. Voltou com uma garrafa de vinho e duas taças. Eu precisava trabalhar amanhã, mas se eu falasse alguma coisa sobre o vinho ela não ia deixar eu tomar consequentemente eu teria que ir embora dirigindo, então fiquei de boquinha fechada.
- Adoro esse vinho.
- Eu também, eu sou bem chata com comida e afins, mas quando gosto de uma coisa como até enjoar.
- Só com comida?
- Oi como assim?
- Disse que enjoava de comidas.
- Sophie você é um perigo. Vamos comer que é melhor.
- Vi, me conta sobre sua família, naquele dia eu liguei e estava uma zuada medonha.
- Minha família é grande, tenho 4 tias por parte de mãe que gostam de uma zuada grande, meu pai nunca vi, sumiu no mundo quando ainda tinha cinco anos então somos só eu e mamãe lá em casa, mas é onde todos se reúnem. No dia que você me ligou eu tinha ido almoçar na casa dela e tive uma surpresa pois estava toda minha família reunida parecia até dia das mães. Mamãe como eu posso dizer, ela é meu porto seguro, minha melhor amiga, é para onde eu fujo quando preciso.
- Que linda a relação de vocês duas. Lá em casa eu sou assim com meu pai, apesar de amar mamãe, sou mais apegada ao meu pai, inclusive falei com ele sobre você e adivinha?
- O quê?
- Ele está doido pra te conhecer, mandou te chamar pra passar uns dias em Fortaleza.
- Como assim ele quer me conhecer? E como assim você falou de mim pro seu pai? O que você falou?
- Ei se acalma, eu falei que estava apaixonada pela morena mais linda que meus olhos já viram. Ele até me deu umas dicas de como conquistar seu coração.
- O quê????
Levantou depressa me deixando nervosa.
- Porque fez isso Sophie? Agora eu estou morta de vergonha.
- Porque esse espanto? Eu só falei com ele porque precisava falar com alguém e ele me entende. Imagina se eu fosse falar com a Duda ou outra das meninas.
- Você não está nem louca de fazer uma coisa dessa.
- Vi, olha pra mim, as meninas já perceberam.
- Como assim perceberam?
- A Duda queria chamar você pra sair, mas eu fiquei tão irada que ela desconfiou, eu não confirmei, mas também não neguei. E se alguém soubesse seria tão ruim assim? Você tem vergonha de mim?
- Não, não é isso. Eu não sei, só estou com vergonha e não é de você.
- Se não é de mim então está com vergonha de que?
- Nos não temos nada e todo mundo já está supondo, eu não quero minha vida aberta ao público.
Os ânimos se alteraram, Vitória estava transtornada e me deixou do mesmo jeito.
- Eu não abri sua vida ao público, também não tenho culpa de ser transparente quanto aos meus sentimentos e se quer saber não fui só eu que deixei transparecer os sentimentos, agora você fique aí fingindo que nada aconteceu, que não está mexida e todo esse teatro que eu vou embora.
- Eu não estou fingindo nem fazendo teatro, a gente conversou e chegou em um acordo e você não pode sair assim, está quase pelada.
- Eu saio do jeito que eu quiser, saio só de lingerie que você não manda em mim.
Fui em direção a porta quando senti ela puxar meu braço e no nosso vexame me fez esbarrar de frente com ela, nossa respiração alterada, o olhar chamando, o corpo reclamando o desejo reprimido, quando por fim ela segurou meus cabelos e antes de me beijar falou:
- Garota abusada.
Me puxou pela nuca num beijo feroz, nossas bocas se sentiam como degustação de uma fruta suculenta, meu corpo em chamas não aguentou, passei a retirar sua camisa, ato que não foi repelido então continuei, toquei seus seios por cima do sutiã e percebi que Vitória continuava com toques ainda tímidos. Separei um pouco nossas bocas, olhando em seus olhos, comecei a desabotoar lentamente a camisa que eu estava, quando ela caiu aos meus pés e olhei para ela seus olhos pareciam duas tochas de fogo. Peguei em suas mãos levei uma até meu seio e a outra a minha boca, enquanto beijava sua mão falei:
- Eu quero fazer amor com você.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]