Capítulo 2 — A história
Me despedi de minha tia, alguns amigos e segui para casa, o caminho foi longo até lá, apesar de ter pisado fundo e forçado o carro, era apenas impressão ou talvez, a ansiedade para chegar logo. Quando encostei a caminhonete, estranhei Ruffos não estar por ali, mas ouvi o latido dele longe e imaginei que estivesse no rio. Carreguei as compras para dentro de casa.
Entrei e Helena não estava lá também, coloquei as sacolas sobre a mesa, tomei água e encostei na porta dos fundos, ouvindo Ruffos latir. Peguei algumas laranjas e fui descascando-as em direção aos latidos. Quando me aproximei ouvi ela rindo, barulho de água e mais latidos, balancei a cabeça, sorrindo também.
De repente, ouvi um grito agudo, diferente dos outros. Corri em direção a eles e quando me aproximei, a vi em cima de uma pedra, de calcinha e sutiã, o cachorro estava do outro lado latindo para alguma coisa no chão e ela chamando:
— Vem Ruffos, não mecha com ela, pode ser venenosa.
Uma rápida olhada e vi que era uma cobra d'água, entendi o porquê de tanta bagunça. Sorri encostando na árvore e terminei de descascar minha laranja, vendo ela chamar o cachorro e jogar pedras onde estava a cobra, distraída não me viu ali. Depois de uns dez minutos brigando, olhou na direção de onde eu estava e finalmente me viu, fechou o semblante, cruzou os braços, perguntando:
— Quanto tempo está aí?
— Uns quinze minutos mais ou menos.
— Me viu aqui desesperada e não fez nada?
— Você parecia estar no controle da situação, não quis me envolver. — Sorri e ela dizia ainda brava:
— Você já foi mais gentil, sabia?
— Sabia sim, o tempo me ensinou a ser dura e a sobreviver.
Aquilo pareceu atingi-la, cogitou em dizer alguma coisa, mas não disse. Esperou algum tempo e perguntou:
— Poderia me tirar daqui agora, por favor?
— Quer que eu entre na água gelada para tirar você daí? — Disse divertida, já esperava por aquilo, cenas assim aconteciam direto conosco, no passado. Ela olhou na direção onde a cobra estava e voltou a me olhar, dessa vez disse quase suplicando:
— Por favor, Cris! Sabe que morro de medo desse bicho asqueroso.
— Pelo barulho que você e Ruffos fizeram, ela deve estar a quilômetros de distância.
— Por favor!
Senti o desespero em suas palavras, coloquei a faca de lado, tirei meu chapéu e entrei na água de bota mesmo, estava uma delícia, deu vontade até de mergulhar no poço ao lado. Fui agraciada por ter uma pequena cachoeira em minhas terras, uma queda de três metros apenas, um divertimento para mim e meus primos quando vinham me visitar. Por ser um lugar restrito, o acesso para estranhos, não era permitido.
Voltei para a situação atual, comecei a caminhar em direção a ela. A água foi subindo em minhas pernas, minhas coxas até alcançar a cintura. Droga, estava de jeans, e para tirar depois, iria ser um sacrifício. Quando me aproximei percebi, para meu desespero dessa vez, que para tirá-la dali, teria que ser em meu colo. Hesitei no meio do caminho, a cachoeira próxima jorrando respingos, Ruffos começou a latir e ela disse desesperada:
— Cris, por favor!
Voltei a caminhar novamente, quando cheguei até ela, me apoie na pedra e a peguei no colo. Tentei o tempo todo não pensar na sua respiração próxima ao meu ouvido, seus batimentos juntos aos meus, seus braços em volta do meu pescoço. Tentei acelerar os passos, mas estava indo contra a correnteza. Senti a respiração dela próxima ao meu ouvido, quando disse:
— Obrigada por me salvar. — Concordei apenas, tentando sair logo daquele embaraço, mas ela não ajudava enquanto ia dizendo: — Está mais forte ou é impressão minha?
— O trabalho braçal aumentou muito nos últimos anos, e como eu trabalho sozinha, tenho me esforçado um pouco.
— Não acha que deveria colocar alguém para te ajudar? Pelo menos em alguns dias, talvez.
— Já pensei sim, mas gosto do que faço, além disso, ocupa a minha mente.
Mais uma vez aquilo atingiu ela, não foi intencional. Apesar de ser, em parte, culpa minha ela ter partido, mas como disse, não queria que escolhesse entre mim e sua família. Estávamos chegando na metade do caminho, a bota começou a escorregar nas pedras, tomei cuidado onde pisava, ela encostou a cabeça em meu ombro e sussurrou:
— Me arrependi de ter ido, no momento em que pisei do portão para fora, mas não podia retroceder mais, já era tarde e tive que ir.
Meu coração acelerou com o que ela falou, de certa forma, aquilo era um balsamo, porque finalmente sei que não foi só eu quem sofreu com aquela partida. Sem perceber, parei de caminhar, ela me olhou e eu finalmente perguntei o que estava me atormentando:
— Porque voltou se escolheu ir?
Ela me olhou, passou a mão em meu rosto, automaticamente fechei os olhos com aquele toque suave, meu coração se acelerou ainda mais, senti ela se aproximar e tocar meus lábios com os dela e dizer entre eles:
— Porque eu te amo, nunca deixei de te amar, esse tempo todo longe, só serviu para aumentar o meu amor.
Abri meus olhos e ela entrou neles com os dela, escorregou de meus braços ficando em pé na minha frente. Conectada ainda em seus olhos, uma de minhas mãos tocou seu rosto e, a outra que estava em sua cintura, fiz com que colasse seu corpo ao meu. Abaixei minha cabeça e fui de encontro aos seus lábios.
Passei de leve minha língua entre eles e ela os abriu, delicadamente entrei em sua boca em busca de sua língua e a suguei quando encontrei. Jogou os braços em volta do meu pescoço e se entregou ao beijo, forcei seu corpo a colar mais ao meu a ponto de nos fundirmos ali.
Ela deu um impulso e subiu novamente em meu colo, cruzando suas pernas em volta do meu corpo, comecei a caminhar ainda nos beijando, precisava chegar logo do outro lado e tomar a mulher que eu amava de todas as formas que fossem possíveis e matar aquela saudade de tê-la novamente, em meus braços.
Um passo atrás do outro, mas o cálculo saiu errado. A bota escorregou e caímos na água, mergulhando, a correnteza nos levou. Quando emergi a procurei sacudindo meus cabelos, surgiu poucos metros de onde eu estava, nadei até ela perguntando:
— Você está bem? — Passei a mão em seu rosto, concluindo: — Me desculpa, deveria ter tomado mais cuidado.
Ela me olhou e começou a rir, passei a mão em meus olhos que começaram a arder, e acabei rindo também, olha a loucura que acabamos de fazer. Chegamos a um lugar que dava pé, umas pedras grandes, ajudei ela a subir e fiz o mesmo, sentando ao seu lado, tentando fazer a respiração voltar ao normal, ela deitou ainda rindo.
Sorri olhando para ela, tirei minha bota que estava cheia de água, como previsto, minha calça, grudou em meu corpo, abri o botão e o zíper apenas para aliviar. Tirei a camisa, ficando apenas de regata, estendendo ao lado e apoiei as mãos na pedra por trás arqueando meu corpo.
Senti Helena levantar ao meu lado e encostar a cabeça em meu ombro, dizendo:
— Fazia tempo que não me divertia assim.
— Eu sempre me divirto assim aqui! — Sorri já sabendo o que viria em seguida:
— Costuma trazer mulheres para se divertir aqui na cachoeira? — Levantou a cabeça de meus ombros me olhando triste, disse apenas dando de ombros:
— Porque não? Afinal, tenho esse direito. — Olhei para ela perguntando: — Não tenho?
Balançou a cabeça em sinal afirmativo, não dissemos mais nada, ela voltou a deitar e ficamos em silêncio por alguns minutos. Ruffos latiu, nadou em direção a árvore onde eu estava, se sacudiu e correu em direção a casa. Sorri vendo ele longe, Helena inspirou fundo e perguntou baixinho, logo atrás:
— Com quantas mulheres ficou, depois que fui embora?
Foi a minha vez de inspirar fundo, fiquei em silêncio por alguns minutos. Ela levantou a cabeça e me olhou, desviei meus olhos da água e a olhei, não tinha porque mentir, então disse a verdade.
— Saí com uma, dois anos atrás. — Desviei os olhos dela e continuei: — Filha de uma amiga de minha tia. — Joguei uma pedrinha que estava ali, na água, dizendo ainda: — Fomos a uma festa que estava acontecendo na cidade.
— Unhum! — Cruzou as pernas e perguntou novamente: — Você ficou quanto tempo com ela?
— Acho que aquele foi o encontro mais rápido da minha vida. — Dessa vez deitei, ela me olhou curiosa perguntando:
— Porque diz isso?
— Porque nem bem chegamos na festa, me chamou de xucra, porque eu me recusava a dançar, dizendo que não sabia e pedi que ela fosse procurar outra pessoa.
— Você não fez isso? — Ela estava se controlando, mas caiu na risada.
— Pode rir!
— Desculpa, não estou rindo do que aconteceu, mas da forma como contou.
— Tudo bem, na verdade, a situação foi bem engraçada mesmo. — Sorri achando graça dela rindo daquela forma, dei de ombros dizendo: — Depois daquilo, perdi a companhia para a festa e fiquei sozinha a noite toda. Não foi de todo mal aquela escolha, desde então não saí com mais ninguém.
Inspirei fundo olhando para ela que ainda sorria, ao notar meu olhar, parou de sorrir e deitou ao meu lado apoiando a cabeça sobre a mão, dizendo:
— Eu não saí com ninguém, estava esperando a hora certa para voltar e tentar reconquistar a única mulher que eu queria na minha vida.
Senti cada palavra que ela disse, meu coração se acelerou, mas não quis manter as esperanças por muito tempo, perguntei quase sussurrando:
— O que você quer de mim? Por que voltou?
— Eu quero você de volta, Cris! — Nem hesitou em responder e continuou: — Fiz muitas besteiras na minha vida. Mas deixar você, foi a pior delas.
— Mas.... — Colocou o dedo em meus lábios e pediu gentilmente:
— Deixe-me concluir, por favor, depois você resolve o que fazer. Está bem?
— Sim! — Me olhou e concordou começando a dizer:
— Quando eu soube das condições de meu avô para receber sua herança, fiquei com tanta raiva que quando eu saí daqui naquele dia, ia dizer que não queria nada que viesse dele. Não poderia colocar o meu futuro a prova, por causa de dinheiro. — Ela pausou e minutos depois continuou: — Quando cheguei no hospital onde ele estava internado, me chamou em seu quarto e disse que eu era uma decepção na vida dele, por fazer escolhas das quais ele não aprovava, fiquei muito mal por ouvir aquilo, ia dizer para ficar com a droga do dinheiro dele, que eu não precisava. Mas, ele acabou passando mal e não disse nada, quando saí do hospital, fiquei pensando em tudo o que aconteceu. — Ela colocou os pés na água e inspirou fundo, depois recomeçou a dizer: — Pensei que ele fosse mudar de ideia, quando melhorou na semana seguinte, conversamos a respeito disso, mas foi taxativo. Ele não aceitava a minha orientação sexual. Eu não aguentava mais de saudade de você, e cheguei a dizer que não queria nada que viesse dele. Saí do hospital e fui para o hotel onde eu havia me hospedado, arrumei minhas bolsas, liguei para o aeroporto e marquei um voo, para voltar. No dia seguinte quando eu estava perto de embarcar, um dos advogados dele veio ao meu encontro dizendo que ele havia falecido, me convenceu a ficar, pelo menos para o funeral.
Levantei e me aproximei dela perguntando:
— Se você decidiu voltar para cá, porque não o fez depois do funeral de seu avô?
Ela me olhou, estava com lágrimas nos olhos. A abracei e deixei que chorasse o quanto quisesse e só voltasse a falar quando pudesse. Ficamos naquele abraço, por quase meia hora, quando resolveu, começou a narrar baixinho:
— Não quero que me julgue pelas minhas escolhas, Cris, toda a minha família estava lá, até mesmo a minha mãe que veio derramar seu veneno sobre mim, dizendo que eu havia feito a escolha certa em deixar você e ficar com a família, aquilo me doeu na alma. Mas, eu precisava fazer alguma coisa para acabar com aquele preconceito ridículo da minha família. Resolvi então, aceitar o acordo que meu avô havia feito e ficar com a herança dele, estava com planos de assim que colocasse a mão no dinheiro, me livrar de todo ele e deixar a minha família sem nada. Por causa daquele dinheiro eu havia perdido o amor-próprio e você, que nem por um minuto deixou de existir na minha cabeça.
— Porque não me procurou? — Passei a mão em seu rosto fazendo ela me olhar, sorriu triste:
— Acredite, eu pesava nisso o tempo todo, mas não esperava pelo que veio. — Desviou os olhos dos meus, e continuou: — Depois da leitura do testamento, tivemos que assinar alguns papéis, assinei querendo acabar logo com tudo, o advogado terminou de ler as cláusulas dizendo que eu só poderia ficar com o dinheiro, ações da empresa e o resto que ele havia me deixado, depois de cinco anos, provando que eu não estava com você ou qualquer outra mulher. Fiquei muito irritada com aquilo, fui muito burra em ter assinado aqueles malditos papéis sem ler antes, sem contar, que eu teria que pagar um bom dinheiro pela quebra do contrato.
— Não fala assim, você estava emocionalmente abalada. Não estava pensando com clareza.
— Eu sei, era pressão de todos os lados e eu me vi acuada, e sozinha. Ele não deixou nada para minha mãe e nem meus irmãos mais novos, por não serem netos dele. Eu só não desisti de tudo por conta dos dois, eles não mereciam sofrer por conta de uma decisão minha. — Ela me olhou com um brilho diferente nos olhos e continuou: — Durante esses cinco anos eu me isolei dentro de mim, deixei minhas emoções e sentimentos de lado e fui até o fim. Nos primeiros dois anos, sempre que eu podia, vinha para cá, ficava vendo você de longe. A saudade batia forte dentro do meu peito quando a via na cidade, triste e muitas vezes cabisbaixa. Sabia que eu havia causado aquela dor em você. Decidi deixar você seguir em frente, não voltei mais.
— Deveria ter voltado e me dito o que estava acontecendo... — Sussurrei, olhando para ela, que com lágrimas ainda nos olhos, disse:
— Não podia fazer isso Cris, eu havia magoado você profundamente, não sabia como reagiria a tudo. — Desviou os olhos: — Segui a minha vida como pude, no automático, não me interessei por ninguém, nem mesmo para me divertir. Passei os últimos três anos, vivendo um dia após o outro, todos pensaram que eu finalmente estava “de volta”. Minha mãe até tentou me arrumar alguns encontros, com interesses claros, mas eu me recusei terminantemente. Abri uma clínica veterinária para mim, estava longe de ser como eles queriam que eu fosse. Fiz pós-graduação na área e concluí ano passado. Seis meses atrás, quando o contrato que meu avô havia feito, venceu, pude respirar aliviada. Mas ainda não podia voltar, queria finalizar de uma vez por toda a minha vida lá, porque quando eu voltasse para cá, viria de vez. — Ela deu uma pausa, olhou para o céu, perguntei:
— O que você fez? — Me olhou com um sorriso triste:
— Vendi algumas propriedades que estavam em meu nome, na empresa onde eu também tinha algumas ações, embora não querendo, dei uma pequena parte a minha mãe, mas dividi a maior parte com meus irmãos. As ações que deixei para eles, somente um assessor de confiança poderia manipulá-las. Minha mãe ficou possessa comigo por conta disso, não liguei. Deixei uma quantia em dinheiro também, na esperança de que quando crescessem, meus irmãos fossem diferentes de nossa mãe. Esse dinheiro, eles só poderão pegar, quando completarem a maior idade. — Inspirou fundo, agora dizendo mais aliviada: — O dinheiro que arrecadei com as vendas dos imóveis, carros e tudo o mais, cinquenta por cento dele, doei para causas referentes ao mundo LGBTQ+. Associações e Casas de apoio que recolhem adolescentes e até mesmo adultos que são expulsos de casa pelas famílias, devido a sua orientação sexual. Transformando essa renda em cursos e estudos para essas pessoas. Também doei boa parte do dinheiro para outras ONG’S em alguns estados, os quais visitei durante esses anos. — Ela fez outra pausa e concluiu: — Coloquei, um ponto final, na minha vida lá, e vim recomeçar aqui. Comprei uma fazenda aqui perto, aquela que estávamos planejando comprar, lembra? Agora ela é minha. — Sorriu e se virou em minha direção, passou a mão em meu rosto e disse: — Ela pode ser nossa se você quiser, claro. Sei que desculpas não amenizarão a dor que fiz você sofrer nesses anos todos, até porque tive o meu castigo, sofrendo também.
— Não fala assim, olha tudo o que você passou e fez diante de seu sofrimento, imagina quantas pessoas você ajudou com a sua atitude. Tenho orgulho de você!
— Tem? — Me olhou admirada e disse: — Mas...
— Não tem mais, no meu coração não tem espaço para outra pessoa que não seja você, Lenah. — Segurei suas mãos e fiz com que me olhasse e continuei: — Tenho esperado por você todo esse tempo, mesmo que muitas vezes tenha negado isso. Algo dentro de mim, dizia que nossa história não poderia ter acabado como acabou.
— Cris... — Dessa vez foi a minha vez, de pedir que me escutasse e continuei:
— Eu desejei odiar você por tudo o que me causou, mas não podia, porque meu amor era maior que o ódio, então eu simplesmente deixei você ir. Guardei aquele amor que tanto me fez bem, em uma caixinha dentro do meu peito. Mas essa caixinha, foi aberta ontem quando a vi saindo do carro do Xerife, sabia que apesar de tudo, não poderia lutar contra os meus sentimentos.
— Own Cris!! — Lágrimas brotaram de seus olhos e ela se jogou em meus braços soluçando e dizendo: — Pensei que tinha perdido você, meu amor. Me perdoa por tudo o que eu fiz... Por favor, deixe-me reconquistar você novamente.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:

Lea
Em: 04/01/2024
Velho miserável, cláusula de 5 anos para receber a herança. Quanto preconceito.

Bia Ramos
Em: 05/01/2024
Autora da história
Oi Lea... tudo bem?
Então... infelizmente não estamos longe da realidade de muitas, né... :(
Mas no fim, elas ficaram bem... eis o que realmente importa...
Bjs... se cuida
Bia
[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
Em: 04/01/2024
Então ela chegou antes na cidade para resolver as coisas da fazenda?
Bela atitude dela! O avô iria odiar kkkkk

Bia Ramos
Em: 05/01/2024
Autora da história
Oiie... tudo bem?
Pois é... ela quis encerrar a "vida" antiga pra começar a nova com Cris...
Elas merecem... S2
Bjs.... se cuida
Bia
[Faça o login para poder comentar]

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
Bia Ramos Em: 05/01/2024 Autora da história
Oi Marta, tudo bem?
Muito amor... elas merecem, né... rs
Bjs, se cuida
Bia