Capítulo 12 – O acordo de paz
Ela conseguia ouvir o choro do Enzo antes de abrir a porta e a preocupação a fez esquecer-se de tudo por alguns segundos.
– O que aconteceu? – perguntou ansiosa enquanto Gustavo entrava e Enzo jogava-se em seu colo.
– Ele não consegue dormir! – o ex-marido falou claramente estressado – Não para de chorar e gritar!
– Cadê o Gael? – ela perguntou enquanto tentava acalmar o filho mais novo em seu colo.
– Já dormiu. Deixei ele com a minha mãe para poder vir aqui.
– Por que você não me ligou?
– Eu liguei! Estou tentando te ligar há horas, mas você não atende – falou impaciente.
Ela estava tão distraída com Bruna que havia esquecido completamente que aquela seria a primeira noite dos meninos dormindo no novo apartamento do pai. Ela nem se lembrava de onde havia deixado o celular.
– Você pode ficar com o Enzo essa noite? – ele pediu quase implorando com o olhar – Ele está estranhando o apartamento novo.
– Ele precisa se acostumar com o novo espaço! Foi você que pediu para ficar com eles as quartas! – ela lembrou nervosa.
Ela precisava das quartas-feiras. Ela precisava de Bruna. A menina estava esperando por ela no chuveiro. Enzo não podia ficar lá.
– Eu sei! Mas é só hoje! Eu tenho uma cirurgia amanhã cedo e preciso dormir! Eu já tentei de tudo e ele não dorme.
– Eu não posso hoje – ela falou hesitante e ao mesmo tempo culpada – Eu...
Antes que pudesse completar, o olhar de Gustavo recaiu sobre a mesa da sala, nos dois pratos, dois copos e dois jogos de talheres. Foi nesse momento que ela reparou no barulho do chuveiro e ele pareceu fazer a matemática em sua cabeça.
– Você está com alguém – ele constatou com uma feição tão decepcionada que Alice sentiu dó.
Era claro como aquilo havia pegado ele de surpresa e em como aquilo o machucava.
– Estou...
Não adiantava negar.
– Na nossa casa – ele falou, mas não de forma acusatória e sim de forma extremamente triste.
– Essa não é mais a nossa casa, Gustavo. Já conversamos sobre isso – ela precisava ser firme – Esse apartamento será dos meninos e até eles crescerem eu vou morar aqui. É o meu apartamento agora, nós já decidimos isso!
Ela odiava fazer aquilo! Ela odiava ter que partir o coração do ex-marido de novo e de novo e aquilo só fez com que ela sentisse mais raiva dele por obrigá-la a fazer aquilo repetidamente quando foi ele que acabou com tudo ao ter um caso com a babá.
– Desculpa – ele falou extremamente sem graça, indo pegar o Enzo novamente de seu colo.
O menino resistiu, chorou e debateu-se. Aquilo partiu o coração de Alice e sua culpa aumentou. Ela não podia deixar o filho sofrer daquela forma só para ter sex*! Que tipo de mãe ela era?
– Eu vou dar um jeito – ele falou encaminhando-se para porta.
– Espera – ela falou já arrependendo-se – Ele não pode ficar aqui, mas eu posso ir lá no seu apartamento colocar ele para dormir.
– E o seu... encontro? – ele falou sem saber exatamente que palavra usar.
– Eu vou e volto – ela explicou – Te encontro lá daqui a pouco.
Ele não disse mais nada, apenas confirmou com a cabeça antes de sair, tendo praticamente que lutar com Enzo que continuava tentando chegar na mãe.
Alice respirou fundo assim que eles saíram. Era para ela ter uma noite relaxante, mas parece que aquilo não era direito seu. Acalmou seus ânimos o máximo que podia antes de se dirigir ao banheiro para falar com Bruna.
– Finalmente – a menina lhe sorriu, abrindo a porta do box de forma convidativa.
Ela instintivamente sorriu de volta, mas não precisou dizer nada antes de Bruna ficar séria, reparando que algo estava estranho. Alice sentia-se vulnerável naquele momento, como se todas as suas emoções estivessem à flor da pele.
– O que aconteceu?
– O Gustavo acabou de passar aqui. O Enzo não está conseguindo dormir no novo apartamento.
A feição de Bruna rapidamente virou preocupação e ela desligou o chuveiro e envolveu-se em uma toalha, antes de aproximar-se e tocar o braço de Alice de uma forma gentil.
– Sinto muito. Você quer que eu vá?
O carinho com que ela falou fez algo dentro de Alice desmanchar. Ela sentia-se crua e exposta. Pegou a mão de Bruna e olhou no fundo dos seus olhos antes de falar de forma gentil.
– Eu gostaria que você me esperasse.
=====
Bruna nunca havia visto Alice daquela forma. Parecia uma mulher completamente diferente em sua frente. Aquela mão carinhosa nas suas e aquele olhar perdido e inseguro, pedindo-lhe para ficar, faziam com que seu coração batesse um pouco mais forte.
Era impossível dizer não e ela também não queria dizer não.
– Claro – falou apertando mais a mão na sua, enquanto sentia gotas de água caindo de seu corpo.
Sua resposta fez Alice sorrir novamente de uma forma insegura e graciosa que Bruna gostaria de guardar para sempre em sua memória.
– O apartamento do Gustavo fica há duas quadras daqui. Eu vou lá colocar o Enzo para dormir e volto o mais rápido que puder – explicou – Pode pegar alguma roupa confortável no closet e ficar à vontade até eu voltar. Prometo que não vou demorar! – repetiu.
– Tudo bem – Bruna falou tentando lhe passar segurança – Os meninos são prioridade. Eu entendo!
– Obrigada! – falou de forma sincera, antes de virar-se para ir, mas Bruna puxou-a pela mão, fazendo com que retomasse a atenção para ela.
– O Enzo está assim porque é um lugar novo para ele. Está estranhando. Leva alguma coisa familiar para ele se sentir mais à vontade lá: um jogo de lençol daqui, o travesseiro dele... Caso tenha alguma pelúcia ou brinquedo com que possa dormir, leva também. E fala para o pai estabelecer com ele uma rotina parecida com a que ele faz em casa da próxima vez. Vai ajudar!
Alice olhou para ela de uma forma tão carinhosa que Bruna sentiu uma pontada em seu coração.
– Obrigada – repetiu com uma sinceridade ainda mais latente.
As duas ficaram se olhando por alguns segundos em silêncio. Calmamente e tentativamente foram se aproximando até que seus lábios se encontrassem para um beijo completamente diferente de todos que já tinham compartilhado. Era gentil, carinhoso, calmo. Bruna não pôde deixar de reparar que aquela era a primeira vez desde que haviam começado aquela relação que se beijavam sem o componente do sex*.
Quando se afastaram, Alice sorriu-lhe o sorriso mais lindo do mundo, vulnerável e doce, antes de se afastar e finalmente sair do quarto.
Depois de se secar direito, Bruna aventurou-se pelo closet, bisbilhotando um pouco as roupas, bolsas e sapatos de Alice, até encontrar uma roupa confortável que parecia ser destinada a ser usada em casa. Ficava bem largo nela por conta da diferença entre os corpos, mas Bruna não ligava. A roupa tinha o cheiro agradável de Alice e aquilo fazia com que se sentisse bem.
Era estranho estar na casa de Alice e vestir as suas roupas, mas era um estranho bom. Ela definitivamente não esperava que seu dia terminasse daquela forma quando acordou de manhã, mas ficou feliz com o resultado.
Enquanto esperava, distraiu-se olhando novamente a casa, dessa vez com mais calma e sem audiência. Era estranho ver as fotos de Alice com o ex-marido. Ela permitiu-se pensar um pouco sobre os ciúmes que sentia ao vê-la sorrir de forma tão feliz no dia de seu casamento. Eles pareciam ter sido muito felizes. Dividiram uma vida e tinham dois filhos lindos. Sua mente não conseguiu deixar de pensar no fato de que ainda estavam legalmente casados e seria muito fácil decidirem tentar mais uma vez, nem que a decisão fosse mais pelas crianças. Alice não parecia ser o tipo de mulher que perdoava traição, mas era possível. E aquela possibilidade fazia o coração de Bruna doer.
O que ela estava fazendo? Ela não tinha nenhum direito de sentir ciúmes daquela mulher. Era só sex*, não era um relacionamento sério. Ela nem gostava da Alice! Elas eram completamente diferentes! Claro, o sex* era bom e elas se divertiam juntas, mas somente porque aquilo era para ser isso, algo divertido, sem cobranças, sem responsabilidades, sem sentimentos.
Decidiu distrair-se com a televisão e estava assistindo uma série quando ela retornou. Sua feição era de cansaço e estresse, mas também de alívio ao ver Bruna esperando por ela no sofá da sala.
=====
Alice estava exausta. Apesar de ter trocado o jogo de lençol em sua cama nova como Bruna havia sugerido, ele demorou muito a deitar, querendo apenas o seu colo. A pelúcia que havia levado foi de grande ajuda e ele agarrou-se ao pequeno cachorro da Patrulha Canina que era o seu preferido e visivelmente ficou mais aliviado. Ainda assim ela ficou com dor no braço de tanto tempo que precisou balançá-lo até que ele aceitasse ir para a cama.
Ela fez o que Bruna havia dito, tentando manter uma rotina parecida com o que fazia em casa. Ele não gostava muito de histórias, mas ela cantou as músicas de sempre antes de dormir e ele pareceu se acalmar aos poucos com a familiaridade de sua voz e do carinho que recebia em suas costas.
Apesar de ter sido cansativo com Enzo, a pior parte da noite foi o olhar constante de Gustavo, claramente com o coração partido, não sabendo como agir. Eles mal se falaram e assim que Enzo dormiu, ela voltou para casa.
A visão de Bruna vestindo suas roupas no sofá da sala esperando por ela, fez o estresse desaparecer como mágica.
– Como está o Enzo? – ela perguntou com um sorriso leve, demonstrando alegria com a sua chegada.
– Foi difícil, mas ele eventualmente dormiu. Obrigada pelas dicas. Ajudaram muito. Ele dormiu agarrado com a pelúcia do Chase.
Seu sorriso aumentou e Alice sentiu o coração bater mais rápido. Ela era tão linda! Não era justo!
– Fico feliz em ter ajudado. Mas você devia conversar bem com o Gustavo sobre a rotina dele. Normalmente as quintas o Enzo tem ficado bem estressado na escola.
Aquela informação era nova.
– Vou falar com ele. Obrigada! – falou tentando colocar todas as preocupações que sentia de lado.
Ela merecia aproveitar o restante daquela noite. Ela merecia ter um pouco mais de Bruna.
– Claro que você escolheu vestir justamente a minha roupa preferida de ficar em casa – Alice falou sorrindo, tentando amenizar o clima.
– O que eu posso fazer? Tenho um bom gosto!
– E você gosta de mim? – brincou usando um tom depreciativo.
– Ah, você dá pro gasto – falou piscando daquela forma sensual que fazia Alice querer agarrá-la e foi o que ela fez.
Aproximou-se para finalmente beijar aqueles lábios. O efeito do beijo de Bruna parecia ser sempre o mesmo: tirar da mente de Alice todos os pensamentos. A sua língua parecia espantar qualquer preocupação. Não tinha mais nada no mundo além de Bruna e aquelas sensações maravilhosas que ela causava.
A menina levantou repentinamente e estendeu-lhe a mão.
– Eu quero usar aquela cama grande!
Alice sorriu e aceitou a mão estendida, seguindo-a de bom grado. Parecia que ela estava sempre indo atrás de Bruna, como se a menina tivesse um magnetismo impossível de resistir.
O sex* naquela noite foi diferente. Alice não conseguia explicar com exatidão o que havia mudado. A única coisa que lhe vinha à cabeça para descrever é que estava mais calmo. Mesmo que já fosse tarde da noite e as duas estivessem cansadas, não existia pressa. Os beijos pareciam mais longos e mais gentis. Não havia mais a briga por dominância. As línguas pareciam ter entrado em comum acordo sobre o tempo ter parado. Os corpos estavam em harmonia e Alice sentia que sua mente estava completamente vazia de qualquer preocupação. Naquele momento ela só se importava com Bruna e no prazer que dava a ela.
Depois de fazer a menina goz*r deliciosamente, o jogo virou e ela sentia a boca de Bruna passar por todo o seu corpo. Quando chegou em sua barriga, beijou delicadamente as cicatrizes de sua cesárea e o toque que geralmente a faria pular de nervoso, a fez se sentir cuidada e aceita. Era tão gentil e carinhoso que se não fosse uma coisa completamente ridícula, Alice até pensaria que existiam sentimentos ali. Seu orgasmo foi intenso e longo e Bruna a beijou nos lábios enquanto a sua respiração se estabelecia.
Elas não demoraram muito para pegar no sono, cansadas do dia cheio. Apesar de o momento do sex* ter sido curto, Alice sentia-se satisfeita. Ela queria mais de Bruna e havia conseguido.
=====
Bruna acordou com o som de seu despertador e abriu os olhos lentamente, lembrando-se de onde estava ao ver o rosto de Alice próximo do seu. Elas haviam dormido uma de frente para outra, perto, apesar da cama ser grande. Elas não estavam se abraçando, mas Bruna sentia as pernas se tocando conforme se mexia na cama para pegar seu celular.
– Já é de manhã? – Alice perguntou despertando e se espreguiçando.
– Eu esqueci de desligar meu despertador – Bruna gem*u de sono e rapidamente desligou o som, esforçando-se para colocar outro para dali a uma hora e meia.
A sensação de poder dormir mais era um alívio, mas quando se virou novamente, Alice parecia pronta para levantar.
– Que horas são? – ela perguntou.
– Cinco e quinze, mas podemos dormir mais.
– Você acorda todo dia essa hora? – perguntou incrédula.
– Não hoje – falou sonolenta preparando-se para dormir de novo, mas Alice levantou – Onde você vai?
– Eu não vou conseguir dormir de novo – ela falou resignada.
– Volta!
Bruna ainda estava bem sonolenta, mas sentou na cama para poder puxar Alice novamente, que não apresentou resistência.
– Você consegue dormir mais um pouquinho. É só ficar quietinha.
Alice riu, aparentemente achando graça do seu jeito sonolento. Ela aproveitou a proximidade para beijar o seu pescoço.
– Ou a gente pode aproveitar o tempo – falou de forma provocativa.
Foi nessa hora que Bruna reparou que elas estavam nuas, ao sentir o calor do corpo de Alice ao grudar no seu. Ela sorriu ao sentir os beijos em seu pescoço e as mãos passearem pela sua cintura, mas manteve os olhos fechados.
– Ou a gente pode dormir – ela riu e puxou Alice para deitar na cama, colocando a cabeça em seu ombro – Eu pretendo aproveitar a oportunidade de dormir mais já que estou perto do trabalho.
– Meu apartamento geralmente está livre às quartas... – ela deixou o convite implícito, enquanto acomodava-se na cama novamente.
Alice respirou fundo e passou a fazer um cafuné no cabelo de Bruna, fazendo com que ela relaxasse automaticamente. Era tão bom que o sono veio com tudo.
– Cuidado ou eu vou aparecer aqui toda semana – Bruna falou já com esforço, sentindo a consciência desaparecer conforme entrava em um sono calmo.
Quando acordou novamente, elas ainda estavam na mesma posição e Alice estava completamente desperta. Ela foi a primeira a tomar banho, enquanto Bruna espreguiçava-se e acordava aos poucos. Ela entrou no chuveiro logo em seguida e quando saiu, encontrou sua roupa limpa e seca em cima da cama.
O cheiro maravilhoso de café fez o seu sorriso aumentar. Quando chegou na cozinha, Alice já estava com um de seus ternos e salto alto. Acordar e ver aquilo era um privilégio e ela arrependeu-se momentaneamente por não ter aproveitado a chance de sex* matinal.
As duas tomaram um café rápido, de uma forma natural e familiar, como se fizessem aquilo todo dia.
– Te vejo quarta que vem? – Alice perguntou quando estacionou para deixar Bruna perto da escola.
– Com certeza! Tenta não sentir muito a minha falta até lá! – piscou antes de sair do carro e caminhar até a escola.
Aquele era um bom dia!
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Luli
Em: 13/01/2024
Amando a história, amo a sua escrita. Ansiosa pro novo capítulo
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Muito obrigada, Luli! Desculpa a demora em responder seu comentário, mas saiba que fico muito feliz que esteja gostando da história! Hoje mesmo tem mais um capítulo novo chegando!!!
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Deise Souza
Em: 13/01/2024
Ansiosa!
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Desculpa pela demora!
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mtereza
Em: 11/01/2024
Elas não conseguem mais controlar os sentimentos até com ciúmes Bruna está rsrs
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
A situação está ficando mais séria!
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Marta Andrade dos Santos
Em: 04/01/2024
Eita tá ficando sério em meninas, quem vai assumir primeiro o amor?
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Qual o seu palpite? rsrs
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Dessinha
Em: 04/01/2024
Aí que maravilhosas! E o amor acontece!
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
A relação já está mudando!
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NovaAqui
Em: 04/01/2024
O ex foi de arrasto pra cima de vez
Tem que anunciar o bonito na portaria! Inconveniente! Ele joga a toalha todas às vezes que o Enzo tem dificuldades para dormir! Alice precisa corrigir isso!
As duas estão in love e não se deram conta ainda
Gostando demais
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Alguns prédios pequenos não tem porteiro. Só interfone, mas como ele já morou lá ele tem a chave. Pelo menos ele teve o bom senso de tocar a campainha e não abrir o apartamento com a chave.
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Lea
Em: 04/01/2024
Sei que foram anos de casados,mas,a Alice muito que tem dó do ex que a traiu; na própria casa e com o filho dormindo ao lado.
Não teria todo esse sentimento que ela demonstra. Deixa ele ver que você está bem e vivendo. Ele que sofra.
A Bruna me encanta com todo esse cuidado,para com as crianças!
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Ela tem muita raiva, mas eles tem uma história. Ela sempre o amou muito e entendo um pouco ela se sentir assim depois que um pouco da raiva passa. Mas vamos ver qto tempo isso dura!
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Carol Barra Em: 10/11/2024 Autora da história
Oi, suelen
O comentario nao esta aparecendo mas espero que tenha gostado do capitulo!