Capítulo 11 - O conflito de horários
Conforme a quarta-feira se aproximava, Alice ia sentindo uma ansiedade palpável. Seu inicio de semana havia sido cansativo, ainda mais depois de ter pegado os meninos mais cedo com Gustavo no domingo para que ele pudesse finalizar a mudança.
Apesar de estar bem sem o ex-marido, vê-lo começar uma nova etapa da vida sem ela era mais doloroso do que imaginava.
Ela precisava desesperadamente desestressar e contava os minutos para encontrar com Bruna novamente e relaxar. Quando quarta finalmente chegou, ela acordou com um ótimo humor. Bruna que recebeu o Enzo quando chegaram e ele já estava entrando muito bem com ela, sem choro ou grito, indo direto para o seu colinho sem resistência. Praticamente da mesma forma que Alice sentia-se sendo puxada para a sua órbita, sem resistência. O seu sorriso instintivamente aumentou, tanto que Ana até reparou que tinha algo diferente com ela. No entanto, ela recebeu uma mensagem no horário de almoço que fez com que seu sorriso diminuísse.
“Vou ter que ficar até mais tarde hoje pra uma reunião”, seguido de um emoji triste. O que aquilo queria dizer? Ela estava cancelando?
“Até que horas?”
“Falaram que vai até às umas 18:30, mas nunca termina na hora”.
Ela não podia cancelar! No fim de semana ela estaria com os meninos e aquela era a sua única oportunidade de ter o seu momento relaxante.
“Você ainda quer a carona?”, ela perguntou sentindo a ansiedade tomar conta enquanto Bruna digitava a resposta.
“Querer eu quero, mas eu ainda tenho que fazer o planejamento quando chegar em casa e não poderia demorar. Se você quiser deixar para outro dia tudo bem”.
Não. Ela definitivamente não queria deixar para outro dia. Ela precisava daquilo!
“Eu não me importo de esperar. Me manda mensagem quando terminar a reunião que eu vou te buscar”.
Um pouco de Bruna era melhor que nada de Bruna, mas ainda assim Alice estava sentindo-se frustrada. Depois do tempo que haviam passado juntas sexta e sábado, a vontade de ficar com ela tinha aumentado. Os momentos que normalmente tinham no carro não pareciam suficientes, menos ainda se tivessem que ser corridos. Ela precisava de mais Bruna.
Aquele pensamento ficou em sua mente durante o restante do dia, intensificando no momento em que chegou em casa. Ela tomou banho, vestiu uma roupa mais confortável e ficou aguardando impacientemente Bruna enviar mensagem. Enquanto isso sua mente pensava em possibilidades. Quando finalmente chegou a hora de ir encontrar com a menina, ela já havia tomado uma decisão.
– Oi! – Bruna cumprimentou ao entrar no carro.
Ela estava cansada, Alice conseguia reparar, mesmo que fosse nítido também o seu alívio, como se ela não fosse a única que esperava por aqueles encontros.
– Oi – foi também tudo que Alice falou antes de Bruna perguntar.
– O que foi? Por que você está nervosa?
Era um pouco desconcertante como aquela menina conseguia ler suas expressões com tanta facilidade.
– Eu só... – ela começou a gaguejar e respirou fundo. Ela precisava se recompor! – Eu só estava pensando se você não preferia dormir lá em casa hoje. Eu sei que você tem que fazer planejamento ainda e poderia usar o meu computador. Eu também moro perto da escola então você não precisaria acordar tão cedo.
Dessa forma elas poderiam passar mais tempo juntas, mas ela deixou a informação ficar implícita.
Bruna ficou um pouco surpresa, ela claramente não estava esperando o convite e ficou pensativa por alguns segundos. Alice não resistiu em continuar argumentando para tentar convencê-la.
– Não que eu não goste de fazer sex* no carro, mas minha cama é bem mais confortável e você teve um dia cheio...
Ela continuou pensativa por alguns segundos e Alice sentia a ansiedade subindo. Será que ela havia ido longe demais? Talvez Bruna não quisesse aquela intimidade.
– Se você não quiser, tudo bem... – ela falou sentindo-se boba por ter sugerido, mas Bruna a interrompeu, colocando a mão em seu ombro.
– Não é que eu não queira... É que assim em cima da hora eu não me organizei. Eu não tenho roupa...
– Isso não é um problema para mim! – brincou e Bruna deu um leve empurrão em seu braço, sorrindo.
– Eu quero dizer roupa para trabalhar amanhã! Eu até posso usar a mesma calça, mas não tenho outra blusa do uniforme, nem roupa de baixo.
– Eu tenho uma lava e seca – ofereceu como opção.
Bruna olhou para ela por uns segundos antes de finalmente dizer.
– Tudo bem.
Alice tentou não sorrir como uma idiota, mas não conseguiu.
– Tudo bem – ecoou, devolvendo o olhar de Bruna antes de sair com o carro.
Elas foram em silêncio durante o caminho. Alice estava nervosa. Ela não havia levado nenhuma pessoa para aquele apartamento depois do divórcio. Aquele era o espaço dela, das crianças e do Gustavo. Agora ele tinha um outro lar e ela sabia que precisava seguir em frente, mas ainda assim era estranho levar outra pessoa para dormir na cama que dividiu com o ex-marido por anos, na casa em que criaram seus filhos. Mas as crianças não estavam em casa e Gustavo não era mais o seu companheiro. Agora aquele espaço era só seu e ela iria compartilhar com Bruna por uma noite.
Ao entrarem Alice precisou esconder o leve tremer de suas mãos. Aquilo não era fácil para ela, deixar uma pessoa entrar. Sua casa, seu lar, era apenas dela e de sua família. Ela não costumava receber ninguém ali além de Ana. Assim que Bruna passou pela porta, era como se ela tivesse permitido que a menina entrasse um pouco mais em sua vida, em seu porto seguro. Ela sentia-se totalmente exposta, sem saber muito bem como reagir, sentindo um leve arrependimento. Talvez tenha sido uma má ideia. Aquilo era apenas sex*. Não era nada sério. Aquela menina não precisava entrar em sua casa, não devia entrar por aquela porta. Ela havia se precipitado ambiciosamente querendo mais de Bruna e agora ali estava ela, invadindo seu espaço. Seria estranho e ela ficaria incomodada.
– Nossa! Que sala grande! – ela comentou, completamente alheia ao turbilhão de pensamentos que invadia a mente de Alice – Me mostra o resto!
Bruna pegou na sua mão que automaticamente parou de tremer. O movimento foi de uma naturalidade tão grande que ela não teve como não concordar. Apesar de ser ela quem deveria fazer a apresentação, foi Bruna quem comandou o caminho, guiando-a pela mão entre os cômodos da casa.
Começaram pela sala e a menina foi olhando cada detalhe, parando perto de um móvel com fotos.
– Meu Deus! O Gael está uma fofura aqui! – apontou uma das fotos, sorrindo de uma forma tão afetuosa, que Alice esqueceu momentaneamente de todas as suas preocupações.
– Espera até ver a foto dele bebê que tem no escritório.
Bruna ficou alguns segundos a mais olhando com curiosidade uma foto dela e de Gustavo.
– Eu estou tirando as fotos do Gustavo aos poucos... – explicou-se – Não queria que os meninos achassem que eu estava apagando completamente o pai deles da casa.
– Isso é bom – ela falou com uma feição que Alice não conseguiu definir – Me mostra o restante da casa!
Bruna carregou-a pelo corredor e elas foram entrando por todas as portas. Ela adorou os quartos dos meninos, olhando tudo com muita curiosidade e atenção. A forma leve como falava, foi acalmando Alice aos poucos e ela passou a sentir-se mais à vontade.
– Nossa, sua cama é gigante! – ela falou animada – Vamos nos divertir aqui – piscou e Alice sentiu a antecipação tomar conta.
Ela havia tomado a decisão certa.
– Você tem uma banheira! – Bruna gritou ao entrarem no banheiro da suíte.
Ela parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um presente e aquela reação fez Alice rir.
– Sinto muito te decepcionar, mas isso não funciona há muito tempo. Eu nem lembro a última vez que liguei esse troço...
– Não acredito que você tem uma banheira parada em casa! Isso é um desperdício!
– Deu defeito e eu mal usava então nunca foi uma prioridade consertar... – explicou.
– Conserta! – mandou – Nós podemos usar bastante – falou de forma provocativa.
– Você já tentou fazer sex* em uma banheira? – perguntou.
– Não, mas adoraria tentar – piscou de forma sensual.
Alice riu.
– Eu sei que parece uma coisa muito erótica e excitante, mas na vida real não é nada prático. Não tem posição boa, nem lubrificação...
– Para de acabar com meus sonhos! – ela falou brincando com uma feição decepcionada, empurrando Alice gentilmente no braço, fazendo-a rir de novo.
– Desculpa, mas é verdade...
– Você não é divertida! – provocou.
Elas seguiram para a cozinha e Bruna olhou os armários e a geladeira sem cerimônia, falando sobre como deveria ser bom cozinhar ali, com tanto espaço e com tantos eletrodomésticos que ela considerava bons. Foram até a varanda, bem grande e aconchegante com móveis confortáveis. Por fim, foram até o escritório e Alice ligou o seu computador para Bruna que decidiu que faria logo o planejamento para ficar livre.
– Eu nunca mexi em um Mac – a menina falou e, com muita paciência, Alice foi explicando como usava.
– É bem intuitivo e se você tiver algum problema é só me chamar. Eu vou fazer algo para comermos.
Bruna sentou-se em sua cadeira do escritório tranquilamente, não parecendo se sentir estranha naquele lugar diferente. Alice seguiu para a cozinha.
Tinha comida congelada, mas a maioria das coisas que fazia eram simples. Comida de criança, sem muito tempero e saudável. Ela queria algo um pouco melhor para Bruna, mesmo que não fosse uma cozinheira que fazia além do básico. Descongelou dois pedaços de filé mignon que tinha no freezer e pegou alguns legumes para fazer ao forno. Ela estava arrumando a mesa quando Bruna voltou do escritório.
– Terminei! – falou aliviada – E já posso te adiantar que vou precisar de uma foto de quando o Enzo nasceu para a próxima semana!
– Pode deixar – Alice sorriu e continuou o que estava fazendo.
– Eu sei que você não olha a agenda direito então pega logo para você não esquecer.
– Agora?
– Sim! – mandou.
– Sim, senhora – Alice brincou e minutos depois voltou com um álbum de fotos.
– Nossa... um álbum de verdade? Estava esperando algo online.
– Minha mãe fez um desses para meu casamento e para o nascimento dos meninos. Ela é das antigas – falou enquanto Bruna pegava o álbum de sua mão e se dirigia para o sofá.
– Meu Deus, ele era tão pequenininho! – ela falou olhando para as fotos enquanto folheava.
Alice sentou-se ao seu lado para olhar junto, mas se arrependeu. Aquelas fotos não traziam boas memórias.
– O que foi?
Claro que Bruna havia reparado na sua mudança de feição rapidamente. Não adiantava mentir.
– É que não foi uma boa época para mim – falou perdida nas memórias enquanto olhava a própria feição nas fotos, que não mostrava a felicidade esperada – Eu tive depressão pós-parto depois do nascimento do Enzo – admitiu com certa dificuldade.
– Eu sinto muito, Alice – ela falou acariciando sua perna de forma reconfortante. Era tão bom ouvir o seu nome na boca daquela menina, mas ela não quis pensar muito no assunto, ainda mais com a mão em sua perna.
Naquele momento Alice reparou que Bruna era uma pessoa muito tátil e ela gostava. Permitiu-se apreciar aquele carinho por alguns momentos.
– Você quer falar sobre isso? – a menina perguntou de forma solicita.
Não parecia ser uma oferta vazia. Em seu olhar, ela passou segurança e reconforto e por mais que aquilo de fato reconfortasse Alice, ela não queria verbalizar tudo que havia sentido naquela época. Até hoje a culpa a assolava e ela preferia empurrar tudo para dentro e para longe.
– Não tem muito o que falar... O parto foi bem complicado, o que não ajudou. Eu queria normal, mas tivemos complicações e precisamos fazer cesárea. Tive uma recuperação difícil também, mas eu já estou bem agora – resumiu não querendo se aprofundar – Fiz tratamento e já está tudo bem – repetiu também para si mesma, impedindo a mente de pensar muito no assunto. Ainda mais com Bruna sendo uma lembrança das imperfeições de seu filho, que definitivamente deveriam ser sua culpa.
– Foi a mesma coisa com o Gael? – ela perguntou ainda com aquele olhar carinhoso que mostrava preocupação e compreensão.
– Não. Foi bem diferente. O dia que ele nasceu foi um dos melhores da minha vida – falou com uma certa melancolia, tentando espantar a culpa.
O nascimento de um dos seus filhos havia sido o melhor dia de sua vida enquanto o nascimento do outro havia sido o pior. O que aquilo dizia dela como mãe?
– Podemos ver o álbum dele também? – Bruna pediu e Alice aproveitou a deixa para se recompor enquanto buscava o segundo álbum de família.
– Nossa! Como você mudou! – falou chocada assim que abriu.
A primeira foto era de quando ela havia contado para a sua mãe que estava grávida. Ela e Gustavo haviam acabado de ficar noivos e eles deram as duas notícias na mesma noite. Ela havia envelhecido consideravelmente naqueles poucos anos e ganhado alguns quilos a mais. Obrigada, maternidade.
– Que jeito sutil dizer que eu estou velha – brincou.
– Eu não falei que a mudança era ruim! – Bruna se justificou – É que aqui você está com uma cara tão inocente e imatura, tão leve...
– É... a vida muda a gente rapidinho – falou novamente em tom de brincadeira, mas depreciativo.
– Não me entenda errado! Eu não quis dizer que você está pior agora, muito pelo contrário, se eu tivesse que escolher iria preferir muito mais a sua aparência séria de hoje em dia.
Ela odiava quando as pessoas focavam nessa sua característica, mas pela primeira vez pareceu um elogio vindo de Bruna.
– Você tem esse ar de mulher madura, confiante e poderosa. É muito sexy! – Bruna falou de forma provocativa.
– Sério? – ela perguntou sentindo-se um pouco sem graça – Você não precisa me bajular, eu vou dormir com você de qualquer jeito – brincou para descontrair e Bruna riu.
– Sério! Não é à toa que você está no meu top três de mães mais bonitas da escola.
Foi a vez de Alice gargalhar.
– Quem são as duas antes de mim? – perguntou com curiosidade – A primeira só pode ser a mãe da Isadora. Impossível outra mãe ultrapassar ela!
O comentário fez Bruna gargalhar alto, balançando a cabeça de forma afirmativa.
– Ela é muito gostosa!
– Ela é literalmente uma modelo! – Alice lembrou – Quem está em segundo lugar?
– A mãe do Joel.
Alice tentou lembrar dela, mas nada vinha. Bruna precisou descrever algumas de suas características para que ela tivesse uma vaga memória.
– Não é muito o meu tipo, mas tudo bem – ela falou levemente enciumada, fazendo Bruna rir.
– Bom... Nas últimas semanas você tem ganhado uns pontos extras – brincou – Se continuar assim pode subir na colocação.
– Isso é um desafio? – arqueou uma das sobrancelhas e aproximou-se.
– Com certeza – Bruna falou terminando a distância entre elas.
O beijo foi ficando quente e Alice precisou interromper.
– Antes de continuar, vamos jantar. Eu não como desde o almoço e vou precisar de energias se quero ganhar mais pontos com você.
Bruna riu e concordou.
– Termina de ver o álbum enquanto eu faço a carne rapidinho. Qual o ponto que você gosta? E saiba que a sua resposta vai influenciar a nossa noite significantemente – respondeu.
– Mal passado, óbvio!
– Que bom que concordamos! Odiaria ter que te expulsar da minha casa – brincou antes de sair.
O momento da janta foi tão agradável que Alice esqueceu completamente das inseguranças que havia sentido antes. O clima era leve enquanto as duas conversavam de forma natural. Bruna contava algumas fofocas da escola e Alice compartilhava histórias sobre as crianças que as faziam rir. Parecia até um encontro, mas ela não queria pensar muito sobre o que aquilo poderia significar. Ela só queria continuar aproveitando a companhia de Bruna.
Elas se distraíram tanto conversando que até tomaram um susto ao verem que já era tarde da noite quando decidiram que era hora de recomeçar o que haviam interrompido antes.
– Eu preciso de um banho – Bruna falou.
– Por que você não vai indo para o meu banheiro enquanto eu arrumo aqui e coloco a sua roupa para lavar? – Alice ofereceu.
Sem questionar, Bruna surpreendeu-a começando a tirar a roupa de forma sensual, sem tirar os olhos dos seus. O desejo dominou seu corpo e ela tinha certeza de que iria literalmente babar se aquilo demorasse muito.
Com um sorriso arrogante, Bruna entregou-lhe a roupa e sussurrou em seu ouvido.
– Me encontra no chuveiro?
E saiu deixando Alice com um sorriso completamente estúpido no rosto. Ela precisou de alguns segundos para conseguir recuperar os sentidos e se levantar indo até a máquina de lavar.
Antes que pudesse chegar na mesa da sala para retirar os pratos, a campainha tocou.
Fim do capítulo
O capitulo de ontem foi um presente de Natal atrasado, então hoje tem mais um!
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Sem cadastro
Em: 28/12/2023
Sério visitas logo nesse momento só pode ser o ex kkk
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Acertou rsrs
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Marta Andrade dos Santos
Em: 27/12/2023
Quem é o empata? misericórdia.
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Só podia ser o ex né...
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Lea
Em: 27/12/2023
O final de capítulo que,deixa qualquer um se perguntando: Quem será o infeliz tocando essa campainha? Será o Gustavo com os meninos??
Fico lendo e pensando. Se uma delas se apaixonarem e a outra não,os encontros acabaram?
Alice terá uma recaída com o ex?
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Você acertou!!!
Agora essa pergunta se uma delas se apaixonar e a outra não é muito boa.
E se as duas se apaixonarem mais uma não estiver pronta? Ou se uma se apaixonar um pouco mais que a outra? Vamos ver!
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NovaAqui
Em: 27/12/2023
Quem será o empata?
Não entendo porteiro não interfonar para o apartamento
Não é possível que vão estragar esse momento delas
Carol Barra
Em: 18/05/2024
Autora da história
Alguns prédios pequenos não tem porteiro, principalmente durante a noite.
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Carol Barra Em: 18/05/2024 Autora da história
Não é que vc acertou rsrs