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Fogo Cruzado por Carol Barra

Ver comentários: 10

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Palavras: 4846
Acessos: 3230   |  Postado em: 01/12/2023

Capítulo 6 - A batalha das línguas

Bruna passou a semana inteira repassando o beijo em sua mente e a interação que tiveram no dia das mães. Por que ela foi flertar com aquela mulher? Ela estava sonhando acordada na quinta-feira de manhã cedo, arrumando as coisas antes das crianças chegarem, quando Maria Tereza entrou em sua sala.

– Só para te avisar que o Enzo está liberado para fazer balé.

Ela não conseguiu impedir o sorriso que surgiu.

– O Gael também? – perguntou.

– Sim, a mãe mandou uma mensagem na agenda liberando os dois, caso eles queiram fazer.

Ela ficou toda feliz vendo Enzo participar pela primeira vez. Ele não era muito participativo de nenhuma atividade coletiva, mas gostava muito de música e Bruna ficou toda boba vendo-o dançar. Tirou várias fotos para registrar aquele momento raro em que ele interagia com outras crianças, sentindo o coração ficar quentinho.

Logo que sua turma foi para o pátio, ela sabia que era hora do balé da turma do Gael e pediu que sua auxiliar Carol ficasse com a turma sozinha rapidinho para ir ver a reação do menino.

Quando chegou em frente à sala de movimento, onde ocorreria a aula, Gael esperava na porta com a sua turma, esperando os alunos que estavam lá antes saírem.

– Tia Bru! – ele correu para abraçá-la como sempre fazia.

Não importa se ele tivesse visto-a há dez minutos, ele sempre a abraçava como se estivesse com muitas saudades, encontrando-a pela primeira vez. Bruna amava aquilo!

Outras crianças que já tinham sido seus alunos também a abraçaram ou cumprimentaram com um sorriso e depois de dar atenção para eles, voltou-se para Gael.

– Meu amor, você vai fazer balé? – ela perguntou e ele começou a falar rápido como sempre fazia.

– Sim! Minha mãe conversou comigo ontem e perguntou se eu queria fazer. Eu falei que meu pai dizia que era coisa de menina e que não era para mim, mas ela disse que todo mundo podia fazer balé e me mostrou fotos e vídeos de um monte de menino dançando. Aí eu falei que meus amigos faziam e ela falou para eu fazer hoje com eles e ver se eu gosto.

Bruna adorava esse jeito do Gael de contar tudo nos mínimos detalhes. Ele era uma fonte confiável de fofocas.

– Tenho certeza que você vai gostar! É muito legal! O Enzo adorou. Quer ver fotos dele dançando?

– Quero – ele riu e viu algumas, mas logo precisou entrar para começar a aula e Bruna ainda ficou alguns minutos vendo o inicio da aula antes de voltar para a sua turma. Parece que a Alice, por mais teimosa que fosse, ouviu a Bruna afinal de contas.

 

A chegada da sexta-feira marcava uma semana do beijo e Bruna não conseguia tirar ele da sua cabeça. Era impossível. A mulher era insuportável, mas ela sabia beijar. Ela provavelmente era boa em outras coisas também e Bruna não conseguia parar de pensar naquilo, com detalhes. Isso nunca havia acontecido com ela antes, se sentir tão atraída por uma mulher de quem ela não gostava nem pouco. Uma mulher quem ela mal tolerava!

Ela precisava se distrair. Uma amiga ia comemorar seu aniversário saindo para uma festa alternativa no Néctar, um dos seus lugares preferidos. Ela realmente precisava sair e beijar na boca de outra mulher para ver se tirava aquele maldito beijo da cabeça. A comemoração do aniversário começaria com um jantar em um restaurante. O lugar estava cheio e com fila, como geralmente ficava no happy hour de sexta feira. Mesmo depois de ter esperado mais de uma hora, ainda estava de bom humor! Ela estava na companhia dos amigos, rindo e se divertindo quando a viu. O universo só podia estar de brincadeira! Ela só queria uma noite sem pensar naquele maldito beijo, mas lá estava Alice, linda e maravilhosa como sempre! Seus olhares se encontraram e Bruna reparou que os olhos de Alice rapidamente passearam sobre o seu corpo. Ela estava acostumada a vê-la vestida com o uniforme de trabalho, calça jeans ou legging, blusa laranja da escola e tênis. A maquiagem, a saia curta, a blusa decotada e o salto alto eram um look completamente diferente e o brilho do olhar de Alice parecia indicar que ela havia gostado.

A mesa em que sentaram tinha uma visão perfeita do lugar onde Alice estava. Bruna pegou-se olhando para ela algumas vezes e muitas delas, eram recíprocas. Elas ficaram nessa troca de olhares até os pedidos da mesa chegarem, mas Bruna não tinha fome de nenhum daqueles aperitivos. Sua fome era da mulher com quem trocava olhares quentes. Ela pediu uma bebida. Não iria conseguir sobreviver aquele jantar sóbria. Ela estava no segundo copo de chope quando a memória do beijo voltou forte. Ela precisava esfriar! Levantou-se para ir até o banheiro e estava na pia lavando as mãos quando a porta abriu e seu coração palpitou rápido de ansiedade. Ela esperava e temia ao mesmo tempo que fosse Alice e era.

– Você está me seguindo? – foi a primeira coisa que falou assim que entrou no banheiro.

Bruna quase riu. A audácia daquela mulher! Inacreditável.

– Eu te seguindo? Você que me seguiu!

– Eu já estava no restaurante quando você chegou.

– E eu já estava aqui no banheiro quando você chegou.

– Talvez eu só precise usar o banheiro.

– E talvez eu só quisesse vir nesse restaurante.

As duas ficaram se encarando por alguns segundos em uma guerra de olhares silenciosa. Ela estava tão perto... Não o suficiente para se tocarem, mas o banheiro era muito pequeno e se Bruna quisesse seria tão rápido, tão fácil beijá-la. Aquele pensamento fez com que procurasse desesperadamente falar alguma coisa, antes que fizesse algo de qual poderia se arrepender.

– Seu pé esta melhor? – perguntou, pois foi a única coisa que conseguiu pensar, não porque se importava.

– Ah sim... – Alice falou como se tivesse sido desperta de seus pensamentos – Eu só não posso usar salto por um tempo.

– Que pena. Eu gosto de você de salto – falou em um tom de flerte, antes que conseguisse parar.

– Eu gosto de você de salto – Alice devolveu no mesmo tom, deixando seu olhar descer lentamente para as pernas da Bruna como se quisesse devorá-la.

Como ela iria resistir se tudo que queria era ser devorada por aquela mulher insuportável?

– Você vai sair? Você está vestida bem demais para esse lugar. Não que eu esteja reclamando – ela adicionou a última frase com um sorrisinho de canto de boca irresistível.

– Por que quer saber? Quer me seguir para lá como me seguiu para o banheiro?

Alice riu.

– Você é tão irritante! – pela primeira vez ela disse aquilo com um sorriso e um tom leve, fazendo parecer que na verdade estava fazendo um elogio.

– E você gosta ou não teria me seguido até aqui.

Bruna estava brincando com fogo. Ela sabia, mas ela queria se queimar.

– Eu não segui você, eu preciso usar o banheiro – falou de uma forma desafiadora, sem desviar o olhar de Bruna.

– Então use... – respondeu no mesmo tom.

O espaço era apertado, com apenas duas cabines e Bruna propositalmente moveu-se um pouco para longe da pia, colocando-se no caminho. Para Alice entrar em uma das cabines precisaria passar bem perto. Ela foi aproximando-se, mantendo o olhar colado em Bruna, de uma forma quase que desafiadora que a deixava ainda mais sexy.

Com o salto alto de Bruna, elas ficavam praticamente na mesma altura. Alice chegou em sua frente e encostou o próprio corpo no de Bruna.

– Licença – sussurrou de uma forma sensual.

Claramente Bruna não tinha nenhuma intenção de sair do caminho e claramente Alice não tinha nenhuma intenção de passar por ela. As duas ficaram em uma batalha de olhares, vendo quem cederia primeiro. Bruna decidiu que ela ficaria bem feliz em perder daquela vez e jogou o próprio corpo ainda mais de encontro com o de Alice, passando uma das suas mãos por traz da sua cabeça, trazendo-a para um beijo.

Como da primeira vez, as línguas se encontraram rapidamente. A intensidade do beijo foi de zero a cem em milésimos de segundo e Bruna não conseguia controlar o desejo ou os gemidos ao sentir as mãos de Alice passeando pelo seu corpo de forma possessiva. Ela fez o mesmo. Ela precisava senti-la. A sua calcinha já estava completamente arruinada e ela sentia o sex* latejar. Quando se deu conta do que estava fazendo, Alice já estava com as costas contra a porta fechada e as suas mãos já passeavam por debaixo da sua blusa. A pele dela era macia e estava tão quente quanto a sua.

Bruna sentia-se bêbada e não por causa dos dois copos de chope. Ela estava completamente bêbada de desejo e estava pronta para fazer sex* com aquela mulher insuportável naquele banheiro apertado. No entanto, o universo tinha outros planos e elas foram interrompidas por alguém que forçava a porta para abrir. Elas se afastaram rápido, em choque e tentaram disfarçar e se recompor o máximo que podiam enquanto um grupo de três mulheres entrava no banheiro. Elas trocaram um olhar significativo antes de Bruna sair, visto que não havia espaço para todas ali. Segundos depois de sentar em sua mesa, Alice retornou para a dela. Àquela altura do campeonato Bruna já tinha tomado uma decisão. Ela iria fazer sex* com Alice. Aquela noite.

=====

 

Alice mal estava conseguindo se concentrar no que acontecia em sua mesa antes do incidente do banheiro. Ela havia se obrigado a ir no happy hour com alguns colegas de trabalho. Ela acreditava que às vezes precisava socializar e manter laços com algumas pessoas com quem trabalhava. Ela precisava fazer parcerias com vários tipos de profissionais tanto para conseguir quanto para finalizar obras e depois de um longo dia finalizando a reforma de um apartamento, ela havia aceitado o convite da arquiteta e do marceneiro, um casal com quem ela já havia trabalhado outras vezes em diferentes projetos. Eles não eram pessoas entediantes. Normalmente era agradável conversar com eles, mas Alice não conseguia pensar em mais nada depois daquele beijo. Aliás, beijo era uma definição muito simples. Elas estavam prestar a fazer bem mais que isso antes de terem sido interrompidas. O que ela faria com Bruna sem ser interrompida? Esse simples pensamento ocupava toda a sua mente. Aquela garota estava deixando-a completamente maluca. Nunca ela se imaginaria prestes a fazer sex* em um banheiro onde qualquer pessoa poderia entrar a qualquer momento, mas na hora ela não havia conseguido pensar. Parecia que os beijos de Bruna a deixavam com a mente completamente vazia. Ela não conseguia pensar em nada, só sentir e tudo que queria era sentir Bruna, inteira. Ela estava ficando maluca. Ela precisava sair dali antes que fizesse uma besteira.

– Tem certeza que já precisa ir? – Jorge, o marceneiro, perguntou.

– Sim... eu tenho ainda que ligar para os meninos antes deles irem dormir.

Era verdade. Era algo que ela sempre fazia depois do divórcio quando os meninos estavam com o pai.

Ela olhou para Bruna uma última vez antes de se levantar e se despedir. Estava na fila do caixa esperando para pagar a sua parte da conta quando sentiu ela se aproximar. Ela sentiu seu cheiro de longe e seu corpo arrepiou instantaneamente.

– Eu vou estar no Néctar mais tarde. Você devia me seguir de novo – sussurrou no seu ouvido e saiu antes que ela pudesse responder.

 

Alice estacionou o carro e confirmou o endereço no seu celular de novo, mas pelo barulho de música alta não restava dúvidas. Era o lugar que a Bruna falou que iria. Ela nunca tinha ouvido falar e precisou olhar no Google para encontrar. Definitivamente não era um lugar que ela escolheria ir e fazia com que ela consolidasse ainda mais em sua cabeça a imagem meio hippie de Bruna.

 Depois que saiu do restaurante, Alice foi para casa, tomou um longo banho e ficou parada em frente ao seu closet pensando no que vestiria, tentando fingir para si mesma que ainda estava na dúvida sobre o que faria. Mas ela já havia decidido. Afinal, ela era apenas humana. Quando uma mulher absurdamente maravilhosa te agarra no banheiro e depois te convida para segui-la, você tem que ir! Ela queria a Bruna e a Bruna a queria. Era simples, certo? Elas duas eram adultas. Uma devia ser uns dez anos mais nova, professora do seu filho, mas e daí? Quem se importava? Não tinha nada de errado, certo?

Depois de uma guerra interna de mais ou menos dez minutos parada dentro do carro ela lembrou que estava no Rio de Janeiro e aquilo não era seguro. Era melhor sair logo e ir de uma vez.

O lugar não tinha absolutamente nada a ver com ela. Cheio de pessoas jovens, bêbadas e estranhas. Alice contrastava com suas roupas mais formais. Ela não resistiu e colocou salto. Afinal, Bruna havia dito que gostava e seu tornozelo já estava melhor. Ele iria aguentar algumas horas.

Ela sentia-se como um peixe fora d’água naquele lugar cheio. Já estava começando a se arrepender de ter ido quando a avistou. Ela estava tão linda! Aquela mini saia devia ser proibida. Não era justo! Como esperavam que ela resistisse? Bruna estava dançando. Tão livre, tão linda! Alice foi andando em sua direção quase que hipnotizada. Bruna estava tão perdida na música que só se deu conta da sua presença quando Alice a tocou no braço. Ela virou-se e abriu um sorriso tão grande que Alice sentiu as pernas ficarem bambas.

– Você me seguiu – ela falou com a confiança de quem não tinha suspeitado um resultado diferente.

– Eu segui – Alice respondeu e deu um sorriso sem graça.

A música estava alta e elas não conseguiam se ouvir direito.

– Vem cá – Bruna falou puxando-a pela mão até um canto mais reservado. Com uma naturalidade enorme, como se sempre pegasse na mão de Alice.

– Quer um drink? – ofereceu.

– Sim...

Ela definitivamente precisava de álcool. Bruna retirou-se rapidamente e retornou minutos depois com uma caipirinha e Alice deu um gole, mesmo não sendo uma de suas primeiras escolhas de bebida.

As duas se encararam por um tempo até Bruna quebrar o silêncio.

– Então... Você está de salto. Eu gosto!

Aquele flerte de novo! E de repente Alice se sentiu nervosa como uma adolescente, sem saber direito o que dizer. Parecia tudo muito real, mas ao mesmo tempo um sonho. Ela estava ali mesmo? Aquilo estava mesmo acontecendo?

– Eu não acredito! Eu finalmente te deixei sem palavras? – Bruna provocou.

– Não! Eu só não consigo conversar direito com esse barulho – tentou disfarçar.

– Esse foi o seu jeito sutil de me chamar para sairmos daqui? – ela falou com um sorriso sexy.

Aquilo só deixou Alice mais sem graça.

– Não! Eu não quis sugerir nada...

Bruna aproximou-se e sussurrou com a boca quase colada em seu ouvido.

– Não quis? Certeza?

Quando ela se afastou da sua orelha, manteve o rosto próximo, encarando Alice com um sorriso desafiador. Aquilo foi demais. Não havia razões para continuar fingindo que ela poderia resistir. Alice puxou Bruna para perto de si pela cintura e seus lábios se encontraram. Ela achou que por ser a terceira vez que se beijavam, ela estaria mais acostumada com as sensações que a menina causava em seu corpo, mas ela estava errada. Muito errada. O beijo dela era simplesmente absurdo. Não era justo.

– Você está me deixando maluca – Bruna sussurrou quando as duas se afastaram para pegar ar.

– Eu? Você está me deixando maluca! O que é essa roupa? Deveria ser ilegal ficar tão gostosa! – ela falou sem pensar.

– Essa cantada te consegue muitas garotas? – provocou.

Alice riu.

– Eu estou um pouco enferrujada – admitiu.

– Eu estou vendo – falou rindo e se divertindo.

Parecia que pela primeira vez a interação das duas era leve, sem conflitos ou troca de farpas. Um pequeno silêncio se estabeleceu enquanto as duas se olhavam, se analisavam e bebiam.

 

=====

 

– A gente devia estar fazendo isso? Você é professora do meu filho...- Alice pareceu momentaneamente preocupada.

– E daí? – Bruna tentou acalmá-la. Ela já havia decidido o que queria – O que eu poderia fazer? Aumentar as notas dele porque quero dormir com a mãe dele? É educação infantil! Não tem boletim, nem nota, nem nenhuma vantagem que eu possa dar a ele por sua causa.

– Eu sei... mas sei lá... dar uma atenção especial ou algo assim – ela ainda estava nervosa.

Bruna queria dizer que ele já tinha uma atenção especial por possivelmente ser uma criança neurodivergente, mas ela sabia que aquele assunto era tenso e se ela quisesse sex* aquela noite precisava esquecer do Enzo.

– Eu dou atenção especial para todos os meus alunos! Nenhuma criança é igual e nenhuma criança aprende igual. E nós duas somos mulheres adultas. Conseguimos separar coisas.

– Eu não quero complicar nada... Eu acabei de me separar... Eu não quero nada sério.

– Ótimo! Eu também não! Especialmente não com você. Sem ofensa, mas a gente nem se gosta.

Aquele comentário fez Alice rir desacreditada, mas finalmente ela concordou.

– A gente mal consegue conversar sem discutir. Nunca iríamos combinar.

– A não ser quando estamos nos beijando... Eu aposto que na cama a gente consegue combinar – ela falou de forma sensual e viu o efeito que aquilo fez na Alice – Só sex*! Sem compromisso!

– Só sex*? – Alice falou para se certificar, como se ainda estivesse desconfiada que estavam tendo uma conversa tão aberta sobre aquele assunto.

– Eu quero! Você quer?

– Quero! Muito! – ela respondeu rápido para não deixar dúvidas – Eu só quero deixar tudo bem claro...

– Tudo perfeitamente esclarecido – Bruna falou antes de beijá-la novamente – Vamos sair daqui. Minha casa fica há menos de dez minutos e ela está vazia hoje.

– Vamos – Alice concordou sem nenhuma hesitação e as duas foram caminhando até o seu carro.

Bruna foi guiando ela pelas ruas do seu bairro e Alice pareceu chocada ao entrarem em uma rua de terra esburacada com pouca iluminação.

– Jesus! – exclamou – Isso não faz parte de um plano para me levar para um lugar deserto e me matar, não né?

Bruna gargalhou e aproximou-se de seu ouvido falando de forma sexy:

– Eu tenho muitos planos para essa noite e todos eles envolvem você bem viva – quando terminou não resistiu em dar uma leve mordida, passando a língua de leve pela sua orelha.

Bruna sentiu Alice tremer com o toque e perder o controle do carro por um segundo, fazendo com que caíssem em um buraco.

– Merda – ela exclamou fazendo Bruna gargalhar mais uma vez.

– E você estava preocupada com as minhas habilidades dirigindo – provocou e passou uma das mãos na coxa de Alice, fazendo-a tremer novamente.

– Jesus! – exclamou de novo – Você é perigosa. Já estamos chegando?

Bruna sorriu de novo.

– Chegamos – falou apontando uma casa logo a frente.

 

=====

 

Alice observou enquanto Bruna saía do carro e abria o portão de garagem para que ela pudesse passar. Assim que estacionou, respirou fundo, mal conseguindo conter a ansiedade que sentia.

Depois que Bruna abriu a porta, ela mal teve tempo de olhar a casa antes de ser agarrada por ela em mais um daqueles beijos que tiravam dela qualquer pensamento lógico ou ilógico.

– Meu quarto – Bruna sussurrou entre um beijo e outro – Vem!

Ela não precisava pedir duas vezes. Naquele momento, Alice a seguiria até o fim do universo. Ela subiu um lance de escadas atrás de Bruna que a guiava segurando-a pela mão.

De repente ela começou a sentir uma insegurança grande. Ela estava prestes a dormir com aquela menina. Ela era tão jovem, tão bonita. Alice definitivamente não tinha mais um corpo jovem como o de Bruna, ainda mais depois de duas gravidezes.

 

=====

 

Quando chegaram no quarto, Alice olhava para ela com uma feição nova que demonstrava um pouco de insegurança. Algo muito incomum naquela mulher.

– O que foi? – não pôde deixar de perguntar.

– Nada – ela tentou disfarçar, mas só pareceu mais nervosa.

– Nervosa? – provocou sorrindo e Alice ficou corada! Ela nunca tinha visto aquela mulher corar!

– Relaxa, eu não mordo – brincou e deu uma gargalhada, continuando a falar em um tom sensual – Na verdade, eu mordo sim. Eu adoro mordidas!

Aquilo fez a respiração de Alice falhar e não por vergonha.

– Só espero que você não me chame de meliante nem me compare com um cachorro por isso – não resistiu em dizer.

Alice aproximou-se repentinamente. Puxando Bruna para ela de uma forma possessiva que fez a sua calcinha ficar ainda mais molhada do que já estava.

– Você gosta de me provocar, não é? – perguntou de forma sensual.

– Você não viu nada ainda – Bruna sussurrou no seu ouvido e mordeu de leve o seu pescoço.

Alice gem*u e toda a insegurança pareceu ter ido embora quando ela pegou a cabeça de Bruna e levou-a de encontro aos seus lábios de uma forma tão intensa que Bruna precisou segurar-se mais forte em Alice.

Era o mesmo beijo que trocaram na primeira noite. As línguas se encontraram em uma briga por dominância. Bruna não lembrava de ter sentido tanto desejo vindo de um beijo antes. Ela queria se fundir com Alice ali mesmo, naquele momento. Puxava-a para mais perto de si mesmo com as duas grudadas em toda a extensão dos corpos. Tinha muita coisa entre elas ainda. As roupas precisavam sair. Rápido. Bruna começou a desabotoar a calça de Alice, sem desgrudar os lábios dela. Ela abaixou um pouco a calça, criando espaço para que suas mãos pudessem apertar as nádegas de Alice. Nesse momento as suas bocas finalmente se separaram para que Alice pudesse gem*r e ela aproveitou para tirar a blusa de Bruna, que não usava sutiã naquela noite.

A visão fez Alice gem*r de novo e tirar a própria blusa e o restante da roupa, ficando apenas com as peças íntimas. Bruna foi fazer o mesmo, mas Alice a impediu.

– Deixa que eu que tiro – falou claramente dominada pelo desejo.

Mas ao invés das suas mãos irem para sua saia, foram direto para os seus seios. Ela os apertou com vontade enquanto voltava a beijar Bruna. Se existia algum resquício de insegurança, Bruna nunca conseguiria acreditar. O jeito com que Alice tocava ela era decidido, como se tivesse certeza absoluta de tudo que precisava fazer para tirar Bruna de órbita. Ela puxava Alice para perto de si pelas costas, sentindo o quanto a sua pele estava quente.

As mãos de Alice passaram de seus seios para a sua bunda, apertando-a ao mesmo tempo em que mordia o seu lábio inferior. O gemido que Bruna deu foi tão alto que Alice empurrou-a na primeira parede disponível e pressionou uma perna contra o seu sex*. Instintivamente Bruna começou a se movimentar contra ela e Alice acompanhou o seu ritmo. Não demorou até ela goz*r o que era completamente ridículo visto que ela não havia nem tirado a roupa de baixo. Ainda assim foi provavelmente um dos orgasmos mais intensos que Bruna já tivera.

Alice a segurou firme enquanto ela se reestabelecia, mas ela não foi nada paciente. Enquanto Bruna ainda buscava ar, conseguia sentir os beijos e a língua em seu pescoço, assim como as mãos passeando por todo o seu corpo, apertando-a com força e desejo. Assim que ela viu que Bruna poderia manter-se em pé sem auxílio, abaixou para tirar seu calçado e em seguida a sua saia. Tinha algo extremamente sexy naquela mulher ajoelhando para Bruna e ela já sentia o desejo retornar quando Alice afundou o rosto no sex* de Bruna, por cima da calcinha. Ela praticamente gritou de desejo sentindo a língua de Alice provocá-la sobre o tecido.

– Você é uma delícia – ela murmurou com a voz rouca de desejo e olhou para Bruna como se quisesse devorá-la. Bruna queria muito ser devorada e mordeu o próprio lábio inferior na expectativa.

Alice finalmente tirou a sua calcinha e a levou em direção a cama, deitando sobre ela.

– Tira – Bruna mandou referindo se às últimas peças de roupa de Alice e ela obedeceu antes de voltar a ficar em cima dela.

Elas voltaram a se beijar e Bruna sentia os seus corpos encaixando-se perfeitamente, movimentando-se em sincronia. Ela pressionou a perna contra o sex* de Alice, sentindo o seu desejo.

– Você está tão molhada – gem*u e rapidamente levou sua mão até lá, fazendo Alice movimentar-se mais intensamente em busca de fricção.

Não havia mais tempo para provocação e Bruna movimentou o dedo em seu clit*ris com uma das mãos, enquanto a outra puxava a cabeça de Alice para mais um beijo intenso. Ela gozou tão rápido que Bruna nem teve tempo de aproveitar. Alice deitou ao seu lado, mas não tirou uma das mãos do seu corpo enquanto normalizava a respiração, como se precisasse continuar tocando Bruna, certificando-se de que ainda a queria.

Bruna aproveitou para colocar-se em cima dela. Ela precisava de mais. Aquilo não havia sido suficiente. Desceu a boca até os seios de Alice enquanto ela ainda ofegava. Continuou descendo e marcando seu corpo com pequenas mordidas leves que faziam Alice tremer. Chegou finalmente em seu sex*, que ainda estava sensível do orgasmo recente. Bruna fez movimentos gentis com os lábios e conforme foi sentindo Alice responder aos toques, foi colocando a língua aos poucos, com cuidado, até sentir o seu clit*ris enrijecer novamente de desejo. A sua língua foi tomando conta do sex* de Alice, fazendo ela gem*r e apertar o cabelo de Bruna para que não parasse. Mas Bruna não pararia. Ela queria morar ali, entre as pernas de Alice, e nunca mais sair. Ela queria sentir cada milímetro do seu sex*, sentir o seu gosto e se deliciar com as sensações que causava naquela mulher. Quando ela finalmente gozou de novo, Bruna precisou de muito esforço para sair daquele paraíso e colocar-se em cima de Alice para beijá-la. O beijo foi intenso com muitos gemidos de Alice, como se ela estivesse completamente entorpecida por Bruna.

Suas mãos voltaram a explorar cada detalhe de Bruna até chegarem novamente em seu sex* que já estava latejando de prazer. Ela entrou com um dedo com facilidade e logo em seguida com mais um. Bruna começou a movimentar-se junto com ela na cama, perdendo noção de tudo ao seu redor, só conseguindo sentir aquela mulher maravilhosa comendo-a com tudo que tinha. O orgasmo veio forte e ela praticamente caiu na cama ao lado de Alice, tentando controlar a respiração.

 

=====

 

Alice não sabia exatamente o que deveria fazer. Ela nunca fora muito fã de sex* casual e depois de ter ficado casada por tantos anos, ela não se imaginou naquela situação. Elas tinham acabado? Ela deveria ir embora? Ficar a noite? Qual era o procedimento adequado?

Ao contrário dela que estava com a cabeça a mil, Bruna parecia o completo oposto, relaxada, com um sorriso satisfeito nos lábios.

– Eu devo ir? – perguntou finalmente verbalizando sua dúvida.

Aquela pergunta fez Bruna fazer uma careta e virar-se para ela surpresa.

– Já acabou para você?

– Bom... eu normalmente sou uma mulher de um orgasmo só e já tive dois essa noite, o que é dobro...

Bruna gargalhou e rapidamente se moveu para ficar em cima de Alice novamente.

– Já está ficando idosa? – provocou – Cansa rápido? – sussurrou e logo depois deu a mesma mordida na sua orelha que dera quando estavam no carro. Seu corpo reagiu na hora.

– Deus do céu! O que você faz comigo? – falou entre gemidos enquanto Bruna beijava seu pescoço.

– Fica aqui essa noite – ela pediu em um tom que tornava absolutamente impossível dizer não – Podemos continuar batendo o seu recorde e quando você cansar a gente dorme e recomeça de manhã.

Antes que Alice pudesse responder que sim, com certeza absoluta, sem dúvidas, ela ficaria, Bruna movimentou o próprio corpo fazendo com os seus sex*s se encontrassem e Alice perdeu completamente a capacidade de formar frases.

– Posso considerar esses gemidos consentimento? – brincou e Alice só foi capaz de concordar com a cabeça enquanto movia o corpo no mesmo ritmo de Bruna e apertava suas nádegas para que ficassem ainda mais perto.

Bruna cumpriu a promessa de bater recordes e já era madrugada a dentro quando as duas finalmente se cansaram. Alice não costumava dormir bem fora de sua cama, mas ela estava tão realizadamente exausta que pegou no sono bem rápido, sentindo o cheiro de Bruna ao seu lado.

Fim do capítulo

Notas finais:

Um capítulo extra de presente nessa sexta-feira!!!


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Comentários para 6 - Capítulo 6 - A batalha das línguas:
S2 jack S2
S2 jack S2

Em: 14/05/2024

Capítulo maravilhoso....adorei a sintonia das duas na cama.


Carol Barra

Carol Barra Em: 18/05/2024 Autora da história
Elas tem uma baita química!


Responder

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jake
jake

Em: 16/01/2024

Nossa que cap delicioso. Alice quebrou o recorde...rsrsr

Será que haverá sexo casual.? Amando a história 


Carol Barra

Carol Barra Em: 18/05/2024 Autora da história
Haverá muito sexo casual rs


Responder

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 03/12/2023

Nossa adorei o capito e estou adorando a história devorei os capítulos até agora 


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Fico muito feliz que esteja gostando!!! Toda semana sai capitulo novo!


Responder

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Mmila
Mmila

Em: 01/12/2023

E que capítulo extra!


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Eu tava numa ansiedade pra vcs lerem que nao aguentei esperar kkk


Responder

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Dessinha
Dessinha

Em: 01/12/2023

Que maravilha esse presente na sexta-feira, muitíssimo obrigada. Achei ótimo que Alice foi ao encontro da Bruna, me imaginei numa cena dessa e eu teria deixado passar de tão besta que fui quando mais jovem, mas é certeza. Já fiquei pensando no futuro, já vejo probleminhas de ciúme, e a frase rolando de ambas "e não era só sexo?" Será, autora? Maravilha de conto!! 


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Tem muita coisa pra rolar nesse relacionamento sexual delas ainda rs
E vai ter um ciumezinho sim rsrs


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Socorro
Socorro

Em: 01/12/2023

Fogo fogo fogo 


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Com elas sempre pega fogo!


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Dessinha
Dessinha

Em: 01/12/2023

Que maravilha esse presente na sexta-feira, muitíssimo obrigada. Achei ótimo que Alice foi ao encontro da Bruna, me imaginei numa cena dessa e eu teria deixado passar de tão besta que fui quando mais jovem, mas é certeza. Já fiquei pensando no futuro, já vejo probleminhas de ciúme, e a frase rolando de ambas "e não era só sexo?" Será, autora? Maravilha de conto!! 


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Tem muita coisa pra rolar nesse relacionamento sexual delas ainda rs
E vai ter um ciumezinho sim rsrs


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 01/12/2023

Sabiá que era tesão tanta implicância uma com a outra.


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Estava certíssima!


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Lea
Lea

Em: 01/12/2023

MARAVILHOSO ESSE CAPÍTULO!


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Sabia que iriam gostar rs


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NovaAqui
NovaAqui

Em: 01/12/2023

E que capítulo extra! Kkkk

Legal as crianças fazendo balé!

Alice está cedendo com facilidade!

Agora falta aceitar e começar o tratamento do pequeno

Muito legal essa primeira vez delas! Foi intenso e com muitos recordes batidos

Agora vão querer fazer sexo sem compromisso sempre kkkkk

Obrigada pelo extra!

Alegrou mais ainda minha sexta

Bom final de semana procê

 


Carol Barra

Carol Barra Em: 20/12/2023 Autora da história
Eu postei o extra pq eu tava ansiosa pra que vcs lessem essa cena kkk
Que bom que gostou!
Alice é teimosa mas ele eventualmente sempre ouve a Bruna!


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