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Bruxas e Guerreiras vol. 03 por Bel Nobre

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Palavras: 2125
Acessos: 366   |  Postado em: 25/10/2023

CAPITULO XLIII

 

CAPÍTULO QUARENTA E TRÊS

NARA SHIVA

Uma névoa negra, fina como um véu que cobre o rosto de uma viúva balzaquiana, saiu devagar pela porta do depósito, assustando os homens que ainda discutiam sobre o que fazer com o tal Luiz. O silêncio também reinou ali onde antes discutiam o destino do homem que, na minha opinião, já tinha morrido.

Agucei os sentidos farejando o ar. Não havia cheiro de nada, mas algo horrível circulava ao redor daquelas pobres almas, que não tinham forças para sair. Eu não podia deixar meu esconderijo, que ficava exatamente do outro lado da única rua asfaltada. O restante era mato e mais mato. Não daria uma de super-heroína sem antes entender o que estava acontecendo. Só esperava que Nyxs tivesse visto algo na frente das mansões.

— Socorro! — O grito veio dos arredores do depósito. Por pouco não me teletransportei para cima dos homens. Olhei ao redor para localizar o pedido de ajuda e vi um dos trabalhadores do abastecimento sendo arrastado para dentro dos arbustos. A nuvem negra impediu a visão do que ou quem o estava puxando.

— Vamos embora antes que todos nós sejamos levados. Quem quiser ficar para morrer, que fique. Eu já estou indo. — O motorista subiu as escadas e entrou na cabine do caminhão antes de fechar a porta. Mais dois subiram na boleia e o restante entrou na parte traseira, entre os engradados vazios, batendo forte na lateral por dentro do transporte.

— Pisa fundo, John. Rápido, cara, senão seremos arrastados também. — Não sei quem gritava, só ouvia a voz e o som de pés correndo em todas as direções. O fedor do medo liberado no suor dos humanos era forte o suficiente para me obrigar a tapar o nariz.

— Se segurem e comecem a rezar para chegarmos vivos em casa. Só espero que a balsa esteja no cais.

Os pneus rasparam no asfalto, acompanhados por um forte cheiro de borracha queimada. Quando o carro passou perto de onde eu estava escondida, vi os rapazes fechando as portas que batiam na lateral do veículo pesado.

Deixei que eles fugissem e fui em direção do amigo abandonado à própria sorte, seguindo o rastro de plantas pisoteadas. Os gritos haviam cessado e restou apenas o ruído das folhas secas sendo amassadas.

Eu vi o perigo antes de sentir o cheiro característico de algo podre. A cobra-preta arrastava o corpo já sem vida do homem. Mantive uma distância segura, sentindo que ela o levava para o local que devia ser usado como depósito de corpos. Saímos da parte moderna da cidade e entramos no lado hostil da ilha, o mesmo que antes era habitat das cobras nativas.

Rastejei sobre as patas, sempre camuflando meu cheiro para não ser percebida. Alguém veio do alto, pulando diretamente sobre meu corpo e tapando minha boca. Aqueles dedos eram macios e quentes, com uma textura aveludada que eu reconheceria mesmo após a morte. O cheiro da mão, do corpo e o som daquela voz estavam entranhados no meu DNA. Balancei meu focinho, livrando-me da mão e respirando livre.

— Saia de cima de mim antes que a nossa amiguinha lá na frente sinta seu cheiro.— Pedi, esfregando o focinho em sua mão como os lobos fazem com os filhotes.

— É impossível ela me sentir. Estou invisível, e você só está me vendo porque está na pele da loba. Se estivesse na de humana, não veria. — Nyxs fez carinho no meu pescoço e nas minhas orelhas, esfregando rapidamente as mãos nos pelos e puxando-os. Eu amava essas carícias quando estava transformada.

— Onde está Nalum?— Estranhei o fato dela estar sozinha.

— Ela está vigiando a frente da casa de show. Inaê e Helô descobriram que o chalé da Amkaly nunca foi habitado e vieram para a casa de show ficar com a Nana, tentar ver se elas estão juntas.

— Nalum, filha, consegue me ouvir? — Chamei pelo nosso laço.

—  Pode falar mamãe, estou ouvindo.

— Procure Esther, assim que a encontrar  vá com ela. Há um caminhão vermelho a caminho do porto, indo para a balsa. São três homens muito assustados, viram o amigo ser morto pela cobra. Diga a Esther para apagar as lembranças deles.

— Já estou indo. Vou levar Inaê e Helô comigo, aqui não tem mais nada para ver. Amkaly deve estar com a dupla, elas não se largam.

Senti quando Nalum encerrou a conversa e saiu com as tias. Nyxs me encarava com uma expressão preocupada.

— É estranho esse comportamento dela. Sempre foi assim? Nunca vai às reuniões. Quando temos notícias, está na farra ou dormindo, sempre na companhia das amigas.

— Amkaly nunca aceitou muito bem o fato de não ser humana. Ela nunca quis ser loba e agora, com esses poderes e tendo que aprender a ser guerreira, acho que ela não está satisfeita. Eu queria ter o dom de tirar esse fardo das suas costas. Queria poder deixá-la ser apenas humana, mas não cabe a mim. Mesmo assim, quando voltar a Salém, vou pedir a Israfil para fazer algo a respeito, falar com alguém lá de cima. Ou lá de baixo, contanto que resolva essa situação.

— Mesmo que eu não morra de amores por ela, entendo a sua preocupação. Deve ser horrível descobrir que sua vida foi uma completa mentira e ter que viver em uma realidade que ninguém perguntou se ela queria. Nós nascemos assim, nossos ancestrais têm uma história e gostamos de fazer parte disso. Ano passado, estudamos com os humanos sobre história das civilizações e tradições. Nessa cidade onde ficamos moramos durante um ano, os descendentes de escravos têm tanto orgulho de suas raízes e deuses como nós temos da nossa. Mas em outros estados, os negros não têm esse mesmo orgulho, muitos deles têm vergonha de ter a pele escura. Acho que com Amkaly é o mesmo, ela não se adapta à forma como vivemos, mas não trairia sua alfa.

Nyxs riu debochada com o último comentário. Ela distribuía beijos na parte de trás do meu pescoço, arrepiando minha pele.

— Amkaly sabe que se fizer isso pode ser julgada e expulsa da alcateia. Nyxs estava certa, Amkaly viveria uma vida de merd* e infeliz, mas nunca trairia seu povo mesmo que nunca tenha aceitado nossas tradições.

— Nana está voltando com as meninas. — Em pouco tempo, as três lobas chegaram correndo em nossa direção.

—  Mães, eu já falei com Esther. Ela foi resolver o problema dos rapazes do caminhão. Não fomos com ela para não amontoar como Esther mesmo falou, na volta passamos na boate. Tem alguma coisa acontecendo na frente do bar. Nalum falou de uma vez, atropelando as palavras. Quem contou a novidade acabou sendo sua tia Inaê.

— Primeiro, Amkaly saiu feito uma louca de dentro da casa de show. Em seguida, Sandra veio tentar impedir sua saída. As duas discutiram e Amkaly mandou que elas arrumassem a merd* que fizeram antes que você descobrisse e sobrasse para ela. Inaê deu uma pausa, esperando perguntas que ninguém fez, então ela continuou. — Amkaly parecia bem aborrecida, mas obedeceu à Sandra. Era como se a Sandra a dominasse de alguma forma.

Ficamos em silêncio, avaliando, até que resolvi compartilhar o que tinha descoberto.

— Acho que sei do que elas estão falando. Olhe ali, perto daquela porta tem um homem morto, e outro foi arrastado. Olhem dentro da mata, bem próximo daquele ipê bem distante.

Lá na frente vimos a cobra entrar numa espécie de gruta entre as pedras. Corremos abafando os passos nas folhas, sem permitir sermos descobertas, enquanto as meninas invisíveis se teletransportaram. Elas estavam ficando boas nisso.

Nara, essa passagem é muito apertada para um corpo passar. Nyxs ajustava o corpo sobre mim, que estava adorando o contato da pele nua sobre meus pelos.

— Preste atenção, olhe com mais calma. A cobra  está quebrando os membros do homem, vai passar só os pedaços.— Disse Inaê.

— Agora que já sabemos para onde ela leva as vítimas, vamos precisar que traga o drone da Iara e o coloque dentro da gruta para descobrirmos o que tem por lá.

— Vamos passar na praia e avisar Iara. As garotas já estavam distantes na floresta quando terminaram a frase.

— Manon, vá com a Nyxs até a gruta para colocar o drone. Fiquem distantes e invisíveis. Eu vou me encontrar com Esther. O restante está de folga. Vários gritinhos soaram enquanto me afastava, junto de uma loba de cores indeterminadas que apareceu do nada na minha frente, minha beta mostrava os dentes, acredito que sorrindo do susto que levei com a sua chegada.

Quando paramos em frente ao chalé onde Amkaly estava hospedada, encontramos tudo vazio, com folhas amontoadas no chão ao lado da porta, que não ofereceu resistência para ser aberta. Esther passou a mão nos móveis, tirando um pouco da poeira do local, cheirou o ar e foi até a cama. Estava toda arrumada, não parecia ter deitado nenhuma alma viva.

— Quem estava responsável pela vigilância desse chalé? — Ela jogou um pó lilás com cheiro de própolis sobre os móveis e outro alaranjado no ar.

— Inaê e Heloise.

—  Qualquer  pessoa que venha aqui vai ter apenas uma ilusão de que tudo está perfeito.

— Alguma ideia de quem está brincando com a nossa inteligência? —  Passei os dedos na mesa  minha da clarividência doeu estranhei o fato, minha runa nunca emitiu nada, nem dor, nem coceira, irritação, nada,  sempre com o olho tatuado na palma da mão aberto beta.

— Esta, fechado, o terceiro olho está fechado, olhe para sua mão

Do susto pulei quase  na saída do chalé, olhei rapidamente minha mão, o olho estava fechado, parecia em sono profundo.

— Isso nunca aconteceu desde quando ele apareceu na minha mão, quer dizer o que você sabe?

— O obvio, que não tem nada aqui para ser visto sem permissão, mas não se preocupe, não sinto vibrações ruins quando chegar o tempo vamos descobrir.

— Então Amkaly nunca ficou nesse chalé? — Perguntei, abrindo a porta de um quarto amplo com uma cama imensa.

— Claro que sim. Das duas, uma, ela está lutando suas batalhas por conta própria, ou está sendo obrigada a algo que não sabemos, escolhe qual?. — Esther limpava as mãos em seu casaco cheio de bolsos embutidos.

— Nenhuma das duas opções, Calíope foi designada para descobrir o que está acontecendo com ela. As duas foram amantes no passado. — Minha beta parou o que fazia para me observar.

— Então eu estava certa esse tempo todo. E você, como se sentiu em relação à sua irmã quando ela contou?

— Ela não falou o nome, eu deduzi, e vejo o quanto ela se sente culpada. Não culpo minha irmã, Amkaly tem seus encantos, é fácil se apaixonar por ela. O problema é que ela sempre quis ser humana e nunca aceitou ser uma loba. Durante o tempo em que estivemos juntas, sempre discutimos sobre a tradição e crença do nosso povo.

— A vida não foi fácil para ela, mas também ela não dá uma chance. Eu peço à Deusa que abra seu coração e tire a venda dos seus olhos para que ela enxergue sua alma gêmea quando passar na sua frente.

Dessa vez, quem parou tudo e ficou analisando a informação fui eu. Esther falava daquele jeito de quem via o futuro, e isso me deixava feliz.

— Estava pensando em falar com Israfil para transformá-la em humana, tirar esse fardo dos seus ombros.

— Não tem nada impedindo você de fazer isso.

— Agora eu não entendi, como posso pedir para ela ser humana se a alma gêmea dela está para chegar?

— Seu defeito, minha alfa, é querer que tudo seja preto no branco, e não é assim. Tem outras cores no meio, assim como tem outras formas para nos completar. Venha, vamos para casa ver as filmagens.

— Tem outra coisa que quero te contar. — Por incrível que pareça, eu estava nervosa e sem jeito. — Não é sobre o caso. — Parei, respirando fundo. — Eu e Nyxs estamos juntas.

Esther me olhou e circulou ao meu redor sentindo meu cheiro. Aquilo me deixou ainda mais nervosa.

— Não estão juntas, não sinto o cheiro da minha neta em você. Mas gostei de saber que estão no caminho certo. Vai contar às mães dela? — Esther estava com aquele sorriso diabólico, escorrendo desprezo.

— Assim que chegarmos em Salém. Vou apresentá-la como minha fêmea para a alcateia.

— Boa sorte, garota.

Foi isso, Esther não disse mais nada. Não tinha motivo para minhas pernas tremerem desse jeito.


 

 

 

Fim do capítulo


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