Capitulo 31 - Sophia
Sophia
Acordei feliz e, ao chegar na faculdade, já estava me direcionando à sala da Marcela, quando recebi uma mensagem dela, dizendo que gostaria de conversar comigo no laboratório, após a aula. Achei estranho e perguntei se não podia vê-la agora, mas ela disse que estava ocupada. Ia perguntar mais, mas fui interrompida pela chegada da Aninha:
- Olha só quem apareceu por aqui! Se não é a mais nova comprometida da faculdade? – me abraçou.
Eu gargalhei. Aninha era a única que sabia de nós e tínhamos que manter assim por um bom tempo:
- Shhhh, fala baixo, sua boba! Ninguém pode saber por enquanto!
- Tá bom, tá bom. – ela riu. – Tô muito feliz por vocês!
Estava curiosa, então perguntei:
- E o tio Marcos, como ficou com toda essa história?
- Ah, não sou muito próxima do meu pai, você sabe So. Ele ainda não trouxe nenhuma nova namorada para eu conhecer, então acho que tá se recuperando do término com a Marcela para depois achar alguém.
- Humm, entendi. Espero que ele ache alguém legal! E o Pedro, chegou a falar com você?
- Ele ficou bem mal por algumas semanas, So. Mas agora parece que está se refazendo aos poucos.
Assenti com a cabeça. Torcia muito pelo Pedro e queria o melhor pra ele.
- Mas agora, bora pra aula, mocinha! – ela me puxou.
E foi assim que fomos para mais um dia letivo.
Quando a última aula acabou, fui ansiosa em direção ao laboratório e aguardei a Marcela finalizar a conversa com um aluno, para eu entrar. Assim que ele saiu, nos deixando a sós, comentei:
- Olha lá hein? Se esse for mais um aluno engraçadinho tentando te conquistar, vai se ver comigo!
Ela riu timidamente. Parecia cansada. Passei as mãos em seu rosto, dando um beijo em sua testa:
- O que foi Ma? Você parece abatida, aconteceu alguma coisa?
- Estou só um pouco cansada, So.
- E o que queria falar comigo hoje de manhã?
Ela desviou o olhar:
- Acho que estou me sentindo um pouco sufocada, So. Tudo aconteceu tão depressa, que não tive tempo de processar minhas emoções. Será que podemos dar um tempo por alguns dias?
Fiquei em choque. Será que eu estava sendo muito grudenta? Será que ela percebeu que não me amava tanto?
- Fiz alguma coisa? – falei, num impulso.
- Não, você é incrível. – ela disse, beijando a minha mão. – Eu é que preciso de um tempo.
- Tudo bem. – Concordei, contrariada. – Mas queria dizer que estou aqui para o que você precisar. Sempre. Me avisa quando estiver melhor e quiser conversar, tudo bem?
- Tá bom. Obrigada por respeitar esse momento...
Após essa breve conversa, alguns dias se passaram, e depois semanas, sem que eu tivesse algum tempo a sós com a Marcela. Só a via na aula e no laboratório. Minha saudade de estar com ela, de tocá-la, estava me deixando louca. E precisava saber se ela havia pensado sobre nós, mesmo tendo medo da resposta. Numa sexta-feira à noite, decidi ir à casa dela.
Fim do capítulo
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GMS Em: 15/10/2023 Autora da história
Será?