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NUNCA TE AMAREI por Vandinha

Ver comentários: 4

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Palavras: 3260
Acessos: 1300   |  Postado em: 03/10/2023

Capitulo 29

 

Nunca Te Amarei -- Capítulo 29


Assim que acordou, Kristen se deu conta de que estava deitada em uma cama diferente. Olhando para a janela do quarto, ela notou que ainda estava escuro, mas o sol começava a surgir no horizonte distante. Os acontecimentos da noite anterior voltaram à sua mente e ela sorriu. No momento em que se preparava para levantar da cama, Luciana entrou no quarto.

-- Bom dia -- Luciana sentou-se na cama -- Dormiu bem?

Kristen envolveu-a pela cintura e, puxando-a para perto, declarou: 

-- Sim, dormi bem -- ela falou próximo a seu ouvido e em seguida, enfatizou: -- Maravilhosamente bem -- levantou-se da cama e, após recolher as roupas que estavam espalhadas pelo chão, apressou-se em vestir-se. Ao mirar-se no espelho, Kristen riu ao ver o estado dos seus cabelos.   

-- Confessa que foi você quem fez esses nós em meus cabelos.

Luciana sorriu.

-- Eu confesso, mas não foi de propósito.

-- Acredito -- Kristen franziu o cenho, enquanto se esforçava para desembaraçar os cabelos. 

-- Vamos tomar café?

-- Claro, vamos.

Saíram do quarto e foram em direção à cozinha. Laura estava sentada na ponta da mesa. Assim que viu Kristen, sorriu. 

-- Bom dia -- disse, curvando-se na frente dela para pegar a garrafa de café -- Como passou a noite?

Kristen piscou os olhos nervosamente, mas a expressão do rosto permaneceu a mesma. Ficou surpresa ao ver Laura na mesa do café da manhã, mas sua atenção ficou voltada para Luciana, que no momento se encontrava de costas, pegando uma jarra de suco na geladeira. Vestida com um robe de algodão de cor branca, ela era a imagem perfeita da beleza. 

-- Bem -- ela respondeu de forma curta e tranquila.

-- Ótimo, eu também -- Laura serviu-se de café, depois tomou um gole olhando-a por sobre a xícara.

Luciana segurou a mão de Kristen sobre a mesa.

-- A Laura voltou para casa sozinha, a mamãe e o Dudu ficaram na casa da tia.

-- A tia está doente e precisa que alguém fique com ela pelo menos até sexta-feira -- disse Laura, tomando outro gole de café -- Acho melhor vocês ficarem bem ligadas, se a mamãe sonhar que vocês estão de safadeza, vai ter uma convulsão.

Kristen ergueu uma sobrancelha, com a expressão de quem não gostou do comentário.

-- A Luciana é independente e grandinha o suficiente pra saber o que quer e o que não quer. Você não acha?

As faces de Luciana ficaram enrubescidas e ela se esforçou para não olhar diretamente para Kristen. Era óbvio que ela não estava acostumada a dar satisfações a ninguém sobre os seus relacionamentos. Por isso era difícil para ela entender as cobranças da sua família.

-- A mamãe não precisa saber de nada, pelo menos por enquanto, quando eu achar que devo contar pra ela, eu conto, de um jeito que não a surpreenda tão negativamente -- ciente de que seu estômago roncava, ela pegou um pãozinho e passou um pouco de patê, antes de se sentar em uma das cadeiras.

-- Você é quem sabe, mas penso que não será nada fácil -- Laura se levantou e saiu da cozinha.

Kristen olhou para Luciana e sorriu.

-- Foi fantástica.

Luciana assentiu com um gesto de cabeça, pois não tinha ideia do que ela estava falando. 

-- Não entendi.

Kristen mal conseguia acreditar que passara a noite nos braços de Luciana. 

-- A verdade, é que estou muito feliz por ter aceito o meu pedido de namoro -- e, após dar um suspiro, ela prosseguiu: -- Eu poderia comprar uma bela casa para você morar com o Dudu e o dinheiro não seria mais problema para vocês -- Kristen explicou num tom macio de voz -- Você não precisaria mais trabalhar, eu pagaria todas as suas despesas. Seria um grande prazer para mim. 

Luciana a olhava fixamente.

-- Por que você está me oferecendo uma casa? Por que quer pagar as minhas contas?

-- Quero que você e o Dudu façam parte da minha vida. 

Luciana apoiou as mãos sobre a superfície da mesa e se ergueu da cadeira. 

-- Escuta, eu não preciso de ninguém para realizar meus sonhos, e certamente não preciso de ninguém para me sustentar e nunca precisarei. Eu consigo me virar sozinha. 

-- Calma, você não precisa se ofender. Eu só quero mantê-la perto de mim.

-- Você não precisa comprar uma casa para me manter perto de você. Suas atitudes, seu jeito de ser e de agir é que me manterá perto de você -- Luciana surpreendeu a si mesma com essa afirmação. Quando estava com Arthur, era o que mais queria. Ele significava segurança financeira para ela e o filho. Uma submissão que não a permitia evoluir como ser humano. Porém, com Kristen era diferente, ao lado dela sentia-se forte e corajosa capaz de grandes conquistas e enfrentar coisas que nunca sonhava ser possível enfrentar.

Uma expressão de arrependimento surgiu no rosto de Kristen. 

-- Você está certa. Esqueça essa história de casa. Posso? -- ela perguntou apontando para os pães.

-- Claro -- Luciana respondeu, sorrindo -- Foi a mamãe quem fez.

-- É uma maravilha! -- disse Kristen, com a boca cheia de pão -- Você tem sorte em ter uma mãe tão prendada.

-- Você tem razão -- Luciana respondeu, preparando outro pão.

Tomaram café sentadas lado a lado na cozinha banhada pelo sol.

Luciana ficou um bom tempo olhando para Kristen, depois perguntou:

-- E, de agora em diante, o que devo fazer?

-- Siga seu coração -- Kristen respondeu, em tom suave.

-- E se ele me levar para o caminho errado?

-- Você vai ter que arriscar, Lú -- ela respondeu -- Ou você arrisca, ou você nunca saberá se daria certo ou não, se vale a pena ou não.

Luciana baixou os olhos e balançou a cabeça, assentindo. Kristen demonstrava ser verdadeira e isso a fez sentir-se péssima. 


Durante todo o dia, enquanto trabalhava, Luciana se torturava com a curiosidade de saber o que Kristen estava fazendo. Será que havia se encontrado novamente com a assessora? Com o olhar perdido, descobriu que ainda não conseguia acreditar que estava namorando com a filha do Arthur. Depois de tudo o que tinha feito para manter-se longe, depois de Kristen ter afirmado que não levava ninguém a sério, que não queria saber de compromisso. Uma pergunta rodou na cabeça de Luciana: "Por que eu? Por quê? Namorar era um compromisso, não era? Um compromisso que a privaria da liberdade que tanto gostava. Será que depois de algum tempo, ela a dispensaria como fazia com todas as outras?

-- Está com algum problema, Lú? -- a voz suave da irmã a surpreendeu. 

-- Não, não. Estou muito bem. Estava só pensando.

-- Pensando na chefe? -- ela disse, sorrindo. 

-- Confesso que sim, mas deixa pra lá. Está precisando de algo?

-- Aproveitando a ausência da Kristen, vim te mostrar uma coisa.

Luciana inclinou-se para frente, com uma expressão de quem esperava por algo muito importante.

-- Sou toda ouvidos. 

-- O senhor João autorizou o pagamento de um milhão de reais à Empresa Bertoli -- ela disse, sentando-se à mesa, de frente para Luciana.

-- E daí? -- perguntou, olhando atentamente para a irmã.

-- E daí que a nossa dívida com a Bertoli é de quinhentos mil.

Luciana arregalou os olhos, perplexa.

-- Finalmente uma prova.

-- Sim, mas ainda não é o suficiente.

-- Concordo, Laura, mas é um ótimo começo -- Luciana inflou o peito, indignada -- Que safado, esse João, hem!

Laura apoiou os cotovelos sobre a mesa, inclinou-se e disse: 

-- Pra mim ele não está sozinho nessa armação.

Luciana balançou a cabeça devagar.

-- Também acho.

Laura levantou-se, foi até a porta e a abriu.

-- Nem todos os pagamentos passam por minhas mãos, então, talvez demore mais um pouco.

-- Não tem problema, o importante é não envolvermos mais ninguém em nossa investigação. Não sabemos em quem podemos confiar.

-- Em mim vocês podem -- disse Jefferson, pegando o fim da conversa.

-- Acho que em você até podemos confiar, não sei, vou pensar -- respondeu Luciana, sorrindo para o amigo -- Entra aí, seu bobão. 

-- Eu já vou -- disse Laura, saindo da sala.

-- Acho -- começou Jefferson -- Que tenho de lhe dar os parabéns, não? 

Luciana arregalou os olhos, surpresa.

-- Porque? 

-- Não fique com essa cara de que não sabe de nada.

-- Quem te contou?

-- Não importa de onde veio o ovo. O que importa é que é gostoso.

-- Quem contou? Desembucha! 

Jefferson revirou os olhos.

-- O Rick me ligou e contou que vocês começaram a namorar.

-- Mas é um grande fofoqueiro esse Rick, hem?

-- Ah, eu ia ficar sabendo de qualquer jeito -- ele afirmou, sacudindo os ombros com indiferença -- O que é que a está preocupando? Finalmente a senhorita Kristen se interessou por alguém. E devo confessar que ela não podia ter escolhido melhor! 

Talvez você consiga colocar juízo naquela cabecinha oca.

Luciana olhou para ele, desanimada.

-- Existem tantas coisas a serem esclarecidas. Mas sei lá ando meio com temor de falar do meu passado.

-- Não é só do passado que você deve temer, linda. O seu presente está bem complicado. Não tem como simplesmente esquecer que o seu filho é irmão da sua namorada.  


Quando o expediente terminou foi que Luciana percebeu que não tinha visto Kristen o dia todo. 

Às dezessete horas Laura entrou esbaforida na sala.

-- Me empresta o carro?

Luciana franziu a testa, irritada.

-- Ah, de novo não.

-- Vai Lú, só mais essa vez. Preciso chegar no Méier até às dezoito horas.

-- Que tanto você faz no Méier? 

-- Empresta ou não? -- Laura perguntou, cruzando os braços sobre o peito.

Luciana bufou em resposta, pegou a chave da gaveta e largou sobre a mesa. Laura deu-lhe um beijo no rosto e a abraçou. 

-- Você é a melhor irmã do mundo. Te vejo à noite -- ela disse e saiu feito um furacão pela porta afora.

-- Droga, lá vou eu ser amassada no ônibus.

Luciana deixou o prédio e caminhou para o ponto de ônibus quando, subitamente, ouviu alguém chamá-la. Assustada, voltou-se e viu Kristen, ofegante por ter corrido atrás dela. 

-- Caramba, como você anda rápido! -- ela disse, parecendo muito animada.

-- O que você quer? -- Luciana perguntou, mais irritada do que pretendia.

Kristen olhou para ela um pouco decepcionada.

-- Será que podemos tomar um café em algum lugar? Tentei encontrá-la antes de sair, mas não consegui. Estava reunida com a assistente social.

-- Tem um café aqui perto -- ela apontou para uma ruazinha e Kristen caminhou ao lado dela. Sentaram-se e, quando as xícaras foram colocadas diante delas, Kristen tirou algumas folhas de dentro da bolsa e colocou sobre a mesa.

-- Acho que você vai gostar -- ela disse, sorrindo. 

Luciana olhou para ela sem entender.

-- O que é isso, Kristen?

-- Um projeto que colocaremos em prática nos próximos dias. Veja, Lú.

Ela parecia ansiosa para que Luciana olhasse o papel.

-- Então, tá -- ela pegou o papel e leu-o rapidamente -- É sério isso? -- sorrindo, ela levantou os olhos do papel que tinha em mãos.

-- O que achou? Minha mãe odiou, mas eu não estou nem aí para ela. O importante é que teremos um refeitório bem maior e melhor equipado.

-- Não esqueça de melhorar a qualidade da comida, mais variedades, mais televisores, mais mesas, mais... 

-- Espera, espera, não vai querer sessões de massagem durante a refeição? Garçons? Ou quem sabe um chef internacional?

-- Boa ideia, amor! --  ela disse, passando a ponta do dedo na bochecha rosada de Kristen -- Massagem seria maravilhoso. Pensa nos benefícios: Redução de faltas, aumento da produtividade, queda no número de lesões e aumento da satisfação e bem-estar. Seria um sonho!

-- Você falou amor? -- perguntou Kristen, sentindo-se entorpecida.

Luciana ficou sem jeito ao enfrentar aqueles olhos verdes, brilhantes e surpresos. Sentiu o rosto corar e fixou a atenção em outro ponto da cafeteria.

-- É, falei.

Kristen abriu um sorriso luminoso.

-- Vamos jantar no meu restaurante da Barra?

-- Claro, mas preciso passar em casa -- como podia recusar a súplica muda que havia nos olhos dela?

-- Tudo bem, eu a deixo em casa, depois, passo às oito para te pegar.

-- Combinado.

Kristen pagou a conta e saíram.

 

Após secar os cabelos, deixando-os bem lisos, passou o mínimo possível de maquiagem. Queria parecer atraente, mas não de forma exagerada. Passou seu perfume favorito, estava pronta. Respirando fundo, deu uma olhada no espelho. Seus grandes olhos castanhos estavam ansiosos. Meu Deus! Parecia uma adolescente em seu primeiro encontro romântico. Tentou abrir um sorriso. Era apenas um jantar. Luciana deu uma olhada no espelho antes de virar as costas e sair do quarto. 


Kristen entrou na sala com um sorriso bobo em seu rosto. 

-- Como estou?

Ele a olhou deslumbrado. 

-- Oh, chefe! Está deslumbrante! -- exclamou Rick -- Vai sair com a Luciana?

-- Sim, vamos jantar no restaurante da Barra.

-- Posso ir junto? -- a  irritação não passou despercebido a Rick pelo olhar que Kristen lhe dirigiu -- Algum problema? Não lhe agrada a ideia de me ter por perto?

-- Não, não me agrada. 

Ele sacudiu os ombros.

-- Então, vou chamar o Jeff para ficar comigo.

Kristen respirou fundo, então suspirou.

-- Olha lá o que vai aprontar, hem. Não confio em você.

-- E eu digo o mesmo de você -- ele respondeu com a maior naturalidade do mundo.


Luciana apagou as luzes da sala, fechou a porta e saiu. Kristen estava em pé encostada no carro. Assim que a viu, abriu a porta do passageiro para ela e se apressou em dar a volta e sentar ao volante. Ligou a ignição e engatou a marcha, o motor vibrando enquanto acelerava pela rua. 

-- Sabe que você é incrivelmente linda? -- disse ela, com um tom de voz provocador. 

-- Obrigada. Você também -- ela disse, sinceramente.

O resto do percurso conversaram amenidades e minutos depois Kristen estacionou o carro nos fundos do restaurante. O lugar é um dos mais famosos da Barra e deveria estar lotado, pois a noite quente e enluarada animava tanto os turistas como os moradores do bairro a sair para curtir os bares e restaurantes da orla. Todos os clientes as veriam juntas. Por um breve instante ela imaginou o que as pessoas pensariam quando vissem a dona da Construtora Donati e dos restaurantes mais frequentados da orla carioca, acompanhada de uma mera funcionária do setor financeiro.

-- Espera -- Kristen saiu do carro e abriu a porta do outro lado. Deslizando sobre o banco, Luciana saiu do carro e Kristen segurou-a pelo braço conduzindo-a até o restaurante. Quando entraram, várias pessoas se voltaram para observá-las. Todas as mesas estavam cheias, sendo que uma delas era ocupada por duas mulheres, que levantaram a mão quando viram Kristen entrar. Ela sorriu com simpatia para as mulheres. 

-- Depois nos falamos -- disse, ao passar próxima a mesa delas.

A garçonete, uma jovem vestindo calça justa, conduziu-as à mesa reservada no canto do restaurante. Kristen sentou-se de um lado, e Luciana, em frente a ela.

-- Gostaria de ver o cardápio, senhorita Kristen?

-- Sim, Lavínia. Pode trazer.

-- Quem são aquelas mulheres? -- perguntou Luciana, colocando a bolsa na cadeira desocupada ao lado.

-- A loira é a Angel, uma grande amiga, a morena é a namorada dela.

-- Ela é linda.

-- Linda e inteligente. Angel é uma pessoa que você passa horas conversando e não vê o tempo passar.

De repente, Luciana virou a cabeça na direção de Angel e seus olhos se encontraram. Não sorriu; apenas olhou para ela e foi Luciana quem desviou o olhar, estremecendo. Havia algo naquela mulher que a deixou nervosa.

Nisso, a garçonete se aproximou com o cardápio e entregou para Kristen. Ela recebeu o cardápio e enterrou a cabeça nele. Luciana não conseguia se concentrar em mais nada. Ainda sentia o olhar da moça voltado para ela.

-- O que deseja comer? Vou escolher o Salmão grelhado com tomate seco, alcaparras e risoto de legumes. E você? O mesmo?

Luciana estava tão distraída, que não ouviu a pergunta. Kristen sorriu, erguendo uma sobrancelha.

-- Então? Vai querer pedir o mesmo?

-- Sim, Kris. Vou querer o mesmo que você.

-- Você está aqui, mas a sua cabeça parece estar bem longe -- disse Kristen, assim que a garçonete se afastou -- Está preocupada com algo?

-- Não -- foi veemente -- Estava apenas admirando o seu restaurante. A vista é maravilhosa e a decoração é de muito bom gosto!

Em seguida, a garçonete chegou com um champanhe e encheu duas taças. 

-- A nós e ao início de um namoro cheio de afeição, atenção e companheirismo -- brindou Kristen, erguendo a taça, e Luciana retribuiu com olhos radiantes.

-- Você me surpreende cada vez mais.

-- Não me admira a sua surpresa, eu mesma estou surpresa comigo mesma. Eu nunca fui lá muito romântica.

-- Mas você está se saindo muito bem -- disse Luciana, esquecendo um pouco da mulher da outra mesa.

Outra garçonete chegou com os pratos. 

-- Conte-me, você ainda tem pai? -- perguntou Kristen assim que começaram a comer.

-- Meu pai foi embora quando eu tinha dez anos, minha mãe é uma guerreira. Ela nos criou com muita dificuldade, mas nunca nos deixou faltar nada. 

--Tem contato com o seu pai?

-- Graças a Deus não, ele era um traste. 

Kristen achou ter visto um olhar amargo nos olhos castanhos, mas devia estar equivocada, pois no momento seguinte ela riu.

-- Ficamos bem melhor sem ele.

-- Por muito tempo, acreditou-se, por exemplo, que filhos criados por mães solo poderiam ter baixo desenvolvimento, o que poderia afetar sua qualidade de vida. Além disso, elas seriam consideradas crianças infelizes e problemáticas.

-- Que besteira -- murmurou Luciana, afastando o prato vazio.

-- Pensamentos antiquados, Luciana. Crianças que crescem em famílias monoparentais (com apenas um dos pais) são tão saudáveis r03;r03;quanto aquelas que pertencem a uma família composta por dois pais. 

Para Luciana, a hora seguinte passou como numa vaga nuvem de felicidade. Kristen tinha um bom papo e, sem perceber, ela logo falava sobre assuntos que nunca havia falado com ninguém.

-- Eu tinha sonhos recorrentes e isso estava me deixando desesperada.

-- Interessante -- disse Kristen assim que Luciana se calou por uns instantes -- Eu também. Sonhos que pipocavam em minha mente repetidas vezes e atrapalhavam o meu descanso -- a lembrança dos sonhos anuviou o brilho de seus olhos por um momento -- O mais incrível é que não me lembro o dia em que esses sonhos cessaram.

Luciana olhou-a fixamente, com expressão interrogativa.

-- Nem eu. 

Durante o jantar, enquanto bebiam a garrafa de champanhe, Kristen conseguiu deixá-la em ponto de ebulição sexual. Luciana nem percebeu que tinha bebido mais da metade da garrafa de champanhe e, àquela altura, enquanto enchia a xícara de café de açúcar, nem lembrava mais da mulher da outra mesa. Até que ela sentou-se à mesa delas.

-- Então, você é a famosa Luciana. A Kristen me falou muito sobre você. Me chamo Angélica, muito prazer.

Luciana deu um sorriso amarelo e de novo aquela sensação estranha tomou conta dela.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 29 - Capitulo 29:
Mille
Mille

Em: 04/10/2023

Hummm Angélica

Será que é advogada e o Artur falou com ela sobre a colocar o Dudu como herdeiro também???

Bjus e até o próximo capítulo 

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 04/10/2023

Misericórdia senhor! O que será que deixou Luciana com um pé atrás com Angélica????

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 04/10/2023

Bom dia, Van!

Quem será Angélica?

Meu achismo: o João será descoberto mais rápido do que a gente pensa, mas deverá fazer chantagem com Luciana! Lu não irá ceder a chantagem do idiota. Ela é integra. Perde a Kristen, mas salva a empresa e o emprego dos outros funcionários.

Vamos ver 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 04/10/2023

Mistério quem será essa moça.

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