MARI e ANA por MahLemes
Capitulo 42 - Aventuras
-Bonjour, ma petite! -Escutei bem baixinho no meu ouvido, mas fingi que ainda dormia. -Vamos, dorminhoca, acorda. -Márcia disse e começou a passar a mão pelo meu corpo que prontamente respondeu se arrepiando. -Vamos, mon chérie, eu sei que você tá acordada, preguicinha. -Ela disse isso se deitando em cima de mim. Eu podia sentir seus seios duros nas minhas costas. -Será que vou ter que usar meus poderes para te acordar?
Ao dizer isso, Márcia começou a acariciar minha coxa, subindo devagar pela parte interna até chegar ao meu centro. Quando ela começou a me tocar meu corpo me traiu e gemi com seu toque.
-Sua safadinha, não consegue nem ficar quietinha pra me convencer, é? -Márcia disse no meu ouvido. -Precisamos treinar essa sua parte. Vai que eu quero te dar um orgasmo semipúblico.
-Como assim? -Respondi assustada, totalmente acordada depois dessa.
-Olha só quem acordou de vez! Que bom que está acordada, mon amour. Você precisa tomar um banho agora pra gente sair.
-Sair pra onde? -Olhei para a janela e vi que ainda estava escuro lá fora. -Quantas horas, amor?
-São cinco horas da manhã, ma petite. -Ela respondeu com naturalidade, como se fossem dez horas da manhã.
-Por que temos que sair agora? -Perguntei quase dormindo de novo.
-Porque nosso voo sai às seis. Anda!
-Nosso voo? Que voo, Ma? -Eu tava muito confusa. Não sabia se ainda não tinha acordado ou se realmente não tava fazendo sentido nossa conversa.
-Pra praia, ma petite. Surpresa! -Márcia disse com um sorriso maroto no rosto.
Eu fiquei apenas abrindo e fechando a boca sem conseguir formular o que queria dizer.
-Você é bem lenta quando acorda, né? -Márcia riu da minha cara. -Bem que disse que não era muito matinal. Nós vamos passar o fim de semana na praia, Mari. Eu estava planejando esse fim de semana desde o dia que o Jonas falou com você. Achei que ia acabar perdendo as passagens, mas não é que deu certo? E ainda caiu justamente na semana que não vou te dar mais aulas.
-Mas eu nem trouxe nada, por que não me avisou? Eu teria feito as malas.
-Porque queria fazer surpresa pra você. E afinal são dois dias na praia, que roupa você vai precisar além de roupa de banho e o que trouxe pro fim de semana?
-É, tem razão.
-Então anda! Vai lá tomar um banho pra acordar de vez e desce pra tomarmos café e irmos pro aeroporto. Agendei o Uber pra 5:30. Sem trânsito em cinco minutos estamos lá. Não tem nada pra despachar e já vou ter feito o check-in pelo telefone mesmo.
-Nossa, você é bem eficiente, né? Você que vai sempre planejar nossas viagens, tá bom? -Disse me levantando.
Márcia me puxou novamente pra cama, me deu um beijo, olhou fundo nos meus olhos e disse:
-Então você vê viagens no nosso futuro?
-Vejo sim, meu amor.
-O que mais você vê?
-Eu vejo a gente fazendo muito amor.
-O que mais?
-Não sei... -Disse ficando vermelha. – E você? O que vê?
Márcia não esperava a pergunta sendo direcionada a ela e ficou mais vermelha que eu.
-Nós vamos atrasar, ma petite. -Ela tentou fugir da pergunta nos levantando da cama.
-Não senhora. O que é que tá pensando que te deixou assim toda envergonhada? -Perguntei olhando bem pra ela.
-Ainda é cedo, Mari. Não temos nem um mês de namoro. -Ela tentou fugir novamente.
-Mas se pensou é porque quer. Se quer é porque vê um futuro pra nós. Não precisa acontecer agora o que você tá pensando, mas eu queria saber o que é. -Estava louca pra saber o que era, mas como notei que ela estava muito reticente disse isso e já fui saindo para o banheiro.
-Eu vejo a gente formando uma família. -Márcia disse tão baixinho que eu fiquei na dúvida se ela realmente tinha dito algo. Me virei e percebi que ela estava muito vermelha, como se tivesse sido algo difícil de dizer. Voltei pra perto dela e olhei nos seus olhos. -Não to dizendo que vai ser agora, que quero agora, mas assim, um dia, sabe? Depois que você formar, quando você tiver pronta... -Coloquei um dedo na sua boca a impedindo de continuar.
-Meu amor, por que é difícil pra você dizer isso?
-Não sei, Mari. Deve ser bobeira minha. -Percebi que havia algo a mais, mas ela já estava se expondo dizendo algo difícil pra ela que não quis pressionar. Puxei-a para um beijo tentando transmitir todo o amor que eu sentia por ela.
-Primeiro de tudo, nada que vem de você é bobeira, mas eu entendo se não estiver pronta para me contar. E segundo: quando chegar a hora eu quero uma família com você também. Sempre tive vontade de ser mãe. -Disse isso e saí pro banheiro para dar um momento para ela se recuperar.
***
Pegamos o avião e antes das dez estávamos entrando numa pousada à beira-mar. Era perfeita. Os quartos eram pequenos chalés espalhados pela área de grama que havia antes da areia. A vista da janela principal do quarto eram coqueiros, areia e mar. Trocamos nossas roupas e fomos direto para a praia. A água estava uma delícia e clara. Ficamos ali no mar curtindo o silêncio na companhia uma da outra. Não sentíamos necessidade de preencher o vazio. As vezes nos olhávamos, falando apenas com os olhos.
-Ma.
-Oi, ma petite.
-Obrigada por isso. Eu estava precisando relaxar com você.
-Eu que agradeço por me lembrar o que é viver, mon amour.
-Como assim, amor? -Perguntei um pouco confusa.
-Eu estava muito no automático. Havia me fechado pra um relacionamento depois do que havia acontecido. Mas você meio que não me deu escolha. Eu estava na sua desde que havia botado os olhos em você. Depois que conversamos na sacada eu decidi que ia ignorar nossa diferença de idade, mas quando eu te dei o primeiro beijo eu sabia que o que viria tinha potencial para ser muito bom, ou muito ruim. Quando acordei no dia seguinte percebi o quanto a experiência havia sido significativa para mim e me assustei. Fui embora antes mesmo da Ritinha acordar. Não queria correr o risco de te ver novamente e confirmar minhas suspeitas. Pouco depois eu já estava arrependida, mas não podia simplesmente pegar seu contato com a Ritinha, afinal eu mesma havia dito que era só diversão. Mas quando nos vimos na faculdade eu percebi que era o destino, eu não poderia perder mais uma chance. Foi então que eu resolvi que naquela hora faria sentido eu entrar em contato. É claro que a Ritinha adorou que eu liguei pra ela pra pegar seu número, né?
“Quando o Jonas chegou no meio do nosso encontro eu o amaldiçoei por umas dez gerações e aí quando eu coloquei a cabeça no lugar e tentei falar com você de novo não tive resposta. Aquele dia na casa da Ritinha antes de você viajar, você me olhou com uma cara de decepção tão grande que fiquei confusa. Eu achava que você não queria nada, mas mesmo assim havia me afetado quando a mãe da Ritinha disse que era você. Eu estava evitando cruzar com você por lá pois eu tinha certeza de que seria ruim para mim. Foi nessa hora que a Jéssica, minha prima, sabendo do que tinha acontecido veio pra perto de mim. Ela me abraçou de um jeito diferente e eu fiquei sem entender, até que você passou e ela disse que era pra fazer ciúmes em você.”
-Aaaaa, então foi por isso que vocês estavam daquele jeito?
-Foi sim. Por quê? Ficou com ciúmes? -Márcia perguntou me pegando pela cintura e nos aproximando.
-Eu achei que ela fosse sua ex. Nem sei como consegui pegar a estrada depois de ver vocês. Achei que tinha voltado com ela. -Respondi revivendo um pouco daquela dor que me lembrava bem.
-Ei, já passou, estamos juntas e não voltei com minha ex, e melhor, nem era ela. -Ela disse isso me dando um selinho. -Sabe o que eu tenho certeza de que vai te animar?
-Comida? -Perguntei na cara de pau. Márcia começou a rir alto da minha cara.
-Não era não, mas tá com muita fome? -Ela disse entre risos.
-Ainda não, mas já tô pensando em comer.
-Então vamos fazer o seguinte: primeiro fazemos o que vai te animar e depois a gente vai comer, que tal?
-Tá bom. O que vamos fazer? -Perguntei curiosa ainda abraçada à ela. Estávamos numa posição em que ficávamos de lado para a areia. Ela nos virou até que ela olhava a areia e eu ficava de costas e começou a apertar minha bunda. -O que você tá fazendo, Ma?
-Lembra o que eu disse mais cedo sobre você precisar treinar ficar quietinha quando eu te atiço? -Márcia disse com uma cara safada puxando minhas pernas para enlaçarem sua cintura.
-Tem gente aqui, Ma. -Respondi olhando ao redor.
-Essa é a intenção. -Ela disse no meu ouvido com uma voz bem sexy. -E nem tem tanta gente assim. A pessoa mais próxima tá lá na areia. A outra pessoa no mar tá a uns 15 metros da gente.
-Mas e se pegarem a gente? -Perguntei com a voz melosa de quem já estava entregue.
-Essa é a parte excitante, mon chéri. Mas você não pode fazer barulho, senão vai ser muito fácil de perceberem. -Ela disse acariciando a parte interna das minhas coxas e me arrepiando inteira.
-Não sei se eu consigo, amor. -Praticamente gemi a frase.
-Mas vai ter que conseguir, ma petite. -Márcia respondeu encontrando meu centro e começando a me atiçar. Me agarrei ao seu pescoço como se nos abraçássemos.
Márcia então começou uma tortura deliciosa que consistia em passar a mão de leve sobre o meu biquíni, me deixando louca querendo mais.
-Que foi, ma petite? Quer alguma coisa? -Ela perguntou no meu ouvido, bem melosa.
-Se vai me fazer goz*r aqui faz isso logo, Ma.
-Mas qual a graça de fazer as coisas correndo, mon amour? Você se lembra domingo passado quando ficou me atiçando e na segunda eu disse que tava te devendo um joguinho? A vingança é um prato que se come frio, mon chéri, mas é extremamente saboroso. -Márcia disse isso e colocou um pouco mais de pressão no meu clit*ris e então voltou a me acariciar de leve.
Eu não sabia o que responder. Meus neurônios estavam em curto pela excitação da carícia, do medo de ser descoberta e da vigília em não vocalizar o que eu sentia.
-Para de rebol*r, mon amour, senão vão perceber. Você tem que ficar quietinha. -Eu conseguia perceber o sorriso convencido dela nessa fala. Assim que meus neurônios voltassem a funcionar eu iria bolar uma vingança, disso ela poderia ter certeza.
Ela então colocou sua mão por dentro do biquíni e entrou com um dedo em mim.
-Que delícia, você tá prontinha pra mim, Mari. Quer mais? -Eu não tinha condições de responder senão iria gem*r alto. Tudo que consegui foi soltar um som que ela entendeu como um sim e enfiou mais dois dedos em mim. Dessa vez não me contive e gemi. Por sorte havia um helicóptero que parecia que ia pousar num dos hotéis próximos que abafou. -Shhh. Sem fazer barulho, mon amour. – Márcia sentiu que eu não iria conseguir me segurar por muito tempo mais e acabou se apiedando de mim e começou a circular seu dedão no meu clit*ris enquanto movimentava como podia seus dedos dentro de mim. Eu estava mole tanto de excitação quanto pelo autocontrole que tentava exercer. Cada fibra do meu ser estava empenhada em ficar quieta e não rebol*r ou gem*r alto. Aquilo elevava a excitação à décima potência, quase me matando. Quando o orgasmo veio eu nem percebi o que tava fazendo, mas quando voltei a mim eu havia mordido o ombro da Márcia na tentativa de não fazer barulho, e pela sua cara eu havia mordido bem forte.
-Meu Deus, eu te mordi.
-Jura? Não tinha notado. -Ela respondeu irônica.
-Desculpa, amor, foi instintivo. -Disse dando beijos na mordida. -Foi pra não gritar.
-Da próxima vez trago um pedaço de pano pra você morder então. -Márcia disse rindo e me aliviando ao ver que ela não estava brava comigo. -Mas como foi a experiência?
-Enlouquecedora.
-Não gostou? -Ela disse desapontada.
-Sim e não.
-Como assim?
-Foi um orgasmo completamente diferente, mas eu gosto de poder vocalizar. -Respondi corando.
-E eu adoro ouvir seus gritos e gemidos. Confesso que senti falta deles.
-Você já fez isso antes? -Perguntei indecisa se queria ou não saber a resposta.
-Não. Nunca me senti segura o suficiente pra fazer isso antes.
-Tá me dizendo que teve um relacionamento de anos e não se sentia segura e se sente segura comigo? -Perguntei um pouco incrédula.
-Sim. E não foi por falta de insistência da parte dela. Eu te disse que é diferente com você. -Márcia disse essa última parte olhando bem fundo nos meus olhos e me beijou de forma doce.
-Vem. -Eu disse pegando sua mão.
-Pra onde?
-Pra cama. Preciso te ter sem pressa e sem espectadores. -Respondi puxando-a para sairmos do mar. Passamos horas na cama nos amando de uma forma doce e delicada até que não deu mais e nos lembramos que precisávamos comer.
Comemos e fomos passear numa praia pública que havia um pouco mais a frente passando por algumas pedras que dividiam a praia privada da pública. O sol já dava sinais de abaixar no horizonte e o calor não incomodava tanto mais. Sentamo-nos na areia branca e conversávamos sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Vendedores ambulantes passavam nos oferecendo alguma coisa a todo momento.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]