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Todas nós vamos sobreviver por AlphaCancri

Ver comentários: 4

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Palavras: 2979
Acessos: 1271   |  Postado em: 30/08/2023

Capítulo 34

            Foram ao Cartório no dia previsto para a entrega dos documentos e, para alívio e euforia de Clara, eles estavam prontos. Voltaram ao hotel apenas para pegar as malas. Na hora de entrarem no automóvel, Alice pediu:

            — Eu posso ir no banco de trás dessa vez? Fico muito desconfortável no carona.

            Clara foi ao lado de Marina. As três conversaram durante todo o caminho, o clima completamente diferente da viagem de ida. Entre uma frase e outra, Marina pousava a mão em sua coxa, num gesto de intimidade que a fez sorrir todas as vezes que aconteceu.

Chegaram à cidade e pararam direto na hospedagem. Clara não conseguiu conter a euforia ao entrar no salão e encontrar Lena:

— Consegui os documentos. Eu vou comprar a casa!

As duas se abraçaram efusivamente. Depois Lena ofereceu:

— Sentem para comer, o almoço já vai sair.

Alice agradeceu, mas recusou:

— Se nós chegarmos na fazenda já tendo almoçado, acho que Marta fica um ano sem nos dirigir a palavra…

 Não precisou dizer mais do que isso, pois Lena conhecia muito bem a cozinheira.  

— Nós vamos indo…

Marina disse e se despediu de Lena. Depois olhou para Clara e o tom de voz se tornou mais suave, quase íntimo:

— Se precisar de alguma coisa é só me dizer.

Clara agradeceu sem conseguir evitar o mesmo tom meloso.

Alice se aproximou dela e a beijou no rosto, enquanto segurava sua mão, antes de dizer:

— Tchau…

Quando as duas saíram pela porta, Lena parou na frente de Clara, com a boca aberta:

— O que foi isso que eu acabei de presenciar?

Pensou por alguns segundos no que diria. Não queria esconder aquilo de Lena. Ela era, de longe, sua melhor amiga. Mas era uma questão que envolvia outras pessoas e não sabia se Alice e Marina iriam querer compartilhar aquela informação, por enquanto. Acabou não conseguindo se conter pois queria muito falar sobre aquilo com alguém que estivesse fora da relação, e essa pessoa só poderia ser Lena:

— Provavelmente é o que você está pensando…

Lena abriu a boca novamente. Olhou para a porta por onde as duas tinham acabado de passar, depois voltou a olhar para Clara, ainda sem conseguir dizer sequer uma palavra. Gaguejou, incrédula, visivelmente estarrecida:

— Vocês... Vocês três?

Confirmou com um gesto de cabeça.

A perplexidade de Lena aumentava à medida em que perguntava e Clara confirmava:

— Juntas? No mesmo momento?

Lena puxou uma das cadeiras do salão e se sentou em câmera lenta. A única palavra que conseguiu dizer foi:

— Misericórdia.

*****

Clara levantou cedo, tomou banho e se vestiu. A ansiedade fez com que quase não dormisse à noite. Acordou pelo menos umas quatro vezes, voltando a dormir quando olhava para o relógio na cabeceira e percebia que ainda era cedo demais.

Desceu até o salão da hospedagem e encontrou apenas Isabel, que estava chegando para trabalhar. Ela olhou para Clara confusa:

— Deu formiga na sua cama?

Respondeu a verdade:

— Estou ansiosa demais para ficar deitada. Achei melhor descer…

Isabel olhou para o relógio pendurado na parede:

— Mas sua reunião não é só daqui a quatro horas?

Apertando os dedos das mãos, num ato de puro nervosismo, respondeu:

— Sim…

Isabel sorriu e perguntou:

— Que tal me ajudar na cozinha até que a hora passe?

Clara começou a lavar as verduras e legumes — função que fazia de vez em quando, pois não exigia muito — depois os passava para Isabel, que os descascava e picava.

— Como foi a viagem com sua ex-patroa?

Agradeceu por estar de costas para ela, em pé junto à pia. Não tinham estado a sós depois que voltou:

— Correu tudo bem.

Percebeu que não conseguiria fugir do assunto, quando Isabel disse:

— Você voltou diferente…

Olhou rapidamente para trás, forçando um sorriso:

— Voltei animada por ter conseguido os documentos.

Virou-se novamente para a pia e achou que o assunto tivesse morrido, diante do silêncio dela. Paralisou por um instante quando Isabel perguntou:

— Você se deitou com ela, não foi?

Não teve coragem de olhar para trás. Demorou alguns segundos antes de responder:

— Não gostaria de falar sobre isso.

Isabel disse rápido, sem hesitar:

— Se você fica tão desconfortável, por que ainda se envolve com ela?

Fechou a torneira e, enfim, se virou:

— Eu não fico desconfortável… Só não quero falar sobre isso.

Isabel se levantou, deu a volta na mesa e parou em sua frente:

— Ela não está com a médica?

— Sim.

— E você aceita ser “a outra”?

Gaguejou a resposta:

— Eu não… Não sou a outra...

Isabel estendeu a mão e acariciou seu rosto:

— Não é com ela que Marina está agora? Não é com ela que divide a cama todos os dias?

Desviou o olhar e tentou acabar com aquela conversa incômoda:

— Sim, mas não é o que você está pensando.

Isabel parecia disposta a levá-la ao limite:

— A doutora também não foi nessa viagem? Como você conseguiu se deitar com Marina, com ela por perto? Eu não esperava isso de você…

Aquele bombardeio fez com que a inquietação dentro de si aumentasse. Não merecia estar ouvindo aquilo… Ou será que merecia e esse era o motivo de tamanho incômodo?

— Você não sabe o que está falando…

— Você merece mais que isso, Clara. E não foi você mesma quem disse que não se sentiria confortável estando com alguém comprometido?

Estava começando a se irritar de verdade, mais consigo mesma do que com Isabel, pois ela estava tocando em pontos ainda sensíveis:

— Não foi assim…

— Como não? A médica sabia, então?

Tapou o rosto com as duas mãos tentando se controlar:

— Sim… Quero dizer, ela…

Isabel a fez olhá-la nos olhos:

— Marina está usando vocês duas.

A defendeu prontamente:

— Não! Claro que não…

Mas ela não parou:

— Então o que é isso? Ela é dona de um harém?

Sua irritação atingiu o ápice, não conseguiu se conter, soltou num rompante:

— Nós três estamos juntas!

Isabel deu um passo para trás, como se Clara a tivesse atingido fisicamente. Ficou olhando para ela em completo silêncio. Depois deu a volta na mesa e voltou a se sentar. Só então olhou para Clara novamente:

— Você tem certeza que é isso o que quer?

Como se finalmente deixasse o peso de toda aquela situação cair sobre si, Clara desabou na cadeira:

— Eu não tenho certeza de nada neste momento…

Isabel voltou a picar os legumes. Perguntou calmamente:

— Como vai ser isso? Elas vêm te procurar quando quiserem? Quando estiverem com vontade?

Parecia até que Isabel estava dentro de sua cabeça, pois ela estava tocando em todas as questões que atormentavam Clara desde que voltaram de viagem:

— Não… Nós ainda não conversamos sobre isso.

Isabel parou o que estava fazendo e a olhou:

— Se eu fosse você teria essa conversa logo… Porque é muito cômodo para elas estarem no controle da situação.

Apenas sacudiu a cabeça, ciente de que ela tinha razão. Precisava se impor, tinha o direito de saber onde estava se metendo.

Isabel largou a faca na mesa e estendeu a mão, colocando sobre a sua:

— Não quero que você sofra… Gosto muito de você e acho que você merece ser tratada como a pessoa maravilhosa que você é. Não estou dizendo isso porque gostaria que nós duas tivéssemos uma chance, mas sim como uma amiga.

Agradeceu verdadeiramente:

— Obrigada… Eu sei que você tem razão. Na minha cabeça eu sei… Mas no meu coração…

Isabel sorriu:

— Te entendo… Quem é que manda no coração, não é?

*****

Alice encerrou o expediente pontualmente. Assim que passou pela porta do hospital, encontrou João a esperando com o automóvel. Quando se acomodou no banco de trás, pediu:

— Vamos passar na hospedagem um instante, antes de irmos.

Entrou no salão e perguntou por Clara para uma das garçonetes que servia as mesas. Não se sentou, ficou esperando em pé na recepção, até que a moça voltou, alguns instantes depois:

— Ela pediu que você fosse até o escritório.

Bateu na madeira da porta e ela se abriu instantaneamente. Clara sorriu quando chamou:

— Entra.

Assim que fechou a porta, Alice avançou sobre ela. A beijou com vontade, como se aqueles poucos dias tivessem sido anos:

— Estou morrendo de saudades.

Não deu tempo para que Clara respondesse, pois a beijou novamente. Só um tempo depois se lembrou do que tinha ido fazer ali. Descolou a boca da dela com um pouco de dificuldade:

— Como foi a reunião? Deu tudo certo?

O sorriso de Clara se abriu, dando a resposta antes que ela dissesse:

— Sim…

Soltou Alice, foi até a mesa e pegou o objeto, exibindo como um prêmio:

— Já estou com as chaves.

Alice sorriu com ela:

— Que bom, meu amor...

A forma carinhosa com que Alice a chamou desconcertou Clara completamente. Aproximou-se dela novamente, segurou seu rosto entre as mãos e a beijou. Não conseguia parar de sorrir, parecia estar dentro de um de seus sonhos e que acordaria a qualquer momento:

— Amanhã vou até a casa pela primeira vez... Depois que ela estiver pelo menos limpa, gostaria que você e Marina fossem conhecer.

Alice a abraçou pela cintura:

— Nós adoraríamos.

*****

            Os dias que se seguiram foram cansativos para Clara. Trabalhava de manhã e à noite na hospedagem e à tarde ia para a casa, que precisava de uma limpeza e tanto. Lena e algumas das garçonetes, assim com Alexandre, a ajudavam quando podiam. Depois que o interior estava limpo, começaram a limpar o quintal. Para isso Clara precisou contratar dois homens para ajudá-los, pois o mato tinha tomado conta de tudo.

            Viu Marina e Alice uma vez, quando elas foram à hospedagem à noite. Ficaram a sós por alguns instantes no escritório, conversaram sobre a casa e as duas ofereceram ajuda, que Clara recusou pois queria recebê-las da melhor maneira possível, quando a casa estivesse mais apresentável. Em outros dias se viram rapidamente na hospedagem, quando as duas passaram por lá depois de Marina buscar Alice no hospital.

Pouco mais de uma semana foi o tempo necessário para Clara achar que já era possível se mudar definitivamente. Aproveitaria algumas mobílias que já estavam na casa e, pouco a pouco, compraria as que faltavam. Procurou Lena e Alexandre para comunicar a eles e acertar o que faltava pelo tempo que ficou hospedada. Como previa, não foi fácil, pois nenhum dos dois queria aceitar o dinheiro:

— Nada disso, Clara. Você já pagou boa parte dos dias que ficou aqui... Além do que, o salário que nós te pagamos é bem abaixo do que você merece.

Segurou a mão de Lena na sua:

— Vocês me acolheram como se eu fosse da família. Só tenho a agradecer, por tudo mesmo. Por favor, eu vou ficar aborrecida se não nos acertarmos antes de eu ir embora.   

Depois de muita conversa e insistência de Clara, chegaram a um acordo onde ela pagaria uma parte do que realmente deveria.

No dia seguinte, bem cedo, chegou à casa que agora passaria a chamar de sua, carregando apenas uma mala. Sentia uma felicidade extrema, literalmente um sonho realizado.

Abriu a porta e deu apenas um passo para dentro. Olhou ao redor, por cada canto do cômodo, enquanto seu sorriso ia aumentando involuntariamente. Ainda não estava do jeito que ela queria, mas estava ótima para um começo. Foi até o quarto e depositou a mala na cama de solteiro, a única que havia na casa. Começou a tirar as roupas de dentro do objeto, peça por peça, as dobrou e arrumou no armário. O sorriso aberto nos lábios o tempo inteiro, tamanha era a felicidade de pensar que, depois de anos, finalmente a vida sorria para ela de volta.

*****

            Passou a mão no próprio rosto tentando limpar a terra, mas apenas a espalhou mais. Olhou para Isabel que estava tão suja quanto ela, enquanto as duas tentavam começar a cultivar um jardim. Clara já estava cansada quando propôs:

            — Acho melhor continuarmos amanhã... Daqui a pouco já é noite.

            Isabel concordou na mesma hora:

            — Também acho... Minhas costas já estão me matando.

            Levantou-se limpando os joelhos da calça, e ajudou Isabel a fazer o mesmo. Depois de lavaram as mãos e os rostos, caminhou com ela até o portão, agradecendo pela ajuda e pela companhia. Ao abri-lo, se deparou com o automóvel, que ela reconheceu de imediato, chegando em frente à casa. Marina desceu primeiro, deu uma olhada significativa para Isabel e depois disse:

— Chegamos em má hora?

No momento em que Alice parou ao lado dela, Clara respondeu:

— Claro que não… Mas achei que vocês só viriam amanhã.

Alice justificou:

— Marina precisou vir à agência de correspondências e resolvemos passar por aqui…

Uma tensão velada ameaçou se estabelecer, o que fez Clara agir, as apresentando:

— Que falta de educação a minha… Essa é Isabel… E essas são Alice e Marina.

Isabel foi a primeira a falar:

— Prazer em conhecê-las.

Depois que as duas responderam, Isabel virou-se para Clara:

— Vou indo… Amanhã no mesmo horário?

Clara sorriu para ela:

— Combinado. Obrigada mais uma vez.

As duas se abraçaram e Isabel beijou seu rosto, depois se despediu e foi embora.

As três entraram na casa e Clara mostrou os cômodos:

— Ainda não está pronta… Faltam alguns ajustes.

Alice a beijou levemente:

— Eu adorei sua casa.

Marina voltou de um dos cômodos e foi até elas:

— Só uma coisa me incomodou…

Se aproximou mais das duas e disse baixo:

— A cama é pequena demais.

Clara não saberia dizer de onde veio a coragem de vencer a vergonha e o recato. Sentiu o rosto esquentar quando disse:

— Bom, eu esperava que nós pudéssemos usar a imaginação até eu conseguir uma cama maior…

Marina arqueou as sobrancelhas, surpresa, mas sem conseguir esconder o sorriso de aprovação com aquela resposta.

Alice sentou no sofá e olhou sugestivamente para as duas:

— Que tal começarmos por aqui?

*****

Clara continuou sentada no sofá observando enquanto Alice fechava os botões da camisa e Marina terminava de vestir a calça. Um sorriso se formou em seus lábios com o pensamento que teve:

“A primeira coisa a ser providenciada será uma cama!”

Não que o que fizeram no sofá — e depois no chão, sobre o tapete — não tivesse sido maravilhoso. Mas gostaria que elas pudessem ficar para passar a noite.

            — O que está tão engraçado assim?

            Só então percebeu que o sorriso em seus lábios tinha aumentado. Respondeu à pergunta bem-humorada de Alice:

            — Estou feliz por vocês terem vindo.

            Marina se aproximou e sentou ao seu lado no sofá, beijando-a no rosto:

            — Estava com saudades... Por mim já tínhamos vindo antes, mas você não parecia muito disposta a nos receber...

            Olhou para ela e, naquele momento, foi como se finalmente realizasse o que estava acontecendo. A Clara de alguns anos atrás morreria de rir se alguém lhe dissesse que um dia estaria trocando carinhos com Marina.

Acariciou o rosto dela, passando o polegar sobre seus lábios:

            — Eu também estava com saudades.

            Depois roçou os lábios nos de Marina:

            — E eu queria receber vocês, mas não de qualquer maneira...

            Marina acariciou o rosto dela e disse suavemente, num tom bastante íntimo:

            — É claro que também queríamos conhecer sua casa. Estou muito feliz por você, mas... O que eu mais queria era te ver.

            Clara suspirou rendida, antes de voltar a beijar Marina.   

            Alice terminou de se vestir e também se sentou, deixando Clara no meio das duas:

            — Como vamos embora e dormir sem você?

            Clara sorriu para ela e a beijou levemente:

            — Vocês voltam amanhã?

            Alice respondeu antes de devolver o beijo:

            — Acho que você não consegue mais se livrar de nós...

            O tom de voz de Marina denunciou uma ponta de ciúmes:

            — Que horas a sua... Amiga... Vai estar aqui amanhã?

            Clara ignorou o jeito que ela pronunciou a palavra “amiga” e respondeu:

            — Logo depois do almoço... Lena a liberou para me ajudar com o jardim.

            Marina se pôs de pé:

            — E que horas ela vai embora?

            — Não sei... Geralmente ela fica até cansarmos.

            Marina apenas revirou os olhos. Alice teve uma reação mais madura:

            — Vocês duas...?

            Clara respondeu a verdade:

            — Não... Isabel é minha amiga. Nós nos beijamos uma vez, mas não passou disso.

            Alice meneou a cabeça. Marina continuava incomodada:

— Ela sabe de nós?

Clara respondeu como se pedisse desculpas:

— Eu acabei deixando escapar... Não foi intencional...

Mas Marina a surpreendeu, sorrindo:

— Ótimo! Não quero que ela pense que você está solteira e disponível por aí.

Clara riu e Alice tentou ser mais delicada:

— Acho que o que Marina está tentando dizer...

Olhou para ela como se a recriminasse pelo jeito de falar e só então completou:

— É que nós duas queremos muito estar com você... Não com você sendo uma terceira pessoa em um relacionamento construído por outras duas, mas sim um relacionamento novo e inteiro feito por nós três.

Clara teve a sensação de estar flutuando ao ouvir aquilo, mas não quis deixar nada transparecer, pois precisava que a razão falasse naquele momento, e não a emoção:

— Vocês têm certeza?

 Marina voltou a se sentar ao lado delas e disse séria, deixando que as palavras transmitissem o que trazia dentro de si:

— Nunca antes tive tanta certeza do que eu quero.

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Olá! Amanhã postarei o último capítulo e o epílogo da história :)


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Comentários para 34 - Capítulo 34:
Lea
Lea

Em: 02/09/2023

Ver a Marina com ciúmes da Clara é, até surreal.

A Clara merecia e muito,tudo de bom que está acontecendo com ela!


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 03/09/2023 Autora da história
Enfim coisas boas para Clara, não é?


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Neghamih
Neghamih

Em: 31/08/2023

Parabéns pela estória e principalmente te pelos últimos capítulos. Já estava na hora desse romance deslanchar!! Que venham mãos estórias com esse tema depois dessa. Estou carente de estórias de poliamor.

Parabéns.

Te admiro muito.


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 01/09/2023 Autora da história
Finalmente deslanchou hahaha
Nossa, muito obrigada! Fico muito feliz que esteja acompanhando e gostando!


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Raf31a
Raf31a

Em: 31/08/2023

Maravilhoso o fato de que os últimos capítulos tenham vindo tão rápido, porém ainda não estou crendo que está chegando ao fim.

Ficarei torcendo para vir uma nova história tão boa quanto essa. Adoro sua escrita. Parabéns!


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 01/09/2023 Autora da história
Preciso confessar que ainda nem acabou e eu estou com saudades rsrs
Os comentários de vocês fazem toda diferença. Muito obrigada, de verdade!


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 31/08/2023

Eita tá sério mesmo, Marina com ciúmes nem acredito kkkkk


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 01/09/2023 Autora da história
Logo ela...hahahah Provando do próprio veneno.


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