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Todas nós vamos sobreviver por AlphaCancri

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Palavras: 2213
Acessos: 981   |  Postado em: 09/08/2023

Capítulo 27

Quando Marta suspirou mais uma vez, limpando as lágrimas do rosto disfarçadamente, perto do fogão, Alice se viu obrigada a dizer alguma coisa:

— Não fique assim, Marta...

Foi tudo que conseguiu verbalizar naquele momento. Precisava se consolar tanto quanto tentava consolar a cozinheira. Depois da conversa que teve com Marina e Saulo, Clara havia decidido ir embora da fazenda. Além da tristeza que sentiu, Alice não conseguiu deixar de se sentir culpada. Teve vontade de implorar para que ela não fosse, ajoelhar aos seus pés, fazer uma loucura... Mas a troco de que? O que tinha para oferecer a Clara? Que ela ficasse e assistisse seu relacionamento com Marina? Que ela continuasse naquela fazenda apenas para satisfazer um desejo seu? Por mais doloroso que estivesse sendo para si mesma, sabia que era uma decisão que cabia exclusivamente a Clara.

— Primeiro Lena, agora Sininho...

Marta resmungou, largando a colher de pau  e enxugando os olhos com a ponta do avental em seguida.

— Vai ser melhor pra ela.

Marina havia lhe contado, no dia anterior, que iria pagar a Clara a quantia de dinheiro que ela e a mãe deveriam ter recebido na venda das terras, mas que - ela tinha certeza - Osmar havia tomado posse sem que ninguém soubesse. Era um valor considerável e ela poderia ter um recomeço tranquilo. “Vai ser melhor para ela”. Era o que vinha repetindo para si mesma sempre que a vontade de correr até Clara, e fazer com que ela mudasse de ideia, a invadia.

*****

            — Já sabe o que vai fazer?

            Saulo perguntou enquanto a observava arrumar as poucas coisas que tinha em uma pequena maleta, a mesma que carregava ao chegar à fazenda alguns anos atrás.

            Clara não parou o que estava fazendo, tampouco o olhou. Ainda estava magoada com tudo que tinha descoberto e a relação que tinha com ele estava, no mínimo, abalada:

            — Vou ficar uns dias na hospedagem, até decidir o que fazer em definitivo.

            A sua urgência era uma só: precisava sair daquele lugar. E tinha que ser logo, pois temia ficar presa ali de novo, caso deixasse o tempo passar. Precisava aproveitar aquela janela que se abriu e lançar-se ao desconhecido.

            — A patroa pediu que você passasse no escritório dela antes de ir.

*****

            Clara saiu de seu cubículo, deu alguns passos e parou por um instante. Olhou para o céu e inspirou profundamente aquele ar puro. Uma coisa era inegável: aquela fazenda era absolutamente maravilhosa. Sentiria falta daquela atmosfera, da natureza e dos bichos.

Depois caminhou lentamente até a casa, carregando sua pequena mala de mão. Bateu timidamente na madeira da porta do escritório. Adoraria que Marina não ouvisse, para que ela pudesse dar meia volta e ir embora. Mas, para seu azar, a porta foi aberta imediatamente. Sua apreensão aumentou quando percebeu, antes mesmo de entrar, que Alice também estava lá.

            — Obrigada por ter vindo.

            Clara olhou desconfiada para Marina. Ainda não tinha se acostumado com o fato da patroa a tratar daquela forma educada e gentil.

            Marina deu a volta e apontou a cadeira em frente sua mesa, ao lado da que Alice ocupava.

            Clara estava absolutamente sem jeito, rejeitou o convite silencioso dela para que se sentasse, mas Marina insistiu:

            — Por favor...

            Sentou-se contrariada e deu uma rápida olhada para Alice, que retribuiu.

            — Você está mesmo decidida a ir embora?

            Respondeu à pergunta de Marina apenas acenando com a cabeça. Àquela altura dos acontecimentos, achava que mais palavras eram desnecessárias.

Marina apoiou os cotovelos na mesa, antes de dizer:

            — Bem... Eu queria me desculpar mais uma vez... Pelo que aconteceu com sua família. Nada do que eu fizer ou disser vai mudar os acontecimentos, mas queria que você soubesse que eu sinto muito, de verdade.

            Clara apenas a olhou, incapaz de dizer qualquer coisa. Realmente os sentimentos de Marina naquele momento não iriam mudar absolutamente nada. Além disso, depois de tantos anos com a história gravada em sua memória, depois de ter repassado cada detalhe incessantemente em sua mente, dia após dia, não era fácil olhar para ela e não ver, ainda, a causadora de toda desgraça que assolou sua família.

            Foi Alice quem quebrou o silêncio que se estabeleceu:

            — O que você pretende fazer?

            Respondeu a olhando:

            — Por enquanto vou ficar na cidade...

            Marina falou gentilmente:

            — Com a quantia que você tem agora, pode fazer alguns investimentos, posso te ajudar...

            A cortou na mesma hora:

            — Eu sei me arranjar sozinha.

            Marina encostou as costas na cadeira, rendida. Clara aproveitou o momento em que nenhuma das duas disse mais nada e se levantou:

            — Sebastião já está esperando pra me levar...

            As duas também se levantaram. Olharam-se sem saber como agir. As três cientes de que havia muita coisa para ser dita, mas aquele parecia não ser o momento certo.

            Clara pegou sua mala no chão e disse:

            — Bem, então... Adeus.

            Alice e Marina responderam juntas, enquanto Clara deixava o escritório. Depois que ela saiu, as duas continuaram de pé, encarando a porta.

*****

            A hospedagem estava agitada naquele horário, com muitas pessoas fazendo suas refeições. Clara avistou Lena servindo uma das mesas, mas não quis atrapalhá-la. Encontrou uma cadeira encostada no canto do balcão e se sentou. Não tinha pressa. Sorriu ao pensar que agora não tinha nenhum plano, nenhum compromisso. Não sabia o que aconteceria em sua vida nem mesmo no minuto seguinte.

            Apesar do movimento intenso no lugar, Lena não demorou a notar sua presença. Se aproximou e seu sorriso se transformou em uma expressão de dúvida quando ela viu a maleta que Clara carregava:

            — O que aconteceu? Não me diga que Marina te mandou embora...

            Clara sorriu e esclareceu:

            — Não... Eu mesma pedi as contas.

            Lena a olhou desconfiada:

            — Por quê? Aconteceu alguma coisa?

            Aquele não era o melhor momento, nem o melhor lugar, para conversarem sobre o assunto, por isso pediu:

            — Depois conversamos com calma. Será que tem um quarto vago pra mim?

            Lena respondeu com a presteza de sempre:

            — Se não tivesse, eu arrumaria... Vem, vou pedir uma das meninas para te levar até lá.

            Finalmente sozinha em um dos quartos, no andar de cima da hospedagem, se jogou na cama.  A diferença para a cama que dormia no seu cubículo era enorme, mas não chegava nem perto da maciez do colchão do quarto de hóspedes da fazenda.

            Abriu a mala para pegar uma roupa limpa e tomar um banho. Suspirou pensando que precisaria comprar roupas novas, pois uma coisa era trabalhar na fazenda com aqueles trapos, outra era andar pela cidade vestida com eles.

            Tomou um banho demorado, aproveitando a sensação da água morna, enquanto passava o sabonete lentamente sobre sua pele. Parecia que fazia aquilo pela primeira vez, prestando atenção nos movimentos, gostando de se sentir cuidada. Desde que desceu do automóvel em frente a hospedagem, começou a olhar o mundo a sua volta de uma forma diferente. Como se finalmente pudesse pensar além das porteiras daquela fazenda. Existia uma vida fora daquele lugar, ela era alguém de verdade, poderia e deveria prestar mais atenção em si mesma, ouvir seus desejos, satisfazer seus prazeres.

            Mais tarde, já vestida e deitada na cama, refletindo sobre tudo que tinha acontecido nos últimos dias, ouviu baterem à porta. Levantou-se e abriu, se deparando com Lena carregando uma bandeja de comida quente:

            — Trouxe pra você, já que não desceu pra comer.

            Agradeceu, dando espaço para que ela entrasse:

            — O cheiro está maravilhoso!

            Lena depositou o objeto na pequena mesa ao lado da cama:

            — Que tal conversarmos enquanto você se alimenta?

            Clara se sentou à mesa e, entre uma colherada e outra, colocou Lena a par de sua história e toda a confusão que havia acontecido nos últimos dias. Quando terminou, Lena estava visivelmente mexida:

            — Meu Deus, Clara... Eu não imaginava... Sinto muito por tudo isso.

            Agradeceu no momento em que terminava de comer:

            — Eu queria ficar um tempo hospedada aqui até decidir o que fazer em definitivo.

Completou para não ser mal interpretada:

— Eu vou pagar pelo serviço, é claro...

            — Você pode ficar o tempo que quiser... Não se preocupe com isso. Você é minha amiga, minha casa é sua casa.

            Depois, Lena se levantou:

            — Vou deixar você descansar... Se precisar de alguma coisa, sempre tem alguém na recepção. E se precisar de mim, meu quarto é o último do corredor.

            Clara levantou e, surpreendendo Lena por tomar a inciativa de um contato físico, a abraçou:

            — Muito obrigada... Por tudo.

*****

            A primeira semana se passou com Clara redescobrindo prazer nas coisas simples. Acordava, tomava um banho relaxante, fazia o desjejum na hospedagem e depois andava pela cidade, prestando atenção em lugares que antes passava de cabeça baixa. Passou pela feira, se fartou na sorveteria, assistiu várias vezes a mesma peça de teatro e perdeu horas sentada na praça, apenas observando o movimento das pessoas indo e vindo.

            Foi só no sétimo dia que começou a pensar sobre o que faria dali para frente, pois apesar do ótimo serviço, não pretendia viver para sempre em uma hospedagem. Também queria arrumar um trabalho. O dinheiro que Marina a pagou, tardiamente, era considerável, mas sabia que um dia teria fim. Mas, mais importante do que isso, gostaria de ter um ofício, com um emprego normal, que a desse o suficiente para pagar as contas. 

            Já tinha entendido a rotina da hospedagem, por isso sabia que aquele horário era o mais tranquilo do dia. Aproveitou que Lena estava sozinha enxugando alguns copos e pratos:

            — Estou precisando de um favor seu...

            Lena respondeu sorrindo:

            — Pode dizer.

            Ficou um pouco sem jeito, mas pediu mesmo assim:

            — Será que você poderia me ajudar... Ir comigo às lojas de roupa... Eu gostaria de... Comprar alguma coisa nova.

            Lena não escondeu seu entusiasmo. Prontamente largou a louça, enxugou as mãos no pano que trazia no ombro e praticamente arrastou Clara:

            — Agora mesmo!

*****

Olhando para a quantidade de bolsas em cima da cama, das mais variadas lojas da cidade, foi inevitável que um sentimento surgisse dentro dela: “Eu precisava mesmo de tudo isso?”

Desde que perdeu os pais, nunca mais se preocupou com sua própria aparência, pois precisava focar totalmente em outra coisa: sobreviver. Mesmo sabendo que, naquele momento, poderia se dar aquele luxo, não conseguiu deixar de se sentir culpada ao gastar qualquer quantia um pouco maior de dinheiro.

Livrou-se da toalha que havia enrolado no corpo ao sair do banho, deixando o objeto cair no chão juntamente com o sentimento de culpa. Abriu uma das bolsas e retirou uma das peças íntimas que Lena havia insistido para que comprasse:

— Do que adianta todas essas roupas novas e continuar usando trapos como roupa de baixo?

Riu com a lembrança de como tinha ruborizado só em falar sobre aquele assunto com ela.

Vestiu as peças e deu uma rápida olhada no espelho. Não conseguiu encarar a própria imagem seminua por muito tempo. Abriu outra bolsa e tirou um conjunto de calça e blusa elegantes, em tons claros. Não vestiu imediatamente, apenas colocou a peça superior na frente do corpo, se olhando novamente no espelho. Apesar de ter provado na loja, só agora realmente se permitiu analisar. Sorriu levemente, gostando do que viu, nunca havia usado nada parecido com aquilo na vida. O pensamento surgiu antes que pudesse evitar:

“O que Alice e Marina achariam?”

Não deixou que aquilo tomasse conta de sua mente. Começou a se vestir para descer e almoçar. Tentou focar nos planos que tinha para sua vida: no dia seguinte a semana começava e sairia a procura de trabalho nas cidades vizinhas.

*****

            Com Alice um pouco atrás dela, Marina entrou no salão da hospedagem e parou em uma das mesas. Alice sentou na cadeira em frente a ela, mantendo uma considerável distância física e evitando contato visual. Não havia se esquecido do medo que sentiu na última vez em que estiveram ali, ao notarem várias pessoas, principalmente homens, as observando.

            Uma das garçonetes se aproximou da mesa e anotou os pedidos. Antes que ela saísse, Marina pediu:

            — Por favor, diga a Lena que gostaria de falar com ela.

            Alice estava visivelmente tensa, não parava de olhar nervosamente de um lado para o outro. Marina tentou acalmá-la, sem poder segurar-lhe as mãos como queria:

            — Não tem ninguém olhando pra cá... Fique calma...

            Recebeu um suspiro como resposta. Alice fechou os olhos por alguns segundos:

            — Tem razão... Estou exagerando...

            Sorriu para Marina, que sorriu de volta. Mas logo os olhos de Alice se fixaram em alguma coisa que prendeu toda sua atenção. Assim que percebeu, Marina se virou para o que, ou quem, Alice olhava. Também não conseguiu desviar os olhos ao ver Clara elegantemente vestida caminhando no salão.

Fim do capítulo


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Comentários para 27 - Capítulo 27:
Lea
Lea

Em: 02/09/2023

É real,como a raiva nos cega. Por raros momentos cheguei a pensar que a Marina poderia ser inocente; porém a maneira dela de ser,tirou toda essa possibilidade de pensamento!

Torcendo para Clara seguir em frente!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 09/08/2023

Surpresa...


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 13/08/2023 Autora da história
Acho que elas não estavam preparadas.


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