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Os Gutierrez por gutierrezfamily

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Palavras: 2398
Acessos: 1247   |  Postado em: 29/07/2023

Capitulo 9 - 00's

 

 

Mesmo de última hora, Cecília aproveitou que todos estavam na cidade para reunir em volta da grandiosa mesa rústica de madeira maciça. Ana Beatriz, como sempre a primeira, chegou um pouco desanimada, quieta. Lorenzo chegou todo cheio de si, contente. Luiza chegou calma, serena. Todos se sentaram ao redor da mesa, quando Magdalena apareceu.

                - Mamãe? Vai participar também? – Questionou Luiza.

                - Vou sim. Sua mãe me convidou, e é sempre bom passar um tempo em família.

                - Eu achei ótimo. Preciso ficar algumas horas longe daquele hospital. – Anabê confessou.

                - O que houve, minha querida? – Magdalena perguntou, preocupada.

                - Nada demais, mamãe. Não quero entrar nisso agora.

                - Brigou com o excelentíssimo Dr. Dennis? – Provocou Luiza.

                - Não. – Anabê revirou os olhos. – Dennis e eu estamos bem. É coisa boba.

                - E esse sorriso espontâneo, Lorenzo Gutierrez? – Cecília questionou, observando o filho.

                - Nada não... – Lorenzo continuou tentando esconder a cara de satisfação.

                - Bem que eu vi o Lô aos beijos com um tal de Ryan Jacobs em um canto da festa... – Luiza entregou.

                - Não foi nada demais... – Lorenzo se ruborizou.

                - Também vi um senhor Lorenzo Gutierrez saindo de um dos quartos logo após um tal de Ryan Jacobs ter saído... – Cecília também entregou.

                - Espera, mãe, a senhora estava lá até de manhã? – Luiza estranhou.

                - Bem, eu...

                - Se estava naquele andar do palacete, pela manhã, significa que estava com alguém... – Lorenzo cruzou os braços. – Não teria ficado lá apenas para dormir.

                - Eu fiquei e apenas dormi. – Luiza, surpreendentemente, a defendeu.

                - Porque sua namorada deu perda total após beber o equivalente a um tanque de gasolina. – Anabê comentou.

                - E você que após ter uma festa inteira dedicada a você chega na casa da mãe toda triste e emburrada sei lá por quê? Não sabe ao menos ser grata? - Luiza provocou.

                - Dona Cecília ainda não respondeu sobre estar lá de manhã... e eu vi a mamãe Magdalena também... – Anabê ignorou a irmã caçula.

                Cecília e Magdalena se entreolharam.

                - Não é nada disso que vocês estão pensando. – Cecília contestou.

                - Nós passamos a noite juntas sim, mas apenas conversamos e relembramos os velhos tempos. – Magdalena complementou.

                - Como quando conhecemos vocês e nos encantamos, e nosso sentimento de maternidade aflorou quase que instantaneamente...

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧

                O ano era 2003. Cecília, na época com 34 anos, e Magdalena, com 32, moravam juntas há cerca de 3 anos. Ambas viajavam bastante por causa de suas carreiras, mas conseguiam passar a maior parte do tempo juntas. Haviam se casado na Holanda, em janeiro de 2001, no primeiro país a legalizar o casamento de pessoas do mesmo sex*, um mês antes do ocorrido. Logicamente, o casamento não era válido ainda no Brasil, muito menos a adoção de crianças.

                Apesar do empecilho, o desejo de formar uma família já pairava o coração de ambas há um tempo. Já até haviam conversado antes a respeito, mas somente quando adentraram aquele orfanato e viram as três crianças vítimas de um desastre natural, que haviam perdido toda sua família, foi quando o coração de mãe ali nasceu.

                O plano a princípio era Cecília adotar os pequenos, que ficariam inicialmente apenas com o sobrenome Gutierrez. Conseguiriam dupla nacionalidade das crianças em outro país cuja co-adoção fosse permitida e assim terminariam o processo. Cecília entrou em contato com um juiz que tinha vasta amizade consigo e seu pai. Por causa disso, Muñoz Gutierrez ficou sabendo e chamou Cecília para conversar em seu escritório.

                - Então quer dizer que você está querendo pegar filho dos outros para criar? – Com uma voz grave e intimidadora, o pai de Cecília iniciou.

                - Magdalena e eu vamos adotar e começar uma família. – Firme, a unigênita respondeu.

                - Eu já deixei vocês brincarem de casar na Holanda, deixei brincarem de casinha por um tempo, mas agora já é demais. Você já tem 34 anos, Cecília, já passou da hora de arranjar um marido e ter filhos.

                - Eu vou ter filhos, pai. Com minha esposa. É por isso que entrei em contato com nosso time jurídico e liguei para o Juiz Pantaleão Martins.

                - Você não vai ter ajuda dos meus advogados para essa palhaçada.

                - Tudo bem. Eu dou meu jeito.

                - Essas crianças não vão herdar o meu nome.

                - Gutierrez não é um nome exclusivamente seu. É meu, assim como foi do meu avô e bisavô. Lorenzo, Ana Beatriz e Luiza são meus filhos, tornaram-se meus filhos a partir do meu primeiro contato com eles. Foi um amor que não consigo te explicar e que você parece não ser capaz de sentir.

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧

                Cerca de um ano após a adoção, e Cecília Gutierrez só se dirigia ao pai quando o assunto era o Grupo Gutierrez. O coração do magnata nunca se dobrou aos tempos modernos, nem ao menos conheceu os netos. Apenas em seu leito de morte, em um quarto de UTI personalizado dentro de sua própria mansão, mandou chamar a única filha, que se tornara CEO há poucas semanas, quando Muñoz teve de sair por agravamento de uma doença cardíaco-pulmonar.

                - Eu acompanhei você... de longe, mas te acompanhei. – Disse a voz fraca de seu pai.

                - Como assim me acompanhou?

                - Eu vi sua família se formar. Pedi para um grupo de investigadores particulares te observar. Eu vi a maneira que você trata seus filhos. Você é uma boa mãe para eles.

                - O senhor precisou contratar investigadores para saber de mim? Não era mais fácil ter me perguntado e me acompanhado ao vivo?

                - Você sabe como sou... fico feliz que tenha formado uma bela família.

                - Eu daria minha vida para eles, pai.

                - Então está no caminho certo. – Com muito esforço, Muñoz sorriu.

                - Quer conhecê-los? Posso buscá-los...

                Muñoz tentava esboçar um “sim”, mas Cecília sentiu que não daria tempo. Os olhos da filha marejavam ao perceber que seriam seus últimos momentos com ele.

                - Pai, não precisa falar nada. Eu te amo. – Já chorando, Cecília segurou a mão de Muñoz.

                - Nunca...d-decepcione...s-sua....f-família... – Arfante, Muñoz proferiu suas últimas palavras antes de descansar.

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧

                Enquanto almoçavam, Luiza não parava de receber mensagens de texto.

                - Por acaso está falando com aquela adorável artista argentina? – Magdalena, curiosa, perguntou.

                - Sim e não. Digo, mandei mensagem para ela agora há pouco, mas na verdade estou conversando com uma colega sobre um seminário que vamos apresentar essa semana.

                - Olha só, Magdalena. Eu te falei que Luiza se tornou uma menina responsável. Quando a veríamos em pleno domingo discutindo sobre seminários da faculdade?

                - Pois é, Cecília. E sobre o que é esse seminário?

                - Estratégias ESG e Sustentabilidade Corporativa.

                - O que é esse ESG? – Ana Beatriz perguntou, colocando-se na conversa.

                - Environmental, Social and Governance. – Luiza respondeu.

                - Olha só ela toda cheia do linguajar corporativista. – Ana Beatriz provocou para não perder o costume.

                - Esse tema parece interessante. – Lorenzo também entrou na conversa. – E como você vai abordar?

                - Quero abordar um pouco da globalização, jogar alguns conceitos de cidadania, ser um pouco mais genérica. A Dani quer jogar algumas críticas à falta de adesão das grandes corporações, mas tenho um pouco de medo que o professor não vai aceitar muito bem.

                - Essa Dani era a garota que estava contigo na festa antes da Yanina chegar? – Lorenzo perguntou.

                - É sim. Ela estava esperando a Ayla, que acabou não indo para a festa porque esperou até o último momento, mas o tempo no Rio de Janeiro não estava bom.

                - Não estava bom mesmo. – Magdalena complementou. – Ela deveria ter me avisado, poderia ter vindo comigo mais cedo.

                - E que tipo de críticas essa sua colega quer tecer? – Cecília interrogou.

                - Sobre as empresas “Big Brother”, no sentido Orwelliano da palavra.

                - Você fazendo referência ao livro do George Orwell? Estou impressionada... – Ana Beatriz provocou mais uma vez.

                - Ela está estudando em uma Faculdade com dezenas de colegas que são filhos de donos desse tipo de empresa, incluindo você, e ainda vai ter coragem de criticar? – Cecília continuou questionando.

                - A Dani é corajosa.

                - E quem é o professor dessa matéria?

                - É o professor Goldberg.

                - O Goldberg? – Cecília riu. – Minha filha, se vocês fizerem quaisquer críticas estarão fadadas a qualquer nota, menos 10.

                - Goldberg, da família Goldberg? Dos donos da Gold FM, a emissora de rádio? – Magdalena perguntou.

                - Ele mesmo. – Luiza confirmou.

                - O que ele está fazendo dando aula na Faculdade?

                - É o irmão mais velho dele que controla tudo. – Cecília explicou. – Ele sempre teve tendência à carreira acadêmica, julgar e analisar os outros sempre foi uma das melhores qualidades dele. Luiza, você precisa falar com sua colega de classe. Criticar está fora de cogitação.

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧

 

                Já no final da refeição, Anabê sentiu certo peso na consciência e resolveu conversar com Magdalena:

                - Mamãe, não cheguei a te agradecer pela festa. Realmente, muito obrigada, eu me diverti bastante. Desculpe se eu cheguei um pouco diferente, algumas coisas aconteceram, mas quero que saiba que adorei a festa. – A cirurgiã abraçou sua mãe ternamente.

                - Não precisa agradecer! Você sabe que pode me contar o que está te incomodando.

                - Acho que preciso resolver comigo. Mas obrigada mesmo assim.

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧

 

                Ana Beatriz saiu da mansão de sua mãe direto para o hospital. Lá, tentou de todas as maneiras evitar a melhor amiga e Camélia, até acabar cruzando com Paloma no corredor do centro cirúrgico, após esta terminar uma Retossigmoidectomia.

                - Anabê! Estava querendo te encontrar para conversar um negócio contigo.

                - Olha, Paloma, eu fui chamada para uma interconsulta lá embaixo no setor de Ortopedia, depois a gente se fala, tá?

                - Não, você não foi.

                - Não fui o quê?

                - Não foi chamada, eu sei que não foi. Sei muito bem quando você está mentindo, você fica diferente.

                - Não fico não!

                - Para você estar assim, é porque você já sabe. A Camélia te contou?

                - Contou o quê?

                - Para de mentir para mim, Anabê.

                - Está bem. – A cirurgiã Gutierrez suspirou, vencida pelo cansaço. – Dennis viu vocês duas se pegando na porta de um dos quartos.

                - Foi uma coisa de momento. Nós duas somos adultas, estávamos no calor do momento, e Camélia tinha me confessado que rolou um clima entre vocês duas na pista de dança mas você recuou. Ela se sentiu mal, veio conversar comigo. Contei sobre sua história com o Dennis, ela me interrompeu e veio para cima de mim. Como nós duas somos solteiras e eu estava bêbada, não vi nada de errado. Aliás, nem sei porque estou me justificando, você está noiva do Dr. Dennis!

                - Espera, ela te contou que rolou um clima entre a gente?

                - Não era para eu ter te falado isso. Mas sim. Ela estava arrasada e sabia que nada ia acontecer porque você é completamente apaixonada pelo Dennis. E mesmo que eu não concorde com algumas atitudes de macho escroto dele, respeito o relacionamento de vocês.

                - Respeita porque é conveniente e assim você pode pegar a Camélia.

                - Não fala assim, Anabê. – Paloma olhou de lado e viu duas enfermeiras encarando. – Podemos continuar essa conversa em um lugar mais privado?

                - Não tem o que continuar. Você é adulta, como você mesma disse, vocês duas estão solteiras então façam o que quiser uma com a outra. E caso você não saiba, estou atrasada para a interconsulta com a Ortopedia.

                Ana Beatriz então saiu do corredor e, ao perceber que estava fora do campo de visão de Paloma, escondeu-se no primeiro banheiro que encontrou e desabou em prantos, lágrimas estas que nem sabia por quê rolavam. Para aliviar um pouco da angústia que sentia, ligou para sua psicoterapeuta particular.

                - Alô? Marina? Desculpa estar ligando agora...

                - Pode falar, Ana. Aconteceu alguma coisa?

                - Sim, digo... não, mas eu estou me sentindo péssima. Acho que estou em crise.

                - O que houve?

                - Lembra da Camélia?

                - A nefrologista que virou sua amiga? A que você não consegue formar frases completas quando está por perto?

                - Essa mesma... ela e a Paloma trans*ram ontem, após minha festa de aniversário.

                - Compreendo. E como isso fez você se sentir?

                - Péssima. Estou me sentindo machucada, traída!

                - Vamos tentar racionalizar. De onde esses sentimentos de traição estão vindo? Quem traiu quem?

                - A Paloma me traiu. Ela sabe como me sinto sobre a Camélia. E ela me disse que a Camélia afirmou que rolou um clima entre ela e eu na festa.

                - Ana, devo lembrar que você está em um relacionamento monogâmico fechado com Dennis e você já me disse que o ama incondicionalmente. Há espaço para sentimentos platônicos por Camélia nessa relação?

                Ana Beatriz pausou por alguns segundos.

                - Ana, está aí?

                - Estou sim, eu só estou pensando no que responder.

                - Se está pensativa, é porque sabe que não há espaço para esse sentimento. E se não há espaço, porque ele deve ser o motivo de tanta tristeza e sensação de traição por parte da sua amiga?

                - Você está certa. Mesmo eu estando apaixonada pela Camélia, não posso dar razão nem vazão a este sentimento. Obrigada.

                Ana Beatriz enxugou as lágrimas, e parecia mais em paz após admitir para si mesma. No silêncio do final da ligação, escutou passos ligeiros se afastando da porta do banheiro. Abriu com pressa para ver se enxergava quem era, mas não conseguiu alcançar.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Capitulo 9 - 00's:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 01/08/2023

Camélia ouviu tudo misericórdia.

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