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Todas nós vamos sobreviver por AlphaCancri

Ver comentários: 2

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Palavras: 1966
Acessos: 1008   |  Postado em: 26/07/2023

Capítulo 25

— Bom dia.

Clara fechou os olhos por alguns segundos, se condenando por não ter percebido a aproximação dela. Continuou despejando o milho no galinheiro, ainda de costas, quando respondeu:

— Bom dia.

Executou sua tarefa lentamente, tentando retardar ao máximo o momento de se virar e encará-la. Mas para seu azar, o saco de milho que tinha nas mãos não demorou a ficar vazio. Até pensou que Alice tinha ido embora, diante do total silêncio que pairou. Mas, ao finalmente se virar, se deparou com ela de pé em sua frente. Foi impossível não pensar o quanto ela estava linda. Parecia ainda mais encantadora do que da última vez que a tinha visto. Os cabelos haviam crescido um pouco, fato que passaria despercebido por qualquer outra pessoa, mas não para Clara, que prestava atenção em cada detalhe dela. Alice estava vestindo uma blusa de botões e calças compridas, o que não era muito comum, que a deixaram com um ar de elegância e sofisticação. Clara desejou que um buraco se abrisse debaixo dos próprios pés naquele momento e a engolisse. Sentiu o rosto arder de vergonha ao se dar conta da disparidade entre as duas, pois as roupas que estava vestindo não serviriam nem como pano de chão para Alice.

— Como você está?

Não foi capaz de retribuir o sorriso que acompanhou a pergunta dela. Não conseguiu sequer a olhar. Com a cabeça baixa, respondeu:

— Bem e você?

Alice foi concisa:

— Também. Será que nós podemos conversar um instante?                      

Clara tentou desesperadamente arrumar uma desculpa:

— Eu preciso pegar lenha pra Marta.

Tentou passar por ela rapidamente, mas Alice segurou delicadamente seu braço:

— Por favor...

Aquele simples toque a desestruturou completamente. A pele se arrepiou, sentiu um frio na barriga, as pernas amoleceram. Ficou lado a lado com Alice e, enfim, a olhou nos olhos.

Alice percebeu o momento em que Clara se desarmou. Aproveitou para tentar amenizar o clima:

— Não precisa ter medo de mim.

Não surtiu nenhum efeito, pois Clara estava mesmo apavorada. Não sabia o que dizer para Alice. Não sabia como se comportar. A frase soou mais rude do que ela pretendia:

— Pode falar.

Alice pareceu não notar, ou simplesmente ignorou, pois a voz dela continuou doce:

— Vem comigo até o ambulatório?

Engoliu em seco. Acenou positivamente com a cabeça e seguiu atrás de Alice, ciente de que era mesmo uma tola. Mesmo sabendo que só se machucaria com a aproximação, acatou o pedido dela. No curto trajeto até que as duas entrassem no ambulatório, a cabeça trabalhou freneticamente. Resolveu que mudaria sua vida ali... Assim que a conversa com Alice terminasse, iria até Saulo e pediria suas contas. Não tinha por que continuar sofrendo daquele jeito, tendo que ver Marina e Alice juntas, duas pessoas que viviam realidades completamente diferentes da dela. Jamais se encaixaria no mundo delas, jamais permitiriam que entrasse.

— Senta...

Recusou educadamente:

— Prefiro ficar assim.

Alice também não se sentou. Olhou para ela e aquele carinho, que sentiu desde a primeira vez que tinha visto Clara, a inundou novamente. Mas dessa vez era um pouco diferente. Depois de tudo que havia acontecido, olhava para ela de uma outra maneira. Não mais como uma menina indefesa, mas como uma mulher adulta, que tinha seus próprios sentimentos e desejos:

— Marina me contou o que aconteceu... Entre vocês.

Clara prontamente olhou para o chão. O rosto enrubesceu. Não foi capaz de dizer nada.

Alice continuou:

— Eu queria que você soubesse que não te julgo... Nem poderia.             

Continuou encarando o chão. Alice se aproximou dela e levantou seu rosto carinhosamente:

— Não precisa ter vergonha de mim.

Desviou os olhos dos de Alice e disse rapidamente:

— Foi um erro que não vai se repetir.

Alice queria que ela soubesse que, apesar de ser uma situação completamente fora do comum – ela mesma jamais poderia imaginar que um dia se envolveria em um triângulo amoroso – não precisavam fazer daquilo um drama. Eram três mulheres adultas, poderiam se expressar e se comunicar como tais:

— Não estou te cobrando explicações. Eu só queria que você se abrisse comigo... Clara...

Só continuou quando ela atendeu ao chamado:

— O que você sente por Marina?

Aquela pergunta a enfureceu. Não só por odiar saber que a resposta que queria dar era mentira, mas por se sentir acuada novamente. Ouviu aquela mesma pergunta de Marina, naquele fatídico dia, mas em relação à Alice. Estavam sempre querendo saber o que ela sentia, mas para que? Que diferença faria, se as duas continuavam juntas e se amavam? Parecia que queriam alimentar o próprio ego, saber que a empregada se apaixonou por elas. Talvez até fosse uma fantasia que compartilhavam.

A raiva cresceu tanto dentro dela que praticamente gritou para Alice:

— Você quer saber a verdade? Eu odeio Marina! Odeio com todas as minhas forças... Eu quero que ela sofra muito nessa vida... Que ela perca tudo que tem, inclusive você.

Alice ficou absolutamente atônita. Não estava esperando uma reação como aquela. Abriu a boca para tentar falar alguma coisa, mas foi interrompida pela entrada de Marina no ambulatório, perguntando diretamente para Clara:

— O que foi que você disse?  

*****

Marina tinha acabado de chegar do curral, estava caminhando até a cozinha, pela porta dos fundos, quando ouviu a voz alterada de Clara vindo do ambulatório. Não pensou, apenas agiu, caminhando rapidamente até lá. Iria entrar para saber o que estava acontecendo, mas se conteve com o que escutou. Levou alguns segundos para se recuperar e, enfim, entrar abruptamente no ambulatório. Os olhos chamejavam ao olhar para Clara:

— O que foi que você disse?

Alice tentou intervir:

— Calma, Marina. Nós estávamos conversando e acabamos nos exaltando um pouco...

Marina sequer a olhou. Perguntou novamente para Clara:

— Vamos... O que você acabou de dizer?

Clara estava completamente tomada pela raiva. Não recuaria nem um passo, agora que já tinha chegado até ali:

— Isso mesmo que você ouviu... Eu odeio você. E quero que você fique na sarjeta, sem nada, nem ninguém.

Marina gargalhou acidamente, antes de dizer:

— Você realmente acha que isso faz alguma diferença na minha vida? Que eu me importo com o que você sente, menina? Essa sua raiva é porque eu estive com as duas mulheres por quem você se apaixonou? Não é culpa minha se elas me preferiram...

 Clara achou que seu ódio já estava no ápice, mas percebeu que havia se enganado. Depois do que acabara de ouvir, sentiu o sangue ferver por todo seu corpo. Avançou em Marina a empurrando com força:

— Você se acha a pessoa mais importante desse mundo, não é?

A gritaria que se formou fez com que alguns empregados que estavam por perto fossem até a porta do ambulatório ver o que estava acontecendo. Marta saiu apressada da cozinha, enquanto gritava por Saulo, até chegar no ambulatório e se deparar com a cena que fez sua pressão subir.

Marina cambaleou com o empurrão que recebeu. Teria avançado em Clara de volta se Alice não se prostrasse entre elas, enquanto tentava inutilmente acalmá-las.

Marina falou em um tom de voz baixo, mas ameaçador:

— Eu não sou a pessoa mais importante do mundo, mas com certeza sou mais importante que você... Uma empregada que vive entre os animais, alimentando os porcos...

Clara vociferou de volta para ela, enquanto Antônio a segurava pelos braços para que não se lançasse contra Marina:

— Prefiro estar entre eles do que perto de pessoas como você... Uma aproveitadora, que não pensa em ninguém além de você mesma, que passa por cima de qualquer um para conseguir o que quer...

Marina apontou o dedo na direção dela:

— Você não me conhece... Não me acuse de coisas que inventa na sua cabeça.

Clara se soltou das mãos de Antônio e deu alguns passos para frente, até ele conseguir prendê-la novamente:

— Coisas que eu invento? Você é uma assassina, Marina. Uma assassina!

A frase teve um efeito paralisador em todos, inclusive em Marina. Marta precisou se sentar enquanto Moisés a abanava. Alice colocou as duas mãos na boca, com os olhos arregalados. Os homens não sabiam o que fazer, apenas olhavam de uma para outra.

Marina se recuperou e disse entre os dentes, se segurando para não cometer uma loucura:

— Escute aqui... Eu vou relevar o que você acabou de dizer... Antônio vai te levar para que pegue suas coisas e saia daqui o mais rápido possível, antes que eu mude de ideia.

Saulo entrou esbaforido no ambulatório, olhando assustado para todos:

— O que aconteceu?

A pergunta dele foi solenemente ignorada. Clara parecia mais calma quando disse olhando nos olhos de Marina:

— Claro, é isso que você sempre faz quando alguém não te serve... Você elimina. Pelo menos você vai me deixar viva, não é? Depois de ter destruído a minha família...

Marina franziu o cenho:

— Do que é que você está falando? Eu nem conheço sua família.

— Claro que não conhece... Pra você nós éramos apenas em estorvo que precisava ser eliminado.

Marina se aproximou dela devagar:

— Você está delirando...

Clara continuava presa nas mãos de Antônio:

— Você matou o meu pai, Marina. A sangue frio. Ou melhor, mandou que o matassem...

Saulo afastou Marina enquanto dizia:

— Essa conversa tá indo longe demais. Melhor esfriar a cabeça primeiro...

Marina se soltou dele sem desviar os olhos de Clara:

— O que é que você está dizendo?

Clara manteve os olhos presos nos dela:

— As terras que você queria em Cachoeira Verde, eram nossas... Meu pai não queria vender porque a localização era maravilhosa, tinha água à vontade, terra boa pra plantar... E você sabia disso.

Marina fez um pequeno esforço para entender do que ela estava falando. Conseguiu recordar que comprou aquelas terras há alguns anos, pagou por elas, tinha a escritura, estava tudo certo. A história que ela estava contando não fazia nenhum sentido:

— Eu paguei por aquelas terras. Tenho os documentos assinados pela... Viúva.

Se conteve um pouco antes de dizer a última palavra. A mãe de Clara? Mas o marido da dona das terras havia falecido repentinamente, um infarto fulminante. Foi por isso que ela  tinha resolvido vender as terras e se mudar, ou pelo menos foi isso que Saulo e Osmar tinham dito para ela na época. Olhou para Saulo e pode ver no semblante dele que ele sabia de alguma coisa.

Clara parecia esgotada quando disse:

— Você pagou uma mixaria... Porque sabia que minha mãe iria aceitar. Nós não tínhamos escolha. Não conseguiríamos tocar os negócios sozinhas.

Marina olhou para ela tentando organizar os pensamentos. O valor que havia pagado pelas terras era justo. Obviamente teve negociação, nunca havia comprado terras ou animais pelo preço inicial que o dono solicitava, mas dizer que era uma mixaria...

Porém, naquele momento, outra coisa era mais importante:

— Você é filha de Olga Oliveira?

Marina se lembrou da assinatura que estampava o documento que tanto custou para conseguir, pois o marido dela estava irredutível no começo.

Os olhos de Clara estavam marejados quando ela confirmou:

— E Carlos Oliveira.

Marina olhou para Saulo. Ele estava pálido. Disse para Clara, mas com os olhos fixos nele, desejando imensamente que fosse apenas um mal-entendido, e não o que ela estava começando a desconfiar:

— O seu pai morreu por causa de um infarto.

Saulo baixou o olhar. Buscou apoio em uma parede e recostou o corpo, enquanto sua respiração se alterava.

Clara rebateu Marina:

— Não. O meu pai foi assassinado com quatro tiros quando saía de casa... Na frente da minha mãe.

A conversa foi interrompida quando Saulo escorregou na parede até o chão, visivelmente arfando, com a mão no peito.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Capítulo 25:
Lea
Lea

Em: 02/09/2023

Eita,que reviravolta. Então Marina não tem nada haver com a morte do pai dela!


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 02/09/2023 Autora da história
Será que Clara estava enganada esse tempo todo?


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 27/07/2023

É isso aí Clara joga as verdades na cara de Marina. Ansiosa pelo próximo espero não infartar kkkkk


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 03/08/2023 Autora da história
hahahah acho que você não vai...


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