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Os Gutierrez por gutierrezfamily

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Palavras: 2929
Acessos: 1188   |  Postado em: 23/07/2023

Notas iniciais:

Algumas falas estão em espanhol. Como regra do site, foi colocada a tradução logo embaixo da fala, entre parênteses. Boa leitura!

Capitulo 3 - Ventura

Após mais um final de semana que poderia ser considerado típico, a caçula da dinastia Gutierrez se encontrava em um hotel 5 estrelas em Buenos Aires em plenas seis da manhã de segunda-feira. Como de costume, demorava um pouco para se habituar. Observou ao redor, e ao seu lado viu o que parecia ser uma famosa atriz argentina. Continuou vistoriando o quarto, e também viu Ayla jogada no sofá. Fillipo estava no chão, coberto em vômito. 

 

- Onde está a Dani?? – Perguntou Luiza, começando a se desesperar. – Gente, não estou achando a Dani!! 

 

- Calma, Lu. Entregamos a Dani na casa dela ontem à tarde, antes de virmos para cá. Não se lembra? 

 

- Ah... verdade. Onde estamos mesmo? 

 

- Estamos en el Hotel Faena. – A influencer, ainda acordando, respondeu. 

(Estamos no Hotel Faena.) 

 

- A gente...digo, ¿nosotras...? – Luiza fez um sinal com a mão, questionando se havia acontecido algo entre as duas. 

 

- No, no...- A atriz riu. - Si hubiéramos hecho algo, lo recordarías, eso es seguro. 

(Não, não. Se tivéssemos feito algo, você lembraria, tenho certeza.) 

 

- Erh...tu nombre es Valentina, ¿no? 

(É… seu nome é Valentina, não?) 

 

- Yanina. Valentina era el nombre de mi personaje en la telenovela.  

(Yanina. Valentina era o nome da minha personagem na novela.) 

 

- Ah claro, claro. Desculpa. – Luiza olhou no celular. – Droga, tenho que estar em São Paulo daqui a pouco e estou com 1% de bateria. Ayla, pode me emprestar seu celular? Preciso ligar para o piloto. 

 

- Garota, você precisa de um banho. Isso aqui está cheirando a whisky regurgitado. 

 

- Não é ela. Sou eu. – Filipo se levantou do chão.  

 

- ¿Vas a volver a Brasil ahora? ¿Puedes darme un paseo? Tengo que estar en São Paulo por la tarde para firmar un contrato. 

(Você vai voltar para o Brasil agora? Você pode me dar uma carona? Tenho que estar em São Paulo à tarde para assinar um contrato.) 

 

- Podemos sim. – Respondeu Luiza. – Espera, é você que vai fazer aquela série brasileira de ação, não é? 

 

- Sí, soy yo. Es un remake de una serie norteamericana, en la verdad. 

(Sim, sou eu. É um remake de uma série norte americana, na verdade.)  

- Agora me lembrei! Estávamos no mesmo clube e eu te chamei para um after aqui no hotel. Você viu que éramos brasileiros e tentou treinar português conosco. 

 

- Pero mi portugués es péssimo y estábamos todos borrachos... 

(Mas meu português é péssimo e estamos todos embriagados…) 

 

- Se você quiser, quando estiver lá em São Paulo podemos sair mais vezes para você treinar o idioma... – Luiza arriscou. 

 

- ¡Me encantaria! 

(Eu adoraria!) 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

 

Com uma dor de cabeça excruciante, Luiza conseguiu chegar a tempo ao escritório para seu café diário com sua mãe. 

 

- Que cara é essa, filha? Você lavou o rosto de manhã? Temos uma reunião com o pessoal da Ventura daqui a pouco. 

 

- Ventura? O serviço de streaming? Você não me falou nada que teríamos uma reunião com eles hoje! 

 

- Eu coloquei na nossa agenda partilhada, está aí no aplicativo. 

 

- Você sabe que eu nunca checo isso, mãe. 

 

- Pois deveria começar a checar. 

 

- E sobre o que é essa reunião? Nós vamos comprar ações deles? Nem sabia que tinham capital aberto. 

 

- Eles não têm capital aberto ao mercado. Vamos comprá-los. 

 

 

- Oi? Comprá-los? Como você conseguiu manter isso escondido da mídia? 

 

- Porque nem eles sabem ainda. Eles pensam que essa reunião é para um patrocínio.  

 

- Como você vai comprar algo que nem está à venda? 

 

- Já fiz algumas investigações, estimei o capital, farei uma proposta que irá ao menos fazê-los pensar sobre. 

 

Nisto, o ramal responsável pela segurança tocou no telefone do escritório. 

 

- Sra. Cecília, a srta. Luiza está com a senhora? 

 

- Sim, por quê? 

 

- Tem uma Daniela aqui que quer falar com a srta. Luiza. Tentamos localizá-la no escritório dela, mas nos foi informado que ela está aí. Ela poderia vir aqui no lobby por favor? 

 

- Você conhece alguma Daniela, Lu? 

 

- Conheço sim, por quê? 

 

- Porque seja lá quem for, ela está lá embaixo esperando para falar contigo. 

 

Mesmo estranhando, Luiza interrompeu seu café matinal para encontrá-la. 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

- Hey, está tudo bem? – Luiza questionou, ao encontrar Dani. 

 

- Está sim, só vim devolver a jaqueta que você me emprestou no sábado. 

 

- Eu te emprestei uma jaqueta?! 

 

- Você realmente tem amnésia seletiva quando bebe demais. – Dani riu. – Estava frio, Ayla parecia estar mais preocupada em contar sobre as aventuras dela, e você me emprestou sua jaqueta. 

 

- Nossa, eu realmente não me lembrava. A propósito, por que você não foi com a gente para o resto do rolê? 

 

- Nós viramos a madrugada de sábado em uma balada cujo nome nem sei pronunciar direito, eu já estava exausta e vocês pareciam não se esgotar nunca! Domingo de manhã eu só queria minha cama, um copo de achocolatado quente e um bom sono. 

 

- Entendo... poxa, você perdeu a melhor parte, Ayla decidiu ir para Buenos Aires terminar o fim de semana por lá. 

 

- Ela me contou... ouvi dizer que você ficou com aquela atriz argentina...Yanina? 

 

- Ayla te contou isso? – Luiza ficou sem graça. – Não ficamos, na verdade, ela veio com a gente para uma reunião sobre a nova série dela. 

 

- Aquela nova série da Ventura? 

 

- Isso, aquela nova série da Vent...espera. – Luiza arregalou os olhos. 

 

- O que houve? 

 

- Eu preciso voltar rapidinho para o escritório, você pode me esperar? 

 

- Eu tenho que voltar ao trabalho agora, só vim devolver sua jaqueta mesmo... 

 

- Certo... se você sair mais tarde do trabalho, podemos ir juntas para a faculdade novamente? 

 

- Acho qu- 

 

- Perfeito! Nos vemos à noite então! – Luiza deu as costas e saiu correndo para o corredor. 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

 

- Mãe, o pessoal da Ventura vem para pedir patrocínio para a nova série?! – Ofegante, Luiza retornou ao escritório de Cecília. 

 

- Exatamente. 

 

- E daí você vai oferecer de comprar a companhia toda, mas e se eles recusarem e quiserem somente o patrocínio? 

 

- Não. Meu objetivo é a compra. 

 

- Mas à tarde eles já estarão fechando contrato com os atores, se você negar esse patrocínio pode complicar para eles, não? Acho que eles estão contando com isso! 

 

- De fato, nos últimos tempos eles têm tido algumas dificuldades com patrocinadores. Mas quanto maior o desespero, melhor. 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

 

Lorenzo estava no meio da sua leitura diária de e-mails quando foi avisado da chegada de Erick. Ajustou sua gravata e deu uma olhada no pequeno espelho que ficava na gaveta de sua escrivaninha. Erick também chegou surpreendentemente bem arrumado, de cabelo cortado, camisa e calça social, além de uma pasta com diversos papeis. 

 

- Professor Erick Sanches, que prazer tê-lo aqui. 

 

- O sr. Deputado sabe meu sobrenome? 

 

- Pode me chamar de Lorenzo. E sim, eu pesquisei sobre você. Sua família é de São Paulo, não é? E você se formou lá. 

 

- Isso mesmo. E fiz meu mestrado aqui. Foi no meio do meu mestrado que aconteceu o episódio com aquele militar que me deixou, sem querer, meio famoso. 

 

- Certo, certo. Eu não poderia dizer isso, mas confesso que ri bastante ao ver o vídeo. Ele bem que mereceu. Mas não estamos aqui para falar sobre isso, e sim sobre uma sugestão de projeto de lei do PPBD, correto? 

 

- Correto. – Erick começou a retirar algumas folhas da pasta. – As cargas horárias de matérias de humanas, com as reformas feitas, diminuíram em níveis colossais. Já foi provado que matérias como história, filosofia e sociologia são de extrema importância para a formação do cidadão em seu desenvolvimento dentro da sociedade. Dentro desse projeto de lei, sugerimos a obrigatoriedade de tais disciplinas para o currículo acadêmico e, caso não consigamos, oferecemos opções de incentivo a escolas que se propuseram a reintegrar tais disciplinas. Tal incentivo teria como fundo financeiro 15% do valor estipulado que será obtido pela taxação de grandes fortunas, a lei de sua autoria que foi recém aprovada. 

 

- Fez bem sua lição de casa, professor Erick. – Lorenzo sorriu. – Mas não precisava ter imprimido. Poderia ter trazido um pen drive ou ter salvado na nuvem para me mandar por email. 

 

- Eu fiz tudo isso. Mas imprimi também caso prefira ler em papel. 

 

- Muito obrigado. Eu tenho uma reunião na semana que vem com o Ministro da Educação. Gostaria de participar? 

 

- Está falando sério? 

 

- Sim. 

 

- Eu adoraria! – Alguns segundos de silêncio se sucederam. – Erm...no próximo final de semana estamos nos organizando para ir para São Paulo, na parada LGBTQIA+, vamos fazer um bloco com cartazes contendo dados brasileiros sobre violência contra minorias. Seria muito importante se você pudesse participar desse bloco, deputado. 

 

- Com todo prazer! Já tenho que ir para São Paulo mesmo, e aproveito a viagem. 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

 

No horário marcado, estavam o CEO da empresa de streaming e sua equipe, além dos produtores da série que seria produzida e estava atrás de patrocínio. 

 

- Cecília Gutierrez, a lenda diante dos meus olhos! – Vitor Cunha, o CEO, cumprimentou a empresária com um afável aperto de mão. – Confesso que fiquei surpreso quando fui chamado para uma reunião sobre patrocínio de uma de minhas séries. 

 

- Acredito que esse encontro trará bons frutos até o final. – Disse Cecília, guiando-os para a sala de reuniões com uma mesa farta de quitutes adocicados. 

 

A reunião se iniciou com Pablo Sousa, um dos integrantes da equipe de Vitor e produtor da série, apresentando a sinopse do projeto de série que estava elaborando. Cecília deixou a primeira parte correr sem interferências, como se estivesse disposta a patrocinar. Foi quando finalizaram a apresentação que a magnata se levantou: 

 

- Vitor, Pablo, sei que a Ventura faturou cerca de 250 trilhões no último trimestre, mantendo-se razoavelmente equilibrada. Também sei que vocês não têm capital aberto, mas a empresa apresentou certas dificuldades ao concorrer com o streaming argentino que acabou de sair, com um preço mensal bem mais em conta que o brasileiro e um catálogo páreo. Sei também que a contratação de atores argentinos está fazendo parte de um plano para competir com o crescente das produções dos porteños da Maximus Veritá, e que vocês necessitam de patrocínio para solidificar tal competição. Mas venho oferecer algo melhor. Quatorze bilhões de reais. Dois a mais do que a empresa vale atualmente em receita líquida. 

 

- Quatorze bilhões? – Vitor olhou assustado. – Você quer comprar a Ventura? 

 

- Isso. 

 

- Mas nós não estamos à venda. 

 

- Eu sei. Mas quero comprar mesmo assim. 

 

- Eu realmente não estava esperando por isso... – Vitor engoliu a seco, estava atordoado com tal proposta. 

 

- Converse com a diretoria, com seus assessores. A decisão final é sua. 

 

Luiza acompanhava a reunião atônita. A maneira que sua mãe falava e gesticulava era algo admirável. A equipe de Vitor saiu completamente muda, e o CEO prometeu dar uma resposta dentro de alguns dias. 

 

- Eles vão jogar para 20 bilhões. Anote o que estou falando. – Disse Cecília, quando restavam só ela e a filha na sala.  

 

- Como sabe? 

 

- Não viu os olhos de Vitor brilharem? Ele vai pedir mais, bem mais. Vou chegar até 16 e encerrar as negociações. Ele sabe que não consegue, sozinho, concorrer com o streaming argentino, mesmo com ótimas projeções. E ele também sabe que se eu não conseguir comprá-lo, vou investir na Maximus Veritá, que tem capital aberto, e será o fim dele. 

 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

 

No hospital, enquanto Ana Beatriz evoluía os pacientes em um dos computadores do setor, ouvia uma televisão ligada em um canal de fofoca comentando uma notícia urgente sobre a possível aquisição da Ventura Streamings pelo Grupo Gutierrez. Rapidamente, Ana Beatriz pegou seu celular e ligou para Magdalena. 

 

- Mamãe, você ficou sabendo dessa aquisição da Ventura? 

 

- Fiquei sabendo pela internet, filha. Cecília não me fala mais nada desde o divórcio. 

 

- Mas isso não deveria ser uma decisão conjunta? 

 

- Ela é a diretora e proprietária majoritária do grupo Gutierrez. Quem decide a parte de compras e vendas é ela. 

 

- Entendi. E como está a vida aí no Rio? E a Cláudia? 

 

- Estou bem. A Cláudia está b-espera, como você sabe da Cláudia? 

 

- Fala sério, mamãe. Saiu esses dias em um desses tabloides de baixa qualidade uma foto de vocês duas caminhando na praia. 

 

- Você sabe se a Luiza chegou a ver? 

 

- Se viu, não comentou comigo. Por quê? 

 

- Ela captou quando esteve aqui no Rio, e pareceu bem chateada. Mas como você é mais velha, posso te explicar melhor: eu nunca traí sua mãe. Comecei a me relacionar com ela após Cecília e eu decidirmos nos separar. 

 

- Vou ser bem sincera, eu nunca entendi o término de vocês. Mas ambas são adultas e respeito sua decisão. Se quiser, Dennis e eu podemos ir aí para um brunch, eu vou ter a manhã livre e ele folga o dia todo. Além disso, São Paulo vai estar um caos com a Parada e Dennis detesta bagunça. 

 

- Vou adorar! Avisarei a Claudia e combinamos. 

 

- Perfeito! Agora preciso ir que estão me chamando, acabou de chegar um trauma abdominal aqui. Beijão. 

 

✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧ ✧✧✧✧✧✧✧    

 

 

Já de noite, no horário estipulado, Dani e Luiza começaram o que logo se tornaria rotina de irem juntas à faculdade. Por mais que Luiza tivesse terminado seu trabalho um pouco antes, aproveitou para matar tempo até dar o horário de comprar seus damascos desidratados e dividi-los com a colega no caminho para a faculdade. 

 

- Não me diga que é verdade que sua mãe vai comprar a Ventura? 

 

Luiza apenas respondeu com uma expressão facial e começou a comer os damascos. 

 

- Ah, qual é, não vai me adiantar nada?! – Dani deu um soquinho amigável no ombro de Luiza. 

 

- Estamos em negociações ainda... eu sei tanto quanto você. Não sabemos o que vai ser até o CEO da Ventura dar sua resposta. 

 

- Entendo...e o resto do seu dia, como foi? 

 

- Meu dia? – Luiza estranhou a pergunta, que geralmente era feita apenas por sua terapeuta. 

 

- Sim...seu dia...? 

 

- Foi tranquilo, acho. Na maioria dos dias, acompanho alguém da diretoria ou vice-diretoria para entender o fluxo de serviços. Quando tem reuniões, eu acompanho, e por aí vai. 

 

- Não vai perguntar do meu dia? 

 

- Ah, desculpa. Eu não estou acostumada com isso. Como foi seu dia? 

 

- Escuta essa, uma das vendedoras começou a bater boca com uma mulher que foi lá que a acusou de vender o pacote turístico errado. Só que a mulher esqueceu de ler que no contrato a promoção daquele pacote só valia para datas fora do período de alta temporada. Aí a vendedora teve que me chamar para ler as linhas miúdas que a mulher se recusava a prestar atenção. 

 

Luiza tentava prestar atenção mas se dividia entre olhar para a amiga e olhar para a tela do celular. 

 

- Lu, essa é a parte engraçada, a mulher ficou completamente sem graça porque não leu o contrato, você está permitida a rir, ok? 

 

- Ah! – Luiza acabou rindo, de qualquer jeito. 

 

- Você não achou graça nenhuma né... 

 

- Eu achei sim, achei sim! Eu juro, eu estava prestando atenção, é que eu precisava responder aqui e- 

 

- Com quem você está falando tanto? – Curiosa, Dani foi bisbilhotar a tela do celular da amiga.  

 

- Hmmm, é a atriz argentina? Você vai sair com ela hoje ainda? 

 

- Vou sim... ela está meio chateada porque adiaram a assinatura do contrato da série. Você consegue assinar presença para mim na aula depois do intervalo? 

 

- Na aula da professora Osler? Tem certeza? Ela é bem restrita. 

 

- Ela não está nem aí para a minha presença. Aliás, parece que ela não está nem aí para nada. Uns anos atras ela trabalhava para o Grupo Gutierrez. Ficou três meses lá e pediu demissão sem explicar absolutamente nada. Era vice-diretora adjunta do ramo interamericano. 

 

- Não se abre mão de um cargo desses sem algum motivo. 

 

- Pois é, nunca soubemos. Ninguém nunca soube. Apenas deixou a carta dela e foi embora. Trabalhou um tempo no sul do Brasil e voltou para dar aula na Faculdade. 

 

 

- Ela me parece shady. Olha eu, já estou que nem vocês, misturando palavras em inglês no meio da frase!! – Enquanto Dani ria, Luiza jogava damascos na amiga , em uma espécie de afável retaliação. 

  

 

Fim do capítulo


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