Conflicto
21. Conflicto
- Anjo, eu ainda não acredito que deu tudo certo, muito obrigada por me acompanhar, por todo o seu apoio, você é incrível.
- Você também é meu bem, não precisa me agradecer e admiro a sua coragem. Saiba que senti muito orgulho viu (falou assim que chegaram).
- Que gracinha (comentou com voz melosa e deu nela um forte abraço).
- Mesmo com receio, enfrentamos e é verdade que o amor sempre vence.
- Namora comigo? (Pediu olhando nos seus olhos).
- Sim! Claro que aceito, já estava na hora mesmo de deixar esse quase no passado, dona cautela em pessoa (gracejou e deu risada).
- Minha namorada, é linda, inteligente e engraçadinha.
- Viu só, você ganhou na mega do amor sem nem jogar.
- Sou sortuda, te ganhei e não divido com ninguém. Linda, você se importa se eu tomar só uma taça de vinho, geralmente não bebo nada alcóolico na tua companhia, evito ser uma má influência.
- Relaxa, não me importo, pode beber. Eu te acompanho num suco.
- Que tal enquanto bebemos, podemos escolher um par de alianças.
- Namoro oficial com aliança e tudo. Uau, amor, que noite!
Viram vários modelos e logo entraram num consenso do que mais agradou, todavia, não fecharam, não faziam ideia da numeração.
- Vamos aproveitar que amanhã é domingo e estaremos juntas, para dar um pulinho numa loja, assim não vai ter erro.
- Combinadas! Vida, vou tomar um banho antes de dormir, pode me ajudar com o zíper do vestido, por favor!
- É... eu, que, claro. A... ajudo (respondeu toda sem jeito gaguejando).
- Você gostou mesmo desse vestido (brincou e virou de costas).
- Ficou impecável em você, a mais linda da festa (elogiou).
- Muito obrigada! (Deu um selinho nela antes de ir até o banheiro).
Na sala Coraline suspirou, ficou agitada, até pensou em se convidar para tomarem banho juntas, mas, mudou de ideia rapidamente, já que a outra poderia ficar constrangida e não queria causar nenhum desconforto. Ainda bem que tomou somente uma taça de vinho, tudo que não precisava era de um alvoroço no seu íntimo, resolveu tomar um pouco de água, precisava aquietar aquela quentura que vinha sentindo.
- Calma, tudo no momento e na hora certa (falou consigo mesma).
Muitas emoções para uma única noite, tinha que acalmar o coração.
Já mais tranquila também tomou um bom banho e conseguiu relaxar.
- O quê você está lendo?
- Um dos livros que deve cair no vestibular. Vamos dormir? (Bocejou).
- Sim, minha princesa. Vem vamos deitar.
Deitaram, trocaram alguns beijos e Amaya adormeceu rapidamente. Coraline teve um pouco mais de dificuldade para desligar, ainda estava eufórica, sua mente estava a mil, se estivesse sozinha, facilmente acabaria tendo insônia, já teria levantado da cama para fazer algo até o sono aparecer, porém, não conseguia simplesmente levantar quando estava acompanhada daquela que fazia seu coração pulsar diferente. Rezou, agradecida por aquele dia e finalmente conseguiu dormir.
Preparam o desjejum juntas, comeram e voltaram para cama.
- Até curtir uma preguiça, ao seu lado fica melhor. Amaya, é impressão minha ou você acordou mais pensativa que o habitual.
- Você é boa em me decifrar. Gosto tanto de nós duas juntas, fico tão feliz por ser correspondida...
- Mas, o que te preocupa?
- Não chega ser preocupação, é só que acho importante conversarmos.
- Se arrependeu em ter aceito o meu pedido de namoro? É isso?
- Jamais, não tenho arrependimento e nem dúvida nenhuma sobre isso.
- Ufa, ficaria mal levando um fora teu. Sobre o que quer conversar?
- Lembra quando você me perguntou sobre a minha sexualidade, foi super compreensiva quando expliquei como me sinto...
- Claro, lembro sim e o que tem isso?
- Agora que estamos namorando continua não sendo um problema?
- Estou sentindo que você quer me dizer algo, mas, que está com medo da minha reação. Não é um problema, você está se descobrindo e tudo bem, eu entendo e sei como é todo o processo. Pode ser direta amor.
- Ótimo! Assim não temos problemas com isso e tudo continua fluindo bem. É que assim, além de me divertir com tudo na internet, procuro aprender e muito se fala sobre a exposição do corpo feminino. A minha mãe também me conscientiza muito, sobre tudo na vida, inclusive empoderamento, você é da área da educação, acho que deve saber sobre a luta da mulher preta como corpo político digno de afeto.
- Nossa apesar da sua pouca idade, você é tão maravilhosa e intelectual, aprendo muito ao seu lado minha menina. Estou acompanhando o seu raciocínio e sei que é uma luta árdua. Continue!
- Além de conversar bastante com a minha mãe, tenho a Ana como uma irmã, somos amigas desde a infância, certa vez questionei numa boa, sem julgamentos, gosto do estilo e admiro a coragem dela, perguntei se não era mais fácil para ela lidar com olhares maldosos, por causa da forma que ela se veste, se assim mexiam menos com ela. Foi então que ela me contou sobre todo o preconceito que enfrenta por não ser o dito ‘padrão social' e que tem uma relação diferente com a feminilidade.
- Eu tenho uma aparência, um arquétipo e a forma como gosto de me arrumar, que me favorece perante ao senso comum, ao que a sociedade coloca como padrão e mesmo assim sofri preconceito em casa. Com uma amiga foi ainda pior, ela sofreu muito mais no âmbito familiar, sempre ouviu que mulher de verdade tem que se comportar de forma feminina, nem mesmo permitiam que ela escolhesse as próprias roupas.
- Nossa deve ser horrível. Já procurei até me informar para tentar de alguma forma entender, sei lá buscar explicação, sei que é algo cultural, que tem todo o machismo, por conta da forma que gosto de me vestir, sempre tive cuidado e como mulher preta infelizmente sei que acabo tendo que lidar com assuntos que eu preferia nem pensar, um exemplo foi a discriminação racial que sofri por causa do meu cabelo.
- Minha linda, eu nunca sofri nada semelhante, não tenho nem mesmo o direito de dizer que entendo a sua dor, imagino que seja terrível, fico revoltada com injustiças e preconceitos, você sabe que tem uma aliada.
- Eu sei amor e por isso, me sinto confortável para falar disso contigo, na mentalidade de algumas pessoas cada mulher é tratada de uma forma, não deveria ser assim, a classe social acaba pesando, tratam a mulher branca de um modo e a preta de outro, assim como as lésbicas, tem também outros fatores como a idade, local onde mora, ser pobre, a cruel desigualdade. Eu era bem novinha quando comecei a perceber a forma como olham, na época não tinha malícia alguma e foi um choque, é assustador para uma menina notar que para muitos homens o corpo negro é visto como um objeto, que vulgarizam até a beleza, focam só no prazer e chega ser asqueroso. Espero não começar a chorar e conseguir concluir tudo isso, para que você entenda onde quero chegar.
- Anjo me perdoa se ontem a minha atitude foi um gatilho (disse com preocupação por se tratar de um assunto tão sério).
- Não, fique tranquila, você é muito respeitosa, não causou gatilho nenhum, só acho relevante dialogarmos sobre isso, é algo que me deixa reflexiva. Não quero problematizar e muito menos que isso ocasione entre nós uma rusga, aprendi essa palavra nesta semana no cursinho. Nós estamos tão bem e quero que continuemos assim, por isso, fiquei meio que pisando em ovos antes de iniciar essa conversa.
- Você não gostou da forma como te olhei quando nos encontramos ontem e depois até acabei gaguejando quando te ajudei com o seu vestido, juro que não foi por mal, nem sei o que te dizer. Desculpa!
- Ei não é isso, você está entendendo errado, deveria ter ficado quieta. Sou uma boca aberta. O clima estava ótimo e estraguei tudo.
- Se você não está se sentindo bem com algo tem mesmo que dizer.
- Só que não é sobre nós, é de algo que aconteceu comigo e que foi muito ruim. Já tem um tempo que era para ter te falado disso e agora talvez eu não tenha escolhido o melhor momento, eu só queria superar e esquecer essa história, faz tempo, só que ainda incomoda, sabe quando algo fica martelando na mente, mesmo a gente lutando contra.
- Sei, se eu puder ajudar de alguma forma. Quer desabafar?
- Quero sim e também para esclarecer tudo. Eu gostei da forma que você me olhou, foi ótimo, pode continuar. É muito bom saber que você me deseja, gosto disso de verdade. Fico ainda mais apaixonada.
- Que bom, fico aliviada por saber que não é um problema conosco. Ficaria me sentindo péssima se tivesse feito algo que te decepcionasse. Na festa também não foi né? Te trataram bem, tudo certo?
- Tudo sim, fui muito bem recebida, foi ótimo! Por favor, não me entenda mal, você é tão fofa e especial comigo, me sinto segura ao seu lado, toda atenciosa e gentil. Você é uma pessoa maravilhosa.
- Obrigada! Assim você aquece o meu coração, minha namorada.
- Deixa eu parar de enrolar e ser direta, nunca gostei do pai do Léo, nunca foi por ciúmes. Eu tinha sete anos, quando minha mãe descobriu que estava grávida novamente, foi um baque, quando nasci ela era muito nova, já era complicado cuidar de uma criança e mais uma, ainda mais difícil e o infeliz ruim que só, desapareceu. Melhor seria se nunca mais tivesse voltado. Meus avós sempre a auxiliaram muito, não a abandonaram quando ela mais precisou. Eu sempre quis ter irmãos, adorava ajudar a cuidar dele, você sabe que somos muito ligados, certa vez, ele bem pequeno me viu chorando por causa do genitor dele e sempre tão amoroso comigo, disse que gostava mais de mim do que do pai, ele não entendia muito, mas, estranhava todas as brigas.
Ficou em silêncio por alguns segundos antes de prosseguir.
- Cheguei a pedir para minha mãe se afastar do pai do Léo, quando mais precisamos ele sumiu e quando decidiu aparecer, de início tentou reconquistar a minha mãe, do nada jurou que seria um bom pai e um excelente exemplo de homem. Não sei se foi carência por parte da minha mãe, se tinha sentimentos, algo do tipo, bem estranho a forma como a cabeça dela virou, sempre fomos a prioridade dela, mas, aí do nada uma paixão louca e desvairada, ele fez a cabeça dela e nos mudamos, em resumo foi um pesadelo, pedi para ficar com meu avós, ela não deixou, foi muito difícil, tive que amadurecer a força, por causa das circunstâncias. Fomos morar num lugar bizarro, sempre tinha muita briga, gritaria com os vizinhos, era só confusão. Mudamos para outro local, mas, o problema era ele, independente do lugar. Ver minha mãe sendo submissa e colocando panos quentes nas falhas dele, foi uma das piores partes. Depois de todo o sofrimento finalmente a dona Vanda entendeu que ele não prestava. Quando eles tinham problemas, geralmente a noite, o Léo raramente acordava, eu sempre fui especialista em distrair ele, não queria que ficasse assustado, eu ficava por nós dois (lamentou e uma lágrima escorreu do seu rosto).
- Eu sinto muito, você enfrentar este tipo de situação tão nova.
- Era bom quando depois das brigas o traste sumia, minha mãe me acalmava, fazia chocolate quente, deitávamos juntas, fazendo companhia uma para a outra e ela dizia que tudo ficaria bem, todavia, demorou para realmente ficar. Eu rezava e conversava com a Ana, sempre fomos confidentes uma da outra, nos apoiando e quando nós visitávamos meus avós eu chorava, não queria ir embora, nunca quis arrumar ainda mais problemas para a minha mãe, por isso, nunca contei nada para eles, me arrependo disso, eles poderiam ter auxiliado. Tive que ouvir que eu precisava me colocar no meu lugar, que meus palpites atrapalhavam ao invés de ajudar em algo, eu até comecei a me questionar se era o motivo das brigas, eu ficava tão mal, só queria ficar em paz, sofri tantas vezes calada. Ouvi e senti umas coisas pesadas de embrulhar o estômago, que não desejo para ninguém (lamentou).
- Amaya, já entendi que o teor dessa nossa conversa é muito sério, sei que confiamos muito uma na outra e falamos sobre tudo, imagino que seja por isso, que você está se abrindo comigo, sobre o que você passou e te machucou tanto. Desculpa te interromper, eu só quero ver se estou entendendo, você está falando de importunação sexual, é isso?
Ela assentiu e começou a chorar, Coraline ficou perplexa, sem saber o que dizer e respirou fundo para não acabar chorando com ela, abriu os braços e com carinho acolheu a sua amada num abraço cheio de afeto.
- No início para a minha mãe era só brincadeira, nada demais, coisa de homem, até parecia que ela não queria ver, a forma como ele e seus amigos me olhavam, eu procurava fazer de tudo para não ser notada, mantendo distância, evitava até me arrumar, jurando que resolveria, mas, até de uniforme da escola eu acabava ouvindo comentários asquerosos. Eu nunca dei liberdade, pelo contrário, ficava séria, brava mesmo, me esquivando e fugindo. Poderia ter sido ainda pior, cada notícia triste todos os dias. Eu ouvi coisas ruins, infelizmente teve até passada de mão e só de lembrar fico com agonia, credo era invasivo. Durou quase uns três anos e no começo eu ainda era só uma criança, sendo assediada, totalmente bizarro e quem comete esse tipo de violência é mentiroso, se esquiva, transfere a culpa. Péssimo!
- São criminosos, manipuladores e causam muito mal.
- Em uma reunião da escola, uma professora perguntou se a minha mãe não estava estranhando o meu comportamento, calada, retraída, assustada e que antes demonstrava mais felicidade. Explicou que tentou falar comigo, mas, que eu não me abria. Depois, quando tudo já estava resolvido, a Ana me contou que queria me socorrer daquilo tudo e tinha falado por cima com a professora. Ali foi a virada de chave, minha mãe ficou desconfiada e me deixou quase um mês passando férias com meus avós, tudo que eu mais precisava. Quando eu tive que voltar, ela ficou muito mais cuidadosa e vigiando tudo. Foi quando ela flagrou ele espiando na hora que eu estava tomando banho, nem fazia ideia, não sei nem mesmo quantas vezes ele viu, isso eu tinha uns treze, estava quase completando quatorze anos. Pense numa leoa para defender a cria, a minha mãe virou bicho, bateu feio nele, chamaram a polícia, até preso ele foi. Desculpa falar tudo isso assim, mas, eu precisava, é ruim tocar no assunto, só que ao mesmo tempo compartilhar isso contigo me deixou de certa forma mais leve. Entende?
- Claro que eu entendo minha linda, quer que eu faça um chá?
- Não precisa. Agora vamos esquecer tudo isso, são águas passadas.
- Na primeira vez que conversei com a sua mãe e que ela falou que não nos julgava; também comentou sobre ter se apaixonado e citou sofrimento, acho que ela estava falando disso (lembrou).
- Bem provável, ela se sente culpada e eu consegui perdoa-la, as pessoas erram, ela demorou para solucionar tudo, mas, no final ela ficou do meu lado, não me abandonou, me defendeu e me ama.
- E se precisar sabe que pode contar comigo, caso não consiga desabafar e quiser que eu marque uma consulta com uma psicóloga, eu te levo, o que eu puder fazer para amenizar essa dor, eu faço!
- Agradeço! Estou bem de verdade, é que falar sobre isso me abala um pouco ao mesmo tempo que colocar para fora alivia. Sou forte, só que em alguns momentos me derreto toda e está tudo bem, faz parte.
- Sim meu bem, é normal (fez carinho na sua cabeça e deu um selinho).
- Agora que tal seguirmos com o nosso combinado para este domingo lindo, vou lavar o meu rosto e me trocar. Vamos sair e aproveitar bons momentos juntas. Bora ‘sacudir a poeira e dar a volta por cima'.
- Teu alto astral me contagia, tem que ser assim mesmo. Vamos lá.
♡
- Olá! Sejam bem-vindas. Como posso ajudar?
- Oi, nós queremos comprar aliança de namoro (respondeu Coraline).
- Vou te mostrar foto das que gostamos, assim já facilita (Amaya com sua habitual praticidade e com isso já compraram na primeira loja).
Caminharam de mãos dadas pelo shopping, enquanto aguardavam o ajuste e a gravação com os seus nomes. Almoçaram por ali mesmo.
- Amor, quero tirar uma foto, gostei muito, estou feliz.
- Que bom minha princesa, eu também.
Assim que retornaram, tiraram a foto e ficou linda.
- Tão bonita que bate até vontade de postar.
- Então posta.
- Sério? Posso mesmo?
- Não sou mais sua professora e a sua mãe não se opõe. Minha avó é um amor, temos o total apoio dela, até meus pais te conheceram.
- Viu só somos perfeitas juntas, superamos tudo isso. O que as pessoas vão pensar e os comentários maldosos que possam surgir, de boa?
- É só ignorar e continuar sendo feliz. Não surto mais com isso, mais uma coisa que aprendi com você e nós somos livres para demonstrarmos todo o nosso afeto sem medo.
Amaya postou a foto com um emoji de coração e escreveu em espanhol: cariño mío.
Fim do capítulo
Eu ando tão inspirada que nesta semana foram 2 capítulos, que orgulho da May aqui kkk mas, não ando tão de bem com a minha agenda, ela me esculacha, é luta para ter vitória, como boa brasileira que sou não desisto nunca. Seguimos, pois, a meta é finalizar este romance neste mês. E um capítulo longo do jeitinho que as minhas lindas leitoras amam, viu só como valorizo vocês meus xodós. Que tenhamos um final de semana doce e iluminado!
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HelOliveira
Em: 19/06/2023
Adorando essa fase inspirada...amo capítulo grande....E essa história é tão linda que até mesmo nos momentos ruins das nossas meninas conseguem ser superados rapidinho....pedindo de namoro com aliança e tudo... Caroline se superou......
Obrigada May
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Marta Andrade dos Santos
Em: 16/06/2023
Complicado! muitas crianças sofrem em seus lares onde deveria ser o lugarde proteção muitas vezes acaba sendo o lugar perigoso e apavorante.
May Poetisa
Em: 20/06/2023
Autora da história
Tão triste né quando me deparo com notícias assim fico revoltada, para que tanta maldade? Criança ter que ser protegida e bem cuidada sempre.
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Lea
Em: 16/06/2023
Amaya sofreu e não foi pouco. Felizmente algo muito pior não aconteceu com a Amaya.
É triste e revoltante pensar que, crianças, adolescentes e mulheres sofrem com esses tipos de violências.
Boa noite, May!
Tenha um ótimo final de semana!
May Poetisa
Em: 21/06/2023
Autora da história
Lea, questões assim são tão tristes e infelizmente acontece muito, revolta mesmo, fico indignada. Você citou quem mais sofre com violência doméstica de acordo com os números e relatos, queria que fosse diferente, que amor e a compaixão imperassem, o ser humano precisa melhorar e evoluir muito. Boa noite! Beijos e abraços!
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May Poetisa Em: 20/06/2023 Autora da história
Hel, também adoro ficar inspirada e continuo assim, só falta tempo para conseguir redigir, estou super animada com essa reta final. Sim, ela se superou muito, evoluiu, é o amor falando mais alto. Eu que agradeço pela companhia. Beijinhos!