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Diga meu nome por Leticia Petra e Tany

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Palavras: 4678
Acessos: 2116   |  Postado em: 11/06/2023

Capitulo 36 - Final - Parte 1.

Dois anos depois.

— Tá doendo? – A voz carregada de tesão me fez ficar arrepiada.

Mordi a coberta com mais força, aliviei a pressão.

— Sim, mas não para... – Antonella me fez arquear um pouco mais a perna. — Desse... jeito.

      A dor aos poucos se transformou em prazer, deixando impossível segurar o gemido e eu não queria segurar. Passei a mover o quadril, buscar mais contato, mais intensidade. A mão de Antonella buscou a minha, fechei os olhos sentindo o ritmo ficar mais rápido, as estocadas mais fundas.

— Forte, mais forte...

Implorei e fui atendida.

— Amor, eu... – O meu corpo foi invadido pelo ápice do prazer.

Totalmente e completamente relaxada, o meu corpo estava sensível, dolorido.

— Tudo bem? – Minha noiva beijou as minhas costas, deitando totalmente sobre mim.

— Sim, tudo maravilhoso... – A minha voz saiu baixa, a minha respiração estava irregular.

      Antonella retirou o dildo, me abraçou pelas costas. O seu corpo suado se moldou ao meu, as nossas respirações em sincronia. Eu adorava, amava senti-la grudada na minha pele suada depois de termos nos amado. Senti algo deitar na cama, nem precisava ver para saber de quem se tratava.

— Você a acostumou mal, amor. – Antonella riu.

— Deixa ela dormir com a gente. – Ouvi o ronronar da bichana.

— Vocês duas sempre conseguem o que querem. – Antonella me apertou contra si.

— Você a ama, que eu sei... – A bola de pelos miou.

— Você venceu essa... – Me virei para olhá-la. — Se tem uma coisa que amo é ver você assim depois de fazermos amor.

— Assim como? – Ela tocou o meu rosto, passou o polegar sobre o meu lábio inferior.

— Cabelos bagunçados, lábios inchados, fica tão sexy. – Antonella sorriu. — Tão linda e toda minha.

— Completamente sua...

      Busquei pelos lábios da minha deusa, com fome. Os nossos corpos se encontraram outra vez, os nossos seios se comprimiram em um toque delicioso. A essas alturas a bichana já havia deixado a cama. Antonella encaixou o seu sex* sobre o meu, segurou uma de minhas pernas.

Eu amava vê-la naquela posição, amava o balanço dos seios, o cabelo enorme jogados para o lado, um pecado.

— Amor...

O gemido estrangulado me tirou o juízo, segurei por sua coxa, me movi no ritmo imposto por ela e segundos depois o meu corpo conheceu o paraíso.

— Eu te amo, minha linda. Te amo, te venero, te quero... – Antonella me beijava a cada palavra.

Aspirei o ar com calma,

— Eu te amo mais que tudo, meu amor. Tanto, tanto, tanto...

Beijei a delicada aliança em seu dedo.

— Nosso dia vai chegar e eu mal posso esperar...

— Vai ser lindo, exatamente como planejamos. Tô feliz, Ana, tão feliz...

Me aconcheguei a ela.

      Iria casar, iniciar a minha própria família. Quando que iria imaginar algo assim? A minha vida fazia sentido, tinha um rumo e uma mulher espetacular que em breve seria a minha esposa.

 

      Depois da faculdade, decidi passar na casa dos meus pais. Fazia mais de duas semanas que não vinha. Estava na metade do caminho rumo a formação e confesso, durante o percurso me apaixonei pela medicina. Deixou de ser algo para agradar os meus pais e virou um grande prazer. Tudo que aprendi até aqui me fez entender o amor do meu pai e da minha irmã.

— Olha só, Joaquim, olha quem resolveu aparecer. – Minha mãe veio até a mim, me abraçou forte.

      Fechei os olhos por alguns segundos. Fazia mais de três anos que minha mãe e eu tínhamos uma ótima relação, mas ainda assim, os abraços demorados me faziam sentir como se fosse a primeira vez. Já havia perdido as esperanças no passado, entretanto, quando aconteceu foi como se um pequeno vazio se preenchesse. Somente naquele momento da vida que percebi que não era tão pequeno assim.

No fundo, eu podia não admitir na época, eu estava buscando por esse amor que tenho agora.

— Ana, você precisa vir nos ver com mais frequência. – O meu pai me abraçou.

— Duas semanas sem vir, Ana. – Fui em direção a uma bandeja cheia de biscoitos.

— Vocês estão certos, me desculpe. A faculdade tem exigido muito... – Sentei o banco do balcão e os encarei. — O que foi?

Eles me encaravam com um sorriso.

— A gente tem tanto orgulho da mulher que se tornou, filha. – Dona Telma fez os meus olhos arderem.

Coloquei o biscoito na bandeja.

— É tão bom ouvir isso...

— Que orgulho, minha menina, que orgulho. Minha médica, eu e a sua mãe temos um presente pra você. – Ele me entregou um envelope. — É um presente de casamento adiantado. Só abre no dia do casamento...

Sorri, pois lembrei do presente do casamento da Lara.

— Uma viagem pra Europa?

— Não tente adivinhar, filha.

— Toc, toc...

Olhamos para trás e Lara entrava na cozinha.

— Você não deveria tá andando por aí. – Fui até ela.

— Parem de me tratar como se eu fosse uma doente. – Peguei sua mão e a conduzi até a cadeira.

— Sua irmã tem razão, Lara...

— Yasmin sabe que você tá andando sozinha? – O meu pai entregou um copo com leite a ela.

— Não, a Yas tá pirando. Quanto mais perto fica do parto, mas agitada ela fica. Falta quatro meses, ainda tem muito tempo.

— Ainda assim, menina, não pode. Como você veio?

— Uber, mãe...

— Com um desconhecido, Lara? – Dona Telma colocou as mãos na cintura.

— Eu tô bem, a Antonella disse a vocês que ele tá bem. Parem já com isso! – Lara cruzou os braços. — Eu precisava sair um pouco de casa.

— Vamos pro jardim, você precisa de ar. – O meu pai levou a minha irmã.

— Filha, os brinquedos que você comprou, eu os arrumei. Venha ver...

      Minha mãe envolveu o meu braço, deixamos a cozinha rumo ao segundo andar. Chegamos ao quarto que foi decorado com muito carinho para Miguel. Os brinquedos estavam todos em prateleiras, havia um berço branco. As paredes estavam pintadas de azul bebe. As cortinas brancas, a cômoda, tudo muito organizado e bonito.

Escolhido por nós.

— Estou ansiosa pra chegada dele. – Peguei uma pelúcia dada por Rafaela.

— Também... – Minha mãe tinha lágrimas nos olhos. — Meu primeiro neto.

— Tenho algo pra contar. – Sentei na poltrona bege. — Lembra da pergunta que me fez? Sobre filhos?

Ela ergue as sobrancelhas.

— Sim, filha...

— Antonella e eu conversamos, depois do casamento queremos adotar uma criança. – Esperei por sua reação. — Como a senhora sabe, a Antonella não quer ter um filho biológico por conta da idade, os riscos... e bem, queríamos esperar até depois de me forma pra eu gerar...

Estava nervosa.

— Então, ao invés de dois netos, vou ter três? – O seu sorriso foi a calma que eu precisava.

— Sim, exatamente assim...

— Filha, eu acho a ideia maravilhosa. Posso ir aos orfanatos com vocês? – Dessa vez quem abriu um largo sorriso foi eu.

Os meus olhos lacrimejaram, tentei disfarçar, mas não consegui.

— Tá chorando por que, filha?

— Só felicidade, mãe. – Ela me abraçou.

— Obrigada pela segunda chance, filha.

      Sentamos no carpete macio, ela pegou outros presentes que havia comprado. Conversamos, fizemos planos e combinamos de pegar no pé de Lara até o nascimento. Foi difícil, sabe, perdoá-la, deixar para trás tudo o que Lara e eu passamos, porém, foi a melhor coisa que fiz. O alívio, os momentos que vivemos até aqui.

Valeu a pena...

 

      A ala da pediatria estava cheia, entretanto, muitas crianças ganharam alta naquele dia e isso me deixava extremamente feliz. Dei uma pequena pausa para comer algo, mandei mensagem para Ana, conversávamos sobre a teimosa da Lara.

Olhei para a aliança de noivado, foi um dia tão maravilhoso.

— Doutora, posso lhe fazer companhia? – Hugo estava com uma bandeja em mãos.

— Claro, doutor ruivo, senta aí. – Ele parecia de bom humor.

Ele estava sempre de bom humor, na realidade.

— Posso saber o motivo desse sorrisão?

— Tomas e o Lipe estiveram aqui a pouco.

— Por que não me avisou?

— Você estava bem ocupada. Ele perguntou por você, perguntou pela madrinha.

— Estou devendo um final de semana a meu afilhado. – Hugo riu.

— Ele vai te cobrar, aquele menino não esquece nada... – Sim, o meu afilhado era muito bom em cobrar promessas. — Você e a Ana, vocês têm planos para filhos?

— Queremos adotar, estamos nos planejando. Depois do casamento, a gente vai entrar com o processo. E depois que ela terminar a faculdade, desejamos outro filho.

— Eu admiro vocês duas, sabe... – Hugo sorriu. — Minha mãe outro dia comentou o quanto achava fofa a relação de vocês. Sempre cheia de companheirismo, cheia de risadas... vocês quando se juntam fazem a gente rir bastante.

— Eu amo a Ana, não me vejo sem ela. No início, fiquei muito preocupada com a diferença de idade e também com medo...

— Medo dela te deixar?

— Sim, exatamente isso. Vou envelhecer antes dela, então me sentia insegura, mas ela arrancou esse medo. Ana faz questão de me mostrar todos os dias que o seu amor não é frágil ou passageiro...

— Ter convivido com ela desde a adolescência pesou?

— Sim, pesou bastante. Parecia que estava fazendo alguma coisa errada, sabe, demorou um tempo até esse sentimento desaparecer. Ana é a melhor parte de mim, não imagino nada diferente do que é agora...

— Essa expressão apaixonada, com toda a certeza deve estar falando da Ana. – Rafaela surgiu ao nosso lado.

— Acertou na mosca.

— Vocês viram a Nick? Já procurei em todo terceiro andar.

— Ela tá na ala da pediatria.

Rafa franziu o cenho.

— Há um menino, ele é meu paciente. Alguém o abandonou no estacionamento, sua noiva o encontrou.

Rafa suavizou a expressão.

— Posso ir até lá?

— Claro que pode!

— Obrigada. – A loira sorriu.

Rafa deixou a lanchonete.

— Sinto pena dessas crianças, vão crescer se perguntando o porquê de a terem deixado. – Hugo parou de comer. — Nem consigo imaginar a minha vida sem os meus meninos...

— Nem todos tem um bom coração.

 

      Cheguei em casa depois da meia noite, entrei no quarto evitando fazer qualquer mínimo barulho. Ana dormia profundamente e ao seu lado Luli. Era a coisa mais maravilhosa que existia, não havia nada mais perfeito e prazeroso. Fui para o banheiro e quanto a banheira enchia, fui tirando a roupa. Deitei sendo envolvida pela água morna. Um deletei total, tão relaxante que fechei os olhos por alguns segundos.

— Fiz risoto, tá no micro-ondas... – Abri os olhos ao ouvir a voz da minha mulher.

Ela já se despia, entrou na banheira e se acomodou em meus braços.

— Não queria te acordar... – Beijei o ombro nu.

— Quero ficar um pouco acordada com você, não te vi o dia inteiro. – Aspirei sei cheiro, a apertei contra mim. — Como foi seu dia?

Sorri.

— Um menino foi deixado no estacionamento...

      Passei a narrar cada momento daquele dia e depois Ana fez o mesmo, me contou da visita a casa dos pais e da teimosa da Lara que apareceu por lá. Depois de quase uma hora ali, nos enrolados no roupão e deixamos o banheiro. Sequei os poucos fios molhados e deitei, com Ana beijando o meu pescoço, nos encaixando em um abraço. Nossas peles se tocavam, matando a saudade daquele longo dia. Não fizemos amor, apenas ficamos daquela maneira até dormimos.

 

      Tirei aquele dia para resolver algumas coisas sobre o casamento, os meu pais estavam eufóricos, mesmo faltando meses para a cerimônia. Chegamos a uma chácara há pouco mais de uma hora de BH. Ana não veio, segundo os meus pais, é para ser uma surpresa.

Adentramos os portões de madeira e havia um caminho extenso com árvores até uma casa de dois andares.

— Nossa. – Olhei ao redor e não tinha nada de pequeno. — Ana vai ficar encantada.

— Sabia que iria gostar, filha. Ainda tem muito mais, vem...

      Eles me levaram para ver a parte de trás, havia um jardim, uma piscina enorme, a vista também era magnífica. Sentamos em um banco, a minha mãe falava empolgada o que poderia ser feito, como poderia ser feito.

Nada na vida me preparou para aquele momento.

— Tá chorando, filha? – Meu pai me fez olhá-lo.

— Eu só estou muito... sensível.

— Que felicidade te ver assim, filha. Desculpa se estamos sendo exagerados...

— Não, mamãe, não estão. Eu estou feliz por vê-los tão empolgados.

— Antonella, perdemos uma grande parte da sua vida. Não sabe o quanto morro de vergonha quando me recordo do quanto fomos horríveis. Deus, se eu pudesse voltar atrás, faria tudo diferente. Você foi uma menina tão boa, sempre tão obediente...

Minha mãe chorava.

— Hoje eu entendo, entendo... – Aspirei o ar com calma. — Você e o papai tiveram pais ausentes, tiveram uma criação difícil.

— Ainda assim, Antonella, nada justifica o que te fizemos passar. Vou passar todos os meus dias te compensando. Nada de coisas caras, de viagens, mas sim todo o amor que você merece...

Ri de nervoso, enquanto as lágrimas desciam por minha face.

— Vocês não estão facilitando... – Enxuguei o meu rosto.

— Vamos ver mais da chácara, o proprietário disse que há capacidade pra trezentos convidados...

— Mãe, não vai ter tudo isso de gente...

— Te disse, mulher... – Não contive o riso.

— Ai, homem, não custava nada mencionar...

      Continuamos a exploração e eu podia ver perfeitamente tudo se desenhando, as flores que Ana disse que adoraria que tivesse. Espalhadas por todas as partes, as pessoas que amávamos se divertindo, vivendo o momento que esperávamos com tanto afinco.

— Ela vai amar...

— Vamos, filha? Queríamos jantar com você e a nossa nora.

— Sim, é uma ótima ideia.

— Vou ligar pra ela...

Minha mãe pegou o celular.

      Ela e Ana se davam muito bem, as nossas famílias viraram ainda mais próximas. Definitivamente, jamais cogitei nada disso. Era como viver um sonho, mas é real. A minha realidade.

E eu não podia estar mais feliz.

 

 

      A casa estava cheia, as risadas preenchiam cada cômodo da nossa casa... nossa casa, é tão bom dizer isso. Soa bem. É tão bom ter algo, ter uma família, um lar. Por muito tempo me senti impedida de ser feliz, eu mesma me coloquei nessa posição, vejo isso com muita clareza agora. Se a Yas não tivesse voltado a BH, se a disputa pela direção do hospital não tivesse acontecido, se eu não tivesse saído naquela noite e batido nessa porta, não estaria vivendo nada disso.

Eu não a teria.

      Quantas vezes já agradeci aos seus céus por esse raio de sol que invadiu os meus medos, encheu a minha vida com o seu jeito perfeitinho, suas broncas, o seu amor. Ainda me parece um sonho acordar e ver a cabeleira loira espalhada pela colcha, depois de termos feito amor na madrugada.

Aquela linda mulher... bem diante de mim.

— Seu favorito. – Meu sogro me entregou um copo com suco de abacaxi.

— Obrigada. – Levei o copo a boca, o meu paladar adorou.

— Por que tá aqui sozinha? – Ele empurrou meu ombro de leve.

— Estava só... – Aspirei o ar com calma.

— Admirando a minha filha? Faz três anos que você está em minha família, você continua a olhar para tudo com esse brilho. – O encarei. — Sabe, filha, você trouxe a minha menina de volta. Não contei antes, mas houve uma vez em que a minha menina chegou em casa, ela parecia apavorada.

Foquei toda a minha atenção nele.

— Ela me dizia, papai, eu gosto dela e não sei o que fazer. – Olhei rapidamente para Rafaela, que estava na cozinha com dona Marta.  — Eu tenho medo...

Rafa nunca havia me dito aquilo.

— Quando vocês duas apareceram na festa com aquele olhar uma pra outra, eu fiquei feliz. Fui com a sua cara logo no primeiro segundo. Você é uma menina tão boa, faz a minha Rafa feliz.

Os meus olhos lacrimejavam.

— O senhor tem o dom de me fazer chorar... – Ele sorriu.

— Trate de casar logo com a minha filha, esse velho precisa de netos...

Ele me abraçou pelos ombros.

      Durante esses três anos, ele fez questão de me incluir em tudo, me ligava com frequência e me chamava para todos os programas familiares. Foi estranho a princípio, mas com o passar do tempo, aprendi a aceitar todo o amor que eles me davam.

— Eu amo o senhor. – Fiquei de pé e beijei a testa do meu sogro.

Ele pareceu ficar surpreso, mas depois sorriu.

— Você me pegou, menina...

— Pensou que só o senhor é bom em me fazer chorar?

— O almoço tá pronto. – Dona Marta chamou.

— Vamos, meu velho, tá na hora de comer... – Ele riu.

       Rafa e eu passamos a tarde inteira no quarto, tínhamos um combinado silencioso de, ao menos uma vez na semana, assistimos filmes e passar um tempo somente nós duas, já que o nosso dia a dia era corrido.

— Como não assisti esse antes? – Ela comentou. — Amor, você não tá prestando atenção no filme.

Rafaela me encarou.

— Desculpa, mas é que... – Toquei os fios loiros, a pele pálida. — É bom te olhar.

— Seus sogros estão a um cômodo de distância, Nicole. – Segurei o riso.

— Não estava pensando nisso, mas já que você deu a ideia. – Me joguei por cima dela, a fazendo soltar um gritinho. — Como você é linda...

Rafa sorriu e aquele frio gostoso me visitou.

      Encostei os meus lábios nos dela, sem movê-los. Pude sentir as mãos quentes em meus braços, o corpo que eu amava amar. Alterei a minha respiração de propósito, pois sabia os seus efeitos sobre a minha mulher e foi de imediato. Rafa aprofundou o beijo, abandonou a calmaria e me beijava com paixão, tesão.

O meu corpo inteiro vibrava.

— Tira... – A voz carregada de excitação me pediu.

Tirei a blusa sob o seu olhar atento, depois o sutiã, ficando despida da cintura para cima.

— Eu os adoro... – Ela tocou os meus seios, brincou com os mamilos eretos.

— E eu adoro quando eles estão na sua boca. – A forma como Rafa me olhou, fez com que o meu sex* latejasse.

      Segurei na cabeceira da cama, segurando os gemidos de prazer, enquanto ela devorava o meu colo. O meu sex* estava encharcado. Interrompi o ato, beijei a sua boca com voracidade, para em seguida começar a tirar a sua roupa.

Aquele pedaço de roupa.

— Céus, como você é linda...

Não consegui me segurar, toquei os seios de bicos rosados com a minha boca, explorei cada um como mereciam, enquanto ela se retorcia embaixo de mim.

— Por favor... – Ela me implorou e eu entendi imediatamente.

— Por favor o que? – Me posicionei entre suas pernas.

— Por favor, amor, me ch*pa...

E eu jamais a negaria, passei a língua sobre o seu íntimo, a segurei pelos quadris. Rafaela soltou um gemido mais alto, mas logo se conteve. Ela passou a se mover contra a minha língua, cada vez mais exigente, a penetrei com dois dedos, tive o meu cabelo segurado com força.

— Nick...

Aquele apelido me tirou o pouco de controle, acelerei os movimentos, a ch*pava com mais rigor.

— Por favor, por favor...

      Rafa se desmanchou em meus dedos, em minha boca. Deixei um beijo demorado sobre o sex* sensível, sentei para admira-la de olhos fechados, lábios entreabertos, uma verdadeira obra de arte.

Minha obra de arte, minha mulher, minha noiva...

 

— Você está indo super bem, pequeno. Logo vai poder deixar esse lugar...

— Ele é lindo...

— Tão pequeno e tão cheio de força. – Olhei para o meu irmão. — Ele é um grande vitorioso.

— Vai adotá-lo? – Me afastei do berço.

Sim, eu queria muito.

— Te daremos todo o apoio. Vai ser muito legal ser tio... – Ele me empurrou pelo ombro.

— Tenho muito a pensar, ainda falta a polícia concluir o caso. Eles irão atrás de qualquer parente antes de deixá-lo ir pra adoção. Não sei se tenho jeito pra coisa, sabe...

— Tem um pouco de vontade aí?

— Sim, tem muita vontade aqui...

— Então você já está na metade do caminho. Converse com a sua noiva...

— Voltei... – A minha mãe entrou na sala. — Trouxe pra ele.

Ela entregou o chocalho a Benjamin.

Um filho, uma criança sob os meus cuidados, eu teria competência? Eu deveria deixar as minhas incertezas ao menos por um momento e fazer o que o meu coração mandava.

Caramba, um filho...

 

      A ala pediátrica estava cheia, muitas crianças haviam nascido nos últimos dias. Podia ouvir o choro, mas também a alegria dos pais que ali estavam. Sentei em uma cadeira próximo a sala de Antonella, Nicole havia ido buscar o pequeno no berçário. Desde o primeiro dia que o vi, senti uma sensação diferente. Os olhinhos cor de mel me fizeram sentir um aperto no peito, uma vontade de pegá-lo nos braços e o proteger do mundo. Ele é tão frágil, tão minúsculo e tão novo já terá que carregar um fardo tão injusto.

O de ter sido abandonado pela mãe.

— Desculpa a demora, filha, o Kevin errou o endereço. Não sei como conseguiu errar o endereço...

— Eu nunca vi até aqui dirigindo, mãe. – Meu cunhado rolou os olhos.

— Tá tudo bem, faz poucos minutos que cheguei. A Nicole foi buscá-lo.

— Sua sogra é...

— Sou o que, Kevin? Hein? – Os dois viviam naquele embate.

Kevin adorava provocá-la, ele vivia fazendo a mãe ficar irritadíssima.

— Vocês estão brigando outra vez?

Nicole apareceu na porta com o pequeno nos braços.

— Ah, me dê esse lindão aqui. – Paola pegou o pequeno, que chamávamos de Benjamin.

— Oi...

Nicole me abraçou pela cintura.

— Oi...

— Aí, vocês se veem todos os dias, tem que ser essa melação toda vez?

— Menino, cala essa boca...

Acabei rindo, não havia como ficar séria perto daqueles dois.

— Filha, alguma notícia sobre os pais? – Minha sogra perguntou. Me aproximei do pequeno, ele brincava com o cabelo de Paola.

— Não, até agora a polícia não soube de nada e não conseguiu identificar quem o trouxe...

— Ei, Ben... – Os olhinhos atentos focaram em mim. — Você tá tão fofo nesse macacão. Você gostou dos brinquedos?

Paola o colocou em meus braços.

Na primeira vez foi estranho, eu não sabia como segurar uma criança tão pequena.

— Você é lindo, meu amor...

— Oi, família. – Antonella apareceu. — Oi, garotão.

O pequeno fez um barulho, parecia reconhecer a sua médica.

— Tenho algumas notícias pra vocês. – A morena ficou séria.

— O que aconteceu?

— O conselho tutelar ligou, eles irão levar o Ben amanhã de manhã. A polícia não conseguiu nenhuma informação sobre ele. – O meu coração apertou, olhei para Nicole.

— Então irei ao conselho tutelar hoje mesmo dar entrada no pedido de adoção. – A minha noiva olhou para ele. — Rafaela e eu conversamos muito, temos uma carreira consolidada, uma casa, temos o mínimo pra oferecer a ele. Temos também muito amor.

— Isso não vai faltar, ele já é muito amado. – Complementei.

      Fiquei relutante no início, eu não tinha a certeza se queria tamanha responsabilidade, é uma vida, vida essa que dependeria totalmente e completamente de nós. Entretanto, a cada vez que vinha até aqui, todas as vezes que o pegava nos braços, a necessidade de cuidar dele parecia tão clara.

Seria um desafio, mas eu estava disposta a aceitá-lo.

— Que notícia boa, filha. Eu finalmente vou ter um neto... – Paola beijou o topo da cabeça de Ben.

— É uma ótima notícia, meninas. O Ben vai ser muito feliz com vocês e se me permitem, eu quero muito ser a madrinha dele. Eu amo esse pequeno e quero participar da vida dele.

— Vai ser maravilhoso te ter como madrinha dele, Antonella. – Falei.

— Não sabem o quanto estou em paz em saber que ele vai ganhar uma família tão incrível. Não, pequeno?

 

     Deixamos o hospital direto para o conselho tutelar, fomos bem atendidas e depois de preencher inúmeros papeis, demos entrada no processo de adoção do Ben. Demoraria um pouco, mas estávamos dispostas a esperar o tempo que fosse necessário. Fui a casa dos meus pais dar a boa notícia e eles fizeram festa.

O que eu já esperava.

— Temos que prepara um quarto pra ele aqui. Estava pensando no quarto ao lado do nosso, querido...

— Podemos ir comprar algumas coisinhas, querida. Vou comprar um macacão do Cruzeiro e...

— Eles esqueceram da gente aqui. – Nicole sussurrou em meu ouvido.

Os dois conversavam como houvéssemos deixado de existir.

— Vamos pra casa? – Perguntei.

Olhamos para os dois que agora brigavam por qual time Ben deveria escolher.

— Vamos sim. – Nicole riu.

      Deixamos a casa dos meus pais, durante a viagem, Nicole ligou para Pedro e contou de nossa decisão. Contaria a Yas assim que chegasse em casa, ela foi uma das pessoas que me apoiou e me deu o empurrão certo.

 

      O quarto que escolhemos para decorar, aquele que seria de Ben, estava todo arrumado e o que não faltou foram madrinhas para ajudar. Cada parte do cômodo havia algo dado por elas.

E ficou lindo.

— Senta aqui... – Nicole bateu em sua coxa.

Fui até ela e sentei, sendo envolvida pela cintura. As meninas já haviam ido embora.

— Obrigada por aceitar essa jornada, meu amor. – Mirei em um ursinho dado por minha mãe.

— Não está sendo nenhum sacrifício. Eu o amo e quero que ele tenha todo o suporte do mundo.

— E ele já tem... – Sim, e como ele tinha. — Uma verdadeira equipe.

Rimos.

— Yas já está fazendo mil e um planos de como Ben e Miguel serão amigos. Acredita que ela já escolheu até mesmo em qual escola vão estudar?

Gargalhamos.

— A Yas tá pirando e tá quase deixando a Lara maluca também.

— Coitada da Lara...

Rimos mais ainda.

— É um pouco assustador, não é? – Me aconcheguei a ela.

— Sim, em breve teremos uma vida em nossas mãos. Eu nunca esperei que algo assim acontecesse.

Me ajeitei para olhá-la nos olhos.

— Antigamente, eu pensava que a minha vida seria apenas o profissional, era tudo o que importava. Ser bem sucedida, mostrar a todos que eu conseguiria, viver de aparências. Nada nessa vida me preparou pra tudo que estou vivendo agora...

Os olhos que eu amo se encheram de lágrimas.

— Agora, eu tenho tudo o que um ser humano pode querer. Rafa, você iluminou a minha vida. Tem ideia do quanto te amo?

Aspirei o ar com calma, grudei de leve os meus lábios nos dela.

— Se for o quanto te amo, Nicole, então sim... – Sorri. — Eu faço ideia.

— Obrigada por aceitar viver essa experiência ao meu lado. – Toquei sua face, desenhei as linhas do rosto bonito.

— Te escolheria mil vezes, meu amor...

      A abracei, escondi minha face em seu pescoço e assim permanecemos naquele quarto que em breve teria um dono, que preencheria aquele cômodo assim como preencheu nossos corações.

Fim do capítulo


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Comentários para 36 - Capitulo 36 - Final - Parte 1.:
Lea
Lea

Em: 11/06/2023

O coração até aquece com todo esse amor, transbordando por todos os lados!

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