• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Todas nós vamos sobreviver
  • Capitulo 3

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Brasão do amor
    Brasão do amor
    Por May Poetisa
  • A Mãe Da Minha Filha
    A Mãe Da Minha Filha
    Por Heli

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Todas nós vamos sobreviver por AlphaCancri

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 1624
Acessos: 1219   |  Postado em: 22/04/2023

Capitulo 3

 

            Marina se preparava para deixar a fazenda por alguns dias, mais uma vez. Tinha negócios a acertar nas cidades vizinhas e não gostava de mandar ninguém em seu lugar, sempre preferiu ela mesma resolver tudo pessoalmente. Além disso, tinha novamente alguns homens doentes, então resolveu não levar ninguém consigo. Deu algumas instruções a Saulo, que era seu braço direito e cuidava de tudo enquanto estava fora. Desde que assumiu aquela fazenda, prometeu para si mesma que jamais cometeria qualquer tipo de falha para que alguém pudesse criticá-la. Era a filha mais nova de três irmãos: O mais velho, por ser o primogênito e homem, herdou a grande maioria das fazendas da família, que estava nesse ramo há quase um século. A irmã do meio se casou, como era esperado, e o marido passou a administrar a parte que lhe coube. Já Marina, que recusou todas as propostas de casamento e permanecia solteira aos trinta e nove anos de idade, precisou lutar para conseguir ao menos aquela fazenda para si. O pai, que dividiu tudo em vida, se recusava a dar uma fazenda para uma mulher administrar. Foi preciso que a mãe intervisse, com a fala mansa que lhe era peculiar e sempre fazia com que o marido a atendesse. Marina nunca aceitou o fato de ter herdado aquela única fazenda, mas era melhor do que nada. Ao longo dos anos, com o próprio esforço, foi adquirindo outras terras e propriedades, que agora administrava. Quase não mantinha contato com os irmãos, o que piorou depois da morte dos pais, os únicos elos que os unia.

 

            Antes de sair, precisou voltar a seu quarto para pegar uns documentos, e ouviu a porta se fechar atrás de si. Ao se virar, encontrou Lena, que caminhou rapidamente até ela, a enlaçando pelo pescoço.

 

            Marina conseguiu dizer em meio aos beijos da mulher mais jovem:

            — Lena, já era para eu estar na estrada uma hora dessas!

            Ignorando completamente o que havia ouvido, Lena disse:

            — Eu vou morrer de saudades, sabia? Promete que não vai demorar?

            Marina riu, antes de se soltar dos braços insistentes dela:

            — Não posso prometer o que não sei se vou conseguir cumprir.

            A empregada fez uma cara triste, antes de dizer:

            — Então promete que não vai se engraçar com nenhuma dessas mulheres que encontra pelo caminho?

            Dessa vez, Marina soltou uma gargalhada, antes de responder:

            — Lena, meu bem, pior ainda eu prometer uma coisa que tenho certeza que não vou cumprir!

*****

            Dias depois, Sininho estava se preparando para dormir em seu cubículo quando ouviu alguém chamá-la. Colocou de volta o casaco e abriu a porta preocupada. Lena estava carregando apenas uma lamparina, mas a luz fraca foi suficiente para perceber que ela havia bebido.

            Teve a certeza quando ela perguntou com a voz carregada:

            — Posso entrar?

            Sininho hesitou alguns segundos. O que estava acontecendo? Tinha percebido que Lena estava triste nos últimos dias, desde que Marina viajou e imaginou que esse seria o motivo. Mas por que iria procurá-la, se era a única naquela fazenda que não poderia lhe dar conselhos?

            Moveu o corpo dando passagem e Lena entrou.

Percebeu que ela olhou em volta, o que a luz de sua lamparina a permitiu enxergar. Apesar de completamente rústico, o quarto era organizado. Havia alguns recortes nas paredes, uma pilha de livros na mesa improvisada – o que Lena estranhou, já que Sininho não sabia ler, nem escrever – e um calendário pendurado ao lado da cama.

Depois que as duas se sentaram na beirada da cama, Lena disse:

            — Desculpa te incomodar, Sininho, mas acho que você é a única que pode me ouvir.

            Fez um sinal afirmativo com a cabeça, o que encorajou Lena a continuar:

            — Eu sou uma idiota, não é? Toda vez que Marina sai eu fico assim… Morro de saudades dela. Mas saudades dela mesmo!

Um soluço a interrompeu antes de continuar:

— Ela diz que sente saudades do meu corpo, mas eu sinto saudades dela... Do cheiro, da voz, do sorriso, tudo.

            A cada palavra dela, entrecortada pelo choro, Sininho sentia seu coração despedaçar. Primeiro porque não queria que ela sofresse assim, ainda mais por uma pessoa que não valia a comida que comia. Segundo porque também doía nela, era exatamente como se sentia em relação à Lena, também sofria por uma pessoa que não sentia o mesmo por ela. Foi involuntário que um sorriso doído se formasse em seus lábios ao pensar na ironia da vida.

 Ouviu Lena continuar:

            — Eu sei que sou uma boba por achar que algum dia ela vai ficar só comigo, vai sossegar do meu lado, sem querer qualquer outra mulher.

 

            Neste momento, agradeceu mentalmente por não precisar falar nada, já que não saberia mesmo o que dizer. Apenas meneava a cabeça, como se estivesse dando apoio para que a outra desabafasse. O olhar de Lena era digno de pena, era possível ver a dor real em seus olhos.

Movida por um sentimento que não soube nomear, Sininho encostou sua mão no braço da mulher sentada à sua frente, numa carícia suave. Lena levantou os olhos, encontrando os dela, antes de dizer:

 

            — Obrigada, Sininho. Você é como uma irmã mais nova para mim.

*****

            Depois da noite em que Lena a procurou em seu quarto, não ficou mais a sós com ela. Na verdade, se perguntava se ela se lembrava daquela noite. Os olhos de Lena continuavam tristes e a flagrou mais de uma vez virando uma dose de cachaça no meio da tarde.

         Não soube dizer se feliz ou infelizmente, Marina voltou naquele dia. A mudança era clara no rosto de Lena, como se milagrosamente tivesse sido curada de uma doença, o que parecia mesmo ser o sentimento que ela nutria pela patroa.

            Marina entrou na casa como sempre fazia, com pressa. Parecia um furacão que, em poucos segundos, deixava tudo fora do lugar: Lena enfeitiçada seguindo os passos dela, mendigando um pouco de atenção; Marta rodopiando pela cozinha aos berros para que as refeições saíssem o mais rápido possível; Saulo tagarelando sem parar sobre o que acontecera na fazenda nos últimos dias, enquanto apertava o passo para alcançar Marina. Sininho observava tudo isso afastada, rezando para que a patroa não precisasse dela.

 

*****

            Depois de tomar um banho e colocar algumas coisas em ordem, Marina pediu que Saulo fosse até o escritório dela:

            — Meu amigo, acho que consegui a solução para um dos nossos problemas.

            O homem se ajeitou na cadeira mostrando animação, antes de Marina continuar:

            — Estive conversando com o senhor Luiz da fazenda de soja, lembra dele?

            Saulo respondeu efusivamente:

            — Me lembro, patroa.

            Marina parecia uma criança quando descobre algo novo:

            — Ele me contou o que faz para acelerar a melhora dos empregados que adoecem...

            Fez uma pausa antes de falar, com uma empolgação visível:

— Ele tem um médico na fazenda! Imagine, Saulo, um médico exclusivo na fazenda.

Vendo o rosto confuso do homem sentado à sua frente, Marina começou a explicar:

— Um médico aqui nos poupa o gasto e o tempo de levar os empregados até a cidade para que sejam medicados. Nós podemos ter um pequeno ambulatório na fazenda, com consultas diárias, inclusive para prevenir as doenças contagiosas que vão pegando um a um.

Saulo coçou a cabeça antes de responder:

— Eu nunca vi disso nesses anos todos da minha vida, patroa. Um médico numa fazenda?

Marina se levantou e deu a volta na mesa:

— Ora Saulo, nós não temos um médico para os animais? Qual o problema de ter um para quem é gente?

Ouviu a resposta desconfiada dele:

— Se a patroa tá dizendo...               

Não querendo dar tempo para que o homem fizesse uma enxurrada de questionamentos, Marina logo o despachou:

— Chame o Diego e vá desocupar o armazém atrás da cozinha... Vamos fazer um pequeno ambulatório lá.

A resposta veio em um tom de voz um pouco mais animado dessa vez:

— Sim, senhora.

— Enquanto isso, vou mandar Nestor até o centro para enviar um telegrama para o senhor Luiz, ele ficou de me arrumar um médico dos bons.

*****

— Essa ideia é meio sem cabimento, você não acha não, Saulo?

Marta perguntou enquanto observava, ao lado de Lena e Sininho, os homens retirarem os entulhos do cômodo que passaria a ser o ambulatório. O homem respondeu sem parar de carregar os lixos que retiravam do armazém:

 

— Sei não, porque eu não sou pago para achar nada. Se a patroa mandou, tá mandado.

Sininho não pôde deixar de pensar que nunca esperaria que Marina colocasse um médico para ficar à disposição dos empregados. Mas a surpresa dela só durou os minutos antes da patroa chegar e dizer aos homens:

 

— Vamos logo com isso porque o senhor Luiz havia me garantido que, em menos de vinte dias, me arrumava um médico. Em breve vai acabar esse papo furado de vocês para faltar serviço.

 

            Enfim entendendo a real intenção de Marina em querer um médico na fazenda, Sininho colocou mais um motivo na lista para alimentar a raiva que nutria por ela: Em momento algum a preocupação tinha sido a saúde ou a vida dos empregados, e sim os negócios dela. Isso com certeza não era uma surpresa para Sininho, pois foi assim que perdeu o pai e a família, e era por isso que agora levava aquela vida.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 3 - Capitulo 3:
Lea
Lea

Em: 01/09/2023

A Marina matou os pais de Sininho? É o parece. Estou certa??


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 01/09/2023 Autora da história
Será que é isso? Sem spoilers rsrs


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 24/04/2023

É Sininho tudo é questão de dinheiro nunca o humano.


Resposta do autor:

Infelizmente muitas vezes é assim, né? :/

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web