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Encontros ao Acaso por JJ e

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Palavras: 1796
Acessos: 218   |  Postado em: 18/04/2023

Notas iniciais:

Antes de tudo eu quero pedir mil desculpas pela demora em postar novos capítulos.

Como disse lá no começo, a história está sendo escrita em "tempo real", então eu estou praticamente zerada de inspiração e estou lotada de coisas pra resolver e estive sem tempo até mesmo pra sentar na frente do computador e começar a escrever algo.

Prometo tentar não falhar com vocês.

Capitulo 15 - Carla

Flashback on

           

            - Espera Carla, eu realmente to brincando com você! Eu gosto de implicar contigo!

            - Huuuum, sei... – Ficamos conversando por mais alguns minutos, mas ela teve que ir embora por conta do campeonato que ela ia jogar, e eu fiquei sozinha novamente, sentindo o vazio que a presença dela, mesmo que virtual, aos poucos estava preenchendo.

 

Flashback off

 

Conversar com a Bruna tem me feito muito bem, ela é uma menina super atenciosa e sempre quer saber como eu estou, não fica me perguntando sobre minha avó e o melhor de tudo de falar com ela pelo MSN é que ela não fica com uma cara de pena olhando pra mim. As semanas passaram arrastando, mesmo estando de férias e na casa da mamãe eu me sentia muito sozinha, então em uma tarde qualquer resolvi ir até a quadra de basquete pra espairecer um pouco, vejo uma menina que ainda não tinha percebido ela por lá.

           

            - Olha quem deu o ar da graça! Pensei que nunca mais fosse te ver por aqui. – Patrícia.

 

            - Pois é, eu resolvi dar uma volta por essas bandas.

 

            - Vai jogar com a gente? Da pra formar dois times de quatro em cada contando com você. – Patrícia.

 

            - Não sei Pati, eu ainda não tenho muito ânimo pra isso, vim só pra espairecer mesmo.

 

            - Bora vai Carla, não vai ser tão ruim assim, aproveita e coloca esse corpo pra movimentar e também eu preciso de alguém bom no meu time pra derrotar essa novata, ta se achando demais e eu só conheço uma pessoa que pode fazer isso. – Patrícia.

 

            - Qual é dessa menina mesmo? Ainda não tinha visto ela por aqui.

 

            - Ela é nova aqui pela quadra pelo menos, se chama Débora e joga bem também. Mas e aí, você vai ou não jogar com a gente? – Patrícia.

 

            - Ta, bora logo que você já ta enchendo muito o saco.

 

            - É assim que se fala! – Patrícia.

 

Antes de iniciarmos a partida, resolvemos que seria melhor ser em duplas, assim ficava time de fora pra revezar. Minha dupla óbvio que era com a Patrícia e jogamos logo contra a dupla da novata. Ela jogava muito bem por sinal e nos deu um pouco de trabalho, como fazia um tempinho que eu não jogava nada eu estava um pouco fora de forma e isso dificultou um pouco mais as coisas. Perdemos a primeira partida, mas aproveitei pro sangue esquentar um pouco e voltar a ganhar ritmo de jogo. Quando voltamos a quadra eu já estava mais concentrada e mais ciente do que estava fazendo, a novata não gostou muito de ter perdido duas cestas e notei que ela estava bem brava.

 

            - Qual é novata, Patrícia me disse que você jogava bem e tava dando trabalho, não to vendo isso tudo não. – Eu só queria provocar mesmo.

 

            - Olha, você chegou agora e pelo o que me lembro, você perdeu a primeira partida.

 

            - Eu tava a um tempo sem jogar e perdi um pouco o ritmo de jogo, mas já to de volta e agora você não ganha mais se depender de mim.

 

A partida que era em dupla, passou a ser um contra um. Patrícia já nem pedia mais a bola e a outra menina nem se fala. Ficamos nesse embate por um bom tempo e quando notamos as meninas estavam sentadas no fundo da quadra conversando e nós estávamos esgotadas de tanto correr. No final acabamos rindo dessa disputa e fomos até onde as meninas estavam.

 

            - Pensei que vocês fossem ficar nessa até o anoitecer. – Patrícia.

 

            - Até que a baixinha joga bem, me deu um pouco de trabalho, mas nada que eu não tenha conseguido resolver kkkkk. – Débora.

 

            - Baixinha é o cacete, me respeita!

 

            - Iiiiiih, ficou bravinha foi? Olha que eu gosto! – Débora.

 

            - Me erra garota, você só ganhou de mim porque eu não jogo a muito tempo, mas deixa da próxima vez pra você ver quem vai perder aqui.

 

            - Se for pra perder pra você eu aceito kkkkkk. – Ela tava provocando demais, mas eu não ia cair na dela.

 

            - Huuuum! Dá pra sentir a tensão entre vocês daqui! Kkkkkk – Huana (dupla da Débora)

 

            - Não tem nada pra sentir e muito menos tensão alguma. Eu vou pra casa que eu ganho mais. Amanhã vocês vão jogar aqui de novo?

 

            - Nesse mesmo horário e nesse mesmo local. Estarei ansiosamente te esperando baixinha kkkk. – Mostrei o dedo do meio pra ela e fui embora sem dar tchau a ninguém. Ouço a risada delas de longe e minha raiva só aumenta.

 

Chego em casa e por um milagre minha mãe estava lá

 

            - Onde você tava Carla? Seu pai já ligou enchendo o saco atrás de você!

 

            - Eu tava na quadra, fui jogar um pouco com as meninas. Desculpa não ter deixado nenhum papel avisando. Amanhã eu vou de novo pra lá mãe!

 

            - Tá certo! Vai tomar um banho que você ta fedendo.

 

A minha relação com a minha mãe não era das melhores, mas também não era tão ruim. Quer dizer, ela não era uma mãe presente, mas também não era de julgar a mim ou minhas irmãs por passarmos pouco tempo com ela. Os dias foram passando e se eu não estivesse conversando com a Bruna, eu estava na quadra jogando com as meninas. Aos poucos a dor da lembrança da minha avó foi sarando, e falar dela ainda doía, mas não machucava como antes. As saídas que eram bem poucas começaram a se tornar mais frequente, sempre que dava eu tava passeando com as meninas, Débora começou a se fazer presente nessas nossas idas.

 

            - Carla, você gosta de sorvete? Tava querendo te chamar pra ir numa sorveteria.

 

            - Gosto sim, e muito por sinal kkkk. Quem vai?

 

            - Então, seria só eu e você! – Fui pega de surpresa, a última vez que fui a uma sorveteria acompanhada foi com a Stephani.

 

            - Pode ser, mas não vamos ficar até muito tarde! – Chegando até a sorveteria ela insistiu e pagou pelo meu sorvete, ficamos lá mesmo conversando amenidades.

 

            - Então, eu já venho jogando lá na quadra a um bom tempo e nunca tinha te visto por lá.

 

            - Eu tinha dado um tempo nas coisas, não tava com muito ânimo pra nada.

 

            - Patrícia me contou por alto o que aconteceu, mas não vou ficar te enchendo por isso.

 

            - Não tem problema, já não é tão difícil assim de conversar sobre isso. Eu perdi minha avó nas férias passadas, então tava meio na bad esse tempo. Agora que a ferida ta cicatrizando digamos assim.

 

            - Eu também perdi minha avó, mas isso já faz um tempão. Eu lembro de ter ficado na merd*, mas hoje já é mais tranquilo pra mim. Mas mudando de assunto, você namora...?

 

            - Que nada kkkk. Quer dizer, eu tava ficando com uma pessoa aí e tava tudo legal, mas eu meio que a culpei de preferir estar com ela do que com a vovó nos seus últimos dias de vida. Então com certeza a gente não tem mais nada. – Lembrar da Stephani me dava saudades, eu nem sei onde ela tá e menos ainda como tá.

 

            - Eu meio que fiquei sabendo que você tava ficando com uma menina. É verdade? – Eu arregalei os olhos.

 

            - Como você ficou sabendo disso?

 

            - Eu tenho uma amiga que estuda no mesmo colégio que você, e na verdade ela só me disse que você brigou feio com uma tal de Stephani a culpando de algumas coisas e meio que você só acabou de confirmar que era uma menina mesmo.

 

            - Filha da mãe, você jogou verde e colheu uma madura agora.

 

            - Não foi bem assim, quer dizer, eu só queria ter certeza de algumas coisas antes de dar com os burros n’água.

 

            - Como assim?

 

            - Eu to interessada em você, e queria saber se eu posso ir mais além. É isso! – Ok, agora a surpresa foi maior ainda.

 

            - Olha Débora, eu nem sei como te dizer isso, mas é que a última pessoa que eu fiquei, como você sabe, não terminamos muito bem. E eu ainda não consigo ficar com mais ninguém. Eu te acho super linda e em outro momento ou em outra circunstância eu olharia pra você com outros olhares, mas hoje eu ainda não consigo. – Eu tava super sem graça, mas não ia começar uma coisa que talvez no fundo eu fosse decepcionar alguém.

 

            - Eu te entendo, mas eu te peço que se abra pra novas oportunidades, que me deixe te cativar, que deixe eu me aproximar mais de ti. Eu não quero nada em troca, sua amizade pra mim tem sido suficiente. Eu sei que você não está com cabeça pra algum relacionamento e nem é isso que estou te pedindo. Eu só quero ficar mais perto de ti e cuidar de ti.

 

            - Eu não posso prometer nada, o que eu posso te dizer é nossos encontros todas as tardes têm me feito bem. Quer dizer, ir jogar na quadra tem que feito bem. Mas entenda que eu não quero criar falsas esperanças em você, não quero que nossa amizade seja baseada em você querendo me conquistar e eu não te dando abertura pra isso.

 

            - Tudo bem, eu vou respeitar o seu tempo e o seu momento, mas saiba que não irei desistir do que eu sinto por você e nem desistir de tentar te conquistar. Pode não ser hoje e nem amanhã, mas eu sei que algum dia e em algum momento você irá entender que minhas intenções são as mais sinceras possíveis.

 

            - Eu acredito em você, sei que não falaria algo da boca pra fora ou só mesmo pra tentar algo comigo. Mas eu ainda estou toda fodida por dentro.

 

            - Não tem problema, eu não tenho pressa em ficar com você. – Nesse momento ela me abraçou forte e eu senti que talvez eu tivesse um novo porto seguro.

Fim do capítulo

Notas finais:

Enfim a vida esta dando uma guinada pra Carla kkk


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