Pulsar por Angel 1001
Carol
TEMPO REAL
Quando chegaram no hospital Luiza notou que por sorte tudo parecia calmo, descendo da moto se aproximou da ambulância e avistando a jovem descordada sentiu um leve tremor.
-Doutora ela esta estável acordou apenas uma vez mais logo desmaiou novamente.
- Ok podem deixar que agora é conosco. (Disse a medica)
- Então é essa a urgência
Luiza se virou encarando a amiga já com uma maca e com roupa trocada.
- Obrigada por vir Téo .... (sorriu) levem ela para sala de cirurgia, preciso verificar se a bala perfurou algum órgão eu irei me arrumar rapidamente.
- Depois quero saber onde e como você achou essa “urgência”.
--Digamos que quase ela me atropela... mais agora vamos pois o estado dela é complicado.
Dizendo isso a medica saiu em direção aos vestiários tomando a direção contraria da garota que seguia para a sala cirúrgica. Depois de rapidamente se trocar Luiza já se encaminhava para sala seus passos em firmes e rápidos, sabia que cada segundo era importante.
-Luiza para onde pensa que vai (disse a voz firme que a fez parar)
-Ricardo eu já descansei, agora preciso ir para a sala cirúrgica a uma...
- Eu sei uma paciente (suspirou) mais esta será operada pelo doutor Marcos (disse firme) seu plantão ainda não começou.
Luiza o encarou sem acreditar seu sangue ferveu.
- Desde de quando tem horário para começar meu plantão ??
- O doutor Marcos fara a cirurgia, se quiser saber noticias espere mais longe da sala de cirurgia. (Disse firme)
- Mais eu socorri a menina trouxe ela aqui e sei como melhor trata-la.
- Os socorrista já repassaram a informação para o Dr. Marcos, minha decisão já foi tomada.
O homem sabia da frustação e raiva que a medica sentia naquele momento, mais havia decido impor regras a esta, Luiza sempre fora sua amiga e sendo assim o homem sempre tentava lhe ajudar deixando ate ficar mais tempo no hospital além do seu plantão já que estar ali distraia a amiga, mais agora o medico via que Luiza tinha que ter limites e ter uma vida além dali, precisava se deixar cuidar pois ao tratar apenas dos outros acabaria lhe adoecendo e da pior forma.
- Você esta me punindo!?
O que seria uma pergunta se transformou em uma afirmação melhor dizendo acusação.
- Estou te dando limites (afirmou o medico) mais tome como quiser.
Luiza já se preparava para falar mais a voz da enfermeira surgiu e interrompeu sua fala.
-Doutora desculpe interromper, mais a dois policiais lhe procurando, eles querem informações sobre a jovem que a senhora trouxe.
A medica encarou o amigo frustrada por ser interrompida, e suspirando procurou se acalmar.
-Mais eu não sei nada sobre ela, apenas a socorri.
-Va e converse com eles Luiza tenho certeza que so querem informação sobre o acidente.
O homem achou ali a solução perfeita para o fim da discursão, e sem deixar a medica falar saiu voltando a sua sala.
- Ainda iremos conversar Ricardo (disse a medica que já havia notado a fuga do amigo)
Acompanhando a enfermeira Luiza segui em direção a sala de espera, esta estava irritada e frustrada pedia a Deus para se controlar e responder educadamente aos policias pois a vontade de mandar eles para o “quinto dos infernos” era grande. Assim que passou pela porta que dividia as salas avistou 1 homem e uma mulher, a moça devidamente fardada e o homem com roupas normais, ambos conversavam de costa para esta, a enfermeira se afastou deixando Luiza ainda os encarando puxando ar colocou um leve sorriso no rosto e se aproximou destes.
- Boa noite, ouvi dizer que gostariam...
Assim que os dois se viraram e os olhos da medica encontrando com os da policial, Luiza perdeu a fala e so um pensamento lhe veio a mente .... “mais que grande Droga”. A mulher com o olhar serio ao contrario da medica não esboçou surpresa alguma apenas a encarava com um olhar neutro e isso deixava a doutora mais constrangida ainda.
-Doutora Luiza eu presumo (falou o homem chamando atenção da medica)
-Sim sim (sorriu sem graça apertando a mão do mesmo)
- Sou o investigador Edson e essa e minha parceira policial Caroline.
Encarando novamente a mulher Luiza estendeu a mão a cumprimentando, e teve que cerrar os dentes ao receber um forte aperto nas mãos, sinal que a policial se lembrava dela.
- Prazer.. (se limitou a dizer) mais bom não querendo ser mal educada vcs poderiam me informar o que desejam e ser o mais breve possível pois tenho plantão a cumprir.
Luiza mentiu na cara dura, estava louca para sair dali odiava se sentir exposta e estar ali na frente do olhar firme de Caroline estava a deixando incomodada.
- Claro doutora não queremos lhe atrapalhar. (Disse o homem) o motivo de lhe chamarmos e que soubemos que a senhora socorreu a mocinha do acidente de carro, poderia nos contar como aconteceu?
- Sim, ela passou por mim alta velocidade na estrada 92, quase me derrubando da moto e minutos depois de sumir na curva eu ouvi o barulho do carro batendo acelerei a moto e logo avistei o carro capotado na pista, desci da moto e ao me aproximar deste notei o vazamento de gasolina então me apressei em tira-la de dentro deste, depois disso o carro explodiu e liguei para a ambulância e esperei, isso foi tudo.
- Saberia informar mais ou menos a hora do ocorrido?
-Bom eu saiu da cerra das flores as 19hs, liguei para a ambulância as 19:45 creio que foi entre 19:20 ou 19:30.
- Notou se havia algum outro carro seguindo o da garota?
-Não... que eu visse.
- Qual o estado dela?
- Ela tinha um ferimento de bala no abdome e um corte na testa, ela entrou em choque ainda no local do acidente devido ao a perda de sangue.....
- Ela tinha um ferimento de bala? (Disse pela primeira vez a policial)
Luiza a encarou e notou seu olhar atento, agora a encarando confirmou o que havia dito antes.
- Essa e uma informação importante devia ter dito antes (disse demonstrando uma leve irritação )
-Desculpe... (desviou o olhar)
O homem encarou a parceira era como se comunicassem com o olhar.
- Vc notou se havia alguma identificação na garota, ela não disse o nome ?
- Não devido ao ferimento em sua cabeça ela estava desorientada.
- Parecesse que teremos que esperar.
- Posso fazer um pergunta? (Disse Luiza)
O homem a encarou e sorriu levemente concordando.
- Ela é alguma criminosa??
- Bom doutora, esperamos que não, acreditamos que seja uma vitima. (Sorriu) quando ela acordar quero ser avisado e não deixe ninguém se aproximar dela nem mesmo se disserem ser parentes enrole eles e me ligue na hora ok. (Falou ele lhe entregando um papel com seu numero)
A medica concordou e se despediu de ambos assim que apertou a mão da policial notou que esta queria lhe dizer algo, mais apenas suspirou desistindo e seguiu atrás do investigador, Luiza os encarou saindo e sua mente voltou ao passado.
Tempos atrás
Em uma noite logo após seu plantão e por estar tudo calmo no hospital a medica decidiu sair um pouco e beber em algum bar apenas relax, então depois de alguns minutos em sua moto logo estacionava em um barzinho com musica ao vivo, este era bem bonito e pouco movimento perfeito ao ver da medica, Luiza nunca gostou de lugares cheios odiava se sentir observada após pedir uma bebida ao barman a medica se sentou em uma mesa ao fundo do lugar e depois do primeiro gole em seu drink apenas ficou encarando este, era como se nada tivesse sabor em vida a musica ao fundo a deixava perdida em pensamentos, fazia 1 ano desde da morte de Mel e sua vida era apenas seu trabalho, pouco ia em sua casa pois tudo ali lhe lembrava a Melissa por ter bom gosto ela havia decorado a casa, tudo ali era uma imagem dela e havia perdido a cor assim como a vida da medica.
-Acho que sua bebida vai esquentar de tanto que vc a encara.
Luiza saiu de seus pensamentos ao ouvir a voz, assim que ergueu o olhar encontrou uma linda mulher parada a sua frente.
-Desculpe o que disse? (Falou a medica)
-Nada esqueça apenas quis puxar conversa, vc parecia tão sozinha (sorriu de leve) aproposito me chamo Caroline
- Prazer Luiza, no meu caso estar sozinha me ajuda a relax.
- Essa sua frase já responde minha pergunta (sorriu e continuou a ver o olhar confuso da medica) ia lhe oferecer minha companhia.
-Ah sim eu agradeço, mais já estou indo embora (sorriu)
- Se mudar de ideia estou na mesa ali (apontou a uma mesa onde havia 3 homens)
Luiza apenas acenou e encarou a mulher que se afastava ela era realmente bonita, mais nada que despertasse algo a mais na medica que desde da morte da mulher não se envolveu com mais ninguém, era como se fosse trair a memoria de Melissa. Encarando sua bebida já levava esta a boca quando seus ouvidos capturaram a musica que se iniciava e fez seu coração acelerar pois esta era a musica favorita de Melissa e tbm a do seu casamento, em frações de segundos Luiza foi jogada num “mundo” de flash do passado, e tentando ignorar aqueles pensamentos bebeu todo o liquido de seu copo em um gole e levantando-se seguiu ate o bar pedindo algo mais forte, precisava anestesiar aqueles sentimentos que agora pareciam arrancar seu coração.
Ao acordar se deparou com uma claridade que lhe incomodava encarando o teto se assustou por não saber onde estava tentou se levantar mais a dor na cabeça a fez permanecer deitada apenas encarando o teto.
- Ufa ainda bem que acordou já estava preocupada
Ao ouvir aquela voz Luiza encarou a mesma, e surpresa foi ao ver a mulher da noite anterior vestindo apenas um blusão.
- Relax que não aconteceu nada (sorriu) sua mulher pode ficar despreocupada apenas não deixei vc dormir no relento.
Luiza nada dizia mais notou que ainda estava com suas roupas e isso a fez relax.
- Obrigada (foi tudo o que disse)
Vendo a mulher se aproximar com um copo de chá a medica se sentou e recebeu logo o ingerindo, depois já buscava se levantar mais sentia um pouco de tontura e isso a fez desistir.
-ei relax ok.... deixe o chá fazer um pouco de efeito, se quiser ligar para sua mulher seria bom. (Sorriu de leve) vc parecia preocupada e chamando por ela ontem.
Luiza nada disse, estava realmente louca para sair dali, mais com aquela ressaca a medica sabia que não poderia pilotar, lembrando de pilotar se lembrou da sua moto e onde poderia ter ficado.
- Minha moto? (Falou rapidamente interrompendo a mulher)
A mesma sorriu de leve.
- Não vi nenhuma moto ... ( fingiu seriedade) vc estava em uma??
Os olhos da medica cresceram com aquela informação e uma angustia subiu seu peito.... haviam roubado sua moto? Num impulso a mesma se levantou e já buscava sua jaqueta a procura de sua chave mais parou ao ouvir uma leve risada atrás de si, encarou a mulher e viu um sorriso maldoso em seu rosto.
- Desculpe-me eu não resistir sua moto esta na garagem pedi para um amigo trazer e devo dizer que foi difícil faze-lo deixa-la, vc tem um belo motor. (sorriu)
Luiza sentiu o corpo e relax e mais ainda por ter conseguido ficar de pé pois queria realmente sair dali.
- Eu agradeço sua ajuda, mais preciso ir
Buscou o celular na jaqueta e observou a hora e já se aproximava do meio-dia, precisava voltar para o hospital, mais estava fedendo a bebida suspirando encarou que teria que ir em sua casa, foi então que notou que a mulher lhe observava se sentiu incomodada.
- Porque não toma um banho troca de roupa e come alguma coisa antes de ir? (Disse a mesma se levantando)
- Você nem me conhece direito e me trouxe para sua casa e ainda me convida para tomar banho, me dar roupa limpa e comer ... vc esta fazendo alguma penitencia ?( disse a medica com curiosidade)
A mulher sorriu e encarando a medica disse calma.
- Eu sou policial então sei bem me defender e bem o que me fez te ajudar é que já passei por uma situação parecida e recebi ajuda... somos mulher temos que nos ajudar. (Sorriu)
- Eu vou aceitar o banho pois tenho que ir ao trabalho (falou Luiza ainda insegura)
-Ok então vou ver um par de roupas acredito que as minhas ficaram boas em vc e no banheiro tem toalhas pode ficar a vontade (disse a mulher já próxima a porta de saída)
-Vc mora sozinha ? (Questionou Luiza)
- não moro com o Beco (sorriu) logo ele aparece ai, não se espante com o tamanho daquela bola de pelos
Luiza a encarou vendo a mulher se afastar e pensou se toda aquela bondade seria só um gesto de generosidade, Luiza suspirou e seguiu para o banheiro preferia arriscar estando ali do que ter que enfrentar seus “fantasmas” em casa.
- Doutora?
Luiza saiu do transe e encarou a enfermeira.
- Sei que a senhora não esta de plantão, mais teria como a senhora examinar a dona Felícia ela esta se queixando com dores no peito e não quer ser consultada com outro medico além do doutor Marcos ou a senhora.
A medica sorriu de leve e pediu para a enfermeira a levar ate a idosa, dona Felícia era uma senhora de 78 anos sempre alegre mais de gênio forte, vivia se queixando de dores no peito e dizia estar tento um infarto, por morar próximo ao hospital vivia lá todos os médicos percebiam que no fundo tudo que ela queria era atenção já que o filhos não davam isso a ela so viviam para pegar a pensão que a mesma ganhava.
-Dona Feliz (chamou pelo apelido)
Luiza tendo a atenção da idosa que conversava animada com um jovem que havia chegado ali mais cedo depois de um acidente de moto.
-Oi doutora, (disse ela ficando de pé) eu estava conversando com o garoto, dando uns conselhos acredita que ele caiu de moto (falou inocentemente)
-Ela estava era me enchendo o saco (disse o rapaz irritado)
- O que disse? (Falou a idosa)
- Nada dona Feliz ele apenas agradeceu o conselho afinal se ouvisse mais um idoso talvez não estivesse com a perna quebrada não é (disse a medica)
- É o que eu digo minha filha nós já vivemos muito sabemos das coisas (dizia a idosa)
- Mais então dona Feliz a senhora veio me ver sentiu saudades
A senhora ficando de pé, fez expressão de dor.
-ahh doutora quem dera que fosse so saudades eu ando sentindo uma dor no peito, acho que poder ser o coração que já esta velho (falou entristecida)
- Ou saudades de mim (sorriu de leve a Medica) mais vamos ver direitinho isso .
E seguiram para o consultório a idosa ainda falando do jovem, como o imaginado a saúde da mesma estava impecável a idosa queria mesmo era atenção e a medica deu isso a ela ficaram conversando por um bom tempo no consultório, dona Felícia contava sobre sua juventude e filhos e esta ate se esqueceu da “dor” no peito.
- Vamos me digam cadê ela (ouviram uma voz alterada ao lado de fora)
Luiza já estava se levantando quando a porta do consultório se abriu bruscamente e uma mulher aparentemente drogada entrou como um foguete.
-Porr* velha tem ideia como já te procurei ( dizia a mulher)
Os olhos desta estavam extremamente vermelhos e sua fala apesar de alta era arrastada, parecia que a qualquer momento iria ao chão, a idosa a encarava assustada.
- Ângela o que ouve com vc? (Disse a senhora já ficando de pé)
- Vamos embora droga, parece medico pra gostar de hospital (disse a moça)
Esta se aproximou da senhora e segurou rudemente seu braço a puxando, a idosa tentava se soltar mais era em vão, Luiza então se apressou e passou a frente da mulher.
- Solte- a (disse a medica)
Algumas pessoas que estão no corredor olhavam a situação mais nada faziam.
- Era so o que me faltava (disse a mulher) eu er.....
Sua voz foi ficando sem forças e para não cair se encostou na parede, Dona Felícia vendo a cena se aproximou da mulher.
- Filha vc não esta bem (falou erguendo a mão para lhe tocar)
-(a mesma empurrou a mão da idosa) claro que não estou bem... estou cansada de ser sua baba.
Dona Felícia demonstrava vergonha e ao mesmo tempo tristeza, a mulher a sua frente estava suja e tinha um forte odor de bebida e sujeira sua aparência era lamentável.
-Doutora esta tudo bem por aqui?? (Disse Sergio um dos seguranças do hospital) a Sonia falou que uma mulher entrou fazendo escândalo, (ele olhou para a moça perto da idosa) é ela?
Luiza olhou a mulher que permanecia calada com a mãos na cabeça enquanto a idosa a encarava e com o olhar pedia ajuda sua filha não estava bem e isso era visível a garota tremia e tinha dificuldade em se manter de pé.
-Sergio aqui esta tudo sob controle, ela é minha paciente agora .
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
jakerj2709
Em: 16/04/2023
Olá autora estou gostando...e ansiosa pelos próximos capítulos...
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]