Pulsar por Angel 1001
Santa Helena
Hospital Santa Helena 00:30
A noite estava agitada, o entra e sai de macas era angustiante assim como o desespero das pessoas que aguardavam seus parentes, todos queriam informações mais isso não obtinham com exatidão, aquela noite horrível parecia não ter fim assim como os feridos do tiroteio que estava tendo no morro do Pavão.
- Dr. Lins mais um baleado acabou de chegar (dizia a enfermeira)
- Diga-me uma novidade Antônia (suspiro) seria ótimo se fossem mais médicos.
- Doutora se trata de uma criança e em esta em estado grave.
- Essa noite só se complica mais Tônia (sorriu fracamente) onde esta a criança?
Falou já seguindo a mulher, a fila de feridos no corredor era grande e assim que as pessoas viram a medica correram já com perguntas prontas e quase todas com a mesma frase só mudando os nomes no final, a medica vendo que sua passagem seria difíceis resolver responder em alto som.
- Gente eu sei que é difícil atender esse meu pedido mais por favor tenhamos calma, estamos fazendo o possível pra atender todos os feridos, como vocês podem ver a cada minuto chega mais pessoas e estamos dando prioridade aos casos mais grave (suspiro) agora mesmo estou indo ver uma criança... peço que por favor tentem entender.
Algumas pessoas suspiraram e se afastaram da mulher mais outras continuavam a reclamar, fazendo com que a medica tivesse que passar quase que correndo. Assim que chegaram a sala onde se encontrava o menino a Dr. se desesperou ao ver o estado desse e a quantidade de sangue perdido.
- Doutora pelo amor de Deus salva meu menino.
Falou uma mulher a quem a medica identificou como sendo mãe da criança, era tão difícil olhar pra ela e não poder dar a certeza que ela tanto queria, a situação era difícil poucos médicos e todos encontravam-se ocupados, camas vazias nenhuma, por sorte a criança estava naquela e o antigo ocupante da mesma se encontrava sentado em uma cadeira de ferro olhando tudo assustado. Se afastando da mãe e se aproximando da criança a medica constatou o que temia.
- Ele esta com uma hemorragia interna a bala ainda alojada no tórax... precisa ir a cirurgia urgente (falou rapidamente)
- Doutora as salas de cirurgia já estão ocupadas (disse rápido a enfermeira)
-Droga Antônia, eu não posso deixar esse menino morrer (falou já sentindo o suor descer)
- Doutora meu menino por favor (falava a mãe em desespero)
- Moça eu farei de tudo pra não deixar seu filho morrer (falou a medica determinada) Antônia eu irei conter o sangramento na sala desativada prepare tudo agora e leve o garoto pra lá.
Disse ela causando espanto a enfermeira.
- mais doutora .... (foi interrompida)
- Não deixarei esse menino morrer porque a sala de cirurgia esta ocupada.
Saindo do quarto e indo se preparar pra “loucura” que ate ela achava estar fazendo a medica Luiza Lins procurava manter a calma, quando escolheu cursar medicina optou por fazer o possível e lutar contra o impossível para salvar uma vida, sabia que ao entrar no hospital Santa Helena seria um desafio, pois o hospital era de uma precariedade extrema e por se situar em uma favela sempre estava lotado, atendia desde de crianças ate traficantes para ela toda vida deveria ser salva e se ela poderia fazer não cabia a ela escolher quem devia morrer.
- Doutora eu fiz o melhor que pude.... o anestesista já esta no quarto só falta a senhora.
Disse a enfermeira tirando a medica do transe, esta seguiu ate um antigo quarto que estava desativado por não ter equipamentos o garoto já anestesiado em cima de uma maca, não fazia ideia do risco que corria, a mãe aflita do lado de fora rezava já quase sem forças confiando em uma medica decidida que tentava salvar uma vida mesmo que em condições extremas.
A cirurgia durou horas e teve altos e baixos chegando a quase o óbito do garoto, mais a agilidade e determinação da medica fizeram a diferença e agora com o sangramento estancado e a bala retirada quase se podia respirar com tranquilidade.
- Ele esta estável eu controlei o sangramento e retirei a bala mais ele precisa ser encaminhado ao hospital central lá recebera o tratamento melhor pois perdeu muito sangue não sei como estamos de estoque, mais pelo número de feridos imagino que nossa situação não deve ser das melhores, agora irei informar a urgência na transferência. (Disse assim q encontrou a mãe)
- Obrigada Doutora (dizia a mulher entre lagrimas) a senhora e um anjo (dizia segurando firmemente as mãos de Luiza)
Antes mesmo de dizer algo a atenção da medica chamada.
- Dr. Lins a minha sala agora.
Falou um homem bem arrumado e que aparentava ter uns 45 anos, sua falava era seca e serie, a medica suspirou já imaginando sobre o que se tratava, ao caminhar ate a sala da diretoria a mesma notou que as coisas pareciam mais calma o que significava o fim do tiroteio, assim como a escuridão da noite que ganhava os primeiros brilhos do sol.
- O que você pensa que estava fazendo Luiza (disse o homem assim que a porta se fechou)
- Salvando uma vida Ricardo.
Respondeu a medica deixando seu corpo relaxar na cadeira de couro, o homem virou-se para a janela encarando a paisagem e os primeiros raios do sol.
- Você foi irresponsável o garoto poderia ter pego uma infecção (disse ainda alterado) como pode operar numa sala não esterilizada sem os equipamentos necessários e sem equipe (dizia cada vez se alterando mais) isso foi imprudente, antiético... (ficando de frente com a medica sua raiva aumentou) DROGA LUIZA E VOCE AINDA DORME NA MINHA SALA.
Disse alto acordando a medica que se ajeitou na cadeira.
- Estou cansada Ricardo a noite foi dura (disse sonolenta) eu sabia dos risco mais eu tinha que tentar não deixaria ele morrer por não ter sala cirúrgica.
- E como se sentiria se ele morresse pela sua irresponsabilidade?
Se levantando a medica respondeu firme.
- Ficaria triste, mais não me sentiria culpada por não ter feito nada.
Suspirando e controlando a voz o homem tornou a falar.
- Luíza noite foi bastante difícil estamos todos cansados e nervosos... mais agora tudo esta controlado, só precisamos descansar por isso quero que vá pra sua casa e só retorne amanhã. (Disse firme)
- Mais Ricardo ainda a trabalho a fazer eu posso descansar nos quartos e ... (foi interrompida)
- Va para casa Luiza e só retorne amanha isso ou lhe darei uma suspensão, você esta a muito tempo nesse hospital precisava viver um pouco além disso aqui.
A medica o olhou com raiva querendo argumentar, mas sabia que de nada adiantaria pois sabia que a ordem era uma espécie de castigo apenas suspirou e saiu em silencio. O homem então deixou seu corpo cair sobre a cadeira, passando a mão nos cabelos curtos, suspirou conhecia a Doutora Lins desde de a faculdade, a medica embora nova com seus 27 anos e 3 de carreira era uma excelente profissional que mesmo tendo chance nos melhores hospitais da cidade optou pelo Santa Helena um hospital publico onde pouco se ganhava e muito se tinha a fazer, com equipamentos escassos e localizado em uma favela sempre se encontrava cheio com todos os tipos de pessoas e ferimentos. Ainda se mantinha de pé não graças ao governo mais sim a médicos e enfermeiros que faziam a diferença, Luiza era uma dessas, admirada por todos no hospital e na comunidade e inclusive pelo próprio homem, que sabia que assim como seu excelente trabalho a jovem medica tinha temperamento forte e na visão dele as vezes ate imprudente a riscando tudo pela vida de alguém ate mesmo seu emprego.
Ricardo sabia que a mesma havia sofrido grandes perdas no decorrer da sua vida o que a faziam viver pelo seu trabalho e se “jogar” de cabeça nele e isso que preocupava o homem, pois além de medica Luiza era sua amiga quase uma irmã que merecia viver um pouco mais para si.
No vestiário do hospital a medica trocava de roupa, sem vontade pois sabia que tinha que ir em casa e sair do hospital era sempre angustiante pois havia pessoas que necessitavam dela ... seu trabalho era tudo que tinha as pessoas ali eram sua família, elas precisavam dela ou seria ao contrario?!
- Já esta indo doutora? (a voz maliciosa da enfermeira chamou sua atenção)
Luiza a encarou suspirando já reconhecendo a voz de Cecilia, a nova enfermeira uma garota de 20 anos tinha carinha de anjo mais era só isso pois nada tinha de ingênua, ruiva com pequenas sardas pelo rosto e sorriso travesso, chamava atenção no hospital os médicos e pacientes a secavam sempre que passava.
A medica desviou olhar nada dizendo e ainda de sutiã rapidamente suspendia a calça jeans querendo sair logo dali, sentiu a aproximação da jovem e se afastou.
- Eu fiquei sabendo do seu ato heroico essa noite (sorriu) tudo estava tão agitado essa noite que nem lhe vi.
A medica já vestia a camisa quando a jovem a surpreendeu puxando a mesma de sua mão.... e a abraçando por traz.
- Senti saudades de você (falou sussurrando próximo ao ouvido da medica) e saber o que você fez me deixou excitada.
Luiza sentia seu corpo lhe trair sua mente gritava “SAI” mais seu corpo não se movia apenas se arrepiava e esquentava revelando sua excitação, tomando força a medica disse com dificuldade mais sem tremer.
- Se afaste Cecilia.... eu tenho que ir embora.
Quase gaguejou na ultima palavra quando sentiu a mão da jovem subir por seu abdome e o sopro de seus lábios alcançarem seu pescoço.
- Diz isso olhando nos meus olhos e eu afasto de você.
Sentiu a língua da jovem pelo seu pescoço e num impulso a encarou causando um certo espanto na menina que logo sorriu maliciosamente quando sentiu os braços da medica a erguerem e seu corpo sendo imprensado contra a parede. Assim que encarou a jovem, Luiza apenas a queria afastar mais ao ver aquele rosto corado que combinavam perfeitamente com os cabelos de fogo fazendo mistura de anjo e pecado irresistível aos olhos da medica, que quando notou já estava beijando ardentemente a jovem que agora tinha as pernas envolta a sua cintura sendo imprensada contra a parede.
As mão da mesma passeavam e arranhavam as costa nua da medica demonstrando sua excitação, as bocas não se soltando, uma das mãos de Luiza soltou a costa de Cecilia e foi de encontro a parte da frente da calça da jovem que notando a intenção da medica encerrou o beijo e a encarou sorrindo, mesmo cansada da noite agitada Luiza ainda tinha forças pra terminar o queria, mais a jovem enfermeira não queria cansar muito “sua” doutora a empurrando saiu de seus braços e sorrindo disse ofegante.
- Aqui Dr. Lins irei facilitar pra vc.
Na pequena mesa a jovem se sentou sorrindo e recebeu o corpo da medica entre as suas pernas e a mão agiu adentrando sua calça, Cecilia segurou o alto gemido que queria escapar por entre seus lábios ao sentir a mão da medica alcançar e estimular seu ponto de prazer, gravou as unhas nas costas de Luiza a mistura de excitação e temor era um gás a jovem a fazendo se contorcer e quase gritar ao receber a boca quente da medica em seu pescoço e os dedos ágeis mais gentis lhe adentarem.
- Mais forte vai (dizia a jovem puxando mais a medica pra si)
Buscando novamente os lábios de Cecilia a medica intensificou os movimentos e sentiu a ardência em suas costas feita pelas unhas da jovem que agora tinha seu corpo sacudido por espasmos e os lábios trêmulos livres para sussurrar pequenos gemidos, sentindo o corpo da medica se desprender do seu a menina voltou a si.
- Me leva pra sua casa (sorriu ofegante) vamos terminar isso lá...
Luiza apenas pegava sua blusa do chão e antes de falar algo, passos foram ouvidos fazendo a enfermeira descer rápido da mesa e ajeitar sua roupa, logo uma mulher surgiu na vista delas fazendo a jovem revirar os olhos e a medica permanecer com a mesma feição neutra.
-Dr. Lins, enfermeira Cecilia (cumprimento as duas)
-Dr. Teodora (falou Luiza) como esta?
Antes mesmo dessa responder a jovem enfermeira falou com a voz mais firme, a mesma ainda tinha o rosto corado e as roupas um pouco machucadas.
- Bom vou indo.... bom dia a vocês ( parou na frente de Luiza) pensa no que te falei eu saio daqui a 30 minutos (piscou)
A medica nada esboçou e assim que a jovem saiu, suspirou vestindo a camisa.
- Brigou com uma onça Doutora? (falou a outra medica)
Luiza ignorou e começou a guardar suas coisas na mochila.
- Você não devia fazer isso com ela já que não deseja levar isso adiante (continuou a outra) ela ainda e jovem pode se apaixonar e sabemos como termina (foi interrompida)
- E você devia tomar coragem e falar a ela o que sente.... ai ela saia do meu pé. (Se limitou a dizer)
- Ela não gosta de mim e eu também não gosto dela não do jeito que você acha.... só não acho legal vocês se pegando aqui no vestiário (disse fingindo descaso)
-Téo você é linda... confie mais nisso ( falou ela saindo) ate mais.
Doutora Teodora Diniz era neurologista, seus anos de carreira lhe trouxeram não só experiência mais também premiações, com 37 anos a medica tinha uma invejada carreira trabalhando num dos maiores hospitais da cidade, e também dando suporte no hospital Santa Helena um pedido que aceitou da amiga Luiza Lins, profissionalmente era feliz e realizada mais romanticamente era um desastre, ela era lesbica mais não expunha isso a todos ainda sim era algo visível já que a mesma nunca dava bola pras cantadas e ofertas de jantares de seus colegas de trabalho fora o jeito o jeito que ela ficava perto da jovem enfermeira Cecília... desde de a primeira vez que viu a jovem não conseguia disfarça seu nervoso, mais sempre que questionada negava ferozmente ela sabia que a jovem ruiva só tinha olhos para Luiza e mesmo que esta não quisesse nada serio com a enfermeira Teodora sabia que não podia competir.
Do lado de fora do hospital Luiza já montada na sua kawasaki z300, um mimo que optou em ter pois amava motos e a liberdade que elas proporcionavam. Antes de sair viu a ambulância chegando, soltando um suspiro quase desceu da moto e voltou ao hospital mais ao olhar para uma das janelas do mesmo e avistar Ricardo deu partida na moto e saiu rapidamente.
Fim do capítulo
Pfv se gostaram desse primeiro capítulo comente me ajuda a continuar :) deem sua opinião
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Lilian Santos
Em: 27/03/2023
Gostei do primeiro capítulo, continue assim autora, parabéns!
Angel 1001
Em: 29/03/2023
Autora da história
Q bom 1 gostou espero que continue acompanhando e dando sua opinião pois me ajuda a melhorar ;)
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SeiLá
Em: 27/03/2023
q história emocionante e interessante, continua pf, obrigada pelo capítulo
Angel 1001
Em: 29/03/2023
Autora da história
Eu que agradeço o comentário me ajuda e motiva e continuar ;)
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dark angel 23
Em: 27/03/2023
Gostei da história interessante os personagens até então apresentados quero mais ja:)
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milima
Em: 27/03/2023
História interessante autora...
continua aí ;)
Angel 1001
Em: 29/03/2023
Autora da história
Muito obrigada pela opinião e espero que continue acompanhando:)
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Angel 1001 Em: 29/03/2023 Autora da história
Vida de medico e tensa :) valeu por comentar espero que continue acompanhando ;)