Encontros ao Acaso por JJ e
Capitulo 7 - Carla
Flashback on
- Mas que merd* foi essa que aconteceu???
Flashback off
Eu não entendia nada, mais uma vez meu corpo estava tendo reações que eu não sabia explicar. Ainda estava com a respiração acelerada, sentia meus mamilos ainda duros. Timidamente fui com a mão até minha região íntima, e ao tocar em minha vagin*, percebo que está entumecida, da mesma forma que estava a dois dias atrás, mas diferente da outra vez que corri pro banheiro para tomar banho e me lavar, eu tentei ousar e me toquei um pouco mais, passei a sentir o quanto estava bom, mas o medo de ser pega fazendo algo proibido foi maior e eu resolvi parar. Achei por melhor me levantar e ir tomar um banho, quem sabe esse calor diminui.
Os ralados ainda me incomodavam um pouco, mas com os cuidados da vovó amenizava bastante. Eu amo essa mulher! Hoje ainda era domingo, então estávamos todos na mesa na hora do almoço, aquela bagunça onde todo mundo fala por cima de todo mundo.
- Carla, você vai pra aula amanhã desse jeito?
- Sim pai, é semana de revisão de prova pro final de semestre. Não posso faltar.
- Entendi, mas caso você sinta alguma coisa, peça pra coordenação ligar pro telefone fixo aqui de casa.
- Relaxa pai, eu dou conta. Vou ficar na minha.
O dia passou tranquilo, sem muitas emoções, fiquei a maior parte do domingo deitada na cama assistindo o que passava na tv, ou seja, tédio. Segunda mal amanheceu e eu já estava de pé, não muito animada, mas era isso ou ficar mais um dia em casa no quarto sem fazer nada. Tomamos café e fomos pra escola, eu não via Stephani desde o festival e ficava me perguntando se ela não estava nenhum pouco preocupada com o meu estado físico pelo menos. Mas ao entrar na escola, me deparo com a Fabiola parecendo um filhote de macaco agarrado no pescoço dela, então com certeza ela não quer falar comigo. Fui pra minha sala e sentei na minha carteira. Não prestei muita atenção na aula, Priscila que vez ou outra me cutucava pedindo minha atenção, mas eu não estava nem aí. Chegou o intervalo e resolvi ir pra quadra e fiquei sentada nas arquibancadas, num local mais reservado e que poucos alunos conheciam.
- Você ta com raiva de mim? Passou e me ignorou agora quando chegou na escola e não respondeu nenhuma das minhas mensagens no Orkut.
- Não ignorei você, é que sua namorada estava lá e eu não queria chegar e atrapalhar. E eu não respondi suas mensagens porque eu não olhei meu Orkut esse final de semana.
- Primeiro que ela não é minha namorada, segundo que você não atrapalha nada.
- Sei, a menina parece um macaco grudada em você...
- Ela que não consegue entender que eu não quero nada com ela. Eu só estou curtindo o momento.
- Mas você já deixou isso claro pra ela? Porque eu também acharia que teríamos algo se você não me dissesse nada.
- Mas com você seria diferente Carla.
- O que seria diferente comigo? A gente não tem nada e nunca vai ter. – Eu já tinha ligado o foda-se.
- Por que nunca teremos nada?
- Eu sou uma criança pra você Stephani, você nunca vai me ver com outros olhos.
- Você não pode afirmar algo que não sabe ou não tem certeza. – Eu juro Deus, se for mais uma pegadinha o senhor vai se ver comigo.
Então ela se aproximou, colou nossas testas e ficamos assim por um tempo, meu coração não batia mais e respirar era algo bem difícil. Ela por outro lado parecia estar bem calma.
- Eu nunca vou fazer nada daquilo que você não queira Carla, mas agora eu quero muito te beijar e eu sei que se eu não tomar uma atitude você nunca vai fazer o mesmo.
Dito isso, ela colocou as duas mãos no meu rosto, e com um pequeno movimento nossos lábios se encontraram, com muita delicadeza sua língua pediu passagem e eu concedi. O ar nos faltou e fomos parando o beijo aos poucos. Ela permaneceu fazendo carinho no meu rosto e voltou a me beijar, dessa vez com um pouco mais de intensidade, com um pouco mais de urgência, como se estivéssemos pagando com juros e correção monetária todos os beijos atrasados e perdidos. Uma das mãos que antes estava no meu rosto foi pra minha nuca, me puxando pra mais perto dela, quase que me fundindo a ela. Sinto um leve puxão no meu cabelo e uma mordida nos meus lábios, mas para nossa infelicidade, ouvimos passos e gritos na arquibancada, o que me causou um susto e tivemos que parar o beijo de maneira abrupta. Eu me levantei e sai correndo, não sei o que me aconteceu, mas eu não conseguia olhar na cara dela. Fui pra minha sala e se antes do intervalo eu não conseguia me concentrar, agora que não tinha jeito mesmo.
Terminada a aula, no portão de saída Camila e Carol me aguardavam, Jorginho também estava lá, então minha irmã não ligava pra mais nada a não ser nele, quando vi que Stephani estava com elas, eu fiquei muito vermelha e não sabia pra onde olhar. Larissa, que também estava lá, achou estranho meu comportamento, mas diferente das outras vezes, dessa vez ela ficou de bico fechado.
- E aí meninas, vai ter ensaio hoje? Vai ter um festival na Praça da República no outro sábado, lá o negócio é diferente, o público é outro. Então precisamos caprichar mais.
- Pode ser, a questão é que lá em casa não tem como. Papai vai trabalhar na garagem consertando os carros que apareceram, então teremos que ensaiar na casa de outra pessoa. – Camila.
- Pode ser na sua casa Stephani? É a única que tem garagem e também sua bateria já está lá, fica mais fácil as meninas levarem só o violão e a guitarra depois e eu levar o teclado. – Larissa ofereceu a casa, mas ela falava isso olhando da Stephani pra mim e vice versa.
- Dá certo, mas eu não vou ficar até tarde ensaiando, eu tenho prova semana que vem e tenho que estudar e eu tenho um compromisso também mais tarde. – Carol.
- Relaxa Carol, como tocamos semana passada, acredito que a maioria das músicas nós já sabemos tocar, só precisamos ver outras pra substituir e adicionar mais músicas porque o tempo de apresentação será maior. – Larissa.
- Então que horas vocês vão lá pra casa? Eu só preciso dar uma arrumada lá que ta uma bagunça kkkk.– Stephani.
- Chegamos lá às 15hrs, pode ser? Assim da tempo de tomar aquele açaí e cochilar um pouco kkkk. – Camila.
- Por mim ta tudo certo. E você Carla, ta de acordo? Não fala nada, é até estranho. – Larissa.
- Tava demorando pra você começar com suas implicâncias. Pra mim da certo também, eu não tenho nada pra fazer mesmo.
- Então fico aguardando vocês por lá esse horário. – Stephani.
Chegando em casa vovó tinha feito meu prato favorito, filé de peixe frito e pra acompanhar aquele açaí com farinha. Melhor que isso não existe, estava tudo uma delícia. Terminado tudo, fui organizar meu violão e as coisas que teria que levar pro ensaio, como isso foi rápido e não tinha mais nada pra fazer, resolvi ligar o computador e olhar meu Orkut. Assim que abri tinha uma notificação no BP da Stephani. As mensagens eram perguntas simples com alguns gifs e nada demais, mas não demorou nem 1 minuto e chegou uma nova mensagem dela.
- Você ficou estranha, ta tudo bem?
- Não fiquei estranha, e sim ta tudo bem.
- Sei, você foi embora tão rápido no intervalo, nem me deu tchau.
- É que tocou o sinal, você não ouviu?
- Ouvi, mas o sinal não tocou logo em seguida, ele ainda demorou um pouquinho.
- E tinha aquelas pessoas gritando na quadra também.
- Entendi. Você vem pro ensaio né?
- Vou sim, já até organizei meu violão e as outras coisas pra levar.
- Pensei em quando terminar o ensaio, começar a te ensinar a tocar bateria, o que você acha?
- Vai depender da hora que o ensaio terminar.
- Acho que não vai terminar muito tarde, sua irmã quer sair mais cedo também.
- Verdade, acho que da certo sim, vamos ver na hora.
- Ta certo, então até daqui a pouco.
Ok, agora eu fiquei nervosa. Será que ela quer realmente me ensinar a tocar bateria? Preferi desligar o computador e deitar um pouco. Não demorou muito e deu a hora de irmos pro ensaio, como sempre todos montam seus instrumentos e verificam se eu fiz certo no meu. O repertório escolhido foi quase o mesmo do festival que tocamos sexta, só acrescentamos mais músicas, pois teríamos mais tempo de apresentação. Carol deu por encerrado o ensaio depois de três horas que estávamos tocando com a desculpa que ia estudar. Eu e a Camila sabíamos que o nome do estudo era Jorginho, mas resolvemos não falar nada. Começamos a desmontar e desligar tudo, Camila disse que também precisava ir, porque a vovó tinha pedido pra ela acompanhar no supermercado, então ficamos eu, Stephani e Larissa.
- Eu que não vou ficar de vela aqui, fui.
- Do que você ta falando garota, não tem nada de vela aqui.
- Não que não.1
- Para Larissa, você ta deixando a menina sem jeito. E eu vou só ensinar ela a tocar bateria.
- Me engana que eu gosto Stephani, mas de qualquer forma eu já vou.
E ficamos sozinhas.
- Vem cá Carla, você ta com medo que eu te morda?
- Claro que não, eu sei que você não faria isso. Ou faria?
- Eu mordi mais cedo porque sua boca estava muito convidativa.
- Para! Você disse que ia me ensinar a tocar.
- Então senta aqui.
- Onde? No seu colo? Porque você ta sentada no banquinho em frente a bateria.
- Pode ser também, não vejo problema nenhum nisso.
- Aaah, quer saber de uma coisa, eu já vou. – E sai mas antes de alcançar a porta ela me puxou e me jogou na parece e quando dei por mim, ela já estava grudada no meu corpo, me olhando com olhos de predador. Sua boca foi até a minha orelha.
- Calma Carla, eu só to brincando com você. Você ta muito nervosa, precisa relaxar um pouco mais. – Ela falava isso apertando minha cintura e eu senti quando sua coxa foi parar no meio das minhas pernas.
- Como eu vou ficar calma com você falando essas coisas pra mim?
- Eu não to falando nada demais, se você quiser eu posso parar. – E começou a se afastar.
- Não, espera um pouco. – Eu consegui sentir o riso que ela deu.
- Sabe, eu disse que não mordia, mas ficar assim tão próximo de você e sentir o seu perfume é quase um crime não fazer nada. – Sinto ela dar uma leve mordida na minha orelha e o gemido é involuntário, o aperto na minha cintura ganha mais força e a sua coxa pressiona minha região íntima. Da orelha ela parte pro pescoço e outro gemido é solto. – Porr* Carla, eu sempre fui louca pra ficar com você! – Eu não conseguia dizer nada, só sentir. Sinto um leve aperto na minha bunda e as coisas começam a esquentar mais ainda. Ela me olha nos olhos e eu sei o que ela quer, então eu avanço em seus lábios e ela começa a me puxar cada vez mais de encontro a sua coxa, sua respiração começou a ficar descontrolada cada vez que o beijo se intensificava. O ar começou a nos faltar e tivemos que ir parando aos poucos, e aquela dor aguda que eu sentia em minha região íntima ganhou força e começou a latejar.
- Stephani, você sabe que eu não sei fazer nada. Eu nunca tinha beijado ninguém até você fazer isso mais cedo, peço que tenha um pouco mais de calma comigo.
- Não se preocupe Carla, eu vou ter toda a paciência do mundo.
¹ Não que não: Ditado popular dos paraenses, significa SIM ou CLARO. Ou seja, nada mais é do que uma afirmação daquilo que o interlocutor está falando.
Fim do capítulo
Parece que as coisas enfim estão melhorando pra Carla
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Marta Andrade dos Santos
Em: 25/03/2023
Eita! Olha o fogo o fogaréu kkkkk
Resposta do autor:
Tadinha da Carla kkk
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