Fronteiras por millah
Capitulo 47 Fim de festa
Espiamos pela janela e realmente era um carro estacionado ao lado da casa.um carro igual o nosso.
Logo vimos o casal de velhos serem escoltados para fora da casa e jogados ao chão. Suas armas foram confiscadas e Arthur duramente interrogado. De longe assistir aquela tortura me deixou impaciente e Marga mais ainda.
--fica aqui.
--mas..eu quero ajudar também.
--é sério Mari..
--só me deixa tentar..
Eu tava implorando e ela me olhava com aquele olhar penoso que de uma hora pra outra mudou,como se uma ideia fosse lançada a sua mente diabólica.
--ok.
Descemos a escada e descemos cuidadosas para não fazer barulho. Marga achou uma janela nos fundos do celeiro e a abriu.
--se vai me ajudar quero que faça algo bem importante.
--ok,eu faço.
--quero que vá ate o carro deles e tente ser um pouco criativa.—ela só podia estar me zoando e dizendo tudo isso com um sorrisinho safado no rosto.
--criativa?
--anda pula logo. Quero recuperar os velhotes.
Pulei a janela e Marga a fechou assim que passei. Ela tava contando comigo e eu ia fazer o meu melhor.
Caminhei por trás do celeiro e dali escondida eu via um dos soldados batendo em Arthur e outro de vigia. O carro não estava tão longe por isso corri em sua direção.eu fui rápida mas não tão rápida para aquele soldado e o disparo quase me acertou.
--sua vadia!!!parada!!—ele gritou mas segui ao carro.
--por favor não faça nada a ela!—gritou a senhora mas me esconder atrás do carro não foi uma boa ideia já que ele veio correndo. Tentei as portas mas estavam trancadas.
--sai dai garota. Ou vou estourar essa sua carinha.
Eu não via Marga de onde eu estava e eu não tinha outra escolha além de me render quando ouvi a arma ser engatilhada.me ergui, saindo da minha posição esperando que o miserável não atirasse.
--calma..—pedi me levantando.
--anda pra cá sua filha da puta!
--não façam nada a ela! Ela é só uma garotinha!—a senhora estava desesperada.
--calem a boca!!
--rastreamos um dos nossos carros por aqui e ele não viria sozinho pra porr* dessa fazenda não é?!
--eles não fizeram nada.—falei para o soldado que empurrava a senhora para o chão novamente mas o outro mais próximo de mim deu uma risadinha. Eles sequer me ouviam.
--acho que alguém tem que te mostrar como calar a porr* da boca!—o soldado veio ate mim e me pegou pelo braço e nem falei da dor quando senti ele o entortar preso nas minhas costas.
Me vi sendo empurrada contra o capô do carro com ele me dobrando e levantando o vestido para alisar minha perna. Que nojento.
--por favor não toquem nela!--gritou a senhora.
--diz lindinha..quem trouxe o carro pra cá?
De repente um barulho alto da porta do celeiro abrindo atraiu a atenção de todo mundo.eu me torci para ver o que acontecia mas não tinha ninguém na porta.
O outro soldado preparou sua arma e seguiu ate o celeiro.eu estava tensa com medo dele pega-la porem ele não voltou. Não houve som algum depois que ele entrou no celeiro. Os velhos estavam nervosos e o soldado que me segurava mais do que preocupado com seu parceiro e a cada segundo que passava eu via o cano de sua arma perder seu foco em mim e com isso foi fácil dar uma cotovelada no pau dele e fugir. Seu tiro passou por mim raspando mas continuei correndo porem ouvi mais um tiro. O disparo foi forte e quando virei vi Marga em uma das janelas apontando sua arma ao soldado e ele caído ao chão. Parei pois pelo sorriso dela ele já era.
Ela deixou o celeiro e os velhos assim como eu fomos conferir o cara caído e ele realmente estava morto.
--viu só? Minha mira fica ótima depois de matar um vagabundo.—o sorriso de Marga era impagável.
--minha jovem, o que fez com o outro guarda?—perguntou a senhora curiosa.
--eu o esfaqueei com um pedaço de madeira que eu quebrei.
--poderia ter morrido!—falei ainda cheia de adrenalina com meu coração quase na boca.
--eu falei pra ser criativa mas você foi burra.só gostei da parte que quebrou os ovos dele.
--espera ai..você me usou de isca não foi?
--não sei do que esta falando.
--você é uma filha da mãe! Era isso que você queria!
--com esses carros rastreados tenho dois problemas agora. E se vir mais deles?—perguntou Arthur a nós.
--deveriam estar em rota pela cidade. Tentando roubar algo do que sobrou. Podemos mover os carros para a estrada ou destruí-los.—sugeriu Marga.
--estou velho demais para essas merd*s.
--posso ajudar com os ferimentos Arthur.—falei e ele soltou um risinho.
--nah nada mais que um bom gole de café me ajude a por o cérebro no lugar.
--venham conosco, ele vai precisar. além do mais esse café pode justamente matar esse velho tolo.
Depois que Marga pegou todas as armas dos carros da policia entramos na casa e como a senhora falou Arthur depois do gole de café ficou bem elétrico e enquanto eu tratava de seus machucados e ele parecia ligado nos 220 voltz me preocupei.
--esta sentindo algo?—perguntei.
--só inquietação.
--talvez o café que tomou..
--mulher eu estou bem!
--ele tem problemas do coração mas é um viciado em café.—revelou a senhora com um sorriso no rosto mas balançando a cabeça a negar.
--eu já disse que estou bem!—ele tossiu cansado e colocou a mão no peito. Parecia sentir alguma dor mas se afastou de mim ligeiramente inquieto.—só preciso de um tempo.
--Mari.—Marga me chamou para a janela que ela vigiava e ela com aquela arma na mão ate me dava uma segurança mas a cara dela como se matutasse algum plano naquela cabecinha louca me deixou em alerta.
--o que foi??
--a gente tem que cair fora daqui.
--eu sei..
--não, tem que ser agora.
--por quê?
--pressentimento.
--acha que blaze esta por perto?
--....a gente precisa sair daqui.—disse ela já pirando apenas por estar parada e tive que segurar ela no lugar para me ouvir.
--não!
--o que?!—ela respondeu tão indignada que sua voz parou nos ouvidos dos velhos que nos olharam estranhamente curiosos tentando disfarçar a curiosidade para tanto espanto.—eles estão por aqui garota, não importa o que aconteça aqueles tiros foram ouvidos por toda essa região sem contar os infectados.se esses fodidos nos acharam eles vão nos achar.Blaze conhece a cidade como a palma da mão e não vai demorar para estar aqui!
--...estamos em campo aberto..talvez..eles não saibam de onde veio talvez nem estejam por aqui!
--quer contar com a sorte?
--só não quero deixar os velhos aqui e blaze dar uma de coringa e fuzilar os dois!
--viu só? acho que isso é tão real pra você quanto é pra mim!
--não pira Marga, não agora!—acho que desta vez fui eu a falar mais alto e a senhora veio a mim com uma cara preocupada querendo respostas.
--estão fugindo?—perguntou ela a nós e ficamos em silencio.
--eu sabia.—Arthur saboreou estar certo.
--não vai acontecer nada a vocês.—a senhora nos tranquilizou mas com Marga era impossível.
--esta prometendo coisas demais. Não faça isso.—respondeu ela mais que ansiosa.
--Marga. É um problema nosso!eu não vou permitir que eles se machuquem.
--olha pra eles Mari,isso já aconteceu!
De repente o motor de motos e caminhões se fez presente lá fora e paralisei ao ouvir os gritos animados e uivos que aquela trupe de malucos fazia.
--fechem as luzes. Rápido.—Marga ordenou e a senhora correu para atender.—se abaixa Mari.—ela destravou a escopeta e me entregou sua pistola e mais uma vez eu tinha que por minhas morais de lado.
--esses miseráveis..—tossindo o velho pegou seu rifle e veio ate uma das janelas para espiar.—não vou permitir que destruam minha casa.
--fica na tua velho,eu vou cuidar disso.
--mais do que já fizeram a nós??vão para a passagem e fiquem por la ate eu terminar com esses perus de baile na minha fazenda.
--passagem?
--temos um esconderijo. Aqui na cozinha. Me ajude Mari.
Segui ate a cozinha e a senhora começou a puxar o armário ao lado da pia e assim que puxamos de seu lugar se abriu no piso uma passagem talhada em pedra com degraus, escura como a noite.
--para onde leva?
--para um poço la fora alguns metros da casa. Fizemos isso há muito tempo atrás em casos como..esse.
--é isso..reúna algumas coisas e entre.
--e você??
--eu vou ajudar.—destravei a pistola e voltei a sala e para surpresa de Marga e do velho eles me lançaram um olhar curioso.
--vai ter que incorporar aquela puta vingativa porque se for ficar de choro..
--eles que se fodam.pela minha mãe e por todas.
Marga sorriu animada e nos posicionamos em locais estratégicos da casa. Marga e eu ficamos naquele andar e o velho Arthur quis subir para o andar acima e com seu rifle ele teria uma boa visão de todos la fora.
--mire pra derrubar Mari.
O buzinado la fora estava ensurdecedor mas assim que me posicionei em outra janela encontrei blaze e seus motoqueiros dando voltas na casa.eu não podia vacilar.
Logo,Blaze desceu da moto e era todo sorridente e aquele riso me incomodava. Era cheio de pura maldade.
--foi um bom plano fugir da cidade e foi muita sorte também.—dissera ele.—me fizeram revirar a porr* das cinzas do morro da prata como se fossem ratas assustadas!(rs) felizmente são duas ratas podres fedendo a merd*.essa merd* que sempre vai deixar marcas por onde passarem. Os garotões não deram muita sorte ein?vamos testar a minha.(rs)
Todos gargalhavam e estavam empolgados com o grande jogo de blaze.
--eu vou soprar e essa casa vai cair.(rs) eu sei que minhas porquinhas estão aqui e eu estou louco para comer bacon.
Uma movimentação começou.molotovs foram criadas com garrafas de bebida e gasolina e logo eles tinham bombas. Das caminhonetes eles criaram uma barreira e armas surgiram.
--que ótimo. Teremos que se criativas de novo.
--criativas? Eles vieram para uma guerra!—ver aquilo me desesperou.
--não esperava por menos.
De repente um tiro alto foi disparado e vi Blaze cair sentado em uma poça de lama. Sua bochecha esquerda sangrava e Arthur errara por pouco o tiro na cabeça desse nojento.
Seu semblante se modificou de uma grande surpresa para uma fúria assustadora ao procurar de onde o tiro viera.
--saiam da minha fazenda seus filhos de putas arrombadas!!saiam!!!—gritou o velho da janela e ele só podia ter perdido o juízo.
--matem todos!!!—a voz de blaze saiu esganiçada a nos condenar.
Tiros e mais tiros foram disparados e parecia que aquelas paredes de madeira iriam cair sobre nós.eu sentia pedaços de madeira voando contra meu rosto e tive que me sentar ao piso para me proteger. Marga contudo, atirava sem hesitar revidando o ataque e quando me ergui para espiar pela janela encontrei Blaze lançando um molotov contra a casa enquanto atiçava a todos.
Com uma coronhada, quebrei o vidro da minha janela e atirei tentando acerta-lo porem lembrar da minha mãe me fazia tremer de raiva. Lembrar que ela estava naquela pilha de cinzas por causa dele me fazia continuar gastando minhas balas fazendo-o correr para se proteger. Aquele fodido escapou das minhas balas.
De repente senti uma explosão do vidro quebrando sobre mim e um braço forte me agarrou e foi ai que Marga pegou a escopeta e mirou na minha janela atirando contra o homem.eu ia ficar surda ate o fim daquela batalha isso se estivesse viva.
--tudo bem?
--..to.
--me ajude a empurrar os armários nas janelas.
Fomos rápidas empurrando e fechando as janelas porem não era o bastante. Eles começavam a invadir a varanda da casa.
--saiam suas vagabundas!!daqui é direto pro colo do capeta!—blaze gritou a rir.
--tive uma ideia mas vai atrair os contaminados.
--certeza eles já sabem dessa festa.
--então me cobre.—ela me deu a escopeta e segui para as janelas que eram quebradas e se enchiam de braços tentando derrubar nossos bloqueios.—enche esses desgraçados de buracos.—Marga foi furiosa para a cozinha e nisso respirei fundo já disparando contra os braços que apareciam.
Os gritos ficavam bem evidentes quando eu acertava e logo a porta se tornou um alvo atrativo para eles e escutei os chutes que arrombaram a porta. Me virei tão rápido que tudo que vi ao atirar foi um grandão parado na porta e não entendi porque tudo ainda estava silencioso. As balas haviam acabado.
Ele riu vindo na minha direção porem me levantei e a escopeta virou um bom utensilio para soca-lo na cara dele. Ele caiu no chão e nem pude comemorar com uma maluca pulando sobre mim com uma faca. Ela me derrubou no chão mas eu a segurava bem.
--sua vadia, ele é meu namorado!!!—gritou ela sobre mim enlouquecida contudo um chute acertou a cara dela e Marga mais uma vez me salvou.
--você vai perder o presentinho que eu preparei mas tudo bem eu te dou outro.—Marga entregou a ela um tanque de oxigênio e a empurrou para fora da casa e nem sei como a burra não soltou isso quando quase caiu das escadas da varanda olhando estranhamente incrédula com aquilo em mãos,já marga rapidamente atirou e a explosão foi potente e a mulher gritou em chamas. Os contaminados teriam que estar surdos para não ouvir.
De repente um grito do primeiro andar.
--vai ver o Arthur.eu cuido deles.
Segui ate o primeiro andar e encontrei o velho saindo do quarto sangrando.
--fui...baleado por aquele filhote de cruz credo!
--tudo bem, não perfurou nada acho. Vou te levar pra senhora.
--o teto esta pegando fogo. Eles estão queimando a..casa!—passando pelo corredor voltando para a escadaria vi que não era só o teto em chamas mas os outros quartos já começavam a queimar e estava impossível ficar ali com tanta fumaça.
O levei para a cozinha e abri a passagem secreta que a senhora me mostrou.
--Arthur!!?
--fiquem aqui ok.estão seguros.
--fique ai também Mari!!—mandou marga mas isso não era o que eu queria ouvir.
--o que?!
De repente ouvi uma luta na sala e o calor que aquela casa fazia estava piorando. Estava parecendo uma sauna de tão quente.
O fogo certamente estava tomando de conta de tudo porem não hesitei e voltei encontrando Marga brigando com blaze.ele tinha derrubado a barricada na janela e estava ali com sua faca tentando matar Marga.os outros que ainda vivos la fora apenas gritavam animados espiando pelas brechas e buracos nas paredes e janelas. Eles batiam nelas como se tudo aquilo fosse um jogo doentio que eles amavam.
--sai daqui Mari!
--não.
--os porquinhos vão queimar aqui dentro e vamos ter bacon torradinho! Vou adorar comer a sua bundinha Marga.frita e bem passada!!
--(rs) olha em volta Blaze,achou mesmo que eu não te mataria? Logo você, que arruinou meu morro, matou meus amigos por essa cara feia?
Eles se atracaram e nem tinha como ajuda-la com toda aquela merd* deles. Socos e golpes de facas dadas no ar e eu temendo por ela se machucar com aquele pirado.
O lugar estava um verdadeiro inferno de quente mas peguei a escopeta no piso e vendo blaze derrubar Marga ao piso, tentando cravar aquela porr* de faca nela eu segurei bem aquela arma.com aquele sorriso maníaco dele vendo a ponta se aproximar do seu peito com toda sua força me encheu de ódio.me aproximei e com tudo que eu tinha acertei a cara dele com o cano da arma e Marga o segurando com seu corpo amolecido pela pancada o arremessou para longe na sala.
Ele não conseguia se levantar e o sangue que pingava no chão não era pouco. Estiquei minha mão a Marga e ela segurou minha mão e a ergui. Ela me olhava surpreendida mas pegou a faca no chão que blaze deixou cair e ficou calada e não digo também que estava impressionada comigo mesma porem os gritos animados da turma de blaze que ainda estava do lado de fora mudaram para os gritos esganiçados misturados ao barulho dos infectados. Eles tinham chegado e agora atacavam os que restavam.se antes eles queriam nos ver queimar naquela casa agora tentavam entrar para fugir dos ataques tentando arrancar o bloqueio desesperados.
--anda a gente tem que sair daqui.—Marga me guiou de volta a cozinha no meio de toda aquela fumaça e assim que saímos da sala me vi entrar na cozinha sozinha.
--Marga?
Voltei meus passos encontrando Marga e blaze mais uma vez a brigar porem desta vez Marga foi rápida ao se soltar de seu acocho no pescoço e com uma virada a lamina de sua faca cortou o pescoço de blaze com precisão.
Ele tombou recuando tentando impedir o sangue de sair porem era inevitável. Ele sorria a nós e de sua boca mais sangue saia.
--vamos.—Marga me puxou e o barulho na porta e janelas onde os bloqueios se destruíam só me apressaram.
Entramos na passagem e assim que pulamos para seu interior puxamos as cordas que fechavam a passagem da cozinha e a escuridão nos cercou depois do barulho de tudo se quebrando acima de nós
Fim do capítulo
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PaolaPalacio
Em: 08/03/2023
A história está aparecendo como finalizada. É esse mesmo o final? Terá uma segunda temporada? Pode me esclarecer por gentileza
Resposta do autor:
Oi Paola e ainda bem que você me falou porque eu não tinha reparado que estava como finalizada mas respondendo sua pergunta. Eu queria ter separado as temporadas mas já estamos na segunda. A primeira foi finalizada quando elas deixaram o morro da Prata e foram capturadas se me lembro.

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