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Abrigo por Cristiane Schwinden

Ver comentários: 8

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Palavras: 3073
Acessos: 1674   |  Postado em: 16/02/2023

Capitulo 23

Capítulo XXIII

 

Francine estava sentada num banco de madeira no terminal rodoviário, assistia de forma apreensiva as pessoas transitando de um lado para outro, mas sem prestar atenção de verdade. As mãos suavam e tremiam levemente, já havia feito todos os exercícios respiratórios que Clarisse lhe ensinara no ano passado, aquele início de fevereiro trazia um dia abafado.

No grande relógio amarelado no alto do terminal o ponteiro maior chegava novamente ao topo, percebera que já era sete da noite, o horário que havia marcado de aparecer na casa da médica. Sentia vontade de chorar e raiva de si mesma por estar ali naquele banco paralisada há mais de uma hora, abraçada na mochila nova. Guardara o celular silenciado para não ver as mensagens de Clarisse chegando.

Durante toda a semana planejou incessantemente como seria aquela noite de sábado, assistiu mais de dez vezes ao vídeo culinário do prato que pretendia fazer, fez várias anotações em seu caderno vermelho. Fez contagem regressiva todos os dias com Amanda, e naquele sábado acordara antes do horário normal, distribuindo sorrisos gratuitos a todos na pensão.

não esqueça de trazer o que você precisar para dormir, já arrumei o quarto dos meus pais para você

Depois desta mensagem, recebida no meio da tarde, Francine sentiu toda insegurança do mundo desabando em sua cabeça. Haviam trocado algumas mensagens durante o dia, mas aquela ativara algum gatilho, que mudou radicalmente sua alegria em ir para a casa de Clarisse.

O último ônibus para Cotia partiria dentro de meia hora.

As sete horas Clarisse foi até a janela da frente de sua sala e deu uma espiada colocando as persianas para o lado, o muro era baixo, e acima dele havia um metro de grades pontiagudas, que permitiam ver a rua vazia e silenciosa.

Virou-se para dentro e achou algumas coisas para arrumar ou limpar, sempre haveria algo para arrumar ou limpar, principalmente quando se sentia ansiosa.

Meia hora se passou, a médica continuava sozinha em silêncio em sua imensa sala de estar, fitava a TV desligada com o celular apertado entre seus dedos. O coração palpitou quando a tela se acendeu, leu a mensagem rapidamente, no texto apenas alguns nomes de livros e identificações de páginas e capítulos, a mensagem era de Roberta. Francine havia prometido tomar o ônibus às seis da tarde, o trajeto levava uma hora, à medida que o tempo passava se dava conta que Francine não estava atrasada, ela apenas não viria.

Às oito foi até a cozinha e guardou a carne de volta no freezer, guardou mais alguns ingredientes, abriu o vinho branco que estava sobre a pia e o despejou numa taça. Retornou à sala, porém agora com a TV ligada e a companhia de uma taça cheia de vinho. Prometeu para si mesma em voz alta que aquela seria a última vez que tentaria ligar para Francine.

Dessa vez não tocou até cair na caixa de mensagens, o celular estava desligado.

“Eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.” Pensou tristemente fitando o celular ao seu lado.

Minutos depois foi até a cozinha e reabasteceu sua taça, sentou em sua cadeira giratória no ateliê, que também era seu escritório, ligou o notebook e releu a mensagem de Roberta, anotando tudo num bloco ao lado. Olhou para a janela quando percebeu o barulho da chuva.

como está o jantar?

Era uma mensagem de Claudia.

não sei, ela não veio

por que?

não sei

tentou falar com ela?

tentei, ela não quer falar comigo

sinto muito, cisse

achei q poderia dar certo

vem pra cá, miriam está cozinhando

obrigada, mas vou ficar aqui com meus livros e estudos, depois faço um sanduíche

não fique tristinha, confie nas forças do universo

amanhã estarei melhor, obrigada

ligue se precisar de algo, fica bem, querida

Clarisse despediu-se enviando uma última mensagem, largou o celular na mesa e repousou o rosto em suas mãos. Suspirou e se concentrou nos estudos, fazia pesquisas na internet, mas era difícil encontrar concentração suficiente.

Sobressaltou com o barulho da campainha, foi até a cozinha e atendeu o interfone.

— Sim?

— Sou eu, posso entrar?

Francine parecia esbaforida, o coração de Clarisse disparou. A médica não respondeu, apenas apertou o botão que abria o portão frontal e dirigiu-se à porta de entrada, a destravando.

— Foi mal, desculpe o atraso. — Francine disse rapidamente quando Clarisse abriu a porta, estava parcialmente molhada da chuva e sacudia os braços, respingando um pouco em Clarisse.

— Achei que você não viria mais, aconteceu algo?

— Não, foi maluquice minha. Tá tarde, né? Eu não deveria ter vindo, você já deve ter jantado e tudo.

— Entre.

Francine estava insegura, hesitou a entrar na casa, segurava com força as alças da mochila que estava em suas costas.

— Vamos, entre, querida. — Clarisse falou agora num tom carinhoso, Francine entrou sem diminuir o semblante tenso.

— Você se atrapalhou com os horários de ônibus?

— Não, na verdade... Meu, às vezes eu me odeio.

— Pode colocar a mochila no sofá. Você estava em dúvida se deveria vir? Foi isso?

— Tipo isso. Olha, eu estava empolgada para vir, mas você mandou uma mensagem e achei que você não queria que eu viesse, que só tinha aceitado por educação, eu entrei em parafuso, fiquei lá paralisada no terminal de ônibus. Me desculpe. — Terminou baixando a cabeça.

— Qual mensagem?

— Dizendo que você já tinha arrumado o quarto para mim.

— E você achou que eu não te queria aqui? Se eu não quisesse teria deixado bem claro.

— Essas inseguranças que eu tenho... Eu encho minha cabeça com essas nóias... Você deve estar puta comigo, eu prometi chegar às sete e cheguei quase nove.

— Vem cá. — Clarisse a abraçou forte.

— Hey, estou molhada!

Clarisse ignorou o alerta.

— Não estou chateada com você, estou feliz que você tenha vindo.

— Não está mesmo?

Clarisse a soltou.

— Não, só estava preocupada, você não me atendia, nem respondia as mensagens.

— Eu estava com medo.

— De que?

— De você.

— Medo de mim? Que eu te obrigasse a vir?

— De magoar você, na verdade... De ter certeza que você estava decepcionada comigo.

Clarisse pousou uma mão no ombro da adolescente e começou a falar calmamente.

— Boa parte da sua insegurança podemos resolver com uma boa conversa, você já me conhece, já sabe que não mordo. E agora não sou mais sua médica, você pode conversar sobre qualquer coisa comigo, não há mais nenhuma hierarquia entre nós, agora nós conversamos de igual para igual. — Afagou seu ombro. — Da próxima vez atenda o telefone, eu prometo ter toda paciência do mundo e não te recriminar, tá bom?

Francine esboçou um sorrisinho e abraçou a médica novamente, enfiando o rosto em seu pescoço.

— Quer preparar a janta ou ligo pedindo uma pizza? — Clarisse perguntou.

— Você não jantou ainda?

— Não, mas tudo bem se não estiver a fim de cozinhar.

— Mas se eu quiser fazer, posso?

— Claro, mas você tá molhada, não quer tomar um banho ou se enxugar?

— Quero.

Quando Francine saiu do banheiro do quarto dos pais de Clarisse, encontrou a médica sentada na cama, mexendo no celular.

— E aí, vamos cozinhar? — A jovem perguntou, já vestida com outra muda de roupa e os cabelos molhados.

— Vem cá, te ajudo com os ingredientes.

Já na cozinha, Francine dava uns passos curiosos observando tudo que tinha a sua disposição, adorava esse mundo da culinária que via na TV e na internet, que parecia tão distante de sua realidade.

— Pronto, está tudo sobre a mesa, se precisar de alguma orientação ou dica nem adianta pedir para mim, não sei como se prepara isso. — Brincou.

— Eu fiz a lição de casa, já sei fazer direitinho na teoria.

— Fique à vontade, a cozinha é toda sua. — Clarisse puxou uma cadeira e sentou-se, observaria a cozinheira da noite.

Francine teve seu segundo momento de paralisia naquele dia, postou as mãos sobre a carne que estava já na bancada, segurava uma faca. Novamente o medo de decepcionar imobilizava seu corpo.

— Quer ajuda para cortar a carne?

— Você já comeu esse prato antes?

— Sim, algumas vezes.

Francine se virou, fitando a médica.

— Não vai ficar parecido, talvez fique horrível.

— Daí a gente pede uma pizza. — Respondeu com tranquilidade, levantou e resolveu fazer algo para deixá-la menos insegura. — Acho que minha presença está te intimidando.

— Não.

Clarisse se aproximou, envolveu sua cintura.

— Vou lá dentro resolver umas coisas da minha pesquisa, depois eu volto, tá bom?

— Eu vou ficar sozinha?

— Só um pouquinho, para você ficar à vontade.

Clarisse voltou ao ateliê e desligou o computador, não tinha a intenção de trabalhar em suas pesquisas, queria só dar um tempinho para que Francine se acalmasse. Mandou mensagem para Claudia atualizando o status da noite.

chegou um pinto molhado aqui em casa agora há pouco

então sua pintinha finalmente veio?

veio, está lá na cozinha preparando nossa janta

miriam está aqui do meu lado dizendo para você cortar o videogame dela como castigo

pode zombar, ela será uma grande chef de cozinha algum dia

e sommelier de coroa carente

q?

desculpe, miriam roubou o celular da minha mão e digitou essa besteira

quantas garrafas?

estamos na terceira

imaginei.

Clarisse interrompeu o chat quando recebeu uma ligação de Sabrina.

— Tudo bem por aí? — A médica perguntou polidamente.

— Tudo, só queria acertar com você algumas coisas da festinha do João, posso contar com você para cuidar do bolo e dos salgados?

— Sim, eu já disse que encontrei um lugar que faz os salgadinhos que queremos.

— Eu estou achando que vai faltar, qual o tamanho desses salgados? Devem ser minúsculos.

Clarisse suspirou profundamente.

— Se importa da gente conversar sobre isso amanhã? O aniversário dele é no início de abril e estou com dor de cabeça agora.

— Por que a pressa? Tá com prostituta em casa?

— É sábado à noite, Sabrina, vá fazer algo legal, dormir, namorar, sei lá...

— Não, diferentemente de você eu sou responsável e vou continuar cuidando dos detalhes da festinha.

— Até amanhã, mande beijos para os meninos.

Desligou a ligação e levou o aparelho até a testa com ambas as mãos.

— Ela não vai estragar minha noite. — Bufou.

Murmurou sozinha e resolveu voltar à cozinha. Viu a adolescente fazendo algo com esmero na bancada, que ao perceber a entrada de Clarisse olhou para trás e entregou um sorriso, correspondido.

— Desculpa a bagunça. — Disse já de volta aos afazeres. — Arrumo tudo depois.

— Não se preocupe com isso.

— Já selei a carne, tô preparando o molho.

Aproximou-se por trás e a envolveu pela cintura, beijando seu pescoço.

— Encontrou tudo que precisava?

— Uhum. — Respondeu nervosamente.

— Já relaxou? — Disse pertinho da orelha dela.

— Já. — Largou os utensílios, esfregou as mãos no pano de prato e virou-se para trás.

— Tá com medo que eu tenha alguma crise e quebre sua cozinha chique e seus eletrodomésticos caros? — Brincou após passar os braços por trás do pescoço de Clarisse.

— Não me importo com prejuízos materiais, docinho. Me preocupo com sua saúde, com o estado que você fica após os ataques.

— Eu tô de boas, juro.

Clarisse a apertou ainda mais no abraço.

— Me dá um beijo?

Francine balançou a cabeça concordando e a beijou. Demorado, com sabor de saudade sendo matada, com as peripécias de um piercing ali no meio, ambas estavam mais felizes e relaxadas ao final.

— Achei que você não ia querer ficar comigo hoje. — Francine falou com o rosto enfiado no ombro dela.

— Estou fazendo esse grande sacrifício de ficar com você apenas pelo jantar, quando a comida estiver pronta vou levar meu prato para o quarto e me trancar até amanhã. — Riu.

— É só um filé, Clarisse, não vale o esforço. — Ergueu a cabeça e disse entrando na brincadeira.

— Gosto quando me chama pelo meu nome.

— Estou me acostumando, ainda soa estranho para mim.

— Ok, moça, vou deixar você terminar, vou ver TV na sala, a mesa já está posta.

— Te aviso quando terminar.

— Não beba do vinho, tem suco de uva na geladeira para você.

— Você bebeu desse vinho, deu pra sentir quando te beijei.

— Se você não tivesse aparecido provavelmente teria bebido toda a garrafa.

Meia hora depois o jantar foi posto e as duas fizeram uma refeição descontraída. Clarisse continuou bebendo vinho, sua acompanhante bebeu um litro de suco de uva.

Para felicidade da jovem aprendiz de chef, Clarisse adorou sua comida, ela realmente levava jeito para a coisa, mesmo com pouquíssima experiência. Se dividiram nas tarefas de limpeza da cozinha, Clarisse assumiu a louça, só confiava nela própria e em Deise, a senhora que arrumava sua casa toda quarta-feira, para lavar sua louça. Depois de algum tempo assistindo TV, cada uma em seu sofá, a médica esperava Francine tomar alguma iniciativa.

Como não houve nada em quarenta minutos assistindo um programa de variedades na TV, resolveu arriscar.

— Fran?

— Oi.

— Não quer deitar aqui comigo?

— Deitar? — Havia um dilema tirando a paz da jovem. Ao mesmo tempo ela desejava dia e noite fazer sex* com a médica, e também morria de medo.

— Pra ver TV aqui comigo, o sofá é largo. — Ajeitou umas almofadas e deitou. — Vem.

Foi meio desajeitada que Francine acomodou-se ao lado de Clarisse, quando finalmente achou que estava encaixada e pronta para voltar a ver TV, a médica virou-se ficando por cima dela.

— Eu ainda não entendi qual sua definição para ficar. — Clarisse brincou, sentia a garota nervosa.

— É tipo isso.

Clarisse a beijou devagar, sentindo cada nuance do beijo e dos afagos que recebia na nuca. Fazia tempo que não se sentia tão bem com alguém. Estava adorando sentir o corpo de Francine colado ao seu, todo seu calor e excitação, e um boa dose de nervosismo.

— Que bom que você veio. — Clarisse disse ainda por cima dela.

— Que bom que eu vim. — Respondeu rindo.

— Adorei te ver cozinhando, você é uma chef talentosa.

— Eu tava meio nervosa no começo.

— Eu sei, por isso te deixei sozinha.

— Tô nervosa agora também, mas não me deixe sozinha.

“Será que fui com muita sede ao pote?”

— Não tem motivos pra ficar nervosa. — Clarisse saiu de cima dela, deitando ao seu lado. — Vem cá, deita aqui comigo.

Lá foi a adolescente se aconchegar de forma desajeitada sobre o ombro da médica, que estava torcendo para que ficasse menos tensa.

— Ops. — Francine desculpou-se ao colocar por instinto a mão sobre o peito de Clarisse, tirando prontamente dali e pousando sobre suas costelas.

— Lembra aquela vez que subi na caixa d’água e quase te matei de susto? — A medica começava, de mansinho.

— Uhum.

— Você me pediu um conselho.

Francine levou uns segundos para responder.

— Pedi.

— Se recorda do que te respondi?

— Não faço seu tipo. — Respondeu imitando a voz de Clarisse.

— Só lembra disso? — A médica começou a acariciar sua cabeça e a garota fechou os olhos com a sensação agradável.

— E você disse para esperar alguém que eu quisesse de verdade.

— E também disse para você fazer o que você tivesse vontade.

Ela abriu os olhos, hesitou.

— Eu tenho vontade de fazer um monte de coisas com você.

— Isso não é bom?

— É meio assustador.

— Você pode passar o resto da noite aqui do meu ladinho, se quiser.

— Tá bom.

Cinco minutos de silêncio depois, Clarisse mudou os afagos para o braço dela, que se arrepiou. A experiente médica sentia-se num jogo de xadrez. Um movimento surpresa e aparentemente inofensivo começou a mudar o jogo.

— Eu adoro teu cheiro. — Francine murmurou enquanto corria o nariz e os lábios no pescoço de Clarisse.

— Hoje não coloquei perfume.

— Eu sei, eu gosto do teu cheiro de verdade.

Os beijos vieram tímidos, deixando Clarisse torcendo para que aqueles beijos encontrassem sua boca. E assim se fez.

Como o fogo que se inicia, trêmulo e cauteloso, o beijo foi tomando forma, ganhando volume, calor. O corpo magro e quente foi se esgueirando para cima dela, sem planejamentos, um beijo que aniquilava razões, que fez Clarisse soltar um gemido quando sentiu a mão de Francine correndo por seu pescoço, nuca, cabelos.

Tempos depois, à vontade e acesa, Francine cessou o beijo e lançou um olhar travesso, tinha as bochechas avermelhadas. Todos os anteriores tinham o receio de findar e não ganharem sequência. Aquele beijo foi diferente, demorou o tempo que precisavam.

Parecia que Francine queria dizer algo, Clarisse afagou seu rosto à espera.

— Tomei um litro de suco, eu realmente preciso ir no banheiro fazer xixi.

Disse e saiu correndo.

Clarisse riu e sentou no sofá, pegou o controle da TV a procura de algo para assistirem.

— Posso pegar mais suco? — Francine voltou à sala.

— Claro.

Francine retornou da cozinha com um copo cheio de suco, estava transbordando, para pânico de Clarisse, seu sofá creme e o tapete bege.

— Cuidado com esse copo, mancha de uva não sai.

— Relaxa.

A tensão havia mudado de lado.

— Quer um guardanapo?

— Não, tô de boas. — Francine mudou para o sofá onde Clarisse estava. — Você tá apavorada, né? — Ergueu o copo rindo.

— Não.

— É engraçado, você é tão centrada, mas tem esse lance meio maluco com sujar as coisas.

— É TOC, mas está sob controle. — Clarisse não achou engraçado.

— Tá bom, não quero te estressar. — Bebeu de uma vez o restante do copo e o largou vazio ao lado do sofá. — Não quero ir pra cama sem um beijo de boa noite.

— Já vai dormir?

— Não, você vai?

— Também não. — Respondeu Clarisse.

As duas se entreolharam em silêncio, frente a frente no sofá. Francine pulou para cima da médica, a tomando num beijo apaixonado. Tensão dissipada em ambos os lados, o jogo recomeçou com mais ardor.

Fim do capítulo


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Comentários para 23 - Capitulo 23:
thays_
thays_

Em: 21/02/2023

Gosto que sua escrita é imprevisível, a gente nunca sabe de verdade o que pode acontecer. Não vejo a hora de ler o próximo capítulo!

Responder

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mtereza
mtereza

Em: 17/02/2023

Nossa que bom que a Fran foi agora é só deixar rolar rsrs amei o capítulo bjs Cris bom carnaval.


Resposta do autor:

Esse deixar rolar que vai ser mais complexo do q o imaginado... rs

Responder

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Christina
Christina

Em: 17/02/2023

Insegurança mais crise de ansiedade quase fodeu com tudo, mas felizmente a Fran foi e a Clarisse teve muita paciência, ufa. 

a menina Fran tem talento pra gastronomia, seria muito legal se ela tivesse uma oportunidade no ramo gastronômico.

As duas estão sedentas hahaha... Aodrei o cap!!! aguardando o próximo com mt ansiedade :) 


Resposta do autor:

O irônico é q Clarisse precisa de paciência agora, mas daqui a pouco será Francine que precisará de muita paciência com a médica... rs

Fran vai conseguir praticar bastante na cozinha, como ela gosta.

Grande abraço!

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 16/02/2023

Aí Francine. Pensei que ela não fosse. Mas que fogo. Agora vai e a senhora acaba o capítulo. Ok. Bora aguardar o próximo. Bjs


Resposta do autor:

O fogo ali vai transbordar, Clarisse q se cuide... rs

Abraços!!

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 16/02/2023

Oieee

 

Nossa, eu tô sensível hj. Fran me fez lembrar das minhas crises... Foi bem tenso aqui desse lado!!! Umas noias do cão....mas hj ela lidou bem!!!!!

Eita que esse jantar foi cheio de beijos, mas Fran tava tensa, saiu correndo c essa do suco!!!

Mas agora vai,n?!! O final pare-feu que sim!

Milena e essa coisa de prostituta...eu hein!! Qualquer uma q a outra fique , ela fala coisas ofensivas, seibquebaidna gosta dela e a culpa, mas, tá grandinha pra isso e já faz tempo... supera!!! E adora colocar coisas tipo: deferente de vc tenho responsabilidade...pra q pergunta se dos faz TD do jeito dela!! Aff

Bem, qndo Sabrina souber de Francine...o pau vai comer....

Vamos ver o q vai passar c Fran e Clarisse... vai rolar ou n e o dps.... Pq Fran vai ter kts noias!!

Beijos


Resposta do autor:

Esse romance dá uns gatilhos de leve né? Mas prometo que sempre pegarei leve ;)

E aí, agora vai ou não vai? Eita espera danada!

Já to preparando o ringue de boxe pra quando Sabrina descobrir sobre Francine.

Grande abraço!!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 16/02/2023

Misericórdia senhor salva essas duas vai na fé.kkkkkkk

 

 


Resposta do autor:

É devagar, é devagarinho... rs

Abraços!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

HelOliveira
HelOliveira

Em: 16/02/2023

Aí que susto achei que a Fran não ia ....

Que lindo amei o capítulo.....


Resposta do autor:

A coisa é aos trancos e barrancos mesmo! rs

Abraços e obrigada por ler :)

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 16/02/2023

Tem como não amar essa estória?? 

A cada capítulo aprecio mais e mais!


Resposta do autor:

Ohhhhh muito obrigada pelo carinho <3

Abração!

Responder

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