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Abrigo por Cristiane Schwinden

Ver comentários: 9

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Palavras: 2997
Acessos: 1814   |  Postado em: 07/01/2023

Capitulo 14

Capítulo XIV

 

 — Acho que podemos encerrar a sessão, certo? — Clarisse recostou-se na poltrona do seu consultório, ao final do tempo com Francine, que estava deitada no sofá.

— Já passou do horário, né? O tempo voa quando converso com você.

— Passou um pouquinho.

A jovem levantou do sofá, calçava seus tênis sentada.

— Fran, pode ficar mais um minuto? Preciso conversar com você.

— Claro. É sobre alguma merd* que fiz?

— Não, mas eu realmente espero que você receba bem o que tenho para falar.

O semblante de Francine ficou tenso rapidamente, a respiração acelerou.

— O que foi?

— Eu não posso mais ser sua médica.

— Por que?

— Nosso relacionamento profissional seria prejudicado por nossa atual relação interpessoal.

— Traduzindo...

— Fran, você admitiu que sente algo mais por mim, isso é motivo suficiente para impedir que eu continue sendo sua psiquiatra.

— Faz de conta que eu não gosto de você.

— Não é assim que funciona.

— Poxa... — Francine esfregava a sola do tênis no piso, chateada. — Mas eu não tenho culpa.

— Não estou te punindo, estou fazendo isso para nos proteger.

— De que?

— Das más línguas. Você é jovem demais, ainda não tem ideia do quanto as pessoas próximas podem nos fazer mal.

— Não estamos fazendo nada, eu já estou no processo de desencanar de você.

— Por pura inocência você já deve ter comentando sobre isso com outras pessoas, esse tipo de assunto se espalha, e pior do que se espalhar, é como vão distorcendo as coisas durante o processo.

— Você está dizendo que eu tenho a língua solta ou é impressão minha?

— Estou. Não que você faça isso por mal, mas é por inocência.

— Que droga...

A médica saiu da poltrona, sentou ao seu lado no sofá.

— Não pense nisso apenas na defensiva, tente enxergar além, que essa decisão vai te deixar mais livre. — Clarisse tentava psicografar uma mensagem subliminar, mas Francine não estava captando.

— No sentido de eu estar livre para gostar de outra pessoa?

— Também.

— Tá bom, eu entendi. — Disse magoada.

— Isso não significa que a gente precisa parar de se falar.

— Ainda podemos trocar mensagens?

— Podemos conversar pessoalmente também, fora daqui, como amigas.

— Podemos? — Francine se animava.

— Por que não?

— Massa.

— Eu já conversei com um amigo, Ricardo, que também é psiquiatra, ele vai atender você a partir da semana que vem, tudo bem?

— Ele é legal?

— Muito, ele é um excelente profissional, e tem boa experiência com pacientes homossexuais, inclusive ele também é.

— Ele é gay?

— Sim, e casado com um cara dez anos mais velho.

— Acho que podemos nos dar bem. — Francine riu.

— Você vai adorar Ricardo.

— E como ficam as terapias em grupo?

— Se importa de mudar de grupo? Falei com Roberta, minha parceira de pesquisa na USP, ela atende dois grupos no hospital universitário, quinzenalmente, tem interesse? Roberta é uma referência no assunto, não só no Brasil.

— Tudo isso é de graça?

— O de Roberta é de graça, as consultas com Ricardo serão por minha conta.

— Não quero que você gaste dinheiro comigo.

— Sou eu que estou desligando você do meu tratamento, então a responsabilidade de prover atendimento gratuito é minha, não se preocupe com isso, até porque Ricardo está se recusando a aceitar que eu pague.

— Então tá. Se você me promete que não vamos parar de conversar, tudo bem.

— Prometo sim.

— Posso ir?

— Tenho um último assunto.

— Caralh*, lá vem mais bomba.

— Seu aniversário é daqui treze dias, dia 19, certo?

— Isso.

— Vai fazer algo?

— Nunca faço nada, só ando de skate por aí e como um dogão.

— Quer ir numa pizzaria?

— Não tenho grana para isso.

— Por minha conta, e você pode chamar mais três amigos, também por minha conta.

— Sério?

— Que acha?

— Mano, seria muito da hora! Mas vai te dar um preju.

— Vamos num rodízio, daí vocês comem à vontade.

— Sua namorada vai?

— Não.

— Fechou. — Estendeu a mão para um cumprimento que a médica já estava se acostumando.

***

— Obrigada pelo almoço, doutora. — Francine terminava de comer num restaurante próximo ao abrigo.

— De nada. Se quiser pegue um sorvete ou picolé ali. — Apontou para próximo do caixa.

— Posso?

— Vai lá.

— Quer algo?

— Não.

Francine voltou para a mesa com um potinho de sorvete, e perguntou ainda de pé.

— Temos que voltar?

— Não, ainda temos um tempinho, a não ser que você queira ir.

— Que nada. — Sentou-se rapidamente.

— Do que é isso?

— Flocos, quer?

— Uhum.

Clarisse deu duas colheradas e a devolveu.

— Posso te perguntar uma coisa pessoal? — Francine começou.

— Pode.

— Aquela moça ruiva que eu vi na saída do teatro é sua namorada?

— É sim.

— Qual o nome da sortuda?

Clarisse acabou rindo.

— É Milena.

— Ela é da sua idade?

— Cinco anos mais velha.

— Ela é mó bonita e elegante.

— Também acho.

— Namoram há quanto tempo?

— Quatro meses.

— Então você já estava no abrigo quando começaram?

— Sim. Algo mais?

— Ela tem filhos também?

— Uma filha e uma neta.

— Neta? Ela não tem cara de vó.

— E vó tem cara?

— Acho que tem.

— Você conheceu suas avós?

— Só a materna, a paterna morreu antes de eu nascer.

— Você tinha contato com sua avó materna?

— Sim, ela morava na frente do terreno, o namorado dela também morava lá. Devem morar ainda, se estiverem vivos.

— Como era a relação de vocês?

— Você sabe mesmo como mudar de assunto, hein?

— Estudei muitos anos para aprender a fazer isso, querida.

— Minha vó era na dela, também trabalhava fora o dia inteiro, fazendo faxinas. Ela e o namorado eram bem religiosos, toda hora eu os via com a bíblia embaixo do braço, acho que o cara era pastor.

— Por que você disse também? Quem mais trabalhava fora o dia inteiro?

— Minha mãe, ela é cuidadora de idosos, cuidava de uns três ao mesmo tempo, por isso nunca estava em casa.

— E seu pai?

— Faz bicos como marceneiro, mas na verdade ficava mais tempo no bar do que trabalhando.

— E bebia bastante.

— Porr*, bebia feito um condenado. Deve estar em algum bar agora, enchendo a cara.

— Você nunca pensou em voltar para Ribeirão Preto? Visitar?

— Se as coisas aqui ficarem ruins eu vou para lá ano que vem, trabalhar até juntar grana para me manter.

— E onde você ficaria lá?

— Eu ia bater na porta da casa de algum parente, ia pedir para passar um tempinho lá.

— Muitos internos são orgulhosos demais para procurar os familiares depois que completam dezoito anos, você é uma exceção.

— Seria temporário.

— Pelo menos você tem um plano B, isso é bom.

— Eu me viro, sou ninja. — Terminou lambendo por dentro do potinho de sorvete.

***

— Você realmente precisa voltar para São Paulo agora?

Milena pedia manhosamente a abraçando por trás, enquanto Clarisse terminava de arrumar sua bolsa de viagem sobre a cama, estavam na casa de praia da professora, em Ubatuba.

— É o aniversário de uma das meninas do abrigo, eu prometi participar.

— Não pode ir mais tarde?

— Você sabe como é o trânsito no final da tarde de domingo para voltar para São Paulo, vou pegar a estrada cheia.

— Que horas é a festa?

— Fiquei de aparecer as seis, já é quase três da tarde. Você vai embora amanhã?

— Vou ficar até quinta, porque sexta é véspera de Natal. A faculdade está de recesso, só volto ao trabalho em janeiro.

— É verdade, eu esqueço que as pessoas têm recesso de final de ano.

— Você não vai ter?

— Somente a semana entre Natal e ano novo.

— Por falar em ano novo, vamos passar aqui na praia, certo?

— Não posso prometer, depende se Sabrina vai deixar eu ficar com as crianças ou não, mas te dou uma resposta em breve, prometo. — Virou-se e a abraçou. — Tenho que ir.

— Queria tanto você mais uma noite aqui comigo... — Milena disse enquanto beijava o pescoço da médica.

— Foi um final de semana maravilhoso.

— Foi sim. — Milena a beijou. — Te amo, mocinha.

Clarisse apenas lhe respondeu com um sorriso enigmático, e a beijou novamente.

***

— Por que eu achei que eles seriam pontuais? — Clarisse consultou o celular e viu que já passava quinze minutos das seis, o horário combinado. Estava estacionada em frente ao abrigo, aguardando a aniversariante e sua turma.

— Sai pra lá!

— Cai fora, porr*!

A médica assustou-se com a algazarra ao lado do carro, que chegou a balançar com alguém que foi atirado contra a porta.

— Vou na frente!

— Eu vou!

A porta do passageiro se abriu e Matheus sentou no banco. No banco de trás, aos empurrões e resmungos, sentaram-se Amanda, Pablo e Francine.

— Carro maneiro, dona. — Disse Pablo.

— Que zona foi essa? — Clarisse perguntou ainda perplexa.

— Nunca me deixam sentar no banco da frente. — Francine reclamou, estava sentada atrás do banco do motorista. — Esse corno aí me empurrou quando fui entrar, bati com o cotovelo na lataria, tá doendo.

— Corno é tuas putas! — Matheus deu um tapa para trás, tentando atingir Francine.

— Chega! Assim ninguém vai a lugar algum! — Clarisse ralhou.

— Parece um bando de bichos. — Amanda resmungou, ajeitando o top vermelho.

— Nem parece que deu uma voadora na Patrícia ontem no meio do baile. — Pablo zombou da amiga.

— Aquela vadia mereceu, tava dando em cima do meu Lezinho.

— Quando vocês se decidirem sobre a noite de hoje me avisem. — Clarisse cruzou os braços.

— Toca pra pizzaria, doutora. — Matheus disse colocando a mão sobre a coxa dela.

— Se você fizer isso de novo eu arranco você de dentro do carro. — Clarisse vociferou, tirando a mão dele.

— Pode ficar sussa, vou me comportar.

— O que esse Zé Ruela fez? — Francine se inclinou para o lado, tentando ver o que acontecia na frente.

— Tava com mão boba na perna da doutora. — Amanda entregou, ela estava sentada no meio.

— Não toca nela, seu filho da puta!

— Ficou com ciúmes? Dou uns pegas em você depois, não precisa ficar nervosinha.

“Eu poderia estar na praia fazendo sex* agora, mas estou aqui com um bando de pirralhos mal-educados...”

— Doutora Clarisse, desculpe. — Francine pousou a mão no ombro dela, lhe assustando. — Eu não deveria ter aceitado sua oferta, não vou ficar chateada se você pedir para sairmos do seu carro.

— Eu vou me comportar a partir de agora, prometo. — Matheus disse num tom debochado.

— Vocês conseguem passar algumas horas sem fazer essa zona?

— Sim, desculpe. — Francine disse, tirando sua mão.

— Então vamos.

Clarisse estacionou ao lado de uma pizzaria e saiu do carro, Francine ficou embasbacada ao vê-la.

— Mano, você tá de short!

A surpresa dela fez a médica rir, foi até ela e a abraçou.

— Feliz aniversário, docinho. — Disse em seu ouvido, como consequência, a jovem a abraçou ainda mais forte.

— Valeu, doutora.

— Te dou o presente durante a semana, ok? Não comprei ainda.

— Não, não compre, isso aqui já é um baita de um presente.

— Depois conversamos, vamos lá que estou morta de fome.

Já dentro da pizzaria, o grupo agora se comportava melhor, estavam entretidos com os sabores das pizzas que vinham até sua mesa.

— Eu não sabia que cabia tanta comida dentro de mim. — Amanda disse horas depois, com a mão na barriga.

— Eu comi uns vinte pedaços. — Pablo se vangloriava.

— Eu comi mais que você, negão. — Matheus disse e arrotou em seguida. — Tá vendo?

— Gente, olhem os modos. — Clarisse repreendeu.

— Arrotar faz bem para a saúde, não faz, doutora? — Matheus perguntou.

— Se você for um bebê ou alguém com sérios problemas estomacais, sim.

— Eu sou um bebezinho, nem barba eu tenho ainda. — Disse dando tapinhas no rosto.

— Bora para a praça do Melão queimar essa pizza toda? — Pablo convidou.

— Fechou, Pablito. — Matheus estendeu a mão para ele.

— Vou pedir a conta, então. — Clarisse disse.

Quando Clarisse parou o carro na frente do abrigo, os dois meninos foram logo saindo, Amanda saiu em seguida, mas Francine permaneceu no carro.

— Eu não queria ir para lá andar de skate agora, não tem como a gente comemorar mais um pouco? — Francine pedia, sem jeito.

— Ir para outro lugar?

— É, que acha de um cinema?

— Acho que é meio tarde para pegar um cinema agora.

— Anda, Fran! — Amanda a chamou do lado de fora, os meninos já tinham sumido.

— A noite foi massa, mas eu queria ficar mais um pouco com você. — A garota sugeriu.

Após alguns segundos pensativos, Clarisse respondeu, sem muita segurança.

— Querem ir para minha casa assistir um filme?

— Quero sim.

— Chame Amanda.

— Hey! Vem cá, Mandy.

A amiga se aproximou da janela do passageiro, onde Francine estava.

— Vem com a gente assistir um filme na casa dela.

— Não tô a fim, não.

— Mano do céu, não me faz essa desfeita, se você não topar eu não posso ir, e eu quero muito ir. — Francine disse baixinho.

— O que eu não faço por você...

Amanda sentou no banco de trás, para felicidade da amiga.

Assistiam um filme de comédia na sala da casa da médica, as duas jovens estavam no sofá maior, comendo pipoca e bebendo refrigerante. A anfitriã, já de banho tomado, assistia a TV com a cabeça apoiada na mão.

— Eu vou lá arrumar o quarto para vocês duas, vou separar roupas para vocês dormirem também. — Clarisse disse e se levantou.

— Já vamos dormir? — Francine perguntou, decepcionada.

— Não, mas já vou deixar tudo pronto. Podem pegar mais refrigerante na cozinha, se quiserem.

Assim que a psiquiatra saiu da sala, Amanda deu alguns soquinhos de incentivo no ombro da amiga.

— Vai lá, Fran, vai lá no quarto com ela, aproveita.

— Você ficou louca?

— Aproveita, sua boba, você vive me dizendo que adoraria ficar a sós com ela fora do abrigo, essa é sua chance!

Francine ficou balançada com a possibilidade, mas não tinha coragem suficiente.

— Não, é tolice, eu vou ficar morrendo de vergonha pelo resto da vida com o fora que vou levar.

— Quem não arrisca...

— Não vou, pare de falar besteira, assiste o filme aí.

Clarisse retornou minutos depois e voltou para o mesmo sofá de dois lugares onde estava antes.

— Querem mais pipoca?

Amanda olhou para dentro do balde e viu que estava quase vazio.

— Eu quero.

— Vou lá fazer, já volto.

Novamente a dupla ficou sozinha na sala, e Amanda voltou a provocá-la.

— É sua última chance, chatona.

— Para com isso, Amanda.

— Vai lá pegar um refri, ela disse que a gente podia ir lá pegar.

Novamente a loirinha ficou aflita com a dúvida, estava doida para ficar sozinha com o objeto de sua paixão, mas também morria de medo de fazer papel de idiota.

— E o que eu falo?

— Sei lá, pergunta se pode dormir no quarto dela.

— Ela disse uma vez que gosta de dormir sozinha, mesmo quando tá namorando.

— Então pergunta se ela já beijou alguém com piercing na língua.

— Você só tem ideia horrível, Mandy.

— É a chance da sua vida, vai lá, bobona.

— Se ela ficar puta comigo eu vou bater em você. — Francine se levantou.

— Capricha na cantada, amiga.

Francine se encheu de coragem e trotou determinada até a cozinha, chegando lá tudo desmoronou.

— Pppposso pegar um... É... Aquilo de beber....

— Refrigerante?

— É.

— Claro, pegue uma lata na geladeira. — Clarisse respondeu e voltou a olhar para o micro-ondas, aguardava a pipoca estourar.

— Posso pegar seis? Quer dizer, duas?

— Pode sim, mas agora só tem light ou zero.

— Beleza.

Abriu a geladeira e se surpreendeu com a organização impecável. Pegou duas latas, fechou a geladeira e fitou a médica, sem saber o que falar.

— Doutora Clarisse?

— Sim? — Disse sem tirar os olhos do micro-ondas.

— Você já... já... — Limpou a garganta. — Você já, alguma vez...

— O que? — Francine conseguiu finalmente atrair a atenção da médica.

A garota largou as latas em cima da pia e foi na direção da médica. Sem hesitar, colocou as mãos ao redor do rosto dela e a beijou.

“Francine!”

O golpe foi certeiro, Clarisse não conseguiu evitar corresponder ao beijo, mesmo com todos os sinais de alerta gritando em vermelho dentro de sua cabeça. E foi além, estava tão inebriada sentindo a boca, a língua e o piercing da garota em sua boca, que colocou suas mãos na cintura dela, trazendo o corpo para junto do seu.

Só mais tarde viria a se dar conta que aquilo fora o arrebatamento.

A sensação do estômago se revirando de felicidade fisiológica unida com um estupor que vibrava em cada parte de seu corpo lhe deixara em transe, interrompido com o final abrupto do momento excitante.

Seria um início ou um fim?

Francine a fitou apavorada, como se tivesse diante de uma tragédia.

— Foi mal. — E saiu correndo da cozinha.

Fim do capítulo


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Comentários para 14 - Capitulo 14:
mtereza
mtereza

Em: 10/01/2023

Sensação de arrebatamento foi ótima rsrsr.


Resposta do autor:

Nesse beijo Clarisse entregou a alma, já era! rs

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 10/01/2023

Eita, agora lascou tudo!!!!!

Fez 18 e justo no dia, Fran tomou atitude incentivada pela maluca da Amanda que n sabe das consequências que isso pode ou dará pra Clarisse !!!

Como vão resolver agora? Se antes não puderam de afastar, agora com esse beijo, nem!!E Clarisse nem percebeu, respondeu no automático. Agora forçadamente Clarisse sim ou sim terá que e afastar e buscar auxilio. Amanda vai saber e vai contar pra Matheus e vai saber a confusão e problemas. E Sabrina e mais importante..Milena!!!!! Jesús. Vai ser muita confusão!!!! Francine nem sabe o que fez, além de ter beijado ela sendo comprometido, isso é o de menos ...

Vamos ver o que vai rolar nessa festa!!!

Capítulo ótimo, amando sua estória.

Obrigada vc por ter voltado com uma linda estória!!!

Beijão 

 


Resposta do autor:

Esse trem tá sem freio faz tempo... rs Vai ladeira abaixo!

Afastar é necessário, mas nada fácil. Chegabdo nos ouvidos errados pode complicar bastante.

A última coisa que  poderia passar pela cabeça de Clarisse na hora do beijo era Milena... rs

Brigadão pelo apoio, Lai!

Bom findi!

 

Responder

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Dessinha
Dessinha

Em: 09/01/2023

O medo é que isso seja um fim e não um começo. A pessoa apaixonada se joga mesmo, seria difícil da Clarisse conseguir não segurar essa moça pela cintura e aproveitar o momento. E agora, o que a Clarisse citou antes pra Francine sobre soltar a língua mesmo sem maldade fez todo o sentido, né? Tomara que isso não se torne um problema pra nossa querida médica.

Delícia de leitura =)


Resposta do autor:

Bom, fácil nunca será, mas Francine vai continuar nessa jornada... rs

Clarisse nem tem como dar bronca nela, pq não interrompeu o beijo, pelo contrário, ainda deu trela...

Obrigada por ler e comentar!

Ótimo findi pra vc!

Responder

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thays_
thays_

Em: 09/01/2023

Super ansiosa para o próximo!! 


Resposta do autor:

Francine tá conquistando!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

bfz
bfz

Em: 08/01/2023

Curiosa para o próximo capítulo!


Resposta do autor:

Aos pouquinhos Francine chega ao objetivo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 08/01/2023

Não se pulo de alegria ou fico apreensiva! Kkk 

*

Bom domingo, Cristiane!

 

 


Resposta do autor:

Só posso dizer q nada será como antes... rs 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Christina
Christina

Em: 08/01/2023

Acredito que se não fosse a Mandy a Fran não teria essa coragem não hahaha. Bendita seja a Mandy!!! Foi maravilhoso o primeiro delas e que presentão de niver de 18 anos a Fran ganhou, ela não vai esquecer nunca! 

Muito obrigada por compartilhar mais um capítulo conosco, Cristiane 


Resposta do autor:

Ah com certeza o empurrãozinho da Amanda foi decisivo, e esse beijo altera muita coisa dentro delas, nada será como antes.

Poxa, baita presente!

Eu q agradeço a leitura e comentário!

Bom findi!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 08/01/2023

Eita tascou o beijo na surpresa aí Fran.


Resposta do autor:

A novinha tomou a iniciativa! rs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 08/01/2023

Pqp! Que beijão. Uau.


Resposta do autor:

Alguém tinha q tomar a iniciativa, né? :)

Responder

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