Capitulo 18 - Os cinco estágios ao encarar a verdade
NEGAÇÃO
Alguns meses haviam se passado, e já estavam próximos da data de aniversário do primeiro ano de vida de Mariano e Lilian. Lorena, durante todo esse tempo, manteve o segredo de Fernanda, não tocando mais no assunto. O nome de Micaela nunca havia surgido em conversas, pois Fernanda manteve o relacionamento em sigilo, que já estava a um jantar de se tornar oficial, jantar este que seria feito na casa dos pais de Micaela.
- Vai jantar na casa do inimigo hoje à noite então? – Perguntou Thomás, enquanto desligava seu computador após mais um dia cansativo.
- Nós não somos inimigos da firma do pai de Micaela.
- Só são nossos maiores rivais.
- Não vejo assim. São Paulo é uma cidade enorme, tem cliente para todos.
- E você, está nervosa em encontrar os sogros?
- Bem, uma coisa é tê-los como professores, outra coisa é eles serem os pais da minha... namorada? Será que já posso chamá-la assim?
- Vocês estão praticamente namorando, a adição do anel de compromisso é só uma formalidade.
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Naquele mesmo dia, Lorena havia trocado de turno para cobrir outra colega de trabalho, porém chegou a um ponto que desejava não ter acordado naquela manhã. Absolutamente tudo que tinha de dar errado, deu. Tropeçou na calçada do quarteirão do restaurante e ralou o joelho. Foi socorrida por Mari, que fez um curativo. Depois, queimou a mão em uma assadeira que acabara de sair do forno. Como se não fosse suficiente, o desespero de ver a mão queimada fez seu corpo se movimentar em direção a uma prateleira de copos de vidro, quebrando pelo menos metade deles. Pelo menos não se cortou com o material. Mas o desespero e a vontade de chorar foi grande, ela só queria voltar para casa, segurar seus bebês no colo e esquecer tudo aquilo.
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Já em casa, Fernanda se arrumava, enquanto Lorena, com a mão enfaixada e band-aid no joelho, tentava apagar o dia vergonhoso da memória ao preparar a fórmula para seus filhos.
A advogada, então, se vestiu com um blazer formal, uma calça social e um salto alto de grife. Estava um pouco ansiosa, seria a primeira vez que professaria seu amor na frente dos pais de uma namorada, e dado que seus sogros aceitavam com tranquilidade a sexualidade da filha, eles não seriam um empecilho.
Lorena, por outro lado, sabia de tudo a respeito do atual relacionamento da amiga. Primeiro foi sem querer, pois ouviu uma ligação de madrugada de Fernanda para Micaela. E nas raras vezes que Micaela apareceu para buscar alguma coisa, Lorena foi ligando os pontos, que se fecharam por completo quando Fernanda voltou bêbada de uma festa que havia ido com Micaela, e Lorena teve que ajudar a colocar a advogada na cama, vendo a caixinha de alianças aberta na cômoda ao lado. Enquanto Fernanda se virava para dormir, Lorena se aproximou e viu os nomes do casal e a data que se conheceram, o que a fez deduzir que era a garota do dia do acidente de carro.
Essa mesma caixinha foi vista rapidamente na mão de Fernanda, prestes a sair para o tal jantar.
- Vai arrumada assim aonde? Para alguma reunião? – Questionou Lorena, enquanto segurava Lilian no colo, com uma mamadeira.
- Vou jantar com uns antigos professores de faculdade. – Fernanda respondeu, contando meia verdade.
Logicamente, Lorena não acreditou e, após tantas evidências, unido a uma crise de tensão pré-menstrual concomitante a um dia desastroso, seu limiar de tolerância estava bem baixo para mentiras naquela noite.
- E isso aí na sua mão, o que é?
- Posso perguntar o mesmo, e essa mão enfaixada aí? – Fernanda se fez de desentendida e colocou a caixa no bolso da calça social.
- Acidente de trabalho. – Lorena foi breve. – Mas isso aí que você acabou de colocar no bolso é o quê?
- Ah... – Fernanda pigarreou. – Isso é uma lembrancinha para um dos professores, só.
Definitivamente, aquela última mentira foi a gota d’água para Lorena. Que fosse para a ponte que partiu a tentativa de ganhar a confiança para que a amiga pudesse se abrir. Aquele não era um bom dia e a sub-chef decidiu dar um basta na paciência.
- Fernanda, você não fica cansada?
- Cansada do quê? – Estranhou a advogada.
- Nada. – Em um momento de lucidez, Lorena desistiu de engajar em encrenca.
- Agora fala. – Fernanda cerrou as sobrancelhas e cruzou os braços.
- Você quer mesmo saber? – Lorena inspirou profundamente.
- Se começou, agora termina.
- Você não cansa de se esforçar tanto em esconder as coisas de mim?
- Do que você está falando? – Como um raio, Fernanda sentiu algo gelado passar em sua espinha.
- Você sabe do que estou falando. – Lorena rapidamente olhou na direção do bolso da amiga.
- Não, eu não sei, você vai ter que ser mais clara. – Fernanda continuava tentando se manter no personagem.
- Eu vou pegar as crianças para dar de mamar. – Lorena tentou divergir, colocando a mamadeira sob a mesa e se dirigindo para o quarto dos bebês, onde Mariano e Lilian dormiam tranquilamente.
- Eu não gosto quando você fala em códigos desse jeito. – Fernanda foi atrás.
- Maria Fernanda, temos anos de amizade. Anos. Como você pode me subestimar tanto a ponto de achar que sou completamente ingênua?
A advogada já sabia do que se tratava, e seu nervosismo aumentou, mesmo que ainda tentasse fingir que não fazia a menor ideia do que estava acontecendo.
- Eu não estou em um bom dia, Fernanda. Acho que já falei mais do que deveria. – Desabafou Lorena.
- Eu não entendi nada, mas enfim. – Fernanda deu de ombros.
- E você continua mentindo. – Lorena perdeu a paciência mais uma vez. – Eu não ia falar nada, aliás, tenho me segurado por meses porque lhe respeito e tenho um carinho muito grande por você. Mas eu não entendo porque você não confia em mim!!
- Confiar no quê? Do que você está falando!?
- Fernanda! Pare! Eu sei que você é lésbica!
Seis palavras que paralisaram a advogada, seu maior temor desde a chegada de sua melhor amiga. Eu sei que você é lésbica. Por dentro, seu coração parecia estar quase parando de medo e seus sentidos, aos poucos, tornavam-se lentificados. Engoliu o resto de saliva que tinha em sua boca com dificuldade, antes de seus lábios ficarem completamente secos.
- Co-como assim? – Sua voz gaguejante lhe entregava.
- Eu vi você e Ingrid lá em Holambra, eu sei de tudo. Vi vocês duas em pleno... ato. – Lorena finalmente confessou.
As mãos de Fernanda revelavam um pequeno tremor. Um longo filme das lembranças daquela noite em Holambra se passara em sua mente, quando, detalhe por detalhe, segundos antes de sair do quarto, recordou-se que mirou seu olhar naquela maldita cortina, e avistou a única abertura física de seus segredos ali do quarto para o mundo externo.
- Não sei exatamente o que você acha que viu, mas não é o que você está imaginando. – Com grande esforço, Fernanda tentou manter a compostura.
- Eu vi você pelada em cima da Ingrid, se aquilo não era sex* eu não sei o que era.
- O que... o que deu na sua cabeça de entrar nesse assunto só agora? Digo, com certeza foi tudo um grande mal entendido, mas por que só depois de meses você veio falar disso?!?
- E você continua negando. – Lorena revirou os olhos. – Bom, não é problema meu, a vida não é minha, e eu não tenho problema nenhum com a sua sexualidade. Só acho que como sua melhor amiga eu merecia um voto de confiança, pelo menos. Mas entendo seu desconforto então desculpa ter tocado no assunto, não é meu direito tirar você do armário, como eu disse, eu só tive um dia ruim e descontei em você.
- Eu... – Fernanda engoliu a seco novamente. Não sabia o que falar. – Eu preciso ir. E caso você continue insistindo em me chamar de mentirosa, a parte do jantar é verdadeira, posso até mandar foto para você. – Fernanda comentou de forma ríspida, antes de sair.
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À mesa de jantar, Fernanda forçava sorrisos enquanto trocava conversas casuais com seus sogros. Um pavor interno de todo seu segredo ser exposto para sua família e pequena cidade de origem sobreveio, fazendo-a se distrair quando o professor Kojima iniciou um assunto mais sério.
- Fernanda? – O sogro da advogada lhe chamou de volta ao planeta Terra.
- Hm? Oi? – Fernanda parecia ter saído de um transe.
- Amor, meu pai lhe fez uma pergunta... – Micaela complementou.
- Desculpa, não escutei direito, o que era?
- Perguntei se está contente lá no escritório do Rizzoni.
- Ah, estou sim, acho, não sei, por quê?
- Porque temos uma vaga para advogada plena em nossa firma.
- Advogada plena? – Fernanda ficou estática. – Mas eu ainda nem tenho o pré-requisito de tempo de experiência necessário...
- Entretanto, ficamos sabendo do seu currículo. Sua primeira cliente foi uma cantora famosa, não foi? Micaela me falou.
- Sim, mas...
- Sabe, minha querida, o problema do escritório do Rizzoni é que eles não sabem apreciar jovens prodígios. Inclusive o sócio dele, o Ferrari, estudou comigo na faculdade. Era um garoto fanfarrão, gostava de zombar dos calouros. Nunca gostei da maneira que ele lidava com o Direito, e ele faz o mesmo com os funcionários. Ele, Rizzoni e aquele capacho deles, o Vieira, são todos farinha do mesmo saco.
- Papai sabe fazer marketing! – Micaela riu.
- Eu nem sei o que dizer... – Fernanda parecia perdida, apesar de a proposta ter elevado um pouco seu humor naquela noite.
- Se aceitar, segunda-feira o emprego é seu. – Isao afirmou.
Fernanda respirou fundo e ficou reflexiva o resto do jantar. Passou a mão em seu bolso diversas vezes, mas acabou não retirando a caixinha.
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RAIVA
Após o jantar, Fernanda foi direto para casa. Deixou claro para Micaela que iria pensar com muito carinho a respeito da proposta de seu sogro. Tinha muito a considerar, afinal o escritório em que trabalhava tinha sido seu sonho por muito tempo, porém, na firma de Isao ela conseguiria galgar maiores degraus como advogada corporativista, e talvez até dentro do Direito Internacional, dado que Oono-Kojima tinha inúmeros contratos com multinacionais.
Já em seu quarto, deitada em sua cama, Fernanda se sentia estranha, incompleta. Seu plano era ter uma noite romântica após o jantar em família, com direito a uso de aliança, mas algo a barrou, como se dentro de si ela estivesse tentando encontrar culpados por essa ação, o que a fez se levantar e ir até o quarto de Lorena.
- Olha, temos que conversar. – Disse Fernanda, abrindo a porta sem ao menos bater e acendendo a luz.
- Hm? Hã? – Lorena abriu os olhos com dificuldade, tentando se adaptar à claridade.
- Temos que conversar sobre o que aconteceu hoje, antes de eu sair.
- Conversar? Okay... mas tem certeza que precisa ser agora?
- Sim. – Respondeu Fernanda, impaciente. – Fiquei extremamente chateada e irritada com as acusações que você fez.
- Que acusações?!
- Sobre eu ser...
- Lésbica?
- Isso. Gostaria que você retirasse o que você disse.
- É sério isso? Tudo bem, se você prefere não se rotular, eu não tenho problema com isso.
- Não é isso!!! – Fernanda alterou a voz, assustando Lorena. – Digo, não é esse negócio de rotular, acontece que eu não sou isso aí, e seja lá o que você tenha dito que viu em Holambra, se você falou para alguém, peço que desminta.
- Ai, Fernanda... – Lorena não se aguentou e começou a rir. – Você sabe quem veio conversar comigo? A própria Ingrid, na festa de aniversário da Sophia.
Por mais que tenha jurado que não contaria, a raiva momentânea a fez revelar o segredo. Fernanda então paralisou novamente. Dessa vez, o medo se transformou em fúria.
- Ingrid é uma mentirosa! – A advogada se alterou, dessa vez acordando os bebês no quarto ao lado.
- Está vendo o que você fez? – Lorena respirou profundamente e se levantou para ver os filhos, sendo seguida por Fernanda.
- Desculpa. – Fernanda pegou Lilian no colo, enquanto Lorena pegava Mariano.
- Vamos fingir que essa conversa nunca aconteceu? Acho melhor.
- Também acho. – Concluiu Fernanda.
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DEPRESSÃO E BARGANHA
Voltar à estaca zero parecia impossível, uma vez que agora Fernanda tinha noção de tudo o que Lorena já sabia. A advogada nem conseguiu fechar os olhos naquela noite, imaginando todo tipo de revelação que Ingrid poderia ter feito naquela festa.
Na manhã do sábado, Fernanda ainda foi trabalhar, sem ao menos saber o que decidiria a respeito de sua carreira. Precisava de um conselho, de alguém para poder desabafar. Mas sabia que com qualquer um que conversasse, a conclusão seria sempre a mesma: somente a verdade lhe traria paz.
Ao final do expediente, tomou alguns segundos de introspecção, engoliu seu orgulho, pegou sua mochila e foi para o único lugar que resolveria pelo menos parte de sua angústia.
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No restaurante, Lorena e Mari conversavam em um canto da cozinha.
- Não acredito que ela negou tudo, Lorena!
- Pois é. Mas eu errei em ter pressionado, até disse para ela que não era meu direito tirá-la do armário, foi muito errada essa minha atitude.
- Seria errado também você ver sua melhor amiga em sofrimento tentando esconder algo que não havia necessidade de esconder de você.
- Sim, mas a vida é dela, a decisão era dela de me contar ou não.
Então, de surpresa, Fernanda apareceu na cozinha, de mansinho, tímida.
- O que está fazendo aqui?! - Lorena perguntou.
- Eu falei com Pedro e ele me deixou entrar aqui. Ah, oi, Mari.
- Oi… - Mari parecia meio desconfortável com a presença de Fernanda.
- Lorena, posso falar com você um pouquinho lá fora?
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ACEITAÇÃO
Fernanda e Lorena se sentaram em um banco na parte detrás da cozinha, na área externa nos fundos do restaurante.
- Acho que não adianta mais eu mentir, não é mesmo? – Fernanda admitiu, suspirando.
- Não havia necessidade de mentir em primeiro lugar. Mas no fundo eu entendo seu medo. Não se preocupe, sua mãe nunca vai saber por mim. Nem ela nem ninguém da nossa antiga cidade.
- Obrigada, de verdade. Não sabe o quanto isso significa para mim.
- Só por desencargo de consciência, eu preciso falar: se você contasse para sua mãe, tenho certeza que era lhe aceitaria de coração.
- Não sei se me aceitaria ou se ela se forçaria a aceitar.
- Acho que não seria forçar. Seria se esforçar. Ela faria de tudo para entender, o amor dela por você é imensurável.
- Se um dia o tempo certo chegar, eu falo. Só se eu sentir de falar.
- Compreendo. Está tudo bem entre a gente agora?
- Sim.
- Ótimo, porque eu tenho milhares de perguntas!
- Oh não...
- Oh sim! E a primeira pergunta é: no ensino médio, na casa da Paty, quando estávamos jogando verdade ou desafio e perguntaram se era verdade se você estava gostando de alguém da sala e você disse sim, quem era esse alguém? Já sei que não era o Ezequiel, que era a sua resposta na época.
- Não vou lhe falar.
- Ah, fala! – Lorena deu um leve empurrão na amiga sentada ao lado. – Era eu?
- Está se achando demais, não?
- Fala! Você tinha uma quedinha por mim, não tinha?
Fernanda se ruborizou.
- Você era minha melhor amiga e namorava o André. Não tinha como. Eu tinha crush na Caroline, havia boatos que ela beijava meninas. Na verdade, hoje eu sei que era crush. Mas naquela época nem sabia direito o que eu sentia. Eu gostava de ficar perto da Caroline, eu me sentia atraída por ela sem saber que isso era possível. O fato de saber que ela beijava meninas se tornou abruptamente interessante para mim. Mas as coisas só fizeram sentido depois que eu comecei a enxergar o mundo de maneira mais clara.
- Então você nunca falou para ela?
- Nossa cidade era um ovo, se eu chegasse e falasse que me sentia estranhamente atraída por uma garota, o que parece ser um crime naquela cidade, no dia seguinte minha mãe ficaria sabendo.
- Você não beijava nenhuma menina na nossa cidade?
- Olha minha cara de quem teria coragem de fazer alguma coisa naquela época! – Fernanda riu.
- Meninas, tudo certo por aí? Você vai jantar aqui, Fernanda? – Mari, aparecendo nos fundos e interrompendo a conversa, questionou.
- Ah, vou sim! Obrigada por perguntar. Vou deixar vocês trabalhando e pegar uma mesa lá na frente. – Fernanda se levantou.
- Obrigada por ter me contado, Fer. Espero que daqui para frente não haja mais segredos entre nós. – Lorena abraçou forte a amiga, sentindo o início de uma nova fase da amizade delas.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Marta Andrade dos Santos
Em: 02/01/2023
Até que enfim kkkkk
Resposta do autor:
KKKKKKK pois é, finalmente o segredo que ja nao era mais segredo foi revelado!
bjs e obrigada pela leitura!
Dessinha
Em: 02/01/2023
Acho que rola mesmo essência Mari e Lorena, mas eu adoraria a Fernanda com a Lorena.. ah como seria lindoooo!!
Beijo autora, feliz 2023!!
obrigada pela estória!
Resposta do autor:
Seria lindo mesmo! ;) por isso não descartei a ideia!
Feliz 2023!!! <3
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Mille
Em: 01/01/2023
Olá autora
Gostei da história
E que enrolada a Fernanda em encobrir da Lorena.
Acho que a Mari E Lorena tem um clima, ou é só minha imaginação.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Tem um clima sim, não é só sua imaginação... inclusive o capítulo que acabei de mostrar aborda um pouco disso!
Beijão e mtmtmtmt obrigada pela leitura!
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