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Vida Dupla, Meia Vida por vidaduplamv

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Palavras: 3528
Acessos: 560   |  Postado em: 28/12/2022

Capitulo 9 - Mamãe disse

Fernanda dormiu tão bem após fazer as pazes com Ingrid que até perdeu a hora da chegada de sua mãe. Quem lhe acordou foi Edgar que, após quatro ligações, deduziu que Fernanda estivesse na casa da namorada e se encaminhou para lá.

 

              - Amor, acorda... – Ingrid chacoalhou a namorada. – Acabei de atender seu namoradinho no monofone, está no horário de buscar sua mãe.

 

              - Só mais cinco minutinhos, não quero ir trabalhar agora... – Maria Fernanda resmungou.

 

              - Amor! – Ingrid riu. – Vai se arrumar, minha sogra a essa hora já deve estar no aeroporto.

 

              - Caramba! – Fernanda pulou da cama ao finalmente se situar.

 

              Sua pressa era tamanha que, ao não conseguir encontrar a própria blusa, pegou uma emprestada de Ingrid. Entrou no carro de Edgar e só então teve tempo de olhar seu  celular.

 

              - Minha mãe chegou há 15 minutos. – Avisou Fernanda, enquanto digitava. – Estou falando para ela que, como tem muito trânsito, vamos nos atrasar.

 

              - Mas não vai ter muito trânsito, é domingo e eu vou por uma via mais tranquila. – Explicou Edgar.

 

              - Eu sei, eu sei, só não queria que ela soubesse que perdi a hora. Aliás, nem sei como lhe agradecer por ter topado esse trampo extra essa semana, salvou-me totalmente.

 

              - Relaxa, eu estou adorando. É um papel que estou aprendendo a desenvolver bem. Ah, a Lorena vai estar em casa?

 

              - Vai sim, o colírio de seus olhos estará lá, vai estar perto da hora de ir ao trabalho. E você sabe o que dizer quando minha mãe perguntar o que faz da vida, certo?

 

              - Sim. Posso falar onde estou trabalhando, só não posso falar o curso que faço, porque ela pode desconfiar que isso é um teatro de verdade, já entendi.

 

              - Exato, e você não estará mentindo porque realmente começou um emprego naquela concessionária. E falando nisso, como está esse novo serviço? Está curtindo?

 

              - Sim, pelo menos dá para pagar as contas já que minha bolsa em artes cênicas foi cortada por falta de verba. Ah, esqueci de perguntar, para sua mãe, nós já dormimos juntos ou...?

 

              - Não! Inclusive, preciso mandar mensagem para a Lorena, ela deve ter achado que passei a noite na sua casa.

 

 

.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:..:.:.:.:.:.:.:.:..::.

 

              O casal chegou no aeroporto e rapidamente encontrou uma senhora que literalmente parecia uma versão mais velha de Fernanda, exceto pelo cabelo preto e rugas discretas de Liliane.

 

              - Fernanda, minha filha, cada dia mais linda! – Liliane abraçou calorosamente sua herdeira. – O namoro deve estar lhe fazendo bem! E esse aqui é o felizardo?

 

              - Sim, senhora Liliane. Prazer, Edgar.

 

              - Não precisa me chamar de senhora, sinto-me velha! Agora por favor, pode pegar minhas malas? Minha coluna quase travou no vôo.

 

              - Lorena fez o almoço, mãe, está só esperando você chegar para lhe dar um abraço e ir para o trabalho.

 

              - Que menina esforçada, não? Prendada! Você está aproveitando para aprender a cozinhar com ela?

 

              - Mãe, não pega no meu pé! Eu sei cozinhar.

 

              - Edgar, você já provou alguma refeição feita por ela?

 

              - Não provei não.

 

              - Nem tente, senão esse namoro acaba antes de virar casamento!

 

 

.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:..:.:.:.:.:.:.:.:..::.

 

 

              Chegando em casa, Liliane foi recepcionada por Lorena, que a levou até a cozinha para servir o almoço.

 

              - Eu fiz um fricassê de carne, arroz à grega e feijão carioca. Não vou poder ficar com vocês agora, vou petiscar alguma coisa no trabalho depois, mas volto no fim da tarde, farei turnos reduzidos a partir de agora pois não posso exagerar no esforço.

 

              - Oh, minha filha, e a gravidez, como vai? Fernanda me falou que eram gêmeos!

 

              - Pois é! E os bebês estão muito bem!

 

              - Lorena, você está saindo agora? – Perguntou Edgar.

             

              - Estou sim, senão perco o ônibus. De domingo demora mais para passar.

 

              - Se quiser, eu levo você, aí dá tempo de almoçar pelo menos.

 

              - Não quero abusar de sua boa vontade, Edgar! Não se preocupe.

 

              - Eu levo você até a estação de metrô, dá tempo de pelo menos comer alguma coisa.

 

              - Fica com a gente mais um pouco, Lorena, por favor. – Fernanda insistiu, e por fim, Lorena aceitou.

 

.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:..:.:.:.:.:.:.:.:..::.

 

              Após colocar o papo em dia, era hora de Lorena ir. Edgar a levaria rapidamente à estação de metrô e depois voltaria para passar o resto do dia com a namorada e a sogra, que ficaram em casa e aproveitaram para lavar a louça do almoço.

 

              - Esse Edgar parece um bom moço. – Comentou Liliane.

 

              - Pois é. Ele é um doce de pessoa.

 

              - Você o ama? – A mãe perguntou diretamente.

 

              - Como assim? – Fernanda se assustou. – Eu não sei, digo, acho que sim? Por quê?

 

              - Acha ou tem certeza?

 

              - Não sei!

 

              - Ótimo. Pelo menos não é certeza. Digo isso porque esse namoro não vai dar certo. Agora me passa aquele pano de prato no canto da pia por favor.

 

              - Oi? Não vai dar certo? – A expressão confusa de Fernanda resumia bem a situação em que se encontrava naquele diálogo.

 

              - Não vai dar certo. Esse menino não está com intenções verdadeiras para com você.

 

              - Mãe, você o conheceu agora pouco! De onde tirou isso de que ele não tem intenções verdadeiras?

 

              - Fernanda, quando eu conheci seu pai, nós só tínhamos olhos um para o outro. Nós só sabíamos falar sobre nós. Esse garoto passou o almoço inteiro olhando para a Lorena e puxando papo com ela. Não me entenda mal, eu amo a Lorena, ela é como uma filha para mim, e sei que ela nunca faria nada para magoar você, mas eu não confio nesse garoto.

 

              - Uau. – Fernanda ficou atônita.

 

              - Mãe sente esse tipo de coisa, filha.

 

              - Às vezes você pode estar enganada, ele pode ser um cara simpático com as pessoas, só isso. – Por mais contraditório que fosse, Fernanda ainda tentou defender o namoro de mentira.

 

              - Eu conheço diversos homens simpáticos, filha. Edgar estava claramente dando em cima de Lorena.

 

              - E o que você quer que eu faça? Quer que eu termine com ele?

 

              - Não precisa terminar agora. Mas converse com ele a respeito disso.

 

              - Se eu conversar, ele vai dizer que é paranoia, vai dizer que eu fiquei louca. – Fernanda resolveu dar corda à discussão que para ela não fazia sentido nenhum.

 

              - Filha, se um homem disser que você ficou louca, ele claramente não merece ser seu namorado. Você é uma garota de ouro, bem sucedida, inteligente, esse é só seu primeiro namorado! Tudo bem a gente errar as primeiras vezes, seu pai foi meu décimo namorado. Eu escolhi errado nove vezes para acertar só na décima!

 

              - Espera, e todo aquele papo de eu estar solteira, de eu precisar de um namorado? Daí eu arranjo um namorado, e a primeira coisa que você faz é me criticar e criticá-lo!

 

              - Eu falava aquilo porque me preocupava o fato de você nunca ter apresentado um rapaz para nós! Sua amiga Lorena, no Ensino Médio já namorava aquele André.

 

              - Pois é, e agora está grávida dele e teve que sair de casa. Não me entenda mal, eu a admiro por ter juntado as coisas dela e vindo para São Paulo recomeçar a vida. Só não entendi seu ponto.

 

              - Eu só queria dizer que agora que você nos apresentou um rapaz, podemos ficar mais tranquilos e você pode tomar o tempo que quiser até encontrar o homem ideal!

 

              - Agora que eu apresentei um rapaz, vocês podem ficar mais tranquilos... o que quis dizer com ‘ficarem mais tranquilos’? – Por mais que Fernanda já soubesse e que isso fosse a central razão por fazer todo esse teatro, ela queria ouvir da própria mãe.

 

              Liliane se calou. Não sabia como se expressar.

 

              - Mãe, eu fiz uma pergunta. O que você quis dizer com aquela frase?

 

              - Eu só quis dizer que seu pai e eu ficamos mais tranquilos de saber que você não quer morrer sozinha! Só isso! – Contornou Liliane. – Achávamos que você nunca iria querer namorar ninguém, e seus pais não são eternos, tínhamos medo de você nunca ter vontade de procurar um rapaz e viver uma vida triste e solitária.

 

              - E por que eu preciso de alguém para viver uma vida feliz?

 

              - Você está comprometida agora, não está? Significa que no mínimo passou na sua cabeça a ideia de felicidade em casal.

 

              - Não é porque estou comprometida que eu quero casar.

 

              - Com ele é que eu não quero que você case mesmo. Um homem que olha para a sua melhor amiga da maneira que ele olha não vai ser fiel a você.

 

              - Esquece isso, mãe. – Suspirou Fernanda. – Isso é irônico em tantos níveis.

 

              - O que é irônico?

 

              - Nada, nada. Eu vou mandar mensagem a ele e dizer que não precisa voltar para cá mais tarde.

 

              - Não vá dizer que é por minha causa, hein!

 

              - Vou falar que minha mãe o odiou e acha que ele não vai ser um marido fiel.

 

              - Fernanda!

 

              - Relaxa! É brincadeira! Eu ainda não consigo acreditar que você teve todo o trabalho de vir até aqui conhecer meu namorado e agora não gosta dele.

 

              - Não foi por causa dele que eu vim. Foi para ver você e saber como você está indo. Apresentá-lo a mim foi apenas um adicional.

 

              - Um adicional que na verdade foi a maior perda de tempo.

 

              - Se você é feliz com ele, eu vou respeitar. Mas só queria que soubesse que o que eu mais quero é ver você com alguém que você ame e que lhe ame de volta.

 

              Por um breve momento, Fernanda pensou em jogar tudo para o alto.

 

              “Eu arranjei alguém que eu amo! Estou comprometida com alguém que amo! Mas você e papai nunca aceitariam!” cogitou a advogada, enquanto olhava para a mãe com os olhos lacrimejando em silêncio.

 

              - Oh, meu amor, vem aqui. Está chorando por quê? – Liliane abraçou a filha, ternamente.

 

              - Nada, mãe...  – Fernanda aceitou o abraço e ficou aconchegada nos braços da mãe. – Era só o que eu queria ouvir de você...

 

              ...mas em um outro contexto.

 

 

.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:..:.:.:.:.:.:.:.:..::.

 

 

              Fernanda então mandou uma mensagem para Edgar sem muitos detalhes, apenas dispensando o rapaz pelo resto do dia.

              Já no fim da tarde, a jovem advogada levou a mãe ao restaurante onde Lorena trabalhava. Encantada com a decoração, Liliane tirava fotos do ambiente enquanto apreciavam um prato de strogonoff de soja feito pelo chef com auxílio de Lorena.

 

              - Fico tão feliz de Lorena trabalhar em um lugar como esse! Aconchegante, simpático. Parece um restaurante bem família! – Comentou a mãe.

 

              - Pois é. – Confirmou Fernanda, rindo por dentro ao imaginar a reação se a mãe soubesse que as donas são um casal lésbico.

 

              - E amanhã você vai me levar para conhecer sua firma?

 

              - Mãe, não posso levar visita, o lugar é bem chato, as pessoas só vão se tiverem horário marcado.

 

              - Entendo. E aquela sua amiga da formatura que ajudou a arranjar o emprego? É Ingrid que ela chama?

 

              - Isso, o nome dela é Ingrid. Mas o que tem ela?

 

              - Chame-a um dia para jantar conosco. Eu comprei uma lembrancinha para ela por ter ajudado você a arrumar o emprego.

 

              - Você não tinha reclamado esses dias que a firma é indecente por defender quem defende?

 

              - Reclamei e continuo reclamando. Mas é seu emprego, você tem que obedecer a seus patrões e ser profissional. Antes isso do que ficar desempregada, e do jeito que a economia está caminhando, os empregos estão ficando cada vez mais difíceis de serem encontrados.

 

              - E que lembrancinha é essa que você comprou para Ingrid?

 

              - Uma coisa bem bobinha, uma irmã da igreja estava confeccionando umas caixas de joia para vender, eu comprei uma para mim, uma para Lorena, uma para você e uma para sua amiga como forma de agradecimento.

 

              - Ela vai ficar contente com a lembrancinha.

 

              - Ah, e não fale nada para Lorena, mas consegui convencer Laércio para comprarmos o enxoval dos bebês dela! Sei que ainda é cedo, mas quero deixar tudo pronto. Essa menina é muito esforçada, é uma judiação os pais terem cortado a pobrezinha da vida deles.

 

              - Eu nunca lhe perguntei, mas o que você achou de toda essa situação da Lorena e do André?

 

              - Você diz a respeito da gravidez fora do casamento?

 

              - Isso. E também do fato da Lorena não ter aceitado o pedido de casamento de André.

 

              - Olha, minha filha, não posso julgar. Eu gostava de André quando ele estudava com vocês, mas depois que se mudou, ouvi boatos de que se envolveu com drogas, e quando voltou, temi que ele estragasse a vida de Lorena. Lógico, desejo a ela o mesmo que desejo para você, que houvesse um casamento para que as crianças crescessem dentro de uma família, mas no caso dela, prefiro que André fique longe.

 

              - Só uma observação, não precisa haver necessariamente pai e mãe para crianças crescerem dentro de uma família.

 

              - Ai Fernanda não começa com essas histórias de menina moderna, eu sei que pessoas se divorciam.

 

              - Não quis dizer isso. Tem crianças que são criadas por tios, avós, até amigos.

 

              - Está bem, está bem.

 

              - Mãe, e se um dia eu engravidasse fora do casamento? – Fernanda arriscou perguntar algo diferente para ver a reação da mãe.

 

              - Por que minha filha? Você está...?

 

              - Não! Lógico que não, mãe. Perguntei porque você foi extremamente okay com Lorena. Queria saber se isso se aplicaria a mim.

 

              - Que susto! Não é isso que eu quero para você minha filha, não é algo que desejo. O caso da Lorena aconteceu e não tem como voltar no tempo. Agora, se acontecesse, veja bem, não quero que aconteça! Mas se acontecesse, a mãe iria lhe amar do mesmo jeito. Mas por que a pergunta? Você e Edgar tem relações íntimas?

 

              - Mãe! – Fernanda fechou a cara. – Para sua informação, não. Não temos.

 

              “Ao menos uma verdade no dia de hoje.” Pensou a advogada.

 

 

.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:..:.:.:.:.:.:.:.:..::.

 

 

              A segunda-feira foi agitada no escritório Rizzoni-Ferrari. Assim como foi na terça, quarta e quinta. Para a sorte de Fernanda, sua mãe passou a semana reorganizando o apartamento das meninas, dando mais espaço para poder incluir as novas roupas de grávida que Liliane comprou para Lorena.

              O jantar de agradecimento que incluía Ingrid foi realizado na própria quinta-feira à noite, para coincidir com a folga de Lorena, que pôde ficar em casa e ajudar Liliane.

 

              - Lorena, meu anjo, sabe se Edgar vem ao jantar hoje? – Questionou a mãe de Fernanda.

 

              - Não sei não, tia. A Fer não disse nada se chamaria ou não. Mas por quê?

 

              - Por nada... diga-me, o que acha desse namoro dela?

 

              - Como assim?

 

              - Você confia nesse Edgar?

 

              - Ele parece ser um bom rapaz, eu acho.

 

              - Não sei, tem algo nele que me soa falso.

 

              - Falso?

 

              - Sim, mas por favor não diga a Fernanda que comentei com você.

 

              - Sem problemas. Mas acho que agora entendi porque Fernanda está estranha, conversando aos cochichos no telefone... a senhora não aceita o namoro dela.

 

              - Lorena, minha querida, você sabe que sempre fui sincera com você, desde quando era criança. A verdade é que acontece muito disso, entre duas melhores amigas, do namorado estar com a amiga errada.

 

              - Como assim?

 

              - Sinto que Edgar gosta mais de você do que de minha filha.

 

              - Tia Liliane, não! Como assim? Nunca! O que a senhora disse para Fernanda?

 

              - Acalme-se, meu anjo, eu sei que você nunca trairia Fernanda, e disse isso a ela também.

 

              - Mas a senhora disse isso a ela? Que ele gosta de mim? Mas isso não tem nada a ver! Eu nunca nem olhei para ele dessa maneira!

 

              - Eu sei, meu anjo! Foi o que acabei de dizer! Você nunca faria nada! É nele que não confio!

 

              - Ele é um bom rapaz, tia Liliane, ele a faz feliz!

 

              Em meio a explicações de Lorena e Liliane, Fernanda e Ingrid chegavam para o tal jantar.

 

              - Está tudo bem aí? – Fernanda perguntou, estranhando o silêncio abrupto na cozinha.

 

              - Está sim. – Lorena respondeu. – A carne está no forno, está quase pronta.

 

              - Ingrid, eu tenho uma lembrancinha para entregar por ter ajudado a minha filha a conseguir o emprego, vamos lá comigo buscar?

 

              - Claro! – Ingrid então seguiu Liliane, deixando Lorena e Fernanda sozinhas.

 

              Enquanto Lorena checava ansiosamente a carne no forno, resolveu ser franca.

 

              - Sua mãe me contou a respeito do que ela pensa de Edgar. Eu quero que saiba que não tem nada a ver, que é apenas preocupação de mãe, mas da minha parte não tem nada a ver.

 

              - Eu sei, Lorena, eu sei. – Fernanda sorriu, extremamente tranquila.

 

              - Então estamos bem?

 

              - Lógico que estamos! Minha mãe é assim mesmo, e você já a conhece há anos, deveria saber.

 

.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:..:.:.:.:.:.:.:.:..::.

 

 

              Já sentadas à mesa de jantar, o quarteto saboreava o prato principal enquanto conversavam sobre casualidades, sobre a vida em Goiás e notícias do cotidiano, até que a mãe de Fernanda não se contentou e resolveu voltar no tão polêmico assunto:

 

              - Ingrid, minha querida, você conheceu o namorado da Fernanda?

 

              - Conheci sim, dona Liliane, por quê?

 

              - E o que achou dele?

 

              - Ai mãe, não começa... – Fernanda revirou os olhos.

             

              - Eu só estou perguntando! – Replicou Liliane.

 

-             Um único encontro de alguns minutos foi suficiente para que você fizesse um perfil completo do cara. – Fernanda já estava sem paciência.

 

              - Você sabe que mãe sente as coisas! – Liliane insistia.

 

              - Vamos mudar de assunto... – Fernanda comentou.

 

              - Certo. E como vão as coisas no trabalho? Vocês têm algum caso juntas?

 

              - Oi? – Fernanda quase engasgou com a comida.

 

              - Perguntei se vocês estão trabalhando em algum caso juntas.

 

              - Sim, só naquele caso da mulher da empresa de marketing que apareceu na televisão. – Fernanda respondeu.

 

              - Ah, aquele caso. – Liliane ficou desconfortável. – Sabe o que seu pai disse esses dias? Que se orgulha por você estar trabalhando nesse caso de repercussão nacional, disse que isso vai ser bom para sua carreira.

 

              - Quando ele disse isso? – Perguntou Fernanda. – Você não disse que ele estava chateado?

 

              - Sim, no início ele se chateou. Mas ontem mesmo estava conversando por mensagem com ele antes de dormir e ele leu que um segundo habeas... habeas corpus que se diz? Parece que um segundo habeas corpus foi negado, né? Enfim, ele comentou comigo e disse que essa repercussão na imprensa, essa insistência da firma de vocês vai ser boa para sua carreira.

 

              Fernanda abriu um sorriso de orelha a orelha.

 

              - E o que você acha, mãe? – A advogada resolveu arriscar.

 

              - Não me agrada, mas se isso é o melhor para você, posso ficar feliz.

Fim do capítulo


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