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Diga meu nome por Leticia Petra e Tany

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Palavras: 4721
Acessos: 2983   |  Postado em: 26/12/2022

Capitulo 23 - Decisões - parte 2.

— Lara, para. Essa é a sua decima taça. – Antonella tentou tomar a taça da minha mão. — Lara, me dá isso.

— Me deixa, Antonella. Para de ser estraga prazeres. Eu tô na fossa, não vê?

— Lara, você não deve exagerar tanto. – Ana também tentou.

Fui até o pequeno aparelho de som, conectei o meu celular.

— Essa música de novo? – Antonella gargalhou.

— Meu mundo mudou, e agora não deixo de sentir, sem você nem posso respirar... – Passei a cantar a plenos pulmões e as duas acabaram por rir.

— Não quero viver, se não está aqui comigo...

Cantamos as três.

       Os últimos dias foram péssimos, depois que o meu pai me contou que aquela maluca estava livre das acusações e fora da clínica, declinei. A raiva me consumiu por completo, qualquer chance que tivesse com a mulher que amo foi para o ralo.

Não era justo.

— Eu odeio aquela mulher, se a visse na minha frente... agora, arrancaria cada fio de cabelo dela. – Me joguei no sofá. — Eu a odeio!

Sentei em cima de algo, me remexi e se tratava de um convite. A síndica havia me mandado há poucos dias, naquele exato momento, ela estava dando uma festa.

— Vou até lá... – Fiquei de pé, senti a cabeça rodar e gargalhei.

— Vai aonde, Lara? – Ana riu.

— Na festa da síndica... – As duas me encararam.

— Você perdeu totalmente o juízo, Lara. – Antonella, que se ofereceu a me ajudar na fossa, já havia bebido algumas taças.

— Eu só quero esquecer de tudo por algumas horas, não aguento mais pensar na Yas, eu sinto que a qualquer momento vou sair correndo atrás dela. Porr*, ela poderia ter me ligado ao menos.

Um nó se formou em minha garganta.

— Ela deve estar tentando ficar longe. – Ana a defendeu. — Yas não quer que se machuque outra vez.

— Ela é uma tremenda covarde. – A minha irmã suspirou. — Eu vou na festa...

Amarrei meu robe de seda.

— Assim? – Ana apontou para o robe.

Dei de ombros.

— Antonella, por favor, me ajuda aqui... – Antonella olhou para a minha irmã e depois para mim.

— Amor, eu vou com ela até lá e em vinte minutinhos, a trago de volta. – Ana abriu a boca levemente.

— Aquilo deve estar cheio de mulher. – Tive vontade de rir da expressão raivosa de Ana Clara. — Cheio de mulher, Antonella.

— Como se alguma delas me importasse. – Antonella respondeu e o semblante fechado da minha irmã suavizou no mesmo momento.

Fui em direção a porta, deixando o meu apartamento, um pouco tonta. Chamei o elevador e quando as portas se abriram, Antonella entrou comigo.

— Só alguns minutos e voltamos. Ouviu? – Balancei a cabeça em concordância.

— Obrigada por me aturar... – Encarei os meus pés.

— Qualquer coisa por você, Lara. – Antonella me abraçou de lado.

— Você é a melhor...

— Eu sei...

      Quando chegamos em frente à porta da cobertura, ouvimos a música que vinha de dentro e era uma batida sexy, uma música de alguma cantora latina. Toquei a campainha e em poucos segundos, a porta foi aberta e a síndica surgiu a minha frente. O seu olhar surpreso passeou por minhas roupas e depois para Antonella.

— Devo dizer que estou surpresa. – Ela sorriu. — Mas feliz, senhorita Lara e companhia.

Olhei para dentro e havia muitas mulheres, algumas com pouca roupa desfilando sem a menor vergonha.

— Resolvi vir prestigiar a sua festa. – O meu estado era lamentável. — Posso?

Sandra ergueu as sobrancelhas, depois se afastou para que eu entrasse.

— Fique à vontade...

      Senti a mão de Antonella segurar firme em meu robe. Algumas pessoas nos olhavam com curiosidade, outras com desejo, apenas ignorei todas e com o álcool como meu incentivador, peguei uma taça de champanhe e tomei de uma única vez.

— Não acredito que estamos mesmo aqui. – Antonella riu.

— Amanhã, quando eu acordar, vou estar morrendo de vergonha, mas agora que se foda... – Peguei mais uma taça.

— Nem quando você era adolescente fez algo assim, Lara. – Antonella me tomou a taça e me impediu de pegar uma outra.

— Vai com calma, senhorita. – Me assustei com a voz.

      Olhei para a mulher e se tratava da mesma que me atendeu na primeira vez que vir. Ela estava só de biquíni e me olhava como se quisesse me devorar. Eu não sei o que Yasmin fez comigo, em outros tempos, esse olhar serviria para uma noite quente de sex* descompromissado, mas desta vez não surtiu nenhum efeito.

— Jenny, se comporte. – Sandra se aproximou.

As duas olhavam para Antonella e eu como se fossemos duas presas.

— Sandra, você viu a minha companhia? – Franzi o cenho, tentei puxar da memória de onde conhecia a figura que chegou.

Até houve um estalo.

“A mulher do leilão.”

— Tá falando daquela ruiva de tirar o fôlego? Nossa, Tais, você tem um bom gosto inquestionável. – Yasmin?

A tal Jenny riu.

— Vi ela no segundo piso, estava na varanda. – Algo muito poderoso me dominou naquele momento.

— Estão falando da Yasmin? – É claro que era ela, eu só queria apenas fazê-las ver que eu a conhecia.

— Sim, você a conhece? – Sandra perguntou.

Controlei a minha fúria.

“Não demorou nada pra voltar a farra.”

— Sim, aliás, irei até ela... – A tal do leilão ergueu as sobrancelhas. — Onde fica a escada?

— Levo você até lá... – Sandra se ofereceu.

— Antonella, eu já volto. – A minha cabeça rodou, senti um pouco de enjoou e muita raiva.

— Vou te esperar aqui. Não demora... – Antonella juntou as mãos. — Por favor.

— Faço companhia a ela. – A oferecida da Jenny falou.

Olhei para Antonella, que apenas revirou os olhos.

Segui a dona da casa, a escadaria ficava curiosamente em outro cômodo.

— Você parece estar com raiva. Essa mulher por quem procura é por acaso algo sua? – Paramos no primeiro degrau.

Encarei Sandra, que segurava o meu pulso e fazia leves movimentos em meu antebraço.

— Você é uma mulher maravilhosa, senhorita Lara... – Ergui as sobrancelhas.

— Lara? – Me afastei imediatamente, olhei para o topo da escadaria.

Naquele momento, nada mais importava, a minha atenção foi toda tomada por ela. Uma mesclagem de saudade, raiva, ciúmes e desejo... ela estava maravilhosa.

— Ela tá te incomodando? – Yasmin desceu os degraus, os seus olhos fixos em Sandra.

Franzi o cenho, as duas se olhavam de igual para igual.

— Perguntei se ela está te incomodando? – Abri a boca de leve, mas nada saiu.

— Vou deixá-las a sós. – Sandra sorriu, deixando-nos.

— Ela te olha como se quisesse te comer. – Yasmin estava com a face fechada.

— E se assim for? Hein? – Yas deu dois passos para trás, passou as mãos sobre os fios vermelhos.

O meu peito arfava, parecia que havia corrido uma maratona.

— Quem é você pra se importar? Tá aqui com aquela piranha do leilão. Quantos dias faz que você me abraçou e disse que estava com saudade? Hein? – Empurrei o seu ombro. — Agora tá aqui, no meio desse bando de vagabundas. Com quantas já dormiu?

Eu estava perdendo o controle.

— Quantas você fez goz*r, igual me fez? Quantas?

— Você tá alcoolizada... não vamos ter essa conversa aqui. – Aquilo só me enfureceu mais.

— Sua covarde! – Yasmin me olhou espantada. — Disse que estava apaixonada por mim e na primeira oportunidade, desistiu de mim, de nós...

— Você quase morreu, quase morreu por minha causa! – Yas aumentou o tom. — Eu não me perdoaria... Lara, eu só quero que...

— Quer o que?

Senti o meu estômago embrulhar, segurei no corrimão.

— Ei, calma. – Yasmin me segurou pela cintura. — Vou te levar pra casa.

— Não vai ficar aqui... tem tanta.

— Lara, cala a porr* da boca. – Ela apertou a minha cintura, me fazendo olhá-la. — Só para de falar bobagem.

O meu corpo a desejou tanto, que o meu sex* doeu.

— Vem...

E eu só me deixei ser levada, segurei em seu ombro, aspirei o cheiro bom que os fios sedosos exalavam.

— Yas... – Antonella veio até nós assim que nos viu.

— Oi, Antonella... vamos levar ela pra casa. – Sob o olhar da dona da casa e a piranha do leilão, deixamos a cobertura.

      Eu não precisava ser amparada, mas usei do álcool em meu sangue para prolongar aquele contato. Chegamos a meu apartamento, Ana veio até nós, sorriu ao ver Yasmin, que me levou até o quarto. Entramos em meu banheiro, ela me fez sentar na tampa da privada, ligou o chuveiro e deixou esquentar.

— O que você estava fazendo naquele lugar? – Yasmin me encarava com repreensão.

— O que você estava fazendo lá? – Ficamos nos encarando.

— Não quero que chegue perto daquela mulher, eu não gosto da forma que ela te olha. – Ergui as sobrancelhas.

— E você e a piranha do leilão?

Yasmin me segurou pelo robe, me fazendo ficar de pé. As nossas faces ficaram próximas, eu podia sentir a sua respiração.

— Sabe o quanto penso em ti? O quanto desejo ficar com você, jogar toda a merd* com a Camille pro quinto dos infernos, mas meu amor, eu...

Colei nossas testas.

— Eu quero ficar com você, eu quero enfrentar tudo isso com você...

Segurei firme em seus braços.

— Tenho medo, Lara, eu morreria se algo te acontecesse, mas não pense nem por um segundo que o que sinto é frágil ou de mentira, eu nunca, nunca senti algo assim por alguém...

      Senti algumas lágrimas escorrerem por minha face, o meu coração estava a ponto de deixar o meu peito. Busquei os seus lábios, grudei a minha boca na dela longamente, por tantos segundos, que não podia assimilar. Yas tirou o meu robe, me deixando apenas com o pequeno short e a regata, se afastou e me encarou, tocou o meu rosto.

— Eu vou te dar banho... – Arfei, o meu corpo entraria em combustão a qualquer segundo. — Vou cuidar de você, minha menina.

      Yasmin tirou a minha regata, olhou para os meus seios, a vi morder o lábio inferior e para a minha surpresa, tirou também o meu short, me deixando apenas de calcinha. Os nossos olhos se prenderam, ela aos poucos tirou toda a sua roupa, ficando também apenas de calcinha. Como se eu fosse frágil, ela me fez entrar no box, me colocou embaixo do chuveiro, enquanto passava sabonete em suas mãos.

— Fica de costas... – Apenas obedeci.

      Fechei os olhos a sentindo passear com suas mãos por toda a minha costa, então senti os seus seios contra a minha pele, os braços que eu adoraria viver pelo resto da vida, me envolveram. Yas apoiou o queixo em meu ombro e ficamos daquela forma por incontáveis segundos.

Era ali que eu desejo estar, nenhum outro lugar jamais será como estar nos braços da mulher que eu amo. A vontade de lhe dizer tais palavras me sufocaram.

Desliguei o chuveiro, ela pegou a toalha que estava sobre a vidraça e passou a me enxugar.

— Fica comigo... a noite toda. – Pedi. — Fica...

— Se eu o fizer, não vou conseguir sair da sua vida nunca mais. – Me virei para olhá-la.

— Então não saia, vamos enfrentar isso juntas... – Os olhos verdes estavam escuros, vermelhos, ela havia chorado baixinho. — A gente dá conta, Yas.

Ela passou o polegar sobre o meu lábio inferior, criou linhas com a ponta do dedo em meu rosto.

— Você é linda...

      As nossas bocas se buscaram e com saudade, se encontraram. Um suspiro deixou a minha garganta. A abracei pelo pescoço, afobada, não queria que aquela boca deixasse a minha. Yasmin me apertou contra si, me fez sentir que nada mais importava a não ser nós.

      Deixamos o boxe com as nossas bocas em uma busca frenética, andamos pelo cômodo até chegar a minha cama. Ela sentou na beirada, se arrastou até o meio e me fez ir junto, sentando sobre suas pernas. Nos encaixamos, incapazes de deixar que a conexão entre os nossos olhos fosse rompida.

Yas beijou o meu colo com carinho, beijou os meus mamilos, passou a língua em um deles, o ch*pou com gentileza, enquanto eu apenas a admirava, arfava, gemia a cada sucção.

— Eu os adoro... – Yas segurou a minha nuca. — Adoro você toda...

      Os nossos lábios se encontraram outra vez, sem pressa, a saudade era tamanha, mas ambas queríamos que aquele momento durasse. Uma das mãos dela passeou por meu abdômen, chegando ao meu sex* molhado, viscoso, desejoso do prazer que a mulher que o tomava podia oferecer.

— Molhada... – Yas passou a esfregar o dedo por todo o meu sex*.

— Hummm... ah. – Mordi o lábio inferior.

      Ela me torturava, me penetrava e depois o tirava por completo, me fazendo rebol*r e buscar mais contato. Yasmin voltou a me beijar, tão demoradamente e no mesmo ritmo me penetrava.

      Toquei a minha carne com a velocidade que ela impôs. E daquela forma, com as bocas unidas em um beijo apaixonado, com os seus dedos entrando vagarosamente em mim, com os meus dedos tocando o meu próprio clit*ris, cheguei ao mais alto nível de prazer. O meu corpo ficou mole, leve...

— Me abraça, forte... – Respirava com dificuldade.

Yas me abraçou pela cintura, unindo os nossos corpos, eu podia sentir o seu coração contra a minha pele. Ficamos em silêncio, palavras nunca seriam o suficiente.

 

 

      Sentei na pequena poltrona, enquanto observava a mulher que amo dormir. Olhei para a tela do meu celular, havia algumas ligações e já se passava das uma da manhã, respondi a algumas mensagens da Rafa, ignorei a mensagem de Tais, em outro momento ligaria para ela e explicaria tudo.

Deixei o aparelho de lado, amarrei o roupão e me aproximei da cama.

— O que eu faço? O que eu faço, Lara?

      Lara se mexeu, passou as mãos sobre a face e os olhos castanhos focaram em mim. A cabeleira negra estava em desalinho a deixando ainda mais linda. Os lábios inchados dos beijos trocados, os pequenos arranhões causados por nossa busca pelo prazer.

Tão absurdamente linda.

— Vai embora? – Sua expressão me fez sorrir.

Tirei o roupão, fiquei nua outra vez.

“Como eu poderia ir?”

— Eu quero ficar...

      Subi na cama, me encaixei sobre ela, busquei a sua boca que me acolheu no mesmo momento. Passei a mover o meu quadril, sem pressa, enquanto devorava os lábios da mulher que me tinha por completo. Lara espalmou as duas mãos sobre as minhas nadegas, forçando ainda mais os nossos sex*s que se esfregavam um ao outro em um beijo íntimo, gostoso, prazeroso.

— Não vai, não...

Lara repetia.

— Não, meu amor...

      A fiz virar, grudando em suas costas, mordendo a sua pele, a marcando. Lara levou uma das minhas mãos ao seu sex*, empinou-se, esfregando a bunda bem feita em minha intimidade.

Arfei.

— Você é minha... só minha. – Passei a divagar. — Só minha, Lara.

— Sua, meu... ah, meu amor...

      Pressionei os meus dedos contra o pequeno pedaço de prazer, ouvindo os sons que deixavam a garganta de Lara. Os sussurros, os sons de nossos corpos em busca do prazer, foi assim até um certo momento da madrugada.

 

      Não consegui dormir, passei a madrugada inteira com Lara dormindo em meus braços, eu tive medo de adormecer. A Lembrança de Camille entrando no apartamento de Lara ainda me assombrava. É algo que jamais conseguiria esquecer e me assustava tanto.

Olhei para a janela e o dia começa a aparecer. Encarei Lara, encostei os meus lábios em sua testa, aspirei o aroma gostoso que desprendia dos fios negros.

— Eu te amo... amo muito. – Fechei os meus olhos, o cansaço me venceu.

Acordei um pouco atordoada, demorei a abrir os olhos e quando o fiz, não consegui esconder o sorriso.

— Para de me olhar... – Escondi a minha face no travesseiro.

Lara riu, escondeu o rosto em meu pescoço, me deixando arrepiada.

— Não acredito que está mesmo aqui. – A envolvi pela cintura.

— Eu não quero mais ter que ir e não poder voltar. – A encarei. — Mas precisamos conversar sobre isso, meu amor.

— Eu sei que sim, mas vamos deixar pra depois? Quero fingir que nada lá fora existe.

— Tudo o que você quiser.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que o meu estômago fez um barulho vergonhoso, causando uma crise de riso em Lara.

— Vamos tomar banho, amor, você tem que comer. – Eu amava quando ela me chamava assim.

A amava tanto, tanto. Eu deveria dizer a ela? Estaria sendo apressada?

— Não quero sair daqui, quero passar o dia todo deitada com você. – Lara tocou a minha face, beijando rapidamente os meus lábios.

— Tomamos banho, comemos e podemos passar o dia todo aqui. O que acha? – Me coloquei em cima dela, a fazendo gritar.

Gargalhei.

— Acho perfeito. – Beijei entre os montes.

— Yas, vamos comer...

— Queria matar outra fome agora. – Mordi de leve a pele sedosa.

      Nos amamos mais uma vez e durante o banho, ficamos abraçadas como na noite anterior. Eu estava apavorada, mas estava mais do que na hora de afastar qualquer resquício da Camille. Lara queria ficar ao meu lado e eu do dela, enfrentaríamos juntas o que viesse.

 

— Decidiram sair do quarto. – Antonella estava na cozinha.

Ela enxugava algumas louças.

— Só pra comer, não contem conosco pra nada hoje. – Fui até ela e a abracei.

— É bom te ver aqui, ruiva. – Sorrimos.

— Onde tá a Ana? – Lara perguntou.

      Sentei em uma das cadeiras e ela sentou sobre as minhas coxas, me fazendo abraçá-la pela cintura. A sensação de estar em casa, ali com ela, era maravilhosa. Eu não quero mais viver sem senti-la.

— Foi correr, mas já deve estar voltando. Fiz café, acho que alguém aqui está precisando, e tem um bolo de milho caseiro. Espero que gostem. – Antonella sentou à nossa frente.

— Isso me faz lembrar, o que você estava fazendo na casa daquela velha atirada? – Lara me olhou.

Ela e Antonella trocaram olhares.

— Você também, dona Antonella. Não é uma mulher comprometida? – A morena sorriu.

— Isso soa bem, uma mulher comprometida. – Antonella riu.

— Lara estava enchendo a cara e chorando ouvindo Rouge. – Ana entrou na cozinha.

Ela deu um selinho demorado em Antonella, que ficou toda boba. As duas exalavam uma cumplicidade quase palpável.

— Exatamente, comprometida. – Ana depositou um beijo na ponta do nariz da mais velha. — Como eu estava dizendo, a minha irmã nos torturou com músicas que fariam qualquer um chorar...

— Por sua causa. – Lara riu.

Ergui as sobrancelhas.

— Rouge é? – Lara escondeu a face com as mãos.

— Por favor, esqueçam isso.

— Continua, Ana...

— Continua nada. Ora, Yas, o que você estava fazendo lá? – Lara virou para me olhar.

A expressão de raiva me fez sorrir, eu amava vê-la brava comigo.

— Eu queria fingir que não estava morrendo de vontade de estar com você. – Toquei sua face. — Quando vi o endereço, até pensei em dar meia volta, mas eu desejei que a gente pudesse se encontrar. Vivo em conflito, Lara, em conflito entre o que quero fazer e o que devo fazer. É uma tortura...

Não poderia estar sendo mais sincera.

— Você não tem nada com aquela mulher? – Suspirei.

— Como poderia, meu amor? Desde que você aceitou aquele acordo, não consigo pensar em mais ninguém. Você me tem, Lara. Totalmente... completamente.

— E você a mim, Yas. Eu sou louca por você...

— Vamos, amor, elas precisam de um pouco de privacidade. – Ana ficou de pé e puxou Antonella.

— Não vá sem antes falar com a gente. – Antonella me pediu.

As duas deixaram a cozinha.

— Podemos voltar pro quarto? – Perguntei.

Lara me encarava, sem desviar o olhar.

— Vamos alimentar os seus verminhos primeiro. – Ri, a apertando contra mim.

— E depois a gente mata a outra fome? – Toquei a sua face, beijei os seus lábios.

— Com toda a certeza, meu amor.

Lara segurou a minha nuca, aprofundou o beijo. Suspirei, desejei que aquele momento se prolongasse.

 

      Segurei com força a coberta, prendi o fôlego, soltei um gemido baixo, segurei firme na cabeleira negra. Lara ch*pava o meu sex* com força, enquanto me penetrava em um vai e vem enlouquecedor.

— Lara...  – Me contorcia, rebol*va contra os dedos e boca.

Era delicioso fazer amor com a mulher que amo.

      Em uma última investida, soltei o que estava preso em minha garganta. Me desmanchei, fui sugada por um prazer além de tudo que já experimentei. Lara beijou o meu sex*, distribui beijos por todo o meu abdômen até chegar a minha boca. Nos beijamos sem pressa, imersas no nosso mundo.

A abracei, totalmente rendida.

— Eu adoro como o teu corpo corresponde ao meu. – Nos encaramos.

Lara beijou o meu nariz, me fazendo sorrir.

— É porque assim como o meu coração, o meu corpo te pertence. – Ela me presentou com um sorriso.

— Vamos fazer uma viagem? Só nós, pra bem longe. – Admirei cada parte da face bonita.

— E qual o destino? – Beijei sua testa.

— Que tal o Egito. – Franzi o cenho. — Sempre quis conhecer, quero saber qual a sensação de estar naquele lugar tão cheio de história.

Sorri.

— Lembro que quando assisti a Múmia a primeira vez, morria de vontade de conhecer o Egito. – Lara sorriu outra vez.

— Então é um sim? – Selei nossos lábios demoradamente.

— Mais que um sim, eu vou adorar ir a qualquer lugar com você, meu amor...

— Me chama de novo... chama.

— Meu amor, minha mulher, minha chatinha...

Lara gargalhou.

— Chatinha não...

— Chatona então.

      Passamos a tarde inteira deitadas, conversamos e rimos muito. Eu estava no céu, mesmo sabendo que viria uma batalha a diante, estava disposta a enfrentar o que fosse se ela estivesse comigo.

Eu a amo, amo e a farei saber disso.

 

      Terminei de tomar banho, vesti uma roupa emprestada de Lara e quando chegávamos a sala para pedirmos uma pizza e comermos as quatro, ouvi a voz irritante de Caterine, que ao me ver, torceu o beiço.

— Ah, Lara, eu não posso acreditar que você tá mesmo se arriscando assim. – Aspirei o ar com calma.

— Cat, eu sei o que estou fazendo. – A enjoada ergueu as sobrancelhas.

— Sabe mesmo? Qual a parte de que você quase morreu por causa dessa vagabunda ainda não te desceu?

Lara apertou a minha mão.

— Vagabunda? A toda sofisticada sabe xingar. – Zombei.

— Eu não vou permitir que venha até a minha casa e faça algo tão desagradável. – A sem sal me encarou em fúria.

— Você sabia que ela me bateu ontem? Estava em um restaurante em um jantar romântico com uma outra mulher e me bateu sem motivo algum. – A minha paciência estava chegando ao fim.

— Sem motivo algum é o escambal. Você estava me ofendendo como agora. E eu não me arrependo, bateria de novo. Inclusive, você quiser outro, lhe dou com todo o prazer...

— Vai deixar essa desclassificada me ameaçar, Lara? – Que mulherzinha chata.

— Cat, a Yas e eu estamos juntas, se você quiser que a nossa amizade continue, irá ter de entender que ela faz parte da minha vida e vai permanecer nela. Não importa o que você diga...

— Então escolhe ela?

— Você está a colocando nessa situação. – Ela ficou a nos encarar por alguns segundos.

Jogou sobre a mesinha de centro um urso.

— Depois não diga que não avisei, Lara. Essa mulher será a tua ruina... – Eu queria muito socar a cara dela. — Entregou o teu coração pra uma mulher que foi capaz de passar anos sendo amante...

Ela balançou a cabeça de forma negativa.

— Quando quiser colo, não vai mais contar comigo.

Caterine deu as costas, deixando o apartamento de Lara.

— Yas, não deixa as bobagens que ela disse te afetarem. – Ana falou.

— Não vou, já estou cansada de me sentir mal por isso. Cometi um erro, mas me arrependo e isso tem que bastar. – Lara me envolveu pela cintura.

— Eu não penso como ela, ouviu? – Balancei a cabeça em positivo. — E nem ligo para o que ela pensa. Eu sei quem você é, meu amor.

Ela me beijou, colou os lábios nos meus e ficou assim por alguns segundos.

— Obrigada, Lara. – Me senti aquecida, protegida.

— Vamos pedir as pizzas? Nada de deixar essa maluca estragar nossa noite. – Ana pegou o telefone. — Antonella é Portuguesa, Lara quatro queijos. E você, Yas?

— Gosto de Portuguesa também. – Sentei no sofá, trazendo Lara para sentar sobre as minhas coxas.

— Ótimo...

      Ana pediu as pizzas e depois se juntou a nós, enquanto falávamos sobre a viagem ao Egito. Antonella contou sobre sua ida até o país e nos alertou sobre possíveis perigos. Comemos as pizzas, Ana voltou a implicar com a irmã por causa da música do Rouge, que descobrir se tratar de uma a qual também amava ouvir.

Inclusive, Antonella nos fez ouvir, enquanto cantávamos em coro, fazendo Lara rir.

 

— Amor, o carro está bem próximo. – Fiquei de pé.

— Tem certeza? Não quer ficar? – A abracei pela cintura.

— Prometo que nos vemos amanhã. Vou até a casa dos meus pais, eles precisam ser os primeiros a saber sobre nós. – Ela sorriu e eu beijei aquele sorriso.

— Dessa forma, eu concordo. Pode me ligar quando estiver na casa da Rafa? – Suspirei.

Eu estava muito, muito feliz.

— Pode esperar, meu amor. – Nos beijamos sem pressa. — Boa noite, doutora linda.

— Boa noite, minha linda. Eu... – Lara me encarou com demora. — Eu já estou com saudades.

O meu coração não aguentaria.

— Eu... – Eu te amo. — Eu também já estou...

      Lara me levou até a porta, ainda pediu outra vez para me deixar em casa, mas recusei. Entre vários beijos e promessas de que logo nos veríamos, deixei o seu andar. Entrei no elevador quase dando pulos de felicidade.

      Cheguei ao hall, avistei um carro parado na portaria e acreditando ser o carro do aplicativo, atravessei o portão. Quando iria me agachar para confirmar se era o motorista, senti uma pancada muito forte na cabeça.

Eu apaguei.

      Sentia o meu corpo se movimentar, a minha cabeça doía muito e eu não conseguia enxergar nada, as minhas mãos estavam presas, assim como os meus pés. De repente, o pavor me tomou.

Comecei a me remexer, tentando pôr para fora o que tinha na minha boca e me impedia de falar.

— Calma, meu amor... dorme mais um pouquinho.

O meu corpo inteiro gelou, fiquei totalmente paralisada ao ouvir aquela voz.

“Não pode ser, não pode ser... não, não, não. Tem que ser um pesadelo.”

— Vamos chegar em algumas horas, então dorme e não fica se mexendo, vai se machucar. Fica tranquila, meu amor, você está segura comigo...

Lágrimas passaram a molhar o meu rosto.

— Não, não chora...

Ela tocou o meu rosto e eu me afastei.

— Tá chateada? Ah, minha menina. Quem deveria estar chateada sou eu, afinal, você estava com aquela mulher outra vez, mas vou te perdoar, ouviu? De hoje em diante será apenas nós duas.

Meu Deus, não! Não, não, não...

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Agora sim começa os verdadeiros problemas.

Eu sei, vocês querem me matar. Agora só os fortes vão permanecer.

Podem me xingar, eu deixo.

Com isso teremos outras questões em foco também e talvez um pouco mais das outras meninas para as que amam elas.

Enfim, não precisam pegar leve.

Feliz natal atrasado.

Obrigada por tudo, vocês são o oxigenio das minhas narrativas. 

É uma honra, espero que eu possa voltar mais vezes e trazer novas mulheres para a vida de vocês.

Uma amiga me mandou um link, a Amazon está publicando livros de forma gratuita e eu queria muito ter essa oportunidade. Vocês comprariam? 

haha

beijos de Tany e euzinha.


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Comentários para 23 - Capitulo 23 - Decisões - parte 2.:
MaferS2
MaferS2

Em: 29/12/2022

Como assim a história já vai acabar? Se nem as principais estão juntas ainda, no máximo três transas. Só um casal sem sal formado até agora. Na minha cabeça tinha tanto ainda. As próprias principais, a Nicole e Rafa, a questão das famílias... meu Deus... a globo tá querendo acabar com tudo mesmo e jogar as "felicidades" pro último capítulo. Naaaaaaaaoooooo, o que vai ser desse site aqui gente? Luto desde já! 


Resposta do autor:

Kkkkkk eu ri olha...

Não sei se você leu as minhas outras histórias, mas se leu já deve ter uma noção que como as tratoe qual é meu estilo de escrita.

Relaxe e curta cada capítulo.

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jakerj2709
jakerj2709

Em: 27/12/2022

Olá querida autoras ainda acho q a CAT tem uma ligação com a Camile toda vez q a CAT aparece Camile tbm logo em seguida Yas vai acabar com problemas neurológicos de tanto q apanha na cabeça aff pensa na personagem que sofre...Camile tinha que morrer pra vê se dá um pouco de paz aff


Resposta do autor:

Olá, minha querida.

Você tem umas teorias muito boas.

Camille merece passar o resto da vida na cadeia, a morte seria uma recompensa.

(sou muito vingativa)

vamos de cap?

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Dessinha
Dessinha

Em: 27/12/2022

Claro que compraria livros de vocês, precisamos disso em nossas vidas e devemos incentivar essa cultura. 

 

Mas voltando cá... essa Caterine do inferno surgiu de onde, pela misericórdia? Só eu que acho que essa pessoa deveria voltar para o inferno de onde saiu? Mas a Yasmin deu uma surra nela pouca, tem que ser bem dada! (falou a pessoa que chora até quando o vilão do filme morre :D ) Ai Lara, eu já teria anulado ela no momento que chamou sua gata de vagabunda. Mas olha que audácia, gente! Tá se achando o que, essa barata sem antena?

 

Já começou a doer meu coração com esse negócio, vamo vê se o final feliz vem logo porque desse jeito eu não aguento não, meu coração fica pequenininho.

 

Beijos queridas!


Resposta do autor:

Ah, eu tô pensando na possibilidade. Teriamos que gastar alguma coisa pra lançar algo digno, mas somos duas subordinadas da vida kkkk mas quem sabe não rola. Seria um sonho realizado.

 

Caterine acha que pode interferir na vida da Lara só porque foi o seu primeiro amor.

KKKKKK que acho que a Lara deveria sentar a porrada na Camille na primeira oportunidade que tiver. Quem concorda? Eu passo pano.

kkkkkkkkkkkkkkkkkk barata sem antena??? boa demais kkkkk

 

Segura esse coração, ainda temos duas cobras pra tirar o veneno.

Vamos de mais um cap?

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 26/12/2022

Misericórdia gente parece um fantasma essa mulher credo 


Resposta do autor:

Misericordia mesmo, a Yas infelizmente escolheu feio.

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 26/12/2022

Misericórdia gente parece um fantasma essa mulher credo 

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Lea
Lea

Em: 26/12/2022

Eu,com certeza compraria!

*

É, está difícil para as meninas, é mel durante todo o capítulo e no final,um sequestro.

Assim o coração não aguenta!

*

Boa tarde,meninas!

 


Resposta do autor:

Estou pensando seriamente em fazê-lo. Preciso de algumas coisas, mas é um sonho.

Camille é um arco que precisa ser encerrado. Tudo faz parte do processo.

Mesmo que doa um pouquinho.

:/

Boa tarde, querida.

Responder

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JeeOli
JeeOli

Em: 26/12/2022

Estou com uma dúvida por qual motivo a Yasmin pegou um carro de aplicativo sendo que ela foi para o prédio da Lara com a outra no carro dela pq a Taís estava sem carro, me deixou confusa isso, e eu gosto da ideia de ter um pouco mais das outras personagens, Yas e Lara vão precisar ser muito forte para superar tudo que precisa ser superado para enfim ficarem juntas 


Resposta do autor:

Haha sim, na verdade a Yas havia esquecido a chave, no cap seguinte está explicando. Achei que não precisaria explicar nesse e deixar explícito. Não se preocupe :)

Bem, vamos poder ver um pouco mais delas. Nicole tem uma boa questão pra desenvolver e a nossa malvada favorita precisa de um pouco de espaço.

Ah, momentos eletrizantes. E pensar que logo já vai acabar.

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