Capitulo 56
CAPÍTULO 56:
O CERTO
Contém cenas de sex*
Nyxs
― Apronte tudo.
As gêmeas purificaram o ambiente com incenso e feitiços, Heloise jogou sais no solo, riscando as runas necessárias e Gilles colocou um véu de invisibilidade na frente da gruta.
― Olha não fique tensa, não vai ser aquela coisa romântica e cheia de frescuras que nossas avós dizem que é a primeira vez. A sua vai ser forte e com dor, lembre-se que ali não é a Nara doce que você conhece. Quando você começar o ritual e ela respirar, trazendo o corpo, unindo a alma de volta à vida, ela vai ficar violenta e te machucar, confie em nós que somos suas tias legítimas, irmãs da sua mãe e filhas da sua avó, Esther, que estaremos bem ali fora, se a dor for insuportável para você, nós quebramos o ritual assim que ela abrir os olhos.
― Eu sei tudo isso, estudamos juntas a mesma magia de como se laçar com a pessoa que está morrendo, o que eu sinto por ela é tão intenso, que a dor é o de menos. ― Eu não estava sendo obrigada a fazer o que ia fazer, estava sem opções de manter minha alfa e meu único amor com vida e respirando.
A Nara Shiva, alfa da alcateia, era maior do que tudo que pudesse imaginar, a sua participação no duelo entre os seres de todas as raças era a coisa mais importante, o papel das lobas iria fazer a balança pesar do lado certo.
Mas reivindicá-la dessa forma não era o que eu sonhava, eu sempre quis conquistar a alfa com paciência e mostrar a ela que a sua parceira e companheira era eu, a partir do momento em que todas elas passaram pelo rio e foram modificadas, daquele momento em diante, a Nara Shiva, loba e bruxa, passou a ser a guerreira do exército das lobas com poderes de magia e angelical, a partir da passagem pelo rio, ela era outra loba e essa loba era a minha companheira de vida e na morte, mas como explicar isso ou mostrar a ela nosso destino?
― Vamos ficar lá fora. ― Minhas tias e minha prima, que sempre estiveram ao meu lado e conheciam minha história, sabiam a luta que estava sendo travada dentro de mim, assim como sabiam que eu faria o que fosse melhor para a alcateia.
Tudo que eu tinha feito para me manter longe e fugir do que sentia estava indo por água abaixo, eu ia apostar no que a Aldra tinha me falado em segredo quando recebi a ordem para vir ficar perto da alfa e fazer de tudo para ela voltar viva, que no momento em que voltássemos para nosso mundo, tudo que ia acontecer aqui ia ficar trancado em nossa mente e só no momento certo ia vir à tona.
Tirei toda minha roupa e fui até o local onde as meninas tinha preparado o banho de ervas e sais, fiz toda a limpeza do corpo e da mente, acendi os incensos também feito de folhas secas, coloquei minhas roupas próximos às da Nara e fui para perto dela, fiz o corte no meu pulso, deixei cair bastante sangue em cima do corte em seu peito que se misturou com as ervas, para limpar o veneno mais rápido e ajudar a ter forças meu sangue tinha o poder da cura por ser sangue angelical, coloquei meu pulso ainda pingando em sua boca, rogando aos deuses que ela conseguisse engolir pelo menos um pouco.
Passei a língua no meu corte e deixei a magia fazer sua parte cicatrizando automaticamente, deitei toda em cima da alfa e comecei a sussurrar as palavras.
“Eu Nyxs Shekar Kali Azir, filha de Ameth Shekar, neta de Esther Shekar Azir nascida do ventre de Lilith Kali. Me ofereço como sua companheira na vida e na morte, eu te reivindico, Nara Shiva Bahadur Kabir, filha de Ziam Kabir, nascida do ventre de Nádia Kabir. Imploro aos Deuses que permitam você ser minha companheira e parceira nesta vida e em outras mais que existam, até o dia do juízo final e mais além. Em troca te ofereço metade da força que tenho e metade da que terei em corpo, alma e espírito, te dou minha vida neste mundo e em outros que existam, imploro aos deuses que permitam nossa união agora e para sempre, mesmo que o preço a pagar seja a minha solidão, imploro ao Deus Anúbis que deixe que viva, mesmo que para isso eu seja testemunha da sua felicidade nos braços de outra.”
Nara Shiva
Eu ouvia as palavras como uma canção suave, tinha consciência do que Nyxs estava fazendo: eu sou uma loba, fui criada nas tradições e culturas do meu povo. O que a loba estava fazendo era o ritual de reivindicação, o mesmo que Amkaly não achou necessário e não quis fazer, e eu por respeito a sua cultura não quis impor a minha.
Agora corria o risco de a reivindicação ser aceita pelos Deuses na hora em que Nyxs me mordesse, corria o risco de eu não ter noção e ser bruta no ato da mordida.
Uma reivindicação deve ser pedida aos deuses e oferecida na hora em que o casal está trans*ndo, se for aceita, as almas e corpos ficam unidos na hora e goz*m juntos gerando ou não filhos.
Agora nos tempos modernos, muitos lobos que completam o laço, não vivem juntos, mas o que pediu, fica infeliz e vive uma vida sem poder conhecer o amor na sua plenitude, justamente por ter oferecido tudo que tinha para o lobo reivindicado.
Eu estava sem um pingo de forças até mesmo para avisar que isso era uma loucura, ela era muito nova e tinha tudo para dar errado.
Um gosto de mel com canela lavou meus dentes e escorreu na minha língua um filete desceu goela abaixo, aquecendo e molhando tudo por onde escorria, eu sentia minhas artérias enchendo tudo por dentro, como afluentes de rios, meu coração começou a bater mais rápido, calor tomou conta do meu corpo, me obrigando fervilhar de desejo e paixão, eu não queria me parar, mas mentalmente completava com palavras todo o ritual de perguntas feitas pela agora minha companheira, o barulho do sangue correndo expulsando o veneno se assemelhava a uma cachoeira, me fornecendo energia o suficiente para acordar e me deparar com aquele olhar prateado, que me fazia imaginar inúmeras cenas eróticas. Enquanto nos olhávamos com intensidade, presas naquele momento único, minha deusa prateada se encaixou no meu membro e foi descendo devagar, senti sua barreira se romper, ela fechou os olhos e se curvou sobre meu ombro, foi então que senti a ardência no meu pescoço e sabia que duas presas penetravam minha carne me rasgando, sugando meu sangue, tudo em mim se revirou, aumentando ainda mais minha excitação, como um ciclone que vem arrastando e derrubando tudo o que está pela frente, lutei até onde pude para não violentar a loba prateada, mas a força da magia era maior na hora da penetração, dura e forte, ela não gritou, só aprofundou sua mordida que pela força, eu sabia o quanto tinha sido doloroso para ela, deitei minha garota no chão e fiquei por cima, queria ter um pouco de controle, ela parou de me morder e lambeu a ferida, então voltamos a nos olhar, era como se o mundo se calasse para ouvir nossos corações conversando, quis me entregar àquele prazer absurdo, mas fiquei parada toda dentro da Nyxs.
― Quantos anos você tem nesse mundo? ― Foi a primeira coisa que perguntei com a voz rasgada e queimada pela falta de uso.
― Trinta e três.
Era tudo que eu queria saber para completar a ligação. Meu corpo estremeceu em êxtase e enfiei os dentes com força em seu pescoço aceitando a reivindicação, em segundos eu me derramava dentro da loba que nada dizia, mas durante todo o ato sexual me olhava dentro dos olhos, eu vi seus olhos ficarem com listras de azul muito discretas somente olhando bem daria para ver, assim como eu tinha deixado minha marca nela ela tinha deixado a dela em mim. Era assim que o laço era completo.
― Eu te machuquei? ― Fiz a pergunta ainda dentro dela que me prendia internamente, eu já tinha escutado coisas assim, que um casal que passa pelo ritual do laço fica presos um dentro do outro na hora do sex*.
― Só um pouquinho. Na academia tem umas humanas que dizem que o ritual delas quando passam para mulher é muito doloroso, elas não sentem prazer na primeira vez, só dor e no dia seguinte, não conseguem sentar direito. ― Nyxs fazia carinho nos meus cabelos puxando as pontas e levando ao nariz para cheirar como quem cheira um perfume raro, aquele tipo de carinho pós sex* para mim era novidade, a voz dela era suave e doce ao mesmo tempo e tinha um brilho no olhar que me fascinava. ― O que foi, por que está me olhando assim? — Nyxs segurou a mecha de cabelo no ar bem próximo ao nariz pequeno e arrebitado cheio de sardas miudinhas.
― Você sempre gostou dos meus cabelos e de me olhar assim, desde que nasceu. — Disse, ela sorriu e revirou os olhos num gesto moleque e atrevido, mas ao mesmo tempo lindo.
― Seu cheiro, do seu corpo inteiro, e principalmente dos cabelos, é como uma droga pra mim, eu não sei explicar.
― Eu ouvi vozes, quem eram as garotas que estavam aqui, duas eu sei que são as filhas da Esther e as outras? A única que eu não vi foi a Nalum, por que ela não está aqui com todo mundo?
― Vamos do começo, tinha minhas tias, Inaê e Iara, Angel, na verdade o nome dela é Angela Gilles mas prefere ser chamada de Angel, Heloise, filha da Ananya, Manon, filha da Morgana, e o restante ficaram do outro lado da montanha onde o seu corpo está.
― O que você fez foi muito arriscado, eu poderia ter te matado, na hora da reivindicação. ― Senti nossos corpos sendo liberados, e Nyxs inverteu a posição novamente, ficando por cima, era um ângulo perfeito para admirá-la, mas a loba prateada logo saiu de cima de mim deitando ao meu lado, tentando esconder o corpo nu.
― Desde quando as lobas têm vergonha de se mostrarem nuas umas para as outras? ― Olhei e admirei seu corpo com cada curva perfeita e na medida certa.
― Desde o instante em que essa loba acabou de acasalar com a alfa da alcateia que estava morta, e eu sabia que não me mataria, somos parceiras de alma. ― Ela sorriu timidamente.
― Não me lembra dessa parte, depois eu penso como vou resolver tudo isso.
― Eu não estou te cobrando nada, fiz o que tinha que fazer e não me arrependo. Tanto eu, quanto você sabemos o que deveria ser feito, e a aldrava disse que quando você voltasse para nosso mundo, nem eu e nem você vamos nos lembrar do que aconteceu aqui dentro, que isso é uma coisa só nossa, que na época certa vamos lembrar.
Me deitei toda em cima dela sem lhe dar chance de me empurrar fiquei entre suas pernas, sex* com sex*. Ela tinha me trazido de volta a vida, me dado tudo. Sua pele ardia por mim, e saber disso me deixava excitada e ansiosa, desejando ter ainda mais daquela beldade que nasceu pra ser minha. Comecei lentamente a entrar e sair de dentro dela, que me olhava fascinada, eu queria que dessa vez fosse prazeroso pra ela, como era pra mim.
― Eu não quero que faça isso porque tem pena de mim. ― Nyxs sussurrou no meu ouvido, acendendo tudo por dentro, rosnei de leve e minha pele se arrepiou, apoiei meus braços no chão soltando o peso do corpo neles que tremiam pelo esforço, busquei sua boca e antes de beijar, eu confessei.
― A única coisa que não sinto nesse momento é piedade ou gratidão. — Busquei e me apossei da sua boca em um beijo alucinado, Nyxs gem*u toda entregue, me levando a loucura, ao sentir suas unhas castigando minhas costas, demonstrando seu prazer desesperado, aumentei as estocadas não com brutalidade mais com tesão, com desejo, mais uma vez, Nyxs gem*u dentro da minha boca e goz*mos juntas, tudo dentro e fora de mim tremia e mais uma vez eu me derramei toda dentro da loba prateada.
Fim do capítulo
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