Capitulo 22
POV GISELE
Minha vida estava de cabeça para baixo, eu me dei para o imbecil do James de corpo e alma, fui mulher, amiga, investidora e o desgraçado retribuiu me traindo com a vaca da Juliana só pode ser piada.
Confesso que não estava colocando fé na tal detetive Reis, ela era apenas uma menina, mas foi indicada por uma das minhas amigas então confiei e em menos de 24 horas eu obtive provas da infidelidade do maldito James. Minha surpresa foi gigante quando minha irmã chegou mais branca que papel e me conta que a noiva da Juliana flagrou a traição e que ela estava sendo traída em dose dupla, só que o que me deixou mais embasbacada é que a detetive Reis era a noiva. Se eu já estava me sentindo horrível imagino ela ao descobrir que foi contratada para descobrir a própria traição, como dizem todo castigo para corno é pouco, mas o que me deixou intrigada é que minha irmãzinha me contou que deixou seu número salvo pois havia gostado da detetive.
Não dei muita importância para isso até porque eu estava na merd* e tinha que tomar atitudes em minha vida e tirar o filho da puta traidor da minha vida de uma vez por todas. Claudia se despediu de mim assim que James chegou, ele estava com uma cara assustada e me encarava esperando uma explosão e tenho certeza que se surpreendeu quando o chamei para me acompanhar até o quarto.
- Bom querido, você tem... (olhei em meu relógio) 05 minutos para arrumar suas coisas antes que eu chame o Maurão e ele te jogue na rua depois de uma surra e o acuse de agressão.
- Eu não toquei em você Gisele, enlouqueceu? – O babaca sorriu nervoso.
- Não? – Fui até nosso closet, peguei o relógio favorito dele que me observava e quando viu minha intenção ficou furioso.
-NÃO OUSE FAZER ISSO GISELE! – Gritou e nesse momento sorri, peguei o telefone fixo.
- Aumente a voz mais uma vez e eu jogo esse teu relógio de playboy na puta que pariu, ligo para o Maurão você leva uma surra e ainda espalho essa merd* de fotos, te processo por agressão.
- Você é uma ingrata. – Foi até closet arrumar sua mala.
- Não querido, você que é o ingrato. – Olhei o relógio passava pouco mais de 01 minuto. – Você tem menos de 4 minutos querido. – Sorri irônica e disquei o número da guarita. – Maurão, pode vir aqui no quarto? Obrigada.
- Mas que porr* é essa? Eu já estou saindo! – Me olhou colocando as mãos na cintura.
- Pouca conversa e mais ação querido, anda.
Ele resmungava alguma coisa e quando meu segurança chegou começou a arrumar ainda mais rápido suas roupas.
- Algum problema senhora? – Maurão pergunta olhando diretamente para James.
- Ainda não Maurão, mas acho que teremos em breve. – Gargalhei. – Querido você só tem mais 1 minuto.
James começou a correr e eu forçava a risada, mas, por dentro estava me segurando para não chorar.
- Trinta segundos querido. O que não conseguir levar vou queimar. – Ele me olha furioso e antes de pensar em vir para cima Maurão se faz presente e ele para.
- Pode me entregar o relógio Gisele?
- Claro. – Estendo a mão com o relógio e ele pega. – Agora vaza da minha casa e da minha vida, daqui você não leva mais nada.
- Mas eu só consegui pegar meus sapatos e relógios, você não pode fazer isso. – Passou a mão pelos cabelos. – Está sendo infantil.
- Na verdade querido. – Fui até ele. – Estou sendo muito racional, poderia ter mandado simplesmente apagarem você. – Ele deu um passo para trás, virou as costas pegou sua mala e saiu. – Maurão acompanhe meu ex marido e não permita a entrada dele aqui em casa de forma nenhuma.
- Sim senhora.
Calmamente fui ao closet e retirei cada roupa dele e joguei no chão no meio do quarto, pedi para o Maurão levar tudo para um albergue e doar aos moradores do lugar. Quando me vi sozinha, me permiti chorar, desci do salto pela primeira vez na vida, gritei, me embriaguei...
No dia seguinte minha irmã chega com o Marcelo e me encontram jogada no chão do meu quarto, eu só chorava, Claudia me levou até o banheiro e me deu um banho, abracei minha irmã sem me importar de molha-la.
- Qual o meu problema Cau? Que merd* eu tenho ou não tenho para ele ter feito isso comigo? – Senti minha irmã me apertar mais forte.
- Você é perfeita minha irmã, tem seus defeitos, mas suas qualidades superam. Ele é um fraco, um mau caráter e não merece nenhuma de suas lágrimas.
- Mas Cau eu...
- Mas nada Gisele. Você não é assim, você não é fraca minha irmã. Sei que é seu marido, aliás ex, mas porr* Gi, tu é linda, é gostosa, tá cheio de homem e mulher loucos por você! Levanta a cabeça mana e vamos nós três relembrar os velhos tempos.
- Estou horrível Cau. – Falei choramingando e ela riu.
- Deveria gravar a toda poderosa Gisele Vilela tão frágil e tão molenga. – Gargalhou e eu belisquei ela. – Aiiii, sua chata. Vamos tomar banho, comer alguma coisa, shopping e salão. Quero minha irmã diva de novo.
Sorri e abracei minha pequena de novo, não sei o que seria de mim sem ela, juro que não sei. Um pouco do álcool saiu no banho, ela me ajudou a me vestir e depois o Marcelo apareceu com alguns remédios, suco de acerola e uma salada de frutas, Cau estava no banho.
- Ei Gi, como se sente? – Pergunta meu amigo com um semblante preocupado.
- Péssima. – Virei o suco de uma vez.
- Não quero você assim.
- Estou falando da ressaca e não do imbecil do James. – Marcelo gargalhou.
- Minha amiga finalmente está melhorando.
- Depois de um sacode que levei de uma pirralha, melhorando com certeza. – Sorri.
- Pirralha que só quer o teu bem sua velha ingrata. – Claudia chega rindo e me abraça. – Eu te amo maninha e só quero o seu bem.
- Eu também te amo Cau. Obrigada Marcelo, amo muito vocês. – Abracei os dois e novamente chorei, mas dessa vez fui amparada pelos dois.
Passamos a tarde no shopping, eles conseguiram me distrair e eu comecei a me sentir bem comigo mesma. James ainda tentou me ligar, mas recusei. Com o passar dos dias vi minha irmã com um brilho nos olhos a tal detetive e ela estavam se conhecendo melhor e vê-la feliz me deixava feliz, Marcelo comentou que ficou com uma amiga dela, uma tal de Vanessa que traria ela para me conhecer pois ela era divertida e uma boa pessoa, marcamos um dia e eu me sentia ansiosa, procurei me vestir de uma forma elegante porém simples, queria causar uma boa impressão, afinal era a melhor amiga da ficante da minha irmã e ficante do meu melhor amigo.
Assim que eles chegaram, e meus olhos foram de encontro a uma morena que só não fez meu queixo cair porque sou uma mulher controlada, rapidamente analisei o corpo e que sorriso é aquele? Quando nossos olhos se encontraram foi como se tudo ao meu redor sumisse e só existisse essa perfeição de mulher e eu. Percebi que Marcelo notou e apenas sorriu, quebrei o contato e fui cumprimenta-la e tive de fazer uma força sobrenatural para não beija-la o doce suave de seu perfume me fez arrepiar inteira, senti meu sex* pulsar, essa mulher sem fazer absolutamente nada me tirou do eixo, olhei para Marcelo que piscou o olho para mim e logo convidei os dois para entrar.
Passei a reparar cada detalhe dela, na forma de falar de sorrir, ela de fato é bem divertida e descobrimos inúmeras coisas em comum e cada vez que nossos olhos se cruzavam era impossível não sentir vontade de beija-la. Celo não falava quase nada, apenas observava nossa interação. Em determinado momento ela pediu para ir ao banheiro, mostrei onde ficava e assim que fiquei sozinha com Marcelo ele dispara a falar.
- Acho que eu deveria ir embora, o clima entre vocês duas da para sentir de longe. – Falou sorrindo.
- Que clima? Ela é sua garota, tá maluco não é? – Fiquei sem graça.
- Escuta. – Segurou a cerveja e me olhou. – Eu levei o maior fora dessa morena, concordamos em sermos apenas amigos e caso pinte um clima a gente fica, mas acho que não acontecerá mais porque eu vi muito bem a forma que ela te olhou e a que você correspondeu, então coloque seu lado Gisele conquistadora em jogo e conquiste essa mulher, ela é uma boa pessoa não magoará você!
- Pelo amor de Deus Marcelo, ela não me olhou dessa forma. Ela é muita areia para meu caminhão.
- Eu deveria gravar Gisele Vilela falando uma coisa dessas...
Fomos interrompidos pela chegada da Vanessa e é praticamente impossível não olhar essa mulher andando, meu Deus como pode ser tão linda? O Seu cheiro invadia meus sentidos, várias vezes me peguei imaginando como seria beijar aqueles lábios, tocar aquela pele... Tive que desviar inúmeras vezes meus pensamentos libidinosos, nunca havia me sentido tão atraída por alguém como me sentia por ela precisava conhece-la mais e melhor e fiz em partes o que Marcelo sugeriu. Pedi seu número e durante alguns dias chamei-a para almoçar comigo e a cada vez que nos encontrávamos percebia que ela não era indiferente a mim. Quando estava vestida com alguma blusa que deixava meus seios a mostra em algum decote sentia seus olhos em cima de mim o que me fazia sentir um tesão absurdo, eu precisava ao menos beijar essa mulher e saber o que de fato ela despertava em mim.
Com o passar dos dias ficamos próximas e o Marcelo sempre falando que entre os dois não existia mais nada, mas de fato com ela eu não conseguia ser a Gisele conquistadora, com ela é tudo diferente, ela é forte e delicada, linda e decidida, meiga e irônica... Tudo, tudo nela me encanta e tem uma bunda que minha nossa senhora das mulheres gostosas, me arrepio inteira só de imagina essa mulher rebol*ndo.
Marcamos de ir a um barzinho com a Cau, Reis, Celo e minha doce Vanessa, mas, antes fomos fazer um esquenta na casa da Reis e da Vanessa, estava muito ansiosa para conhecer um pouco mais a intimidade da Vanessa e principalmente conhecer a Renata Reis, mulher que arrancava suspiros e sorrisos da minha irmãzinha.
Me surpreendi com a beleza da Renata, uma loirinha que mais parecia um anjo e de um sorriso lindo, juro que se não fosse da minha irmã e já não estivesse tão interessada na Van eu cairia matando nela. A casa das meninas é linda e percebi que a amizade que existe entre as duas é pura e se tratam como irmãs. Observei cada detalhe da interação da minha irmã com a Renata e vi o cuidado e o carinho que uma tem pela a outra, Marcelo o tempo inteiro interagindo e Vanessa volta e meia me encarava, estava difícil me controlar, mas a coragem de chegar nela não vinha. Logo convidamos as meninas para irem passar o sábado e domingo na fazenda de meus pais e Marcelo logo informou que fomos para dormir na casa delas, de imediato os olhos de Vanessa encararam os meus e eu sorri.
No barzinho eu observava ela e o Marcelo, meu amigo e ela tinha um sintonia que me deixou um pouco incomodada, mesmo ele tendo falado que não existia nada, senti um certo desconforto. Uma mulher muito bonita, amiga da Vanessa chegou e logo se juntou a nós, Simone, delegada e uma fofa, percebi que estava me cantando e todas as vezes que sorria olhava para Vanessa que parecia analisar minha atitude, ainda estava incomodada com a aproximação dela com o Celo e se eu saí de casa para ficar com alguém iria ficar, mesmo que não fosse a mulher que eu queria. Seguimos para uma boate e lá Vanessa logo começou a dançar com o Marcelo que segurava sua cintura e eu puta com aquilo puxo Simone para pista e decido ver se meu lado sedutora ainda existe, não precisei de muito esforço a mulher se rendeu na primeira investida que dei e acabamos nos beijando. Ela beija bem, mas faltava algo, falta o suave doce do cheiro da Vanessa, o calor do corpo da Vanessa, enfim, faltava a Vanessa.
Logo que finalizamos nosso beijo involuntariamente meus olhos procuram o dela e vi aqueles olhos me encarando, ela estava com uma expressão meio incrédula e eu? Meio que me arrependi, saí de meu transe quando Simone me puxa para continuar nossa dança, segundos depois olho e vejo Vanessa de costas dançando com o Celo. Bebi um pouco a mais e sem querer na força do álcool e impulso convidei a Simone para ir conosco. Até hoje me arrependo, mas o que estava feito não poderia ser revertido.
Voltamos para a casa das meninas, estava bem alta, mas pude ver o cuidado da Renata com a Cau e isso me deixou muito feliz. Vanessa logo veio me ajudar e eu amei quando ela passou seu braço pela minha cintura e grudou meu corpo no dela, ahhh o cheiro dela me fazia querer muito mais, mas não conseguiria, tanto pelo álcool quanto pelo medo da rejeição. Me levou até o quarto, me sentou na cama, abaixou em minha frente e tirou meus saltos, juro que na minha imaginação e minha vontade era dela arrancar minha roupa e ajoelhar exatamente assim e se deliciar com meu sex*, essa mulher estava me tirando do sério e antes que ela saísse num impulso segurei sua mão.
- Obrigada... – Foi a única coisa que consegui falar e recebi um sorriso lindo de volta. Assim que ela saiu me permiti deitar e dormir pensando naquele sorriso lindo.
Acordei com uma puta dor de cabeça, um gosto de guarda-chuva molhado na boca, um enjoo que só consegui levantar e correr para o banheiro. Após alguns minutos, voltei para o quarto e só então notei que estava no quarto da Vanessa, reparei nos detalhes nas fotografias e o cheiro dela estava espalhado por todo o quarto. Peguei uma roupa e voltei ao banheiro para um banho e tirar o cheiro do álcool que estava impregnado em mim. Me arrumei, a claridade estava me matando, peguei meu óculos e fui até a cozinha ver se tinha alguma alma viva e encontrei minha irmã conversando com a Vanessa que estava linda vestida num shortinho jeans claro e uma regata branca, agradeci por estar de óculos e poder analisar esse corpo delicioso.
Não demorou muito e Renata chega já com as bebidas e uns remédios para ressaca, fui até ela, dei um beijo em sua bochecha e peguei a sacola de suas mãos, não demorou muito para comermos e nos arrumarmos para ir a fazenda. Meu coração se apertou quando lembrei que tinha chamado a delegada.
Assim que chegamos e nos acomodamos fomos para piscina e ver Vanessa num biquíni ativou todos os meus instintos, enquanto Simone tentava chamar minha atenção, meu foco era só daquela morena, senti uma raiva fora do comum quando Simone analisou o corpo da Vanessa, essa que não estava socializando muito, algo estava errado, desde que comecei a ficar com Simone, ela se manteve afastada e apenas me encarava.
Foi um final de semana maravilhoso, mas estava ansiosa para chegar logo domingo a noite e poder voltar para a cidade, iria dormir na casa das meninas e aí iria conversar com Vanessa e tentar me acertar com ela. Simone tentou fazer amor comigo, mas não consegui, mesmo sendo linda, cheirosa e beijando bem não despertava metade do que Vanessa desperta só com um olhar.
A noite sondei Marcelo para saber se de fato não estava rolando mais nada e fiquei feliz em saber que não estava, aproveitei para incentivar Renata a virar minha cunhada logo, sabia que Cau estava muito apaixonada por ela. Vários momentos me senti tentada a chamar Vanessa para conversar ainda na fazenda, mas não seria legal com Simone então o negócio era esperar.
Domingo passamos o dia no lago, conversei bastante com Marcelo, que me incentivou a chegar junto da Vanessa, pois segundo ele, ela também está afim de mim, me enchi de esperanças, já estava decidida iria falar com ela a noite. Estava ansiosa, o dia demorou um pouco a passar e assim que o fim da tarde chegou, fomos nos arrumar para ir embora, meu coração apertou porque queria ir com a Vanessa no carro, sentia seu olhar em mim quando fui entrando no carro da Simone, a delegada puxava assunto, mas eu não conseguia pensar em mais nada além de como iria conversar com Vanessa.
Assim que finalmente chegamos a casa da delegada e pude ir ficar ao lado da minha morena, fiz questão de sentar bem próxima a ela, pude sentir seu perfume e a vontade de abraçar, beijar estava cada vez maior. Foi estranho a velocidade que ela desceu do carro, mas não falei nada precisava pensar no que falaria exatamente. Tive uma conversa com Renata e eu realmente estava “apaixonada” pela pessoa dela e a forma que tratava minha irmã.
A noite resolvemos assistir filme na sala, fiz questão de sentar pertinho da Vanessa.
- Acha que vai demorar muito para elas começarem a namorar sério? – Falei propositalmente pertinho de seu ouvido e a reação de susto me fez sorrir.
- Do jeito que Renata é lerda acho que vai demorar um pouco a não ser que Claudia tome a iniciativa.
- Posso deitar a cabeça em seu colo? – Para controlar o impulso de beija-la, pedi a primeira coisa que veio na cabeça. – Como está ao saber que o Marcelo vai embora? – Precisava ter certeza que ela não estava mesmo afim do Celo.
- Normal, desde o começo eu já sabia que ele iria embora. Ele ainda ama a namorada e não se sente bem aqui no Brasil. Estávamos nos curtindo, mas aí conheci alguém e... – Senti meu coração apertar, existia alguém na vida dela e não era o Marcelo.
- Conheceu alguém e? – Ao perguntar isso vi seu olhar para minha boca e um frio na barriga se fez presente.
- Enfim, deixa quieto. – Sorriu de um jeitinho tão tímido e dessa vez eu olhei para seus lábios.
- Achei que teria você como companheira de baladas já que estamos as duas solteiras. – Falei em seguida para disfarçar minha atitude.
- E me terá. Não tenho a menor chance com ela. – Quem em sã consciência não iria querer a Vanessa? Pelo amor de Deus só sendo retardada e... Oi? Ela? Mulher?
- Ela? Está interessada em uma mulher? Não é hetero? – Perguntei para confirmar o que ouvi e me surpreendi ao vê-la levantando mão e acariciando meu rosto, foi tão gostoso que fechei os olhos.
- Acho melhor a gente dormir, amanhã retorno ao trabalho. – Encarei Vanessa e por pouco não pedi um beijo, mas iria com calma. Precisava saber quem era a minha rival.
Assim que falou deitou e se arrumou, queria continuar mais perto dela e deitei próxima e continuei olhando-a, imaginando como seria o sabor de seus beijos, até que fui tirada de meus devaneios.
- Se ficar me olhando não vou conseguir dormir. – Fui flagrada e me envergonhei, os olhos dela me queimava a alma.
- Estou tentando não te olhar desde que te conheci. – Decidi falar tudo naquele momento e se levasse um não ao menos tentei, me aproximei ainda mais dela. – Desde que coloquei meus olhos em você eu quis te beijar.
- Gi... – Antes que ela pudesse falar qualquer coisa colei meus lábios nos seus e nossa... Senti uma corrente elétrica passar em todo o meu corpo, meu coração disparou. Minha língua passou a explorar a boca daquela que estava tirando meu sono, minhas mãos acariciavam aquela barriga deliciosa e sem pensar muito, comecei a subir em cima dela, até que lentamente ela foi parando de me beijar. – Gisele, melhor pararmos. – Eu me praguejei mentalmente por estar adiantando as coisas e ainda mais com Renata e Claudia ao nosso lado, o que merd* deu em mim? Será que é por conta da mulher que ela comentou? Agora que provei de seus beijos não é uma opção abrir mão dela, de forma alguma. Vanessa será minha.
- Por quê? É a tal mulher que você conheceu? Gosta dela? Pretende ficar com ela? – Saí em disparada com minhas perguntas e mentalmente só ouvia ela falar que não queria nada comigo. Encarei seus olhos aguardando sua resposta.
- Essa mulher mexe muito comigo de uma forma diferente. Desde que a vi ela me causa novas emoções e sensações, mas eu achava que ela nunca olharia para mim, então ela vem e me beija e toda a minha teoria de que jamais ficaria com ela vai por agua abaixo. – Se eu sou uma boa interprete essa mulher sou eu? Ela realmente me queria desde sempre? Ai meu Deus vou enfartar. – Mas não quero ser mais uma em sua vida Gisele.
- E porque achou que eu não me interessaria por você? Porque acha que irei te tratar como mais uma? – Eu não conseguia me conter e abracei-a, precisava mostrar com ações que também a queria.
- Porque primeiro achei que fosse hetero, depois que estava interessada na Simone e aí a Simone me diz que você dispensou ela. – Falou me olhando nos olhos e acarinhando minha bochecha.
- Saiba que assim que abri a porta e te olhei me senti atraída, a primeira noite fiquei sem dormir, pois minha consciência pesou porque você estava com o Celo e sem contar que eu também achei que você era hetero. – Apertei mais seu corpo contra o meu.
- Aposto que foi Renata quem falou, tive algumas histórias com mulheres, mas nada demais, Marcelo percebeu meu interesse por você, desde o dia que fomos a sua casa, mudava de assunto sempre que ele tentava falar de você.
- E como vai ser agora? – Beijei seus lábios. – Vai só ficar comigo por uma noite ou vai me dar uma chance?
- Como assim? – Me olhou espantada e não consegui evitar a risada. – Você quer alguma coisa séria comigo?
- Estou tão afim de você tanto quanto sei que está por mim. Quero me aproximar mais de você e não adianta tentar fugir porque minha irmã já estará namorando com sua melhor amiga e eu farei questão de estar aqui sempre para te ver. – Precisava marcar o território, não sou boba de deixar essa morena dando mole depois de saber que ela também me quer.
- Não quero fugir Gisele. Mas sei que acabou de sair de um casamento e...
- Shiii... Isso não quer dizer nada. Se tivesse te conhecido ainda casada com James tenho certeza que ainda sim teria me interessado e seria pior porque me sentiria mal, então graças a Deus que ele me traiu e você entrou em minha vida.
Não precisamos falar mais nada, trocamos mais alguns beijos e dormimos abraçadas. Na manhã seguinte acordei e fiquei admirando Vanessa, o barulho do meu despertador, acordou a minha morena que me olhou de imediato, desejei bom dia e sorri, senti os braços de Vanessa me abraçando e a escandalosa da minha irmã se manifesta.
- PUTA QUE PARIU. – Vanessa salta assustada e eu começo a rir.
- Para de escândalo Cau. – Falo para a exagerada da minha irmã.
- Vocês estão se pegando? Sério? Desde quando? – Se jogou em cima da gente e Vanessa gargalhou.
- Você e a Rê estão se pegando? – Perguntei sabendo que ela entenderia que não era apenas uma ficada.
- Não, estamos ficando e nos conhecendo. – Respondeu ficando vermelhinha e eu ri.
- Então, Vanessa e eu estamos do mesmo jeito, porém nos entendemos ontem enquanto vocês duas estavam dormindo. – Falei abraçando e beijando a testa da minha morena.
Não demorou muito para o celular da Van tocar e ela ficar toda eufórica, se jogou em cima da gente e foi arrumar nosso café, logo depois saiu, provavelmente conseguiu passar no concurso e eu me senti feliz pela minha morena, com certeza chama-la de delegada soaria muito sexy.
Pouco depois do meio dia ela me confirma, ela era oficialmente a delegada Castro, a noite fui para a casa das meninas para comemorar a promoção da minha morena, Celo foi se despedir pois iria mais cedo para Nova York. Passamos a noite namorando, sempre que eu aprofundava ela me parava, era gostoso e eu me sentia cada vez mais encantada por ela, por volta das 22:00 horas me despedi.
Segui para a casa e não conseguia parar de sorrir, Vanessa definitivamente estava me fazendo um bem enorme. No dia seguinte a ansiedade de encontrar com ela me consumia e liguei marcando de passarmos a noite juntas, mas sem segundas intenções, apenas um filminho e namorar, de cara minha morena aceitou e eu toda feliz, passei a contar as horas para vê-la. Em determinado momento recebi uma mensagem de ameaça do imbecil do James, alguém me viu beijando Simone na boate e ele se doeu. Falaria com Vanessa para tomar todas as medidas cabíveis.
Assim que deu meu horário, segui para casa tomei um banho e rumei para a casa das meninas, no caminho pensei no que faria, James não iria se safar dessa, se ele ousasse em me ameaçar novamente acabaria com ele e com a carreira dele. Cheguei à casa das meninas e fui cumprimentar minha morena, Rê nos olhava desconfiada e eu sorri, Van ainda não tinha conversado com ela, mas acho que faria em breve. Entramos e ela me puxou para a área da piscina e me beijou, sentia como se estivesse flutuando até ouvir o grito da Renata, Claudia e Renata são duas escandalosas. Contamos tudo e a loirinha parecia uma criança nos olhando com os olhinhos brilhantes, comentei o que faria com o assunto do James e a Claudia chegou ouviu tudo e ficou brava por eu não ter contado para ela, as meninas se afastaram e eu fui amansar minha irmã bravinha, mas minha atenção se prendeu no grito de Renata ao falar que Vanessa e Simone já ficaram, o que me subiu uma raiva ao lembrar da cara que ela fez ao ver a minha morena de biquíni.
Mesmo ela explicando ainda sentia ciúmes, não tem como evitar, foi antes de mim, mas e daí? Não gostei e pronto. As meninas pediram pizza, jantamos conversando e brincando até que chamei Vanessa para irmos para casa. Sentia-me nervosa porque ela dormiria em minha casa, eu realmente estava parecendo uma adolescente que vai dormir com a namorada pela primeira vez e ela nem é minha namorada ainda. Vanessa conversava toda empolgada e me fazia carinho, sua risada enche meu coração de felicidade.
Assim que chegamos, a Vanessa extrovertida logo se tornou uma tímida e eu sorri, peguei sua mão e seguimos para meu quarto, falei para ela ficar a vontade que iria tomar um banho. Estava nervosa, não sabia como agir, não sabia se ela queria algo a mais. Entrei em baixo do chuveiro para me acalmar, deixaria as coisas fluírem, se esquentasse e ela não parasse não seria eu que pararia, mas se ela fizesse respeitaria, não queria apenas uma noitada com minha morena. Finalizei meu banho, me enrolei na toalha e fui ao quarto pegar uma roupa, vejo Vanessa em minha cama mexendo na televisão, ela me olha e seu olhar faz minha pele arrepiar, ficamos nos olhando por um tempo, até ela levantar e vir em minha direção, para de frente para mim, acaricia meu rosto e me beija de uma forma lenta e erótica, puxa meu corpo de encontro ao seu e escorrega suas mãos até meu bumbum apertando me fazendo gem*r.
- Não faz assim Van...
-Só estou beijando você Gi... – Deu um sorriso safado e levou sua mão até minha nuca me puxando para um novo beijo, cheio de segundas intenções, sentia suas mãos deslizando pelo meu corpo e foi então que percebi que já havia retirado a minha toalha e meu corpo estava completamente exposto.
- Não acha injusto eu estar nua e você vestida? – Perguntei me afastando dela que deslizou os olhos pelo meu corpo o que me fez ficar ainda mais excitada.
- Você é linda Gisele... – Falou baixinho e logo me puxou para um novo beijo. – Me deixa molhada só em vê-la assim, toda nua... – Levou a mão ao meu sex* e ao me sentir molhada gem*u contra minha boca. – toda molhada e só para mim. – Vanessa levou seus dedos que tocaram meu sex* até a boca e ch*pou me olhando nos olhos, foi o fim do meu controle. – Delícia. – Deu um sorrisinho de lado.
Saí empurrando-a até a cama, ela ria da minha pressa, mas assim que caiu sentada parou de rir e me encarou, beijei seus lábios com todo meu desejo e fui despindo-a, sentia seu sorriso contra meus lábios e tudo que eu mais queria era ama-la a noite inteira. Vanessa me ajudou a tirar sua camiseta e seu shortinho, ficou apenas de calcinha, minha boca salivou com a visão da morena em minha cama, com uma micro calcinha vermelha que destacava em sua pele.
- Você é ainda mais perfeita do que imaginei. – Falei admirando sua beleza.
- Vai ficar só olhando mesmo Senhora Gisele? – Seu tom de voz rouco era delicioso.
Nada falei, apenas sorri, retirei sua calcinha devagar olhando em seus olhos e admirando o sorriso safado em seus lábios, deitei sob seu corpo, o calor de nossos corpos se fundindo, o encaixe perfeito, seu sex* quente e molhado roçando em minha coxa, suas mãos em minha cintura me puxando mais contra seu corpo, passei a rebol*r lentamente, senti suas unhas me apertando o que deixou com mais tesão, estava em êxtase, Vanessa puxou-me para um beijo, mordeu meu lábio, rebol*va e gemia tão gostoso que sentia meu ápice se aproximando cada vez mais, queria prolongar cada sensação, queria sentir mais dela, queria proporcionar muito mais a ela.
- Preciso de você dentro de mim morena. – Sussurrei em seu ouvido e senti seu corpo estremecer, Vanessa voltou a beijar meus lábios e foi invertendo nossas posições, ficando por cima de mim, seus lábios saíram dos meus e foram para meu pescoço, mordeu de leve, foi para meus seios, senti sua língua passando em volta do meu biquinho entumecido, mordeu e eu não consegui segurar o gemido, abri mais as pernas, Vanessa brincava com meus seios me deixando ainda mais excitada, desceu beijando e mordendo minha barriga.
- Abre as pernas para mim vai gostosa?! – Como uma boa garota atendi o pedido da Vanessa e fui aos céus ao sentir sua boca quente e macia, sentia meu corpo ficar cada vez mais desejoso, os movimentos da língua de Vanessa estavam me tirando a razão, fui a loucura quando senti seus dedos me invadindo com movimentos firmes e delicados, jamais havia sido tocada dessa forma, inevitavelmente me entreguei como nunca, segurei seus cabelos e passei a rebol*r acompanhando seus movimentos, sentia meu prazer chegando ao ápice, explodi em sua boca chamando o seu nome, mesmo cansada tirei forças do meu tesão para sentir o sabor da Vanessa.
- Quero você rebol*ndo gostoso em minha boca. – Pedi para a minha morena que deu um sorriso sacana e todo o meu corpo reagiu novamente, senti todos os pelos do meu corpo arrepiarem, ter essa mulher para mim e em minha cama era de fato a realização de um sonho. Lentamente, sensualmente ela veio se posicionando da forma que pedi, segurei seu quadril e passei minha língua em sua entrada para degustar seu sabor, Vanessa levou sua mão ao meu cabelo e apertou com certa força.
- Não me tortura Gisele, me ch*pa bem gostoso vai?!
Atendi seu pedido, penetrei minha língua em seu sex*, Vanessa rebol*va e pedia mais, saboreava seu mel, passava minha língua em seu nervo rígido, fazendo movimentos circulares, descia até sua entrada e voltava, mordi de leve e a minha morena soltou um gritinho tão gostoso. Pedi que ela ficasse de quatro, lembrei-me de quando ouvi ela falar que gostava de algo mais forte, mais sensual e daria isso a ela.
Passei a ponta dos meus dedos de sua nuca até seu bumbum, dei um tapinha leve e minha morena me olhou sobre o ombro, mordendo o lábio, posicionei-me em suas costas, levei minha mão até seu sex* e penetrei dois dedos em sua abertura sem muita dificuldade por estar tão molhada, tão deliciosa e tão minha, comecei a movimentar meus dedos lentamente, os gemidos de Vanessa invadiam meus ouvidos e pareciam ter uma ligação direta com meu sex*, aumentei os movimentos de meus dedos dentro dela e seus gemidos ficaram ainda mais altos, ouvia seus pedidos por mais e mais, passei a me esfregar em sua bunda, dei mais um tapa dessa vez mais forte, senti meus dedos sendo apertados dentro de sua fenda, levei minha mão livre até sua nuca e puxei seus cabelos com força, senti Vanessa tremer seu mel escorrer em meus dedos, lentamente saí de dentro dela, minha morena deitou ofegante e eu deitei ao seu lado puxando-a para deitar em meu peito.
- Você me deixou completamente sem forças Gisele. – Falou com o nariz em meu pescoço e me abraçando a cintura.
- Você é uma delícia delegada Castro. – Ouvi sua risada e senti uma mordida no pescoço.
- Te quero tanto Gisele. – Me apertou em seus braços e eu virei-me para encarar seus olhos.
- Também te quero muito Vanessa, você mexe comigo de uma forma diferente e especial.
Sorrimos uma para outra e nos beijamos, a sensação de estar nos braços de Vanessa era de calmaria, segurança. Eu faria de tudo para fazer Vanessa querer permanecer em minha vida!
Fim do capítulo
Meninas, perdoem, ontem foi feriado e acabei deixando o pendrive na empresa com a história.
Espero que estejam gostando.
Beijos, beijos
Gee
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