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Inflamável por HumanAgain

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Palavras: 3159
Acessos: 346   |  Postado em: 13/11/2022

Notas iniciais:

Tem conteúdo sexual aqui. Tome cuidado se isso te incomoda.

Capitulo 23 - Crianças não sabem de nada

Merit Kantaa gostava de caçar à noite. 

Embora os perigos fossem mais pronunciados, visto que não contava com a astúcia dos animais noturnos, no fim da madrugada sua mente funcionava melhor. Darian, seu filho de 17 anos, não conseguia compreender os desejos da mãe em se pôr de pé tão cedo, despertando antes que o sol; Merit, contudo, acreditava que determinadas coisas estavam fora da compreensão das crianças. 

Embora não fosse acostumada à carne de raposa, acreditava que poderia ser uma boa contribuição ao seu cardápio. Por mais dura que fosse, o cozimento de um dia ou dois poderia amaciar o alimento, deixando-o pronto para o consumo. E Merit gostava de cozinhar; acreditava que o cheiro do alimento era terapêutico. 

Preparar a carne não fora difícil; Merit tirou a pele e cortou o animal em pedaços. Logo ele estava pronto para ser parte de sua alimentação, diretamente para o cozimento.

Pôs umas poucas toras de madeira, coletadas pela própria bruxa, no fogão que dispunha em seu casebre. Com um fósforo que havia obtido na cidade, Merit incendiou alguns jornais e os pôs junto de um pouco de álcool para que as chamas do fogo se alastrassem. Em poucos minutos, a carne de raposa já estava em cozimento, dentro de uma imensa panela velha que estava com a mulher há bastante tempo.

E, enquanto o prato principal era preparado, Merit cortava cebolas em cima de um balcão. Assobiava baixinho para tentar dispersar seus pensamentos; as coisas que havia visto, os fantasmas do passado que a perseguiam. Não, nada disso importava mais. Agora, eram apenas ela e Darian, dividindo um casebre velho no meio de uma mata densa. Merit viveria para o filho e o criaria até que ele tivesse asas para voar, e esta seria sua história. Sem mais reviravoltas marcantes; ela já tivera o suficiente delas enquanto era jovem. 

— Mãe? — Ouviu às suas costas.

Merit olhou pela janela: Alguns raios de sol esgueiravam-se, tímidos, pelas janelas. O relógio que mantinha acima do fogão já marcava mais de seis horas, e os animais diurnos começavam a deixar suas tocas. 

Não era o horário que Darian costumava despertar, no entanto.

— Acordou cedo, filho. — Ela sequer desviou o olhar das suas cebolas. — Precisa de alguma coisa? 

— Eu… — Darian mordeu o lábio. — Não consegui dormir muito bem. Tive um pesadelo. 

Merit finalmente se virou. O filho, um adolescente magrelo e assustado, caminhava em direção a ela com os olhos esbugalhados. Parecia ter acabado de presenciar algo terrível. 

— Não é real, querido. — Merit o abraçou. — Nada disso é. Monstros não existem. Foi apenas um pesadelo.

— Não sonhei com monstros. — Darian esfregou os próprios braços, sem deixar o abraço caloroso da mãe. — Não tenho medo de monstros. 

— Bem… — Merit afagou a cabeça do garoto. — O que foi, então?

Darian parecia incerto. Tomou uma grande lufada de ar em seus pulmões e, certo de que se arrependeria caso refletisse demais, tornou a falar: 

— Mãe… — começou — Você sempre vai à cidade trocar caça por alguns utensílios que precisamos. E, às vezes, volta com uma mulher. 

Merit trincou a mandíbula. 

— São minhas amigas, querido — mentiu, na expectativa que Darian fosse tão inocente quanto outrora. — Nós gostamos de conversar, e…

— Eu não sou mais criança. — cortou o jovem. — Eu sei que não são suas amigas. E eu sei o que vocês fazem quando se trancam no quarto. E, o que eu quero dizer… É que você nunca trouxe um homem para cá. Não até onde eu consiga me lembrar.  

Merit umedeceu os lábios. Não poderia esconder a própria sexualidade de seu filho por muito tempo; ele já era um garoto crescido, e merecia saber quem era a mulher que o criava. 

— Meu filho, eu sei que pode parecer chocante… — Suspirou. — Mas a mamãe não é como a igreja diz que deveríamos ser. A mamãe é…

— Isso não faz diferença para mim — tornou Darian a interromper. — Eu não me importo com o que a igreja diz, eu odeio a igreja e tudo o que ela fez com você. Eu amo você, mãe, acima de tudo. Mas o que me intriga… É que duas mulheres não fazem crianças. 

Trincando a mandíbula, Merit teve um mau pressentimento. Será que Darian havia descoberto? Ele não tinha como saber. Sua idade era de apenas um dia… 

— Mãe… — Os olhos azuis do menino brilharam. — Meu pai… Ele tomou você à força? Ele te fez mal?

O ar entrava e saía pela boca de Merit. Jamais havia conversado com o menino sobre o próprio pai, porque não havia o que conversar; ele fora tirado de seus genitores com apenas um dia de vida, e agora não os conhecia. 

Contudo, Darian jamais o perdoaria por essa atitude egoísta. Ela sabia que não. 

— Isso… Faz diferença? — Embora fosse uma conclusão dolorosa, Merit não podia desmenti-la. 

— Faz, porque eu não quero ser filho de um violador. — Os olhos de Darian se encheram de lágrimas. — Eu não quero odiar cada parte de mim. Não quero descobrir que fui fruto de uma violência. 

— Darian, nós não somos definidos pelo que nossos genitores eram. — A bruxa tomou cuidado de não usar a palavra “pai”. — Eu descobri coisas horríveis do meu. Isso não me faz uma pessoa pior, porque… 

— Então é verdade? — Darian se pôs a chorar. — Meu pai era um violador? 

— Não! — Merit se apressou em negar. — Seu pai nunca me fez mal. Seu pai… Seu pai… Eu estava bêbada, Darian. Isso não importa, eu sequer sei quem é seu pai. 

Darian engoliu o choro. Não sabia se daria credibilidade às palavras de sua mãe; desde cedo sabia que não deveria ter nascido, que não era para esse mundo. Queria que seu pai estivesse ali, para consolá-lo, para garantir a ele que o garoto não fora um erro ou, pior ainda, fruto de uma violência. Para seu infortúnio, ele não estava.

Simultaneamente, Merit refletia sobre o dia do roubo. O momento em que, bêbada, arrancara uma criança de seu seio familiar. Como será que estariam eles, os verdadeiros pais de Darian? Será que haviam partido à sua procura? Será que sentiam sua falta até os dias atuais?  

Infelizmente, seria impossível responder a essa pergunta. Dezessete anos haviam se passado, e o menino era, agora, filho de Merit Kantaa. Nada poderia ser feito a respeito disso. 

— Eu espero que você não esteja mentindo. — Infelizmente, ela estava. — Não quero imaginar que você olha para mim e se lembra de uma violência. 

— Isso jamais aconteceria. — Merit deu um beijinho na testa do rapaz. — Agora, Darian, volte a dormir. Ainda está cedo, meu amor. 

Darian assentiu. Sem mais palavras, virou-se para trás e desapareceu pelo escuro do casebre. 

***

A bruxa despertou, num pulo. Respirava pesado e sentia o lado direito de seu corpo latejando. Esgueirou seus olhos para o relógio acima da estante e constatou que eram três da manhã, ainda no auge da madrugada. 

Não costumava se lembrar de seus sonhos, mas aquele fora tão real. Lembrava-se detalhe a detalhe do dia em que Darian lhe surpreendera no começo da manhã para perguntar sobre seu pai. Infelizmente para ela, não tinha as respostas. Jamais teria. 

O rosto da mãe de Darian — a verdadeira — lhe pintava na mente. Uma mulher bela, de cabelos longos e encaracolados louros, usava suntuosos vestidos típicos Kantaa e tinha algumas marcas de idade. Ela jamais tivera a oportunidade de pedir-lhe desculpas; será que a mulher aceitaria?

Seu coração estava disparado. Pela primeira vez em tanto tempo, sentiu-se indigna, nefasta. Jamais seria merecedora do amor de Darian. A percepção desta realidade terrível era tão pavorosa que a Kantaa descartou a ideia de contar para o filho sobre sua origem. Algumas coisas são melhores se mantidas na ignorância. 

Levantou-se, calçou seus chinelos e, com os longos robes fornecidos pelo hotel, Merit se pôs a caminhar pelos azulejos do chão. Precisava de um copo d'água, qualquer coisa que a fizesse se esquecer de sua atitude bárbara. Era justo que julgasse a si mesma por querer proteger uma criança? 

— Merit? — A voz de Serpente ressoou atrás de si. — Algo de errado?

A ladra estava somente de roupas íntimas, expondo seu torso descoberto. No entanto, Merit não sentiu uma fagulha de desejo; tinha questões mais urgentes cozinhando em seu cérebro sentenciador. 

— Darian… — E sentiu a garganta fechar. — Darian pensa que seu pai me fez mal. Ele não quer ser filho de um abusador.

Serpente assentiu com a cabeça. Não podia ter certeza das condições em que fora concebida, uma vez que era filha de uma prostituta; dividir metade de seus genes com o cruel e pavoroso Monvegar Eran, contudo, não era nada animador. 

— E o que você pensa disso? — questionou a ladra. Decidiu que não mais tomaria decisões pela bruxa; já havia dado seu veredito, e o prosseguimento daquele conflito cabia somente a ela. 

— Eu… Eu sou filha de um abusador. — Finalmente ela tomou coragem de dizer. — Algo muito pior do que isso, na verdade. Essa informação me atormentou por anos a fio, até eu descobrir sua morte. Fico me perguntando quantos sofreram na mão dele.

— E você acha que Darian merece viver com essa dúvida? — devolveu Serpente. 

— Não sei, Serpente. — Merit sentou-se na cama. — Ser filha de Arsi Kantaa foi um martírio, mas eu não sou responsável pelas atitudes dos meus pais. Eu sou responsável pelas minhas atitudes. 

— Ainda assim… — ponderou a mulher. — Foi algo que tirou seu sono.

Merit mordeu o lábio. 

— Eu não sei o que fazer — confessou. — Não sei, realmente. 

Serpente se levantou, com um sorriso jovial. Sentou-se ao lado de Merit, acariciou os cabelos louros da amante e, com delicadeza, deu-lhe um beijo lento e suave. A bruxa não negou a carícia; completamente vulnerável, apenas desmontou-se nas mãos de sua mais nova companheira e permitiu que a mulher conduzisse seu corpo. 

E, Deus, como ela fazia isso bem! 

— Não posso ajudá-la a se decidir. — Serpente já havia tomado uma decisão, mas não era a ela quem cabia o julgamento final. — Mas posso te ajudar a se sentir melhor. 

Merit assentiu e, percebendo-se completamente rendida pela ladra de olhos escuros, presenteou-a com um segundo beijo, este mais voraz. Seriam necessários muitos beijos de Serpente para que ela se esquecesse do que havia feito.

***

Desde que chegou em Quentin Nalan, Arien vinha tendo alguns pesadelos estranhos.

Às vezes, sua mente desenhava o rosto de Júnior, seu semblante sério e impassível, abraçando-a como se fosse a última vez. Então, o homem se desfazia em pó. Em outras vezes, Ashlor, o mais ponderado do grupo, pedia socorro. Kyedar, que conseguia ser explosivo por algumas vezes, gritava ao léu, enquanto Lochiar despencava de um penhasco sem fim. Nem mesmo o jovem Ethel escapava de seus devaneios nada amigáveis, visto que sua imagem ferida, com uma bala cravada no crânio, vinha à visão da garota Eran assim que ia se deitar.

Aquele dia não foi diferente. Todos eles, um por um, padeciam na sua frente, e a jovem despertou num susto, sentindo o sangue rugir por seus ouvidos. O suor frio banhava sua testa e o coração acelerado denunciava seu estado de alerta; um sonho, era apenas um sonho. Sua família estava bem, pensava ela. 

Enquanto se recuperava da tremedeira, Arien levantou-se para buscar um copo d’água, na vã esperança de que o líquido dispersasse seus pensamentos ruins. Contudo, antes de atravessar a porta do quarto, ouviu um barulho peculiar.

Ele vinha de Narael, e se assemelhava a… Gemidos? Com um olhar mais apurado, Arien observou a colega que se cobria por inteiro e percebeu que sua mão se movimentava por baixo do lençol. 

A Eran sorriu. 

— Narael? — chamou, com um sorriso travesso nos lábios. 

Os movimentos de Narael cessaram de imediato. A jovem tirou o travesseiro que cobria seu rosto e encarou a figura de Arien, completamente encabulada. Não foram necessárias mais palavras para que tudo se explicasse. 

— Eu… — O rosto pálido de Narael tomou uma coloração vermelha no mesmo exato segundo. — Não estava fazendo nada demais, só… 

— Se masturbando? — adivinhou Arien. Narael sentiu-se completamente vulnerável; queria ser um avestruz e enterrar a cabeça na terra. 

— Não diga em voz alta! — repreendeu, mas Arien apenas soltou um risinho. — Foi um momento de vacilo. 

— Você não precisa se justificar para mim. — Era peculiar a maneira como Narael sempre se armava de julgamentos sobre si própria; Arien achava que ela deveria ser mais livre. — Toda garota faz isso em algum momento da vida. É normal, e bem gostoso também.

Contudo, o rubor nas bochechas de Narael não diminuiu. 

— Eu já conversei com Aya sobre isso. — Talvez ela simplesmente precisasse jogar tudo para fora. — Não era muito recorrente, mas cheguei a fazer algumas vezes. Só que desta vez…

Arien ergueu as sobrancelhas. 

— Desta vez? — Instigou a outra a continuar. Narael sorveu uma abundante quantidade de ar antes de continuar. 

— Desta vez, Arien, eu pensei em você — confessou. — E na noite em que passamos juntas. 

O sorriso de Arien era plácido. Sabia que havia a possibilidade de Narael não mais querê-la como sua, mas as chances do contrário acontecer a mantinham viva e — por que não dizer? — inflamada. 

— Eu não sabia muito o que estava fazendo — admitiu a garota Eran. — Foi a minha primeira vez com alguém, sabia?

— E… Agora você sabe? — Também fora a primeira pessoa com quem Narael dormiu. 

— Não exatamente. Pedi algumas dicas a Serpente. — Era o máximo que ela conseguiria no meio daquele caos. — Mas é gostoso imaginar que estamos descobrindo esse mundo juntas. 

Narael mordeu os lábios. 

— Que mundo? 

Embora Narael fosse um tanto quanto inexperiente, ela não era estúpida: Sabia muito bem qual era o mundo a que Arien se referia. No entanto, ao sentir seu corpo numa combustão interna, sua mente se tornou nebulosa. O coração batia acelerado, a testa suava frio, as pernas pareciam tremer. Por um momento apenas, a jovem Wuri se deu o direito de ser ingênua.

A colega de quarto, contudo, não parecia estar tão confusa quanto. Sabendo exatamente o que queria e como queria, Arien deitou-se ao lado de Narael, ocupando o pouco espaço que sobrava em sua cama e deixando que ambas compartilhassem o mesmo colchão. Como da primeira vez que os narizes de ambas se encostaram, a princesa Wuri pressentia que algo estava para acontecer; entretanto, estava petrificada demais para tomar o primeiro passo. 

— Narael… — sussurrou Arien, a voz mansa e entorpecida. O cheiro de queimado subiu pelo ar; Era a chama que escapava dos dedos de Narael chamuscando o lençol. — Quer que eu termine isso para você?

Uma explosão, ou algo próximo disso. Foi o que se passou na mente de Narael naquele exato segundo. Como se tomada por um incêndio interno, a garota sentiu seu rosto arder em chamas. Estava com vergonha, queria dizer que não. Afinal, que indecência! Permitir que Arien a tocasse, daquela forma tão despudorada? 

Todavia, o que partiu de seus lábios não poderia estar mais em conflito com a sua moral:

— Quero. 

Aquela afirmativa foi um prato cheio para a garota Eran, que esgueirou sua mão por debaixo das roupas da amante. Narael gem*u baixinho quando a moça encontrou o seu clit*ris, dedilhando-o em movimentos circulares, aproveitando-se da umidade da jovem Wuri. E, como não poderia deixar de ser, Narael gem*u. 

Embora controlasse seus impulsos vocais, ela não conseguia manter-se em silêncio. Os movimentos de Arien enviavam uma onda de prazer para seu corpo, fazendo com que ela perdesse completamente o controle de si mesma. Agarrando Arien com as duas mãos, Narael sentia-se completamente vulnerável. Não queria estar naquela situação, não mais uma vez, mas, por Deus! Como era gostoso!

— Arien… — Ela sequer sabia dizer o que queria da jovem Eran. Com seus gemidos lentos e delicados, tudo o que Arien entendeu foi um pedido para que prosseguisse. E ela não poderia ter interpretado melhor.

Vendo a amante se perder em sua mão, Arien abriu um sorriso de satisfação; no mesmo segundo, decidiu ser um pouco mais ousada. Enquanto o polegar conduzia o prazer com maestria, dois dos dedos da garota adentravam as intimidades de Narael. 

E esta foi a receita perfeita para que a princesa se perdesse de uma vez, afundando-se no próprio prazer e na própria luxúria. Sem sequer importar-se com a possibilidade de ser ouvida — a própria Merit não era muito silenciosa —, Narael gritou. Deixou-se sucumbir aos prazeres da carne. Uma fumaça preta escapava de seu dedo médio, indicando a instabilidade interna, mas ela não estava preocupada em apagá-la. Queria apenas focar no momento.

Após alguns minutos de estímulos conduzidos por Arien, Narael chegou lá. Com um guincho agudo, a moça alcançou seu ápice, deixando os dedos da moça Eran completamente melados. E, como não poderia deixar de ser, Arien sorriu. Retirou com cuidado suas mãos de dentro das roupas íntimas de Narael e provou do gosto da colega, levando os dedos à própria boca. 

— Arien… — Foi a única coisa que a princesa conseguiu balbuciar, após terminar de se consumir em ondas de prazer intenso. Arien havia despertado seu lado mais voraz da forma mais simples possível.

— Está um pouco quente. — Arien era um tanto quanto ingênua para alguns assuntos; outros, porém, ela dominava com maestria. — Eu vou tirar o meu vestido, tudo bem?

Narael apenas conseguiu assentir com a cabeça, observando Arien levantar a sua vestimenta de babados cor vinho e deixá-la em algum lugar no chão do quarto de hotel. Com os seios descobertos, a única coisa que envolvia o corpo de Arien era uma suave calcinha de renda, que parecia ter sido costurada por ela própria. 

A mente da princesa estava a mil. Gostava do toque suave da pele de Arien em seu corpo. Seu coração batia acelerado e não havia nada que ela pudesse fazer para contê-lo. Um incêndio difícil de ser aplacado, pensava.

Deslizando a mão esquerda pelas curvas de Narael, a Eran beijou a amante com delicadeza nos lábios. Não iria pedir para que ela se despisse; não ainda.  

— Boa noite, Narael — disse, a voz embargada. — Durma bem. 

Narael não permitiu a si mesma discordar dos dizeres de Arien. Fechou os olhos e, sentindo o corpo inteiro cansado, mergulhou num sonho doce e profundo. Era a segunda vez que se entregava a Arien, mas esta parecia muito mais intensa que a primeira. 

 

E a culpa vinha muito mais forte, também.     

Fim do capítulo


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Comentários para 23 - Capitulo 23 - Crianças não sabem de nada:
Lea
Lea

Em: 19/11/2022

Fica a pergunta no ar. Darian perdoará a mãe??

Arien só poderia ser de áries mesmo,o povo safada,as arianas! Kkk 

Nada boba. 

A Arien,á está sentindo a morte da família.

Só espero que a Narael não finja que nada aconteceu!!

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