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Inflamável por HumanAgain

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Palavras: 2368
Acessos: 334   |  Postado em: 13/11/2022

Capitulo 22 - O merecido luxo

Os cavalos trotavam com seus cascos duros, fazendo seus barulhos ecoarem pelo chão de pedra. Já haviam deixado a floresta há muito tempo e, agora, se viam no coração de Quentin Nalan. Embora fosse inverno, o sol marcava presença, brilhando tão forte quanto se podia em um país dentro dos trópicos. 

Narael não suportava o próprio cheiro. Darian tinha razão, já era hora de trocar aquela camisola. O mau odor que exalava de si era um incômodo ainda pior do que sua aparência, embora os cabelos curtos mal cortados e a maquiagem forte que lembrava um palhaço ainda a deixassem ridícula. Duas crianças passaram pelo grupo, gargalhando de Narael e Arien, e a jovem Wuri deu o dedo para elas. Não estava no melhor dos seus humores. 

Merit estava se recuperando bem do machucado, mas ainda era de se salientar que não havia nem dez horas que fora atingida. Sua aparência era bem débil e a mulher ainda lutava contra uma dor latejante abaixo do ombro. Para a sua sorte, poderia se apoiar em Serpente — que não se incomodava nem um pouco em ter a jovem Kantaa agarrando-se às suas costas. 

Um sorriso se rascunhou nas feições de Merit, e ela deu em Serpente um singelo beijo. Dividiam o mesmo cavalo; Arien e Narael ficavam com um segundo, e Darian e Julien compartilhavam o terceiro. O menino Kantaa e a princesa não sabiam conduzir o animal, mas, para a sorte de ambos, tanto Julien quanto a jovem Eran tinham este conhecimento. 

— Acho que Merit e Serpente se gostam — comentou Arien, feliz como uma criança. Nada aquecia o seu coração mais do que o casal de mulheres mais velhas.

— Você acha? — devolveu Narael. — Porque eu tenho certeza. 

Arien sorriu de leve. Conduziu o cavalo por uma viela movimentada, e ficou feliz em não ser reconhecida; absolutamente ninguém percebia que a garota era uma Eran. Aquele sentimento era completamente novo, e ela jamais pensou que ficaria tão feliz em não ser percebida.

— Elas são uma grande inspiração para mim — cumprimentou um vendedor de cocos na calçada e, veja bem, o homem devolveu o cumprimento! — Ver mulheres mais velhas que são como eu, sem a menor vergonha de serem como são, é revigorante.

Narael sorriu. Embora não exatamente se visse em Merit e Serpente, sabia que era confortante para Arien ter uma figura a quem seguir. Antes, o único exemplo da garota eram os seus irmãos; e, embora se importassem muito com ela, eles não eram o tipo de inspiração que ela procurava. 

— Eu quero ser como Serpente um dia. — Narael julgara Serpente por um momento, é verdade; mas, agora, a ladra havia se provado digna de sua admiração. — Forte, determinada… E bonita. Aos cinquenta e dois anos. 

Arien desviou seu olhar para Serpente. Os cabelos ondulados da mulher voavam com o bater do vento e ela parecia completamente realizada. A cicatriz que cortava-lhe o rosto tinha até mesmo uma cor diferente. 

— Ela é linda. — Não faltavam atributos à sua tia bastarda. — Mas, se quer minha opinião… Eu prefiro você. 

Narael corou. As garotas estavam num pacto silencioso de não trocar flertes, mas isso não impedia Arien de reconhecer a beleza de Narael. 

— Ora, você… Você também. — A jovem Wuri não estava acostumada a elogios. — Mas, mudando de assunto… Por que não levou o punhal de Merit? 

A jovem notou que essa era uma tentativa de não insistir no tópico que ambas estavam evitando, e decidiu não contrariar Narael.

— Achei que seria mais útil na mão dela do que na minha. — Deu de ombros. — Eu não sei me defender, Narael. Sou uma completa inútil. 

— Não diga isso… — Narael tentou consolar a garota Eran, mas a jovem a cortou:

— É verdade, Narael. — E suspirou, tristonha. — Eu só estou viva porque fui arrastada até aqui. Sozinha, minhas chances de sobrevivência eram nulas. Inclusive, tenho que te agradecer por isso. Não só por me salvar, mas pelo que aconteceu na floresta, que, bem…

— Não foi nada. — Narael foi modesta. — Eu jamais deixaria aquele nojento fazer isso com você. 

— Foi muita coisa. — Arien sorriu, tenra. — Você foi uma heroína. Saiba disso. Sou eternamente grata a você. 

Com um longo suspiro, Narael apertou-se no corpo de Arien. Não se arrependia de nada do que havia feito, mas a culpa de ter sido responsável por uma morte recaía sobre seu colo como uma bigorna. 

— Eu me sinto um pouco mal, sabe? — Mordeu o próprio lábio. — Não de ter defendido você. Mas de ter matado alguém. Um ser humano. Gente como eu, sabe? Feito de carne e osso. Não sei se vou conseguir superar esse trauma tão cedo. 

— Eu entendo. — Arien não estava em posição de reclamar. — Quando eu era pequena, meus irmãos sempre me diziam que uma nova guerra estava para estourar. E que essa iria ser mais sangrenta que a primeira. Eles me diziam para não ter medo de matar, porque, numa guerra, é matar ou morrer. Soldados não têm piedade dos fracos, dos idosos, das crianças. Eles apenas querem deixar um rastro de destruição por onde passam.

Narael respirou fundo. 

— Estamos numa guerra, então? — E, em caso positivo, ela estaria do lado dos vilões. Que situação!

— Não sei, Narael. — Arien deu de ombros. — Mas estamos num dilema de mata ou morre. Você não deve se sentir um monstro por preservar sua vida e a daqueles que você ama. 

Narael ainda não estava certa disso, mas fez que sim. Afinal, se fizesse a mesma coisa que os maus, ainda estaria do lado dos bons? Que divisão difusa entre heróis e vilões! A vida real era bem mais complexa do que as histórias de ficção que ela lia nos livros. 

— Ei, pessoal. — Serpente chamou a atenção de todos. — Chegamos em um hotel. Acho que podemos ficar por aqui. 

Arien puxou as rédeas do cavalo e o forçou a parar. O Viável Repouso, uma pousada em Quentin Nalan, era conhecido por ter o maior custo benefício da região. Não era luxuoso como os grandiosos hotéis em que a comitiva real se hospedava, mas certamente era melhor do que morar na rua. Ou no casebre de Merit. Ou na pousada de Mok. 

— Muito bem. — Julien, usufruindo do corpo de Darian, também fez seu cavalo parar. — E quem vai pagar? Porque eu não tenho um tostão furado. 

— Nem eu — respondeu Arien.

— E muito menos eu — devolveu Narael. 

— Acalmem-se, crianças. — Serpente girou o punhal no dedo médio. Tinha uma arma atrelada à cintura, mas parecia ter apego ao objeto. — Vocês estão lidando com a melhor ladra de Carmerrum. Vou encontrar alguém para assaltar, e isso vai ser bem fácil…

Uma explosão. Gritos, pedidos de socorro. Narael notou que vinha do banco à esquina, onde uma dupla de rapazes mascarados fugia com sacos gordos de dinheiro.

Merit e Serpente se entreolharam. Já tinham um plano traçado em mente.

— Ladrão que rouba ladrão… — começou a ladra.

— Tem cem anos de perdão! — devolveu Merit, como um mantra. 

E, deixando a bruxa junto a Darian e Julien, Serpente trotou com a velocidade de um raio para a dupla de ladrões. 

***

Embora questionasse seus métodos, Narael não podia negar que Serpente era muito boa no que fazia. Sequer precisou gastar muita energia para apavorar a dupla de ladrões e fazê-los entregar todo o dinheiro que carregavam consigo — coisa que nem a polícia conseguira — e, com habilidade e um pouco de discrição, o grupo já tinha dinheiro para pagar a estadia. 

Primeiro, Narael foi ao centro comercial, buscar algumas roupas para que pudesse trocar aquela camisola gasta. A atendente da loja de moda a olhou com profunda pena, achando que se tratava de uma andarilha. Mal sabia ela que estava diante da princesa Narael Wuri. 

Após um longo período de indecisão, finalmente a jovem decidiu-se por um modelo rosa com lantejoulas. Arien disse que era cafona, mas aquilo pouco fazia diferença à garota Wuri; sentia-se bela, e isso era tudo o que importava. 

Bem, bela não era exatamente a palavra, porque ela ainda estava com um corte de cabelo patético e uma maquiagem de palhaço, mas ao menos o vestido adquirido acentuava as suas curvas. E isso a deixava feliz; poderia exercer sua vaidade por um momento diante daquele caos. 

Depois que a jovem se decidiu por mais alguns modelos, Serpente, Arien, Merit, Darian e Julien trotaram a passos largos para o hotel que haviam encontrado anteriormente, o Viável Repouso. O recepcionista não viu com bons olhos o quinteto sujo, suado e exausto, mas mudou de ideia ao ver a cor do dinheiro diante de seus olhos. Sequer se importou em saber qual era a origem da quantia, apenas a queria em suas mãos.

— Três quartos, certo? — O homem deu um trago no cigarro. — Vocês ficarão no 201, 202 e 203. Divirtam-se. 

Entregou as chaves dos quartos para Serpente, que as distribuiu de acordo com os hóspedes: Ela e Merit ocupariam um quarto, Arien e Narael tomariam outro, Darian e Julien ficariam com o terceiro. 

A garota foi a primeira a destrancar o dormitório e, quando o viu, teve vontade de chorar.

Roupa de cama limpinha. Quarto com cheiro de flores, e não de mofo. Tudo organizado em seus devidos lugares, e pela primeira vez em tanto tempo, Narael iria dormir em um local confortável. Bendita seja Serpente!

— Ei, Narael! — chamou Arien, em algum lugar longínquo. — Olhe esse banheiro!

Narael seguiu a voz da antiga amiga, e, quando chegou ao local onde ambas se higienizariam, teve certeza de que estava diante de um sonho. 

Uma banheira limpa, prontinha para ser usada. Água quente. Shampoos e sabonetes espalhados por toda a pia. Finalmente Narael iria voltar a ser princesa!

— Estou louca para tomar um banho aí. — Ela estava fedendo suor, sangue e queimado. Seria bom cheirar a algo diferente, para variar. 

Arien riu baixinho.

— Pode ir na frente, nesse caso. — Piscou. — Eu vou depois.

E observou a garota Eran fechando a porta atrás de si. Narael deu de ombros; começou a se despir e entrou na água quente que a esperava. Quando estava quase começando a se ensaboar, ouviu a porta abrindo atrás de si.

— Eu esqueci a minha… — E deu de cara com uma Narael nua; a princesa imediatamente corou. — …A minha pulseira.

— Arien… — Narael afundou-se ainda mais na água. — Você poderia bater antes de entrar?

Arien sorriu com o canto da boca.

— Tudo bem. — Não parecia ter sido uma aparição proposital, mas Arien não estava insatisfeita com a visão. — Me desculpe.

E saiu pela porta mais uma vez, deixando Narael sozinha com seus pensamentos.

***

— Meu deus, que delícia. — Nua na banheira, Merit finalmente podia permitir a si mesma um pouco de descanso. — Essa água é terapêutica. Alivia a dor que eu estou sentindo.

Serpente sorriu. Tirou seu corpete preto e juntou-se à amante na água fumegante. 

— Sabe, faz tempo que eu não sou agraciada com um luxo desses. — Deslizou suas mãos pelas pernas de Merit, que não dispensou o carinho. — Água quente? Banheira? Roupa de cama limpa? Ah, não, Merit. Desse jeito, eu vou me sentir uma rainha. 

Merit soltou uma risada leve. Começou a se ensaboar, deslizando o sabonete por toda a extensão de sua pele. 

— Até quando você pretende ficar aqui? — perguntou a Kantaa. — As estadias desse lugar não devem ser nada baratas. 

— Até quando o dinheiro der. — Afinal, aquele roubo lhe garantira uma boa quantia. — Achei que as meninas e Darian mereciam esse luxo, para variar um pouco. Depois, podemos voltar a morar em lugares insalubres.

— É a sua especialidade, não é? — Merit ergueu uma sobrancelha. — Dormir em absolutamente qualquer lugar. 

— Não. Minhas especialidades são foder e roubar. — Serpente piscou. — Dormir em qualquer lugar eu faço por diversão. 

E arrancou da bruxa uma risada longa e intensa. Poucos casais encaixavam tanto quanto Merit e Serpente; a ladra fora de fato um achado. 

— Sabe, Merit, agora que podemos respirar em paz… — Serpente umedeceu os lábios. — Você deveria cogitar contar a Darian sobre sua origem.

A bruxa sentiu sua garganta apertar.

— Eu… Não acho que seja necessário. — Balançou a cabeça em negação. — Não agora. 

— Merit, até quando você irá esconder? — Ela não poderia manter esse segredo a sete chaves para sempre. — O menino merece descobrir. 

— Eu irei contar, tudo bem? — Merit balançou os pés. — Só não acho que agora seja o momento certo. 

Serpente suspirou fundo. Não tinha como convencer a bruxa a escolher o caminho da verdade. 

— Você pode contar comigo se precisar de ajuda. — A ladra falava sério. Não oferecia seu apoio em vão. — Minha mãe também escondeu coisas de mim. Foi complicado aceitar no início, mas acabamos nos acertando. 

— O que ela escondeu? — Merit quis saber. 

— Ela forjou a própria morte quando eu tinha menos de dez anos. — Serpente abriu uma lata de cerveja que estava em cima da pia e tomou um gole. — Deus, como eu senti falta desse líquido divino! Enfim, descobri que ela estava viva com 32. Foi um baque para mim entender que havia sido abandonada, mas passou.

— E como você a perdoou? — Se havia uma receita, Merit gostaria de ser informada. Queria seguir tudo, passo a passo. 

— Perdoando. Não tem como eu prever como Darian irá reagir. — Cada pessoa era uma pessoa, afinal. — Mas ele gosta muito de você. Fique calma, você não irá perder o seu filho.

Merit esfregou os próprios braços. Tocou o sabonete na região ferida e sentiu uma leve ardência. Se dependesse de si, levaria aquele segredo para o túmulo, mas não era justo com Darian.

 

Estava na hora de planejar como traria aquela informação ao garoto.

Fim do capítulo


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Comentários para 22 - Capitulo 22 - O merecido luxo:
Lea
Lea

Em: 19/11/2022

Um momento de paz,merecido!

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