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Inflamável por HumanAgain

Ver comentários: 1

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Palavras: 3030
Acessos: 329   |  Postado em: 13/11/2022

Capitulo 18 - Nada de bom acontece à noite.

E Merit havia tirado a noite para arrumar a sua cozinha. 

As vasilhas em que os residentes haviam comido na noite anterior estavam sujas, já que Serpente fora a única a lavar sua louça; Havia talheres espalhados pela mesa e estes não estavam guardados em seus devidos lugares. Talvez limpar e organizar suas louças fosse a melhor maneira de arrumar seus pensamentos e limpar a mente.

Descobrir que o filho também tinha poderes mágicos fora uma surpresa para ela. E Darian tivera justamente o azar de ser a ponte entre os vivos e os mortos, como vinha atestando desde que Julien fora invocado; Ela não contaria a ele, mas passou a tarde inteira imersa nos livros e descobriu que boa parte dos magos da morte foram atormentados por espíritos até conseguirem controlar totalmente os seus poderes. O jovem Kantaa não parecia ter sido atormentado até o momento, mas Merit temia que ele não saberia lidar quando isso acontecesse; Quando o mundo dos mortos começasse a se apossar do seu corpo, saberia ele lidar com isso? Na frente do garoto, tentava passar uma imagem positiva, mas a verdade era mais cruel do que se imaginava.

Bem, ao menos ele havia dado o primeiro passo. Entender de onde vinham os espíritos e como se conectar com eles era certamente um progresso muito grande para um mago da morte tão jovem. Será que isso o livraria da tormenta? Muitas dúvidas se formavam na cabeça da mulher. Questionava sozinha se fora uma boa ideia ser tão severa nos treinos, mas concluiu que sim. Quanto antes Darian entender-se por completo, menores as chances dos mortos o atormentarem… Não é? Deveria Merit contar que o jovem rapaz teria problemas?

Não era a única coisa que ela tinha de contar a ele, afinal; Merit escondia um segredo quase tão perturbador quanto. Será que era prudente contar ao rapaz que ele fora roubado em seu primeiro dia de vida? Ou será que este segredo morreria com ela? Serpente era entusiasta da ideia de que Merit revelasse a verdadeira história para o filho, mas a loura acreditava que ainda não era hora. Darian ainda não estava preparado e Merit, muito menos; Não, era melhor manter tal informação oculta, ao menos por enquanto.

— Ainda acordada? 

Merit virou-se para trás; Quem, além dela, despertaria às três da manhã? A bruxa esfregou os olhos e deparou-se com uma sorridente Serpente, recostada na parede, ainda um pouco sonolenta. Ela estava, Merit notou, incrivelmente linda.

— Estou arrumando a cozinha. — A verdade é que os pensamentos de Merit não a deixavam dormir, mas ela preferiu omitir esse detalhe. — Darian e as meninas não limpam a vasilha que comem. Parecem um bando de crianças.

Serpente emitiu uma risadinha suave.

— Quer ajuda? — Ofereceu-se.

— Não é necessário, minha querida, obrigada. — Afinal, tudo o que Merit queria era manter-se na solidão; Apenas ela e suas vasilhas. — Eu dou conta do serviço sozinha.

Serpente fez que sim com a cabeça, mas não se retirou. Dirigiu-se à cadeira solitária e observou a anfitriã trabalhar com a louça, com um olhar desconfiado no rosto. Aquilo desconcertava a mulher; Sentia-se vigiada.

— O que a aflige, Merit? — Perguntou Serpente, num ímpeto. 

Merit piscou algumas vezes. Se não soubesse, diria que Serpente também tinha o poder de ler mentes.

— Nada me aflige. — Mentiu ela. — Estou tão tranquila… 

— Merit, são três da manhã e você está lavando louça. — Serpente insistiu. De fato, ela não era estúpida. — Se não quiser me contar, tudo bem. Mas algo te aflige. 

Merit mordeu o lábio. Sentia-se acuada. Não tinha coragem de dizer não a Serpente; Aquela mulher tinha em si um efeito quase que hipnótico.

— É Darian. — Viu-se obrigada a admitir. — Tenho medo que ele não saiba lidar com os seus poderes.

— Você sabia no início? — Tornou Serpente a perguntar. — Ou foi difícil para você também?

— Foi difícil para mim. — Confessou Merit. — Eu via de tudo. Coisas que eu queria e que eu não queria. Inclusive coisas sobre o meu pai que me deixaram traumatizada…

— E você só conseguiu aprender a lidar com os seus poderes com o tempo, não? — Questionou Serpente. — Não há outra maneira.

Merit assentiu, pesarosa.

— Ele vai aprender a lidar com eles de uma forma ou de outra. — Serpente pegou uma banana na fruteira e a mordeu. — Você pode fazer algo para acelerar isso?

— Não… — Merit balançou a cabeça horizontalmente.

— Se é inevitável e você não pode mudar, por que se preocupa? — Pôs-se ela a questionar. — Darian ainda tem a sorte de ter uma mãe que a compreenda e saiba pelo que ele está passando, coisa que você não teve. Esteja do seu lado, lhe dê conselhos quando ele perguntar. Mas essa trajetória é algo que ele terá que enfrentar sozinho. Você não pode fazer tudo pelo seu filho, Merit.

E Merit foi obrigada a concordar com a cabeça.

— Você está certa. — Serpente era sempre muito sensata. — Mas eu sigo preocupada pelo meu filho… Ele é minha criança, afinal. Não quero que sofra. 

Serpente sorriu e deu uma segunda mordida na maçã.

— Eu nunca tive filhos… — Começou ela. — Mas, se quer minha sugestão, você está se preocupando demais. Deixe o rapaz viver e aprender, ele ainda é jovem. E é um jovem com super-poderes, o que torna seu processo de crescimento e amadurecimento mil vezes melhor do que a maioria de nós. Apenas relaxe.

Merit suspirou fundo. Terminou de lavar a última vasilha, a guardou no escorredor e pôs as duas mãos sobre a pia.

— Eu queria conseguir relaxar. — Disse a loura, encarando as estrelas do céu por trás da janela. — Mas tenho medo. Ele sequer conseguiu se dar bem com seu padrinho espiritual…

Serpente se levantou, com um sorriso estampado no rosto. 

— Bem… — Com a voz mansa, Serpente abraçou Merit por trás. A bruxa sorriu e, mole, cedeu às carícias da morena. — Talvez eu possa te ajudar com isso…

Merit virou-se de uma só vez. Já estivera com outras mulheres antes, mas o poder que Serpente tinha sobre si era indescritível. Era a primeira mulher com quem a bruxa se deitava mais de uma vez, e ela adorava isso; Estar com Serpente lhe elevava aos céus.

Serpente, em seguida, levou seu nariz ao pescoço da amante, inspirando profundamente. Nisto, Merit sentiu todos os pelos de seu corpo se arrepiarem; Ela, aos seus quase 50 anos de idade e mais tantos outros de experiência sexual, sentia-se uma adolescente nos braços de sua amante.

— Eu gosto do seu cheiro. — Sussurrou Serpente, diretamente nas orelhas da loura. 

E Merit queria nada menos do que se entregar àquele momento sensual e prazeroso que dividia com Serpente, mas algo irrompeu em suas orelhas e ela se viu obrigada a atentar-se: O som de cavalos caminhando ao longe.

— Serpente… — A amante pouco se importava com os barulhos do ambiente; Parecia mais preocupada em beijar suavemente o pescoço de Merit. — Tem alguém lá fora.

A amante imediatamente cessou seus estímulos. Ergueu a cabeça, pôs uma mão sobre as orelhas; Indiscutivelmente, eram sons de cavalos.

Desconfiada, Serpente dirigiu-se à janela. Apertou os olhos e viu um bando de quatro ou cinco homens munidos de lanças e alguns revólveres. Usavam roupas formais vermelhas e pareciam extremamente sérios.

— São soldados. — Concluiu Serpente. — Soldados da guarda real. 

— Deveríamos acordar os meninos? — Questionou Merit. 

— Nenhuma boa visita aparece às três da manhã. — Observou Serpente. — Acorde-os. Vamos tirá-los daqui e tirar você também.

***   

Narael estava tendo doces sonhos envolvendo fogo, comida, roupas e uma boa Loenna. Seu refúgio, quando estava mal, era fechar os olhos e se perder em devaneios suaves. 

Entretanto, fora acordada com um berro de Merit Kantaa que a despertara antes mesmo do sol dar suas caras.

— Acorde! — Merit se revezava; Balançava ora o corpo de Narael, ora o de Arien; Ambas estavam imersas no mais profundo de seus sonhos. Darian, ao contrário, mais parecia ter saído de um terrível pesadelo. Quando Serpente o trouxe de volta para a realidade, o rapaz pareceu aliviado. — Eles estão chegando, meninas.

— Eles… — Enquanto Narael resmungava, Arien já se punha sentada no colchão, um pouco grogue. — Eles quem?

— A guarda real. — Desta vez, foi Serpente quem respondeu. — E eu acho que estão atrás de Narael. E, se encontrarem Arien… Teremos problemas.

A jovem Eran se levantou com os olhos arregalados, ao passo que Narael erguia suas sobrancelhas. A guarda real? No meio da mata? Isso só seria possível se…

Laeren. Claro. Narael nunca estivera errada em suspeitar da ladra. 

— Eu preciso fugir! — Os olhos de Arien se arregalaram num terror paralisante. Talvez ainda não tivesse conectado a visita súbita na madrugada com Laeren. — Não posso deixar eles me prenderem. 

— Você vai fugir. — Merit ajudou Narael a se levantar. — Vamos nos separar. Alguns de nós recebem os guardas e os outros te escoltam pela porta dos fundos.

— Que droga, Merit, esse era o meu plano. — Resmungou Serpente, mas em seu rosto se formava um sorriso. — Às vezes eu me esqueço que você lê mentes.

— Eu quis adiantar as coisas. — Respondeu Merit, no mesmo tom despretensioso. — Bom, vamos lá. Quem irá proteger Arien e quem irá receber os guardas?

— Se Lenrah Moran estiver com eles, eu posso negociar com os guardas. Ele me respeita muito. — Afinal, boa parte das técnicas de guerra de Lenrah foram aprendidas com Serpente. — Eu recebo os guardas.

— Certo. E eu protejo Arien. Não vamos deixar três crianças sozinhas ao léu sem a companhia de um adulto. — Lançou Merit, e Narael fez uma careta. Ela tinha 19 anos, Arien já havia completado 22 e Darian era um rapaz de 21; Definitivamente, não eram crianças. — Narael vem conosco. Vão desconfiar de nós se a encontrarem.

— Muito bem. — Notando que não havia tempo a perder, Serpente se apressou. — Darian vem comigo.

O jovem Kantaa se assustou. Não estava em seus planos encarar aqueles guardas troncudos e armados até os dentes.

— E-eu? — Suas mãos começaram a tremular. — Por que?

— Um grupo de quatro chamará muita atenção. — Merit sequestrou as palavras da mente de Serpente. — Você não tem a marca Kantaa e não é forte como um. Não o verão como um inimigo.

— M-mas… — A voz de Darian falhava. — E Julien?

— Ah, finalmente, alguém se lembrou de mim! — O fantasma ergueu suas mãos para o alto. — Para que me consultar, não é? Eu sou só um morto. Não tenho sentimentos, não tenho opinião, não tenho qualida…

— Você pode esconder esse fantasma? — Serpente ignorou completamente o monólogo de Julien. 

— E-eu… — O rapaz olhava para o espírito e, em seguida, tornava a olhar para Serpente. — Eu acho que ele pode ficar a alguns metros de distância de mim, se eu permitir…

— Um quilômetro. — Merit ergueu o indicador. Havia estudado o grosso livro dos magos o suficiente para saber disso. — Seu padrinho espiritual pode ficar a um quilômetro de distância de você.

— Eu nunca me senti tão ultrajado. — Resmungou Julien. — Ser escondido, rejeitado, como se eu fosse o mais podre dos dejetos. Sinceramente, Darian, você é um péssimo afilhado espiritual. 

— Julien. — O garoto se pôs a falar. — Você é um fantasma nu. 

Julien abriu a boca e estava prestes a rebater a fala do garoto, quando pôde-se ouvir uma batida na porta de madeira. Um toque singelo e delicado, de forma que quase não parecia ter sido executada pelos homens da morte.

— Eles estão aí. — Sussurrou Serpente, pegando Darian pelo braço. — Vão! E façam o mínimo de barulho possível. 

Merit assentiu e, com um sinal de mãos, chamou Narael e Arien para fora de sua barraca. A fuga havia começado e o plano de Serpente iria entrar em prática.

***

— Eu estou suando. 

Darian não estava mentindo; suas roupas cosidas à mão estavam completamente úmidas. Serpente umedeceu os lábios, pensando em algo que pudesse tranquilizar o menino. Não existiam palavras capazes de confortar uma mente tão desordenada. 

— Comitiva real! — reforçaram os soldados, batendo à porta uma segunda vez. Agora, seus punhos encontravam a madeira com mais força. 

— Darian, eu não sei o que você vai fazer, mas mantenha a calma — aconselhou Serpente, num tom de voz mais baixo, minutos antes de retornar aos soldados de Loenna: — Já vai!

A mulher escancarou a porta de uma só vez, dando de cara com cinco homens fortemente armados. Serpente, munida apenas com um simples punhal, sentia-se completamente desprotegida; Darian, jovem demais para sequer ter encarado uma verdadeira batalha, estava igualmente despido de armas. Eles teriam que convencer os homens da morte com a conversa. Era isso ou nada. 

— Boa noite, senhores. — Serpente simulou um bocejo. — A que devo tal visita nesta hora da madrugada?

O cinismo da lutadora era perceptível. Darian, porém, não conseguiu ter igual desenvoltura, se limitando a devolver um sorriso amarelo.

— Recebemos a informação de que a princesa Narael Wuri encontra-se nessa cabana. — O homem era intransponível, tal qual uma muralha. Serpente esticou seu pescoço para tentar encontrar Lenrah Moran, sem sucesso. — Viemos buscá-la. 

— Vocês estão enganados, senhores. — Serpente conseguia se fazer de desentendida com uma facilidade incrível. — Neste lugar vivemos apenas eu e meu filho, sozinhos. Jamais recebemos a visita de qualquer princesa. 

O guarda cerrou os olhos. Voltou sua atenção para Darian, em seguida para Serpente. 

— Ele não é seu filho — concluiu o homem, uma fortaleza humana.

— Como pode saber disso? — desafiou ela. — Porque eu sou negra e ele é branco? Faz-me rir. Que conhecimento pequeno de reprodução humana, senhor!

— Ele mais se parece com um Kantaa. — A palavra saiu de sua boca como um cuspe, algo indesejável. Darian sentiu sua garganta apertar. 

— Não vou deixar você ofender a mim e ao meu filho desta forma. — Serpente cruzou os braços. — Onde está Lenrah Moran, o superior de todos vocês? Só irei tratar de qualquer assunto com ele.

— Lenrah Moran está doente — reforçou o homem. Serpente praguejou em seu interior. — De qualquer forma, uma vistoria nesta casa foi solicitada por Loenna. Você não tem qualquer direito de protestar, madame.

— Pois eu exijo conversar com a Loenna em pessoa. — Serpente tentou sua última cartada. — Não sairei daqui até que a própria rainha venha a mim.

O guarda riu na cara de Serpente, uma risada de deboche e escárnio. 

— Sinceramente, madame, você já tomou meu tempo demais. — E tirou o revólver do coldre. — É melhor abrir passagem antes que você e seu… “filho” sofram as consequências. 

Sem opção, Serpente deu passagem ao homem. Darian, que também via-se acuado, não ofereceu resistência alguma. O grandalhão saiu pisando fundo, fungando como um touro irritado. Trouxe ainda mais um homem consigo e deixou dois barrando a entrada. 

— Serpente… — Darian tentou se comunicar com o mínimo de palavras possível.     

— Tudo bem, filho, vai dar tudo certo. — Ela não abandonava o personagem. — Não estamos fazendo nada de errado. 

O primeiro ato dos guardas se deu por verificar a pia: Cinco cumbucas de madeira. Também havia no fogão uma panela enorme, certamente muito maior do que duas pessoas precisam para cozinhar um ensopado.

— O que me diz destas louças? E desta panela? — O guarda apontou para os objetos. — Não há apenas duas pessoas nesta casa. 

— Comida para um dia inteiro. Três cumbucas no almoço, porque Darian come bastante, e duas na janta. — Serpente sustentou a mentira. — Qual o problema com o tamanho da panela? Comida o suficiente para duas pessoas se alimentarem por um dia inteiro, oras.

— O garoto usou duas cumbucas diferentes no almoço? — O guarda ergueu a sobrancelha. — O mais lógico a se fazer é repetir a refeição na mesma vasilha.

— Darian não gosta de reutilizar louças.

O homem não respondeu. Levou sua mão ao bolso da túnica real e seguiu vasculhando a casa de Merit. 

— Há uma cama de casal por aqui. — Seguiu o grandalhão em seus questionamentos. — Onde está o seu marido, madame?

— Ele morreu de bexiga há dez anos. — Serpente era uma boa mentirosa. — Vai continuar pedindo detalhes da minha vida pessoal, senhor? 

O guarda engoliu a desculpa, mas o frágil castelo que Serpente construiu com suas mentiras ruiria a qualquer momento. A mulher levou a mão ao punhal que guardava na cintura quando os guardas adentraram o quarto de Darian, onde não era apenas possível ver duas camas a mais do que deveriam existir, mas também um sórdido e ácido…

— FANTASMA! — O segundo guarda, mais tímido que o primeiro, soltou um grito de espanto ao ver Julien em seus aposentos. 

— Sim, sou eu. — O morto cruzou os braços. — Posso parar de me esconder agora?

— TEM TRÊS COLCHÕES AQUI! — Berrou o guarda sisudo. — CERQUEM ESTES MALDITOS. 

E tirou a pistola do coldre, apontando-a para Serpente, enquanto os companheiros corpulentos barravam sua saída. Darian queria chorar, mas guardou o pranto em sua garganta; não era hora de ser criança. Deveria provar a si mesmo que havia crescido, não sendo mais o menininho chorão de outrora. 

— Eu não sei que tipo de magia vocês, Kantaa, estão fazendo por aqui… — O guarda mal-encarado trincou os dentes. — Mas irão morrer agora.

— Se nos matarem agora, não saberão onde está Narael. — Era a última cartada de Serpente. — É isso que querem?

Ele abriu um sorriso sádico.

— Já estamos cuidando disso. 

 

E, mal havia proferido suas palavras, ergueu a arma em riste e disparou um tiro contra Serpente e Darian.

Fim do capítulo


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Comentários para 18 - Capitulo 18 - Nada de bom acontece à noite. :
Lea
Lea

Em: 18/11/2022

É sério isso???


Resposta do autor:

calma kkkkkkkkk

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