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Inflamável por HumanAgain

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Palavras: 3383
Acessos: 430   |  Postado em: 13/11/2022

Capitulo 15 - A ladra ferida

— Vamos lá, Darian. — Merit, que na maioria das vezes era brincalhona e divertida, face ao treinamento do filho se tornava uma professora austera e séria. As tentativas de fazer o garoto controlar os seus poderes estavam se tornando extenuantes e Narael sentia por ele, mas não poderia fazer nada a respeito. — Mais uma vez. 

— Eu já tentei dezessete vezes! — O garoto estava vermelho. Suava. Uma veia latej*v* em sua têmpora e seu esforço era notável. Contudo, suas tentativas não eram frutíferas. — Por favor, me deixe descansar!

— Você irá descansar daqui a pouco. — O olhar azul-marinho de Merit era gélido. — Consigo sentir a aura de energia saindo do seu corpo. Sei que você consegue, só precisa se esforçar. 

O garoto bufou. Limpou o suor da testa — Já era pouco mais de uma da tarde. — e pôs todos os seus músculos a trabalharem. Sentou-se na grama seca, cruzou as pernas e, sem muita expectativa, forçou sua mente a expurgar a energia que continha dentro de si. 

Todo o seu corpo vibrava. Talvez, desta vez, finalmente teriam avanços. Merit esboçou um sorrisinho com o canto da boca; Era a hora de apresentar o mundo ao seu filho. 

No entanto, mais uma vez Darian berrou e desabou em cima de si mesmo; Toda aquela energia era demais para ele suportar. O garoto não conseguia canalizá-la. Merit reprovou a cena, balançando a cabeça de um lado para o outro. 

— Eu não sou capaz. — Ele grunhiu, deitado na penugem amarelada que cobra o solo. — É melhor desistir. 

— Você é. — Apesar de decepcionada, Merit não perdia as esperanças. — Por isso Julien está aqui. Mas acho que vocês já estão exaustos demais, é hora do almoço. Venham, todos vocês. 

Julien revirou os olhos. Não havia nada que ele odiasse mais do que o almoço.

— Vocês preparam pratos deliciosos e eu não posso comer. — Gem*u o fantasma. — Se isso não é tortura, eu não sei mais o que é.

No entanto, tanto as garotas quanto Merit já haviam aprendido a relevar as infinitas reclamações do morto. Não era fácil, porque ele se mostrava insatisfeito com relativa facilidade; Mas, com o tempo, aquele espectro azulado em formato de homem pelado se tornou apenas um pequeno inconveniente.

Darian, contudo, se mostrava frequentemente incomodado com os apontamentos nada delicados de seu padrinho espiritual; Talvez ele houvesse invocado, bem na verdade, um inimigo espiritual. 

— Acho que ela está pegando muito pesado com o Darian. — Arien sussurrou para Narael, ao passo em que as duas entravam de mãos dadas para a cabana da anfitriã. A moça concordou com a cabeça; Enquanto o progresso de Narael era notável, Darian só não havia regredido porque era impossível ser pior do que zero. 

— Eu preciso pegar pesado com meu filho. — As jovens levaram um susto. Por vezes, Merit conseguia ser bem inconveniente ao lê-las sem que elas tivessem permitido. — O mundo não é gentil conosco. E, caso não estejam lembradas, ele também é um Kantaa. Precisa se preparar duplamente para o que vem a seguir. 

Narael e Arien se entreolharam, mas não disseram nada — E nem pensaram. Não queriam que uma frase sequer caísse nas garras de tão perspicaz professora. 

Para o almoço, o prato era ensopado de batatas, as quais a própria Arien havia ajudado a colher e cortar. Serpente e Merit costumavam revezar na cozinha, mas Narael preferia as refeições preparadas por Serpente — Embora evitasse pensar nisso, porque não queria correr o risco de ofender Merit em um momento de despreparo. Ao cruzar pela porta da frente, a bruxa era uma pessoa completamente diferente, desfazendo até mesmo a carranca que tomara ao descobrir que Darian não havia progredido. 

— Que cheiro delicioso! — A loura esfregou as mãos. — O que temos para o almoço? 

— Agradeça a esta mocinha pelo mimo. — E apontou para a jovem ao lado de Narael, que sorriu orgulhosa. — Jamais teria terminado este ensopado se não fosse por ela. 

Merit sorriu, puxou Serpente pela cintura e deu um beijo em sua amada. As duas estavam bem próximas ultimamente, e Narael se perguntava a que nível estava o relacionamento das duas. Provavelmente elas não saberiam dizer, o que não era problema; Ela também não sabia categorizar o que tinha com Arien.

Mas sabia dizer que a amava. Muito. 

— Algum progresso com Darian? — Embora soubesse a resposta, Serpente arriscou a pergunta. Merit negou com a cabeça.

— Vou precisar de uma nova estratégia com o meu filho. — Apesar de tudo, Merit não estava brava; Ela soava frustrada. — Não conseguimos sair do zero.

— Ah, bem, eu entendo. — Serpente colocou um pouco de ensopado em uma cumbuca. — Mas é preciso ser paciente. Uma semana não é tanto tempo assim. Você demorou meses…

— Eu não tinha uma mãe que me ajudava nesse quesito. — Merit também tomou um pouco de ensopado para si. — Mas você tem razão. Talvez Darian precise de mais alguns meses. Vamos ver. Ele vai conseguir.

O menino, no entanto, não estava tão animado assim. Se sentia um fracasso em tudo o que se propunha; Aquele seria apenas mais uma para a sua lista de intermináveis decepções. 

— Ei, o que é esse negócio verde boiando? — Como se não tivesse problemas o suficiente em seus ombros, Julien seguia falando em seus ouvidos, infernizando-o. — Você vai comer isso mesmo?

— É cheiro-verde. — Darian tinha raiva de Julien, do almoço, de Merit e da própria voz. Não havia nada ali que não o deixasse enraivecido. — Se você tem o paladar de uma criança de cinco anos, é problema seu. Me deixe em paz.

— Por que você é sempre tão grosso? — Julien se pôs em modo de defesa. — Eu só quero conversar. Como um bom padrinho espiritual. Mas você é um péssimo afilhado, porque estamos juntos há algum tempo e eu consigo contar nos dedos a quantidade de vezes em que você foi legal comigo. Sinceramente, se é pra ser assim, eu prefiro continuar a ficar morto, porque no mundo dos mortos… Eu não me lembro de muita coisa do mundo dos mortos, mas eu tenho certeza de que não era assim.

Darian bufou. Escutar sermão de Julien não era a sua prioridade no momento. Na verdade, qualquer coisa que não envolvesse afogar a própria cabeça no riacho não era a sua prioridade. 

— Julien, você pode me deixar em paz pelo menos uma vez na vida? — Ele tentou não se exaltar. Caso contrário, seria pior para ambos. — Eu só quero comer. Estou me sentindo um lixo e quero ficar a sós com meus próprios pensamentos. Por favor? 

— Bom, eu não tenho culpa se você só tem azar com os seus poderes. Se quer saber, eu sequer queria estar aqui, mas como o seu controle sobre si mesmo é extremamente pobre…

— JULIEN. — Era o pior fantasma que ele poderia ter invocado, sem sombra de dúvidas. — ME DEIXE EM PAZ. 

Num cinismo suspeito, Julien ergueu as mãos para cima e sua expressão tornou-se remotamente inocente, como se ele não soubesse o que havia feito. 

— Tudo bem, se quer assim, então que seja. — E se pôs a caminhar em direção à saída. — Só não se esqueça de que não posso ficar muito longe de você. 

— VÁ. — A têmpora de Darian já começava a latejar. O que poderia ser mais irritante que um fantasma inconveniente?

— Saiba que você vai se arrepender depois. — E apontava para o garoto. — Eu posso ser um fantasma, mas sou um fantasma rancoroso e… O que é aquilo ali entre as árvores? 

Darian simplesmente ignorou. Não estava disposto a atender aos chamados de Julien. 

— Provavelmente algum animal. — Merit sorveu um pouco do ensopado em sua colher. — Acontece muito por aqui. 

— Não sei… — Julien coçou o próprio queixo. — Me parece mais uma…

Apesar da intervenção do fantasma manter todos plácidos em suas cadeiras, os primeiros gritos tomaram a atenção de todos; Eram urros indiscutivelmente humanos que partiam de dentro do bosque verdejante. 

Serpente ergueu uma sobrancelha. 

— Eu conheço esse som. — Manifestou-se. — Não é um animal. 

E Merit não teve como negar. Arien e Narael também concordaram silenciosamente com a mulher que as havia trazido até ali. Darian, relutante, deixou a colher cair para verter sua cabeça em direção à porta, ao seu lado. 

Conforme os segundos se passavam, a distinta visitante se revelava; Era uma moça jovem, pouco havia passado de sua adolescência, talvez pareasse sua idade com Narael. Tinha longos cabelos encaracolados castanhos, rosto retangular, pele oliva e caminhava com dificuldade. 

Logo pode-se ver o motivo; Sua barriga sangrava, vomitando sangue a cada passo sôfrego da guerreira. Em seus braços, via-se um arco destruído e uma aljava vazia, talvez seu último recurso antes de tombar perante seus inimigos. Seus lábios já sem cor tentavam arduamente clamar por ajuda, enquanto o líquido vital vermelho abandonava seu interior.

— AJUDA! — Cada palavra era pronunciada com dificuldade. — EU PRECISO DE AJUDA!

Não precisaria ser um gênio — Ou um leitor de mentes. — Para notar tal feito. Merit foi a primeira a abandonar seu posto, seguida por Arien e Serpente. Darian e Narael seguiram caminho atrás, deixando seus pratos fumegantes em cima da mesa. 

— Me parece que não sou tão inútil assim, uh? — Julien não poderia perder uma oportunidade de alfinetar; Contudo, ninguém lhe deu ouvidos. 

Como se esperasse que alguém a atendesse para enfim desmaiar, a moça descansou as pálpebras e permitiu-se abandonar os seus sentidos. Serpente tomou o pulso da aventureira em mãos e constatou que ela ainda estava viva.

— Tem pulsação, mas está fraca. — Alertou. — Vamos precisar ser rápidos se quisermos salvar esta aqui. 

— LEVEM ELA PARA DENTRO. — Merit ordenou em uma só voz para os jovens. — RÁPIDO. 

Sem sequer pensar se seria seguro, Arien e Darian assentiram; Puxaram o corpo da moça pelas extremidades e, de maneira desajeitada, a levaram para dentro da cabana.

Narael, contudo, tinha muitas dúvidas a serem levantadas sobre a recepção daquela completa desconhecida. Um mal pressentimento tomava conta de si.

Que Merit não a lesse, afinal. 

***

— Muito bem. — Merit esfregou as mãos. — Eu vou precisar desinfetar isso daqui. Alguém pode me ajudar? 

Narael havia aprendido algumas coisinhas sobre enfermagem com Aya, mas se manteve calada, porque não estava certa de que deveria ajudar aquela aventureira. Contudo, era impossível esconder qualquer coisa de Merit. 

— Você, Narael. — A loura apontou um dedo ossudo para a jovem Wuri. A garota precisou se segurar para não pensar em algo muito nojento, como uma pizza de insetos. — Preciso de seus conhecimentos de enfermagem. É uma emergência! 

A menina revirou os olhos, mas não se opôs. Via os olhos de Arien completamente vidrados na forasteira, quase saltando de suas órbitas, e tinha raiva; Não sabia explicar ao certo de onde vinha este sentimento, mas ele estava ali presente e ela não tinha como negar. 

— Vou estancar o sangramento. Em seguida, preciso limpar esse ferimento antes de fazer a sutura. — Disse, levando um pano de prato à ferida sangrenta. — Se vocês me ajudarem trazendo álcool, linha e agulha, eu agradeço muito.   

Arien foi a primeira a disparar pelo interior da cabana — O que irritou Narael em níveis absurdos, fazendo-a cogitar causar mal à arqueira de propósito; No entanto, a moça não poderia trair seus princípios desta maneira tão vil. — seguida de uma atrapalhada Merit. Permaneceram junto à garota apenas Darian, Julien e Serpente, e ambos a encaravam com curiosidade. 

— Posso te ajudar também. — Ofereceu-se Serpente. — Não tenho conhecimento de enfermagem, mas sei um pouco como cuidar de ferimentos de guerra.

— Não precisa! — Irritadiça, Narael grunhiu com rispidez. Por que, de repente, todas aquelas pessoas estavam interessadas em poupar uma vida desconhecida?

— Darian, você pode… — Julien coçou seu queixo espectral. — Segurar a alma dela dentro do corpo, não pode?

— Se eu controlasse qualquer poder meu, Julien, a primeira coisa que eu teria feito seria te mandar de volta para onde você veio. — Demonstrando estar com a paciência esgotada para o fantasma, Darian lançou uma resposta ácida, que atingiu Julien como um coice. 

— Tudo bem, não está mais aqui quem falou. — Murmurou o morto. 

Arien e Merit não demoraram muito a chegar com uma vasilha de álcool, uma agulha e uma linha de costura. Obviamente, não eram os materiais mais adequados, mas era o que estava disponível no momento. 

— Vou limpar o ferimento. — Anunciou Narael, embebendo um segundo pano de prato no álcool. — Isso pode doer um pouco. 

E deslizou o tecido pelo corte na barriga da moça. A jovem contraiu os músculos e soltou um gemido de dor, ainda inconsciente, o que quase fez Narael recuar; No entanto, ela prosseguiu, torcendo para que aquele momento se encerrasse logo. 

— Agora eu vou fazer a sutura. — Entregou o pano sujo para Arien; Ele estava completamente tinto de sangue. — Vou precisar de atenção, então não me distraiam. 

A garota Wuri pôs a língua na agulha, limpou o suor da testa, levou a língua ao lábio superior. Sentiu suas palmas das mãos esquentarem, e imediatamente formulou o rosto de Arien em sua memória. Contudo, pensar na garota apenas lhe inflamou desta vez; Uma pequena chama brotou em seu dedo médio. 

A menina Eran soltou um grito agudo; Merit ajoelhou-se ao lado de Narael e, inaudível, sussurrou em seu ouvido:

— Eu sei que está com ciúmes. — Ciúmes? Ela? Não. Merit havia se enganado. — Mas você precisa se concentrar agora. É uma vida que está em jogo. 

— Eu não estou com ciúmes. — Resmungou Narael, também num tom de voz baixo. 

O corpo, contudo, parecia não corresponder às suas palavras, porque os pés da garota iluminaram-se em duas vibrantes chamas alaranjadas naquele exato momento. Os chinelos chamuscados retorciam-se ao redor de seus calcanhares. 

— Tem certeza de que pode fazer isso? — Questionou Serpente, notando o nervosismo da moça Wuri. 

— TENHO! — Arisca como um gato, Narael respondeu da forma mais ríspida que encontrou. 

E, apenas para provar que podia fazer aquilo, Narael espetou a pele do abdômen ferido da menina, costurando sua pele como se cosesse um vestido. Para sua sorte, as chamas não se alastraram mais; Logo que o último ponto foi dado, Narael permitiu-se suspirar em alívio.

— Acho que é isso. — E desmoronou numa cadeira. O fogo de seus pés se extinguiu em poucos segundos. — Meu trabalho aqui está feito. 

— Ela vai ficar bem? — Perguntou Arien, com seus olhos grandes e castanhos. Parecia genuinamente preocupada com o bem-estar da aventureira. 

Narael tentou esconder seu incômodo. Se fosse ela naquela situação deplorável, a menina Eran estaria tão transtornada? 

— Não posso concluir nada a respeito disso. — Um leve tom ácido estava presente em sua fala. — Já fiz o que era necessário. Agora precisamos esperar.

— Por que você está tão reativa? — Questionou Arien. — Foi só uma pergunta…

— Reativa? Eu? Claro que não estou reativa. — Ela estava. — Eu só respondi o que você perguntou. Não posso prever como essa garota irá reagir. 

— Você parece brava. — Notou Arien. — Seu tom de voz é irritadiço.  

Narael abriu a boca para responder algo ainda mais irritadiço — Contrariando o seu ponto de que não estava reativa —, mas uma tosse atrás de si a impediu de depor contra si mesma.

Como num passe de mágica, todos os olhares naquela cozinha se voltaram à aventureira ferida. Ela havia despertado,  agora colocava para fora sangue e catarro em cada tossida.

— Moça? — Arien foi a primeira a se preocupar. — Você está bem?

A viajante tossiu mais algumas vezes, tocou a própria barriga costurada e girou a cabeça ao seu redor; eram muitos olhos diferentes para que ela pudesse processar. 

— Quem… — Sua voz era suave e doce. — Quem são vocês? 

— Eu sou a Arien. — Ela logo tratou de se apresentar. — Em sequência, Merit, Serpente, Darian e Narael. Estamos aqui para te ajudar.

— E eu sou o Julien. — Manifestou-se o fantasma.

Todos concordaram com a cabeça, com exceção de Narael — Que manteve-se de braços cruzados, carrancuda, evitando todo e qualquer contato visual com a forasteira. 

— Arien Eran, a procurada? — Questionou a moça, fixando seus olhos castanhos no semblante de Arien. — A que sequestrou Narael Wuri? 

Arien fez uma careta.

— Isso não aconteceu. — Interviu Arien. Em outras ocasiões, Narael teria se manifestado em favor da garota que amava, mas desta vez deixou com que Arien se defendesse sozinha. Ela não era nenhuma criança, afinal. — Depois a gente te explica melhor. Mas, agora, você precisa descansar. 

A moça tossiu mais algumas vezes e concordou com a cabeça. Parecia bastante exausta. 

— Eu devo estar realmente mal… — E levou uma mão à sua têmpora. — Estou até mesmo vendo um fantasma… Preciso de um lugar para dormir…

— Obrigado pela parte que me toca. — Resmungou Julien, de braços cruzados. Talvez a maioria das pessoas não estivesse preparada para ver uma alma penada ao vivo e a cores…  

— Você pode passar a noite aqui. — Manifestou-se Merit. — Esta casa é como coração de mãe. Sempre cabe mais um.

Narael revirou os olhos. Não era simpática à ideia da forasteira passar uma noite na cabana, mas não poderia se pôr à frente da dona da casa. 

— Ela pode dormir comigo. — Disse Arien. 

E, naquele momento, Narael sentiu uma chama percorrer sua espinha. Uma implosão de raiva estava por vir. Arien era muito ingênua! Ceder sua cama para alguém que ela mal conhecia? O que a menina estava pensando? A menos que… 

— Vocês não vão dormir juntas. — Ordenou Narael, e logo sentiu o peso julgamental do restante da cabana recair em cima de si. — Quero dizer… É perigoso, Arien. Você tem certeza de que quer fazer isso?

— Perigoso por quê? — Indagou a garota, ainda sem dimensão do perigo que estavam correndo. 

— Sua namorada está com ciúmes, Arien. — E Merit emitiu uma risadinha. — Talvez você deva chamar um bombeiro para apagar o fogo dessa garota. 

Narael revirou os olhos. Merit havia sido muito hospitaleira e gentil com as duas, mas, naquele momento, a jovem Wuri só sentia vontade de xingá-la. 

— Não é ciúmes. — Justificou-se. — Eu só… 

— Qual o seu nome, querida? — Voltando-se à forasteira machucada, Merit não parecia muito interessada nas justificativas de Narael. — Como veio parar aqui?

A aventureira pareceu hesitar por um momento. Estava com medo de ser sincera sobre sua origem para um bando de desconhecidos. 

— Meu nome é Laeran. — Disse, ainda com dificuldades na respiração. — Estou sendo perseguida no reino por pequenos furtos e alguns outros crimes. A polícia de Loenna quase me pegou, se eu não tivesse me escondido por aqui… 

— Vê? É uma criminosa! — Agora, Narael não fazia nenhuma questão de esconder seu desgosto por Laeran. — Não deveríamos dar refúgio a ela. Esta garota não é confiável. 

Serpente soltou uma risadinha anasalada. Logo Narael se dera conta de que a ofensa se estendia à mulher que as havia levado até ali, mas não se importou. Nunca gostou de seu jeito relapso e irresponsável, de qualquer forma. 

— Talvez eu deva ensiná-la como ser uma criminosa melhor. — Debochou, e não parecia ofendida. 

— Eu também sou uma criminosa. — Lembrou-se Arien. — Não confio na polícia de Loenna para decidir quem é bom e quem é ruim. Por mim, Laeran fica. 

Os demais assentiram, em concordância com a jovem Eran. Irritada, Narael saiu pisando fundo. A cada passo seu, um pedaço do assoalho atingia tons de preto, chamuscado por suas pegadas. Estava literalmente queimando de raiva, chegando a torcer para que algo desse errado apenas para se provar certa.

 

No dia seguinte, teria uma conversa muito séria para ter com Arien.

Fim do capítulo


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Comentários para 15 - Capitulo 15 - A ladra ferida:
Lea
Lea

Em: 18/11/2022

Eita que esse capítulo,os ânimos foi elevado!


Resposta do autor:

Narael está com ciuminho

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