• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • As Lobas Bruxas
  • Capitulo 50

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Eras
    Eras
    Por Carolina Bivard
  • Uma Pequena Aposta
    Uma Pequena Aposta
    Por Rafa

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

As Lobas Bruxas por Bel Nobre

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 2202
Acessos: 679   |  Postado em: 13/11/2022

Capitulo 50

 

 

CAPÍTULO 50:

 FORJANDO

 

 

O olhar da senhora para o ferreiro foi de súplica, muito embora sua fisionomia mostrasse que ela era o ser superior, percebi sombras espiralando o ar em forma helicoidal enroscando as hélices na jugular do ferreiro que se viu obrigado a abrir a mão para massagear seu pescoço, procurando em nossas fisionomias quem estava fazendo isso com ele e sem encontrar a resposta.

 

― “Kimp á kapatún, ta patún”. ― A ordem veio da minha beta que continuava de cabeça baixa limpando suas ferramentas, na mesma hora as sombras prenderam o homem que estava assustado igual uma criança olhando para todo lugar.

Quando se sentiu livre, dona Raquel com receio e muito medo começou a explicar, no início baixinho e a voz foi criando força.

 

― Os pés têm que estar firmes na terra, o braço que segura o martelo tem que subir mais alto que a cabeça e quando descer o artista deve estar vendo um ponto fixo, onde o martelo vai atacar, bata duas vezes, e leve a lâmina ao fogo e comece tudo outra vez, e mais uma e mais uma até a navalha cortar o ar, criar sua própria espada não é somente fazer uma arma letal, é também criar arte no gume que vai cortar para salvar sua vida ou a de quem o portador da lâmina  ama, e pelo o que  ele acredita, é criar arte no cabo que vai sustentar sua vida.

 

Eu fiz tudo como foi dito na hora, que desci o martelo ele retiniu de maneira errada levando o pedaço de aço a voar longe.

 

― Forjar uma espada é mais difícil do que parece, porque não é só bater o martelo no aço, é uma sincronização entre o criador e a arte a ser esculpida, tente de novo, Nara Shiva. ― Dona Raquel pegou o metal do chão e colocou em cima da minha mesa, foi o tempo de passar os olhos nas garotas e com exceção de Gilles que trabalhava sua arma com uma serenidade, todas tinham errado a batida igual a mim.

 

 Mas não era isso que me preocupava no momento, aquela pulguinha atrás da orelha era a pergunta que não queria calar, se dona Raquel sabia tudo isso, então para que ela precisava de um ferreiro? E outra, por que o ferreiro a controlava? E mais outra... com o que ele a controlava? Havia muitas perguntas sem respostas, e me conhecendo muito bem. Assim que terminasse de fazer minha   lâmina, eu queria respostas.

Errei ainda mais umas cinco vezes, até pegar o jeito, o suor escorria na minha testa, na minha costa descendo pelo rego da bunda e meus cabelos se misturavam e ficavam pregados em meus braços que já davam demonstração de cansaço, estava com medo de não dar conta do serviço foi quando  um milagre aconteceu, na hora que eu estava desistindo com dores no braço e em todos os músculos. outro braço assumiu, da mesma cor do meu porem mais grosso e  mais longo, levantei a cabeça  e lá estava ela ao meu lado, segurando o martelo e minha mão ao mesmo tempo que agora subia e descia com leveza e graça eu sentia a energia vindo do seu corpo dando força ao meu, a guerreira era linda mais alta do que eu, o olho tão azul que parecia as profundezas do mar, os cabelos pretos com muitas mechas cinzas grafite, fiquei observando seus cabelos admirando a beleza e tentando descobrir se era a cor original ou se a guerreira usava produtos químicos nas mechas para terem aquela cor ,  mas não, eram fios naturais, nada de tintura, era cinza mesmo, ficamos uma olhando a outra martelando a espada, ora eu, ora ela, sempre sorrindo com aquele sorriso que lembrava muito o do meu pai, o formato da boca era da minha mãe mas o sorriso era o do meu pai, ela devia ter...não dava para falar com exatidão a idade, sua felicidade era espontânea, nada frágil era uma garota forjada nas batalhas, quais eu não sabia e nem imaginava, mas eu tinha uma vaga  ideia  do tamanho da sua força pela maneira como ela martelava levantando uma chuva fina de faísca a cada toque do martelo na espada e a forma como ela me olhava,  me preenchia o peito eu sei que pode parecer loucura, porém o sentimento  passado para mim  era algo muito parecido com amor e orgulho.

 

Nalum sorrindo olhou para o lado e desapareceu no ar acompanhei  para onde tinha olhado e la estavam todas as guerreiras do futuro, próximo a Esther duas índias martelavam seus machados, as marteladas tinha uma força descomunal a cada ataque do martelo no aço, uma nuvem de fagulhas subia e dançava no vento essas garotas tinham a força de três homens juntos quando perceberam meu olhar se viraram para onde eu estava seus olhos bicolores como os da Esther estavam lá um casando com o outro da sua gêmea, azul e amarelo como minha beta havia falado, duas índias lindas de quase dois metros, os cabelos de todas as cores e uma alegria em viver que eu só tinha vista em uma pessoa, em  Sandy, elas tinha herdado essa leveza da outra mãe, o dom de  serem bruxas paranóicas como Esther, elas estavam dançando uma dancinha indecente enquanto martelavam em sincronia seus machados, ao sentir uma mudança no véu do tempo pararam um segundo o que estavam fazendo e me fitaram uma delas fez um gesto obsceno com o dedo para mim as duas bateram as mãos abertas uma da outra sorrindo alto logo em seguida voltaram em sincronia para seus trabalhos, forjando suas armas continuaram com a dança indecente sem dar muita importância para mim, o que eu achava muito parecido com Esther esse pequeno gesto, guardei comigo sua imagem para mostrar a minha beta como eram fisicamente suas filhas caso ela não tivesse visto.

Bem próximo a Gilles uma sombra negra fazia a mesma coisa, quando eu pude enxergar através das sombras tinham três guerreiras junto dela, não dava para ver o semblante, todavia uma delas tinha asas, um par de asas amarelas como ouro, esta batia e martelava um instrumento musical que ainda não dava para saber qual era, contudo pela forma, eu apostava que ali estava sendo forjada uma trombeta angelical, fiquei curiosa só em pensar qual será seu uso numa batalha.

 

 Ameth estava com quatro criaturas três delas tinham cabelos pretos e forjavam facas e punhais agora a de cabelo branco estava forjando um arco e flecha quase da altura da cintura o arco recurvo, o mesmo usado na Grécia antiga, esse tipo de arco era todo composta de três partes, empunhadura, lâmina e cordas, com as mãos cheias de proteção.

 Da mesma forma que as filhas de Esther me sentiram  olhando  para elas, Nyxs também sentiu, entretanto, de uma forma diferente que eu não conseguia entender, mas era diferente ou então eu me sentia diferente quando a olhava, não estava bem certa, Nyxs continuou forjando seu arco mas olhando pra mim, e não para Ameth, como as outras faziam, com suas mães, Nyxs me olhava e seu olhar era de alguém que tem todas as perguntas e respostas, era o olhar de uma pessoa que sabe o que vai acontecer, ou pressente o que vai acontecer, seu olhar prateado me lembrava a lagoa da minha reserva em noite de lua clara, seus olhos eram lindos não tem como descrever.

 

 Olhar para Nyxs me levou para uma lembrança de um dia que sem querer quebrei o termômetro do hospital da reserva a gota de mercúrio que caiu quando correu na superfície da mesa era da cor dos olhos da Nyxs, foi só do que lembrei, agora lembro que na hora fiquei fascinada olhando, quando li a respeito descobri que os olhos de Ameth e Nyxs são um excelente condutor de eletricidade, como pode uma coisa tão linda assim ser tão mortal? No mesmo instante do pensamento Nyxs desviou o olhar do meu como se estivesse lido meu pensamento, examinei meus escudos todos erguidos, não tinha como ela saber o que eu estava pensando, confesso que estava gostando da nossa não conversa.

Continuei meu trabalho deixando de lado a vida dos outros, ou tentando porque de vez em quando,  eu olhava para a família  que trabalhavam freneticamente forjando.

 

  Jana e Agatha estavam mais distantes não dava para ter noção de quem as acompanhavam, mas todas as guerreiras estavam ali ajudando a forjar suas armas ao lado da mãe, foi então que uma luz acendeu na minha cabeça se as índias eram filhas da Esther aquela guerreira a minha frente com o sorriso do meu pai era a minha filha, mas minha filha com quem?  Mulan ou Nalum como ela mesma fez questão de ser chamada quando disse que era o seu nome. Eu fiquei boba quando a vi, queria ter feito tantas perguntas, saber se ela conhecia meu pai ou minha mãe, se tinha notícias da Amkaly e da minha família que tinha ficado na praia, como estavam as outras crianças que iam nascer, mas  então eu lembrei que ela não podia ter nascido  junto as outras crianças, a Amkaly não quis engravidar, isso não fazia a menor diferença minha filha estava ali ao meu lado, isso já me bastava se ela iria nascer agora ou mais lá pra frente nada disso importava, o que me interessava era saber que ela ia existir em algum momento.

Uma nuvem pesada veio não sei de onde e começou a ventania forte acompanhada de pingos grossos em poucos instantes a chuva começou a cair, parecia que o mundo estava se acabando em água, corremos para uma das casas desocupadas, na intenção de fugir da chuva, procurei por todo lado e nada das guerreiras elas tinham ido da mesma forma que tinham aparecidos, evitei de falar ou comentar algo nesse momento ouvi uma voz agoniada.

 

― Gente...gente!  Cadê a mulher que não está aqui passando a chuva com a gente? ― Ameth olhava para todo canto, acompanhamos o olhar dela e nem sinal da mulher, o temporal lá fora castigava, Ameth e Jana, seguidas por Agatha saíram assim mesmo e foi cada um olhar nas casas vazias.

Gilles se abaixou próximo ao ferreiro preso por sombras e todo molhado sem saber o que o mantinha preso e cometeu a besteira de olhar para o alto da montanha, foi muito rápido, mas não tão rápido que as sombras não pudessem sussurrar para onde ele estava procurando.

 

― Acho melhor começar a falar o que sabe, antes que minha alfa te mande de volta para o inferno. ― Gilles nem tocou no homem e falava sorrindo, mas sabíamos o que sua sombra estava fazendo, estava sufocando, entrando pela narina e se alojando nos pulmões retirando daí o oxigênio deixando-o sem ar.

 

― Não sei do que está falando garotinha.

— Ao ouvir o Ferreiro chamando-a de garotinha, era assim que seus abusadores a chamavam quando criança, Gilles sumiu e o espaço próximo se transformou em fumaça negra que circulava entrava e saia pelos orifícios do ferreiro que tossia e tremia no chão em poucos segundos sua vida desgraçada acabaria se eu não interferisse, e mesmo que minha vontade fosse deixar ele se mijar de medo, tive que interceder por sua vida.

 

― Gilles já chega. Não o mate agora. Precisamos achar a mulher. Depois eu deixo você jogar ele para o “Cérbero”.

 

Gilles voltou a forma humana e tivemos que aguentar o ferreiro rindo com ironia, como se duvidasse do que eu dizia ou na pior das hipóteses o Cérebro fosse seu cãozinho de estimação. Depois eu mesma apagaria esse sorriso da sua boca, isso se Esther não arrancasse seus dentes sem anestesia.

 

― As casas estão todas vazias Nara, olhamos tudo e parece que a muitos anos não mora ninguém, tudo que encontramos foi poeira. ― Ameth entrou, seu olhar era de espanto.

 

― Eu sei onde devemos procurar, Gilles segura o ferreiro de uma forma que fique impossível ele se comunicar com qualquer um. E traga ele junto.

 

As sombras cobriram o ferreiro por completo, eu não via por onde elas entravam ou o que elas faziam, mas desta vez acho que algo muito assustador se apresentava ao homem, dado os gritos de horror que ele berrava, Agatha foi  ao corpo que se  debatia no chão ergueu o sujeito e jogou por cima dos ombros, quando ele quis argumentar, ela lançou lhe um sorriso mais apavorante do que os que Esther costumava a oferecer, para seu crédito, acho que ele parou até de respirar para não incomodar Agatha, que deu dois tapinhas na sua bunda acrescentando.

 

― Bom garoto, é isso aí, se gem*r ou respirar, eu te quebro de pancadas no meio das tuas pernas.

 

Todas nós ouvimos um ofego alto e sofrido.

 

N.A

“Cérbero” o cão infernal de três cabeças que habita o submundo guardando a entrada do Hades.

 

N.A

“Kimp á kapatún, ta patún” prende o homem velho.

 

Língua usada entre os Kaiapó

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 50 - Capitulo 50:

Sem comentários

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web