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Diga meu nome por Leticia Petra e Tany

Ver comentários: 8

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Palavras: 4741
Acessos: 3292   |  Postado em: 10/11/2022

Capitulo 9 - Um passo para frente, dois para trás.

      Acabava de sair do meu apartamento, verifiquei cada cantinho e estava tudo exatamente do jeito que desejei, até além das minhas expectativas. A mobília, eu mesma escolheria cada item, a pintura estava impecável, os tons claros ficaram maravilhosos e em pouco tempo, me mudaria e esse seria o primeiro passo para me distanciar da minha mãe. Estava na hora de parar de abraçar o que tanto me feria.

No meu intervalo de amanhã, iria a uma loja de moveis e utensílios.

     Cheguei ao condomínio, o sol escaldante havia dado uma pequena trégua. Olhei ao longe e vi uma silhueta conhecida. Acelerei um pouco e buzinei.

— Ei? Entra aí... – Ana virou.

Abri a porta.

— Mal sinto as minhas pernas. – Minha irmã sentou no banco do carona. — Achei que iria ter um ataque cardíaco. Deus, ficar gostosa não é fácil.

— Por que tá correndo a essa hora? Aconteceu alguma coisa? – Faltava algumas ruas para chegarmos à casa dos nossos pais.

A minha irmã ficou em silencio por uns segundos.

— Eu fiz uma grande besteira, Lara. – Ana escondeu o rosto entre as mãos. — Uma burrada gigante. Eu... eu estraguei as coisas...

— Ana, calma. – Soltei o meu cinto, ela passou a chorar e isso me preocupou muito. — Segura. — Dei a minha mão para que ela segurasse.

      A deixei pôr para fora, enquanto ela repetia que havia sido uma idiota. Minutos depois, a minha irmã ficou um pouco mais calma. Ela enxugou sua face com o casaco que estava sobre suas coxas, os olhos vermelhos não conseguiam me encarar.

— Eu beijei a Rafa e levei um tremendo fora. – Ana disse, ainda de cabeça baixa.

Respirei profundamente, não tão surpresa, mas muito preocupada.

— O que ela disse? – Coloquei uma mexa dos fios negros para trás de sua orelha.

— Não disse nada, apenas me empurrou e me olhou com muita raiva. A minha aparência, eu... ela não me acha atraente o suficiente? Eu sou tão...

— Não termina essa frase, Ana, não ouse se depreciar. Entenda, talvez o fato de você ter dezessete anos seja o motivo. E você a pegou de surpresa...

— Eu estraguei as coisas, Lara. Eu não deveria ter feito nada, eu deveria ser mais... – A sua voz embargou. — É só que, eu não a tiro da cabeça. Penso tanto nela que chega a ser sufocante. Eu juro, juro que tentei evitar...

Ela voltou a chorar. Ficamos quase uma hora no carro.

     Assim que possível, procuraria outra nutricionista e conversaria com a Rafaela. O melhor seria que Ana se mantivesse longe para que as coisas não se complicassem ainda mais. Durante o resto da tarde, resolvi ajuda-la na academia do condomínio. Não a deixaria romper com tudo o que já tinha obtido. Teria também que marcar uma nova sessão com a psicóloga.

— Toma banho, vou preparar um lanche pra gente. – Ela apenas acenou em positivo, subindo.

      Preparei uma vitamina de banana e dois pães integrais com patê de frango. Subi para tomar banho, troquei de roupa rapidamente e quando voltei a cozinha, Ana me esperava.

— Ah, decidiram aparecer. – Nossa mãe entrou na cozinha. — Você tem se preparado pra reunião? Espero que sim, Lara, é importante pra nossa família. Não me decepcione ainda mais.

Sempre desagradável e sem o menor motivo.

— Importante pra você? – Ana falou com um tom raivoso. — Você nunca nem trabalhou, mamãe.

A face de Telma ficou rubra.

— Olha como fala comigo, Ana... – Eu não estava com cabeça para nada daquilo

— Você pode sair, mamãe? – Ana falou. — Não, a gente vai sair.

      Ela pegou os nossos lanches e saímos para uma mesa que ficava no jardim, próximo a piscina. Brincávamos ali quando crianças. Ana adorava fingir que estávamos em um piquenique e trazia todas as suas bonecas.

— Não deixa ela te perturbar. – A fome havia passado.

— Ela tem esse poder e eu juro, me odeio por isso. – Empurrei o meu lanche para ela.

O sol já havia ido embora, deixando uns tons laranjas no céu.

— Senhorita Lara, a sua namorada está lhe esperando na sala. – Quase me engasguei com a minha própria saliva.

O que aquela irritante estava fazendo ali? Havia esquecido alguma grosseria?

— Deixa que eu vou busca-la. – Ana ficou de pé, sorrindo. — Você fica agitada com muita facilidade quando se trata da ruiva.

— Ela me irrita... – Cruzei os braços.

— Sei, irritação...

— Olha, só vai logo busca-la.

Ana se distanciou.

      Aspirei o ar com calma, nada pronta para ver a Yasmin. O jeito que ela falou comigo ontem ainda me queimava o peito de raiva. O que havia sido aquilo? Por um misero momento, achei que fosse ciúmes.

Que ciúmes, o que?! Ela só foi uma grossa mesmo.

— Quando vai pôr um fim nessa palhaçada, Lara? – Minha mãe me virou para si com agressividade. — Eu não aceito, ouviu? Eu não aceito.

Eu já estava com a paciência no limite.

— Até onde sei, a Yasmin namora a mim, mamãe. Se alguma mulher te pediu em namoro, aí sim você pode ter o direito de não aceitar. – A sua face ficou avermelhada e ainda pude ver a sua mão levantando.

— Boa noite... – A voz de Yasmin foi o que bastou para que a minha querida mãe mudasse de expressão.

Chegava a ser assustador as suas mudanças.

— Boa noite, querida. – Rapidamente, ela colocou um sorriso na face. — Você não deveria estar descansando?

— Precisava ver a Lara, estava com saudades da minha namorada.

Yasmin nos olhava com curiosidade.

      Movida pela raiva, caminhei até a Yasmin. Parei diante dela, segurei a sua face com ambas as mãos, aproximei o meu rosto do dela e fechei os olhos, selando os nossos lábios. Aspirei o ar com calma, sentindo um aroma agradável vindo dela. A boca macia se manteve inerte, enquanto uma de suas mãos segurou a minha cintura com força.

Eu quase suspirei.

      Senti algo me incendiar, mas aquele não era o objetivo, eu não fui com aquela intenção, porém foi o que senti e com a intensidade, me afastei, as nossas mãos continuaram aonde estavam. Os nossos olhos se fixaram, ficando daquela forma por um tempo e eu juro, senti que a minha alma era invadida por aqueles verdes intensos.

Eu estava totalmente atraída por essa mulher.

— Lara, querida... – Senti a mão da minha mãe em meu braço em um aperto forte. — Sua namorada tá machucada. Cuidado!

O aperto se intensificou, ficou doloroso.

— Tudo bem, Telma. – As duas se olharam, então a minha mãe me soltou.

— Vou deixar vocês. Fique à vontade, querida. – Ela se afastou e entrou.

— Então, eu também vou me retirar. – Ana falou, mas o seu tom era mais zombeteiro.

Yasmin e eu nos afastamos, a vergonha tomou o lugar do pico de coragem de há pouco.

— Como chegou até aqui? Você deveria estar de repouso. – Abracei o meu próprio corpo, passei a mão sobre meu braço.

Yasmin continuava a me olhar.

— O meu pai me trouxe, eu precisava falar com você. – Não consegui sustentar o olhar. — Vai me explicar o porquê do que acabou de acontecer?

Mordi o meu lábio inferior, olhando para os meus próprios pés.

— Me desculpe ter feito isso... eu só queria...

— Chatear a sua mãe? – Ela soltou um risinho. — Parece que conseguiu, chatinha.

— Você encanou com esse apelido. – A olhei.

Ela voltou a sorrir e eu achei o ato maravilhoso.

— Vamos sentar? Você não pode ficar em pé por muito tempo. – Fugi virou o meu ato covarde preferido.

— Tudo bem. Me ajuda, chatinha? – Revirei os olhos.

      Me coloquei ao seu lado, notando naquele momento que ela estava com um short curto, mal dava para ver onde terminava a não ser pelo desfiado, apenas um lado de um tênis branco e uma blusa que deveria ter o dobro do seu tamanho.

Era a primeira vez que a via tão casual.

— Obrigada. – Yasmin sentou em uma cadeira feita de cipós, presente da minha sogra... não, de Amanda para a minha mãe. — Lara, eu queria me desculpar por ontem.

Sentei um pouco longe, por minha própria segurança.

— Fui muito grossa com você sem motivo algum. Tentei vir mais cedo, mas a Ana me disse que você havia saído. Me desculpe mesmo...

Era quase fofo o modo que Yasmin estava me olhando. Essa mulher me confunde, como ela conseguia se chata, fofa e... sexy.

“Não é hora pra isso.”

— Você não vai se safar tão fácil assim. – Ergui as sobrancelhas. — Acha que vai me ganhar com um pedido de desculpa xoxo e essa cara de cão que caiu da mudança?

      Por um momento, ela se mostrou confusa, mas depois de alguns segundos pareceu ver que eu não estava falando sério e sorriu. Yasmin precisava mesmo parar de sorrir sem aviso.

Apertei a almofada da cadeira ao vislumbrar aquela boca em todo o meu corpo.

“Que... que coisa mais feia, Lara.”

— Então que tal te levar pra noite do Atlético? Meu pai nomeou isso e somos obrigados a ver os jogos, mesmo torcendo pra outros times. Quero dizer, eu torço pra outro time.

— E quando seria a noite do Atlético? Desculpe, eu torço pro Cruzeiro e infelizmente, o meu time não está na série correta esse ano. – Yasmin riu.

Mas que porr*, será que cada movimento dessa mulher vai mesmo me enlouquecer?

— Então somos cruzeirenses. Compartilhamos da mesma dor... – Não pude deixar de sorrir. — Vamos trolar o meu pai, você vai com a sua camisa e eu usarei a minha. O que acha? Leve a Ana e a Antonella. Eu gosto muito das duas e posso dizer, os meus pais também.

— Bem, é um começo. Aceito essa sua tentativa de desculpas. – Yasmin sorriu de forma preguiçosa, sem mostrar os dentes perfeitamente alinhados.

“Dá pra parar de ser tão... gostosa?!”

— Nesta quarta... aqueça a garganta. – Suspirei.

Era a primeira vez que ficávamos tanto tempo conversando sem xingamentos.

— Está marcado. – O que ela acharia se soubesse que a minha mente estava criando vários cenários nada inocentes, nos quais ela estava muito envolvida?

— Lara, também queria te contar uma coisa mais grave. – Ela assumiu aquela pose séria.

— Pode falar... – Me remexi.

— A Letícia esteve em casa está manhã... – Qual é dessa garota? — Ela me contou que a Nicole ofereceu regalias a ela, caso concordasse em ajudá-la a se aproximar da gente e ser uma espécie de informante.

Essa piranha ainda não havia desistido.

— E tem mais, ela planeja uma demissão em massa caso fique com o cargo. – Ergui as sobrancelhas.

— A Nicole só pode estar ficando maluca. Ela não pode ficar na diretoria de forma alguma. – Essa mulher já estava me cansando.

— Eu contratei um detetive pra tentar descobrir algum podre dela, mas até agora nada aconteceu. – Não era possível que um ser tão podre como ela não escondesse nada.

— Podemos confiar nessa tal de Letícia? – A minha voz saiu um pouco rude.

Yasmin ficou em silencio por um tempo, analisando a minha pergunta.

— Sinceramente, eu não notei nenhuma malicia. – É claro que não notou. — Mas vou ficar atenta.

Ela olhou para o relógio em seu pulso.

— Eu preciso ir. – Fiquei de pé. — Acredita que tem um mutirão que não me deixa nem ir a esquina sem avisar?

Gargalhei.

— Acho que eles estão mais que certos. – Ela revirou os olhos.

— Que surpresa, você a favor deles. – A pontinha da sua língua passou em seus lábios.

Acompanhei o ato e outra vez me recriminei.

— Levo você em casa... – QUE?

— Não quero incomodar, Lara.

— Não vai ser um incomodo, Yasmin. Infelizmente, para você é claro, vai ter que entrar no meu carro branco sem graça.

Sua risada me fez sorrir.

— Farei esse grande sacrifício, doutora.

      Apertei o meu punho, a forma como o ‘doutora’ foi pronunciado chegou aos meus ouvidos como não deveria. O quanto o meu corpo era afetado por sua voz não era normal. Não lembro se algum dia ele respondeu assim a alguém.

Eu deveria acabar com esse fogo de uma vez por todas.

— Ah, irei precisar levar alguma coisa pra noite do Atlético? – Me coloquei ao seu lado outra vez.

— Só a sua beleza, chatinha. Geralmente, o meu pai organiza tudo e até mesmo faz mini coxinhas. – Imaginei a cena.

— E são comestíveis? – Yasmin gargalhou.

— São uma delícia, ele cozinha muito bem. Ele costuma se gabar que foi assim que conquistou a minha mãe. – Caminhávamos devagar.

— Ele a ama muito, é mais que visível o olhar de encantamento. É tão raro de se encontrar relações assim. – Deveria ser bom viver algo nesse nível de reciprocidade.

— Os dois tiveram sorte de se encontrar e souberam aproveitar. Acho que se um dia encontrasse alguém assim, faria de tudo pra perdurar.

— Não sabia que era romântica. – Eu tinha que implicar, aquele assunto estava ficando sério demais.

— Nem só de safadezas se vive uma mulher, Lara. – Ela riu e eu apenas revirei os olhos.

Quantas façanhas essa mulher ainda tem?

 

 

      Me despedi de Ana e da minha “sogra” na sala, ela fez aquele teatrinho de “não vá agora, fique para jantar”, mas eu apenas recusei. Quando cheguei ao jardim mais cedo, percebi que ela falava algo desagradável à Lara e certamente, se eu não houvesse atrapalhado, ela teria a estapeado. Isso me fazia pensar no quão difícil deveria ser para a chatinha viver ao lado da mãe.

Por que tanta raiva da própria filha?

Enviei uma mensagem para o meu pai, avisando que Lara me levaria em casa.

— Lara, o que sua mãe e você estavam conversando quando cheguei? – Ela diminuiu a velocidade.

      Ainda estávamos dentro de seu condomínio, paramos ao lado de um parque que estava vazio, embaixo de uma arvore que deixava tudo muito escuro. Eles deveriam por uma iluminação ali.

Era um pouco perigoso, mesmo dentro de um condomínio de luxo.

— Ela me mandou acabar com essa palhaçada de namoro e voltou a dizer que jamais iria aceitar nossa relação ou me aceitar. – Telma tinha a facilidade de fazer com que a víssemos com outros olhos.

Será que sua afeição por minha mãe era real?

— Você respondeu a altura? Parecia que ela ia te bater. Ela parecia muito enfurecida, por muito pouco não te estapeou.

— Respondi que ela só podia aceitar ou não, se algum dia alguma mulher a pedisse em namoro.

Olhei para a mulher ao meu lado.

      Tentei não rir pela seriedade do assunto, mas foi impossível e isso despertou uma pequena crise de risos em nós duas. Os meus olhos até mesmo lacrimejaram e a minha barriga doeu. Por isso a bruaca ficou tão possessa.

Lara, você realmente é uma surpresa. Eu me senti bem ao seu lado.

— Só queria irrita-la... – Ela rosnou.

— E você conseguiu, pois ela até tentou, mas não conseguiu disfarçar a tempo. – Sorri.

— Me desculpe por ter te usado daquela forma. – Sua voz saiu baixa. — Eu não deveria fazer as coisas sem o teu consentimento.

O que era aquele selinho perto do que fiz ontem? Se a Ana não houvesse aparecido, só Deus sabe aonde tudo iria parar.

— Estamos quites... – Apertei a minha nuca, o meu corpo ficou tenso só de lembrar do que ocorreu no banheiro do clube. — Se serve de consolo, eu não odiei, pode me usar outras vezes se precisar.

Olhei para ela, que permanecia olhando para frente, segurando o volante com os braços tensos. Tirei o meu cinto, coloquei a minha mão esquerda sobre o ombro dela.

— Yasmin...

— Eu sei que você sentiu... – Abaixei o meu tom, assim como a minha mão que foi parar em sua coxa nua. — Essa madrugada, sonhei com você, chatinha.

Lara virou o rosto para mim.

— Você gemia em meu ouvido, enquanto eu...

— Para... – Seu pedido saiu em um sussurro. — Por favor, para...

Aproximei o meu rosto.

— Me diz que não quer e eu nunca mais irei tocar no assunto, Lara. – Toquei em seu queixo. Passei o meu polegar sobre os lábios volumosos, atraentes, que os meus imploravam para tocar. — Fala...

      A minha respiração ficou apressada, esperando por uma iniciativa. Quando achei que nada viria, senti o choque, a pressão da boca macia sobre a minha. Lara enfiou a mão nos meus cabelos, abriu a boca e enfeitiçada, fiz o mesmo. Senti uma pressão tão forte em seu sex*. O beijo era faminto, ruidoso, apressado, não me dando tempo para pensar em nada. Ouvi o clic do cinto, Lara saiu do banco do motorista, sentando em minhas coxas e eu pude sentir o tecido de sua calcinha e um pouco da pele. Arfei, a segurei com força pela cintura. Ela, totalmente desinibida, pegou uma das minhas mãos e colocou sobre o seu sex* coberto pelo pequeno tecido.

As nossas bocas se separaram, ela soltou um gemido, enquanto pressionava a minha mão sobre seu sex* quente.

— Enfia, por favor...

      Eu iria enlouquecer, o meu corpo estava em brasas. Lara levou os meus dedos até a boca, os ch*pou sem demora e os levou até o seu sex*, mas dessa vez por dentro da calcinha.

Essa mulher...

— Aaah... – Aquele som saiu de nossas gargantas. — Exatamente assim.

Quente...

      A penetrei com os dois dedos e eu fiquei enfeitiçada com a forma que eles foram engolidos e com a face explicita de prazer daquela maravilha de mulher. Como que em uma sincronia perfeita, as nossas bocas se encontraram, só que dessa vez em um beijo mais lento. Os nossos lábios decidiram prolongar cada movimento, a boca de Lara tinha sabor de perdição, macia, deliciosa. Parecia que se conheciam há tempos, se encaixavam de forma surreal.

Ela rebol*va com lentidão sobre os meus dedos, tão lento que eu sentia que estava embriagada.

— Hummm... – Aquele gemido escapou de sua boca, no mesmo momento em que ch*pei a sua língua e a penetrei um pouco mais forte.

O meu controle estava por um fio, mas o barulho estridente do celular passou a ficar incomodo.

— Deixa... deixa tocar... – Ela pediu.

Eu queria muito continuar, mas novamente o aparelho passou a tocar e eu quis joga-lo pela janela. Freei a cintura de Lara, interrompendo o beijo e me odiando por isso.

— Pode ser importante... – A minha respiração estava irregular.

Tirei os meus dedos, mas ela permaneceu sobre mim, me encarando com malicia.

— Que saco... – Lara encostou sua testa na minha.

— Atende... – Não pude deixar de sorrir.

Selei os nossos lábios.

— Tá bom, eu vou. – Lara saiu do meu colo, voltando para o banco do motorista.

Ela pegou o celular, mas não atendeu e me olhou de uma forma estranha.

— Não vai atender? – Franzi o cenho.

— É a Cat...

      Eu sabia o quanto estava sendo ridícula, porém não pude evitar sentir uma fagulha de ciúmes. O celular continuava a tocar, a mulher realmente não desistiria.

—Atende... – Tentei soar convincente de que não me importava.

— Oi, Cat... sim... – Lara me encarava.

Me ajeitei no banco, coloquei o cinto e passei a olhar para frente.

— Não, eu estou levando uma amiga pra casa... hoje não vou poder ir, mas amanhã? Claro, claro...

Aspirei o ar com calma.

— Tudo bem, boa noite. – Ela encerrou a chamada. — Yasmin...

— Só me leva pra casa. – Mordi a bochecha por dentro. — O meu pé tá doendo, quero tomar os meus remédios.

— Você me pediu pra atender.

— Sim, eu pedi...

      Lara ficou alguns segundos me olhando, então soltou um suspiro, colocou o cinto e ligou o carro, dando partida em seguida. Me encostei na janela, não reconhecendo as minhas atitudes, afinal desde quando sou tão imatura assim? Por que não posso agir de forma natural?

Caramba, eu tenho vinte e nove anos. Qual é a porr* do meu problema?

 

      Fiquei calada durante todo o trajeto, as vezes a via me olhando, mas logo desviava, porém não tentou puxar nenhum assunto. Novamente, me peguei pensando no papel de idiota que estava fazendo.

Chegamos em frente à casa dos meus pais.

— Te ajudo até o seu quarto. – Abri o cinto.

— Acho melhor você não entrar, os meus pais vão te segurar lá. – Peguei a minha muleta. — Vão te fazer perguntas indiscretas e todas essas coisas.

Não me atrevi a olha-la.

— As coisas vão mesmo continuar assim? Esse clima esquisito. – Aspirei o ar com calma.

— A gente nunca se deu bem mesmo... – Eu a olhei.

— Quase... a gente quase. Não foi nada? – Vasculhei a face bonita.

— Foi muito mais do que posso aguentar. – Me senti terrivelmente exposta, tive um pequeno flashback.

      Nele, Camille me deixava em meu apartamento depois de trans*rmos, para ir até o marido que ela jurava que não amava. As coisas não eram as mesmas, mas uma voz irritante me dizia que não era saudável me envolver com alguém que estivesse presa a outra pessoa.

O fim eu já conhecia.

— Se quiser ir até ela, vai sem culpa. – Abri a porta. — Só seja discreta, não deixa ninguém te ver. Isso arruinaria o nosso acordo, seria tudo em vão.

Ela me olhava espantada, parecia incrédula.

      Era possível que essa atração estivesse tomando um outro rumo? Se assim o fosse, eu teria que ter cuidado. Não quero ser machucada mais uma vez. Tentar manter tudo no limite do nosso acordo seria o certo.

— Boa noite, Lara... – Deixei o carro, fechei a porta e com um pouco de dificuldade, passei a caminhar.

      Entrei pela lateral, fugindo um pouco dos meus pais. Sentei em um balanço que Hugo havia colocado em uma árvore no fundo do quintal. A minha mãe quase teve um infarto quando nos viu brincando a primeira vez ali. Rodamos tanto, que ambos fomos parar no hospital com enjoos e dor de cabeça. Passamos dois dias internados e levamos horas de bronca.

O meu telefone tocou.

— Ei, posso dormir na sua casa? Amanhã estou de folga. Preciso de colo e uns conselhos. – Conselhos? Logo meu?

— É claro que você pode. – Estava frio. — A parte dos conselhos, não sei se poderei ajudar.

— Ótimo, estou estacionando... – Franzi o cenho. — Então choramos juntas, não tem problema.

— Você já está aqui?

— Sim, eu trouxe umas coisas. – Passei a mão sobre a cabeça.

— Estou aqui no jardim, no balanço...

— Chego em alguns segundos...

Ela finalizou a ligação, aparecendo em meu campo de visão segundos depois. A loira parecia cansada e estava engraçada com uma blusa das meninas super poderosas.

— Trouxe cerveja pra mim e leite sabor morango pra você. – Rafa levantou a sacola.

— Já disse que te amo e que você é a mulher da minha vida?

Rafaela sorriu, sentou ao meu lado no balanço e me entregou a caixinha de leite com morango.

— Acho que a minha vida seria bem mais fácil se fossemos namoradas. – Rafa franziu o cenho.

— Parece que o seu pedido de desculpa não terminou bem. – Ela levou a cerveja a boca.

Bebi um pouco da mistura láctea e o meu paladar vibrou.

— Me conta do seu primeiro, assim me sinto menos tapada e conto o meu. – Rafa fez um coque.

Parecia realmente sério.

— A Ana esteve na clínica hoje, as coisas saíram do rumo. – Franzi o cenho.

— Como fugiu do rumo? – Olhei dentro da sacola e havia mais duas caixinhas.

— Ela me beijou, Yas. – Abri a boca de leve. — Estávamos conversando, falando de você e a Lara.

Ergui as sobrancelhas.

— Em um momento estávamos rindo, mas no seguinte, ela me beijou. Eu não sei se algum momento dei brechas para maus entendidos, eu só...

— E qual foi a sua reação? Isso complica as coisas. – Coloquei toda a minha atenção nela.

— Eu a empurrei, ela não me deu tempo de falar nada e deixou a minha sala. – Rafa parecia perturbada.

— Ela tá apaixonada por você... – A minha amiga bebeu uma grande quantidade de cerveja.

— Não, isso não pode. Eu tenho vinte e sete anos, sou a nutricionista dela e além do mais, ela tem dezessete anos. Não pode e nem vai existir nada entre a gente.

— Isso te perturbou demais, Rafa. Não é a primeira vez que uma paciente se apaixona por você, então qual é o motivo dessa agonia em seus olhos? – A loira tomou todo o liquido.

— Eu não queria deixar de ser a nutricionista dela, queria muito continuar a atendendo, a vendo progredir... confesso que me apeguei não só ao caso, mas a ela, a Ana é uma menina muito encantadora. Você sabe disso. É como uma irmã... uma irmã.

— É só isso? – Rafa me olhou como seu eu houvesse perguntado o maior absurdo do mundo.

— Como assim só isso? Não há mais nada. Yasmin, a Ana é menor de idade. Tá? Tá.

— Tá...

      Bebi mais um pouco do meu leite. Mordi a língua, resolvendo não falar o que se passou por minha cabeça. A minha amiga já estava atordoada demais. Resolvi contar o que se passou há poucas horas.

— A Lara e eu quase trans*mos. – Rafaela parou o que estava fazendo.

— Minha nossa, vocês estão levando a sério o namoro fake. – Aspirei o ar com calma. — E como foi?

— Você já sentiu uma atração incontrolável por alguém? Do tipo que só de respirar o mesmo ar que ela te deixa em euforia? – Encarei a loira. — É dessa forma que me sinto, eu não consigo controlar as minhas ações, tanto que estraguei tudo.

— O que você fez dessa vez? – Rafa me olhava com o cenho franzido.

— A ex dela ligou bem na hora, eu fiquei fora de mim. Ela pareceu ficar mexida, não sei se quero me envolver, Rafa, tenho medo de me apaixonar. Lara parece ainda gostar dessa mulher, não quero me submeter a isso...

— Vendo por esse lado, você tem toda razão. Faz poucos meses que conseguiu superar sua antiga relação, não seria saudável se envolver com uma pessoa presa a alguém. – Abri a outra caixinha.

— Quando esse acordo acabar, vou enterrar junto toda e qualquer vontade que tenho dessa mulher.

— Quem diria, você caidinha pela Lara...

— Eu por ela e você pela irmã...

Rafaela me olhou feio e eu apenas ri.

— Vamos brincar de empurrar? – Pelo o que parecia, o álcool começava a mexer com ela.

— Eu não posso, mas posso te empurrar...

Fiquei de pé com a ajuda da muleta, Rafaela sentou e eu me coloquei atrás, empurrando de leve.

— Eu não queria magoa-la, de verdade. – A loira lamentou. — Não quero que ela pense que seja por causa de nada relacionado a sua aparência. A Ana está tão saudável, em pouco tempo conseguimos uma mudança radical. Se isso a desmotivar, causar a sua recaída, não vou me perdoar...

— Então diga isso a ela, Rafa, tenha uma conversa franca...

— Você não pode me dar esse conselho. – Rolei os olhos. — Tá aí se corroendo de ciúmes pela La... Aaaaah! Yasmin, sua maluca!

Rafaela passava a mão sobre a cabeça, jogada no gramado.

— O que você estava falando mesmo? Não ouvi por causa do seu grito. – Ela me mostrou o dedo do meio.

— Sua idiota... – Rafa gargalhou. — Vamos de novo.

Ela precisava de um pouco de distração, eu a entendia.

Fim do capítulo

Notas finais:

Acabei de assistir Warrior Nu. ah minha gente. Hahaha 

boa noite e um abraço, minhas deusas.


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Comentários para 9 - Capitulo 9 - Um passo para frente, dois para trás.:
izamoretti30
izamoretti30

Em: 12/11/2022

ESTOU CHOCADA COM A DONA LARA VIU, que capitulo foi esse meninas? Delícia demais!

E a Ana beijando a Rafa? Gente as irmãs foram com tudo agora. 


Resposta do autor:
Nossas meninas são ousadas né haha. Que bom que esteja se deliciando. Se prepara que tem muitas surpresas pela frente .
Um abraço
Ps. Tany

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CatarinaAlvesP
CatarinaAlvesP

Em: 12/11/2022

Ana e Yasmim cheias de atitudes. 

Confesso que tô ansiosa pro desenrolar da Ana e Rafa.

Ana toda novinha vai fazer estrago hein, Rafa nessa noia de idade. Deixa só ela passar por algum ciúmes que rapidinho corre atrás da Ana.

Vem logo próximo caps 


Resposta do autor:
Lara e Yas não estavam mais se segurando de vontade haha, elas precisavam desse momento.
Será que o ciúmes é o suficiente pra Rafa ceder???  bora ver esse desenrolar das duas.
Logo postaremos mais.
Ps. tany

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barbara7
barbara7

Em: 12/11/2022

Amo a versatilidade de vocês de focar em todos os personagens quando tem mais de um casal importante na história, Yas e Lara foi quentíssimo. Quero ver a Rafa indo atrás da Ana agora depois que souber que vai ficar sem ver ela kkkkk. 


Resposta do autor:

A gente se apega em todos os personagens, então tentamos manter o foco neles também, cada casal formado tem suas características próprias, amamos isso rs.

foi quente mesmo, pena que atrapalharam na melhor parte haha.

Ana e Rafa então.... logo irão saber sobre as duas rs

Um Abraço.

Ps. Tany

 

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laisrezende
laisrezende

Em: 12/11/2022

Estou amando a Ana, tão novinha mas tem personalidade forte, não baixa a cabeça pra nojenta da mãe dela e ainda foi cheia de atitude para cima da Rafa. Adorei !!!


Resposta do autor:

Ana é incrível, vai precisar ser muito forte mesmo, pois a mãe não vai facilitar, a dona Telma é difícil viu rs.

Ana foi muito corajosa. Quando a gente gosta mesmo de alguém, as vezes fazemos essas loucuras haha.

Obrigada por comentar

Ps. Tany 

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patty-321
patty-321

Em: 11/11/2022

Uau! O quase foi quente. Mas a yas tem razão.


Resposta do autor:

Foi quente mesmo, pena que tiveram que parar haha. Yas foi super sensata.

Cap novo em breve.

Abraços

Ps. Tany

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Dessinha
Dessinha

Em: 11/11/2022

Ah, que delícia ler esse romance. De todo lado tem romance, um afago a nossas almas. Que super pegação foi essa nesse carro sem graça hein?! Ah, que maravilha... Adorei! 


Resposta do autor:

O negócio foi quente mesmo dentro do carro sem graça kkkk, a gente fica super feliz que estejam gostando desse romance. 

Logo vai poder se deliciar com mais um cap que já está prontinho. 

Obrigada pelo comentário :)

Ps. Tany

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Lea
Lea

Em: 10/11/2022

Tany dê uma segurada nas maldades da Letícia,quando ela quer que uma personagem sofra, ela é HARDCORE!

Bom,acho e espero que a Tany seja a mais "boazinha" com as moças  

Fazem poucos meses que sofri com a Olívia e com a Zoe!(FIQUE).

*

Ana Clara, menina tu é muito rápida( sem medo de ser feliz) ! Vai com calma meu anjo! ! Rafaela não vai ceder antes dela completar 18 anos,,e nem depois!

*

Lara enfrentando a mãe.(OH GLÓRIA)

E Yasmin se apaixonou primeiro. Minha ruiva é muito coração mole! 

Lara foi com muita sede "ao pote".

Essa Cat nem apareceu direito,e já acho que vai dar bastante problema!

*

BOA NOITE,TANY E LETÍCIA!


Resposta do autor:

Olha não sei não se sou a mais boazinha kkkk acho que somos equilíbrio eu e a Leh, sabemos a hora de ser boazinha ou de trazer um pouco mais de sofrimento para os personagens. Mas acalma aí teu coração que vai dar tudo certo kkk. 

Zoe e Olívia muito nosso amorzinho, também sofremos juntas e vivemos momentos maravilhosos de amor, fico feliz que tenha citado elas. 

Ana não perdeu tempo, aproveitou a oportunidade mesmo haha

Yas já apaixonada mesmo será?? Mas que a Lara deixa ela toda mexida isso é pura verdade rs

Geralmente quando uma ex aparece o problema é certo haha Boa noite queria leitora :)

Ps Tany

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 10/11/2022

Muitos passos para trás, essa Cat nem tinha que ter aparecido e ainda liga em hora errada.....Yas não devia ter mandado atender né....e já que atendeu Lara devai ter falado que não ia.,..ai ai ai 

Ana tadinha tá sofrendo, mas vou falar que ela tem atitude....aqui. Torcendo pra Rafa conversar com ela...

Muito o capítulo e já quero mais...

Então já sei que vou sofrer com essas meninas até o último capítulo 

 

 

 

 


Resposta do autor:

Infelizmente a ex apareceu na hora errada haha.

Sei que Ana não mediu as consequências da atitude, mas logo vai entender tudo. Rafa também vai saber lhe dar com toda a situação, vamos aguardar esse enredo.

ainda tem muita coisa pela frente, vamos sofrer juntas e sentir toda emoção até o fim..

Logo logo sai mais um :)

um abraço e obrigado por comentar.

Ps. Tany

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