Pilar acorda e olho para o lado, a mulher nua na cama do hotel que estava em sua companhia era Nicolle, uma das poucas mulheres que tinha um sex* casual. Uma das raras que tinha encontro com a executiva sem se importar com sua deficiência. Cogitou até se casar com a mesma no começo, mais percebeu que não iria para frente, da sua parte era algo carnal. Não tinham afinidade além da cama, aquilo era um sério problema.

 

Levanta da cama e se aproxima da cadeira onde o hobby do hotel estava jogado, veste com um pouco de dificuldade e se aproxima da porta da sacada olhando a movimentação, seus pensamentos lhe levaram até Kiara, deu um sorriso presunçoso por conta da petulância da jovem no restaurante. Seria difícil lidar com ela, mais faria esse esforço para conseguir o que queria, como ela estaria em minhas mãos, poderia até me aproveitar, tem beleza, um corpo escultural, seios fartos, o tipo de mulher que me atraia, que desejava, seria agradável ouvir seus gemidos enquanto estivesse lhe comendo.

 

Seus pensamentos por parte impuros são interrompidos por sua companhia, a bela mulata que se encontrava na cama em um sono pesado havia acordado e agora estava lhe abraçando por trás, com seus seios rígidos que podiam ser sentidos mesmo com o hobby que a executiva vestia. A moça arrisca desfazer o no da peça e enfiar as mãos acariciando a pele da mulher que rapidamente interrompe segurando um de seus pulsos e se afastando meio aborrecida seguindo até o banheiro, entrando no box e ligando o chuveiro.

Nicole entra também tentando estender aquele momento de sedução.

 

– Fique mais um pouco, posso te fazer goz*r novamente meu amor. - abraçando e beijando seu pescoço, tentando de alguma forma seduzir a mulher que não estava gostando daquela carícia.

 

Se esquiva e sai do banheiro sem terminar o banho, pega uma toalha se enxugando rapidamente e pegando as roupas e vestindo.

 

– As goz*das de ontem foram o bastante Nicolle.

 

A moça surge no quarto questionando a executiva.

 

– Por que está me tratando assim?

– Assim como?

– Dessa forma fria, como se eu fosse um objeto, que você usasse e descartasse.

- Sem drama, apenas não estou com tesão para trans*r contigo.

- Pela forma que fala, com outra sim?

- Sim! Minha futura esposa.

- Pensei que eu seria sua futura esposa Pilar, como tem coragem de dizer isso? - Lágrimas surgem timidamente dos olhos da jovem.

- Sem ofensas, Nicole, mas, para ser minha esposa precisa de algo além de um belo corpo. - Trocam olhares e percebe a raiva surgir da outra mulher quando continua falando. - Se ainda me quiser em seus braços, podemos continuar nos encontrando as escondidas depois do meu casamento, você me satisfaz e me agrada na cama.

- Vai trair sua esposa? - Pergunta chocada.

- Será um casamento de negócios. Preciso de um herdeiro saudável e imponente. Então terei que suprir minhas necessidades de alguma forma não acha? - fala sem dar importância para os sentimentos da mulher a sua frente.

- Idiota! Como ousa me dizer isso? Humilha-me falando dessa forma, como se eu fosse alguém suja que não pudesse te dar o filho que tanto quer.

 

A CEO revira os olhos, achando aquela conversa chata e deprimente.

 

- Nicole, meu bem, você sabe que colocaria em risco sua vida e da criança ter um filho na sua idade.

 

Objetos começam a ser lançados em direção a morena que ri e corre até a porta sem antes deixar de dizer:

 

- Caso queira ser minha amante é só entrar em contato. Adeus querida Nick.

 

Sai sem se importar com os sentimentos da mulata, deixando a mesma caída ao chão chorando de ódio.

 

Entra no carro e dirige para o escritório, depois de alguns minutos chega ao local, estacionando o carro e adentra o prédio, assim que chega no andar de sua sala a secretária já esta a postos a sua espera.

 

- Bom dia, senhora. - Levanta rapidamente e segue ao lado da mulher que anda imponente até a sala entregando algumas pastas com documentos. - A senhorita Bianca está a sua espera.

- Certo! Obrigada! - Pega os documentos da mão da jovem e entra notando a presença da sua advogada. - Bianca, sempre com essa petulância de entrar na minha sala sem minha permissão.

- Bom dia, Pilar. - revira os olhos sem dar muita importância.

- Tínhamos marcado algo? - Pergunta com a sobrancelha erguida em direção a advogada enquanto se sentava.

 

A advogada cruza as pernas no sofá em que se encontrava sentada

 

- Creio, que para assuntos do seu interesse não preciso marcar horário. - com poucas palavras e seria. - Amanhã termina o prazo dos dias que deu para a família Fagundes.

- O que tem isso? - Pergunto irônica.

- Pilar, é sério isso? Vai mesmo dar continuidade com essa história?

- Me caso com Kiara no final de semana. - diz entediada.

 

Bianca range os dentes e levanta.

 

- Cheguei pensar que era só um modo que você estava usando para atormentar Alceu.

- Não! Realmente quero isso, até onde sei, não terá nada ilegal. - fala irônica com um sorriso sínico.

- Não tera? Só não terá, por que você sabe bem que ele não vai envolver a policia nisso por conta do roubou.

- Então! Tudo certo. Mais alguma coisa?

- Não! Somente, até

 

Bianca vai embora e Pilar segue o dia trabalhando, já era noite quando a mulher decide antecipar sua visita a nova e antiga casa da Família Fagundes, depois da descoberta do circo que Alceu aprontou, ele ficou sem muito dinheiro no bolso, assim os gastos e as dívidas foram acumulando e ele se encontrou em um beco sem saída, com a pressão de todos os lados acabou sofrendo um AVC, por sorte a esposa estava em casa no momento e socorreu o homem, que agora se encontrava internado.

A mãe de Carol era da mesma laia de Alceu, então para ter, pelo menos, alguma boa vida fazia de tudo, isso incluía entregar a filha de uma vez por todas para a CEO.

 

O motorista estava esperando a patroa no estacionamento, e assim, que adentrou o carro seguiram caminho até a casa de Carol, quando chegou ao local tocou a campainha e quem abriu a porta foi a matriarca da família.

 

- Boa noite, Pilar – Sorrio fingida e deu espaço para que a mulher entrasse – Entre.

 

A morena nada disse, caminhou até a sala e ficou de pé.

 

- Sente-se! Sirvo-te algo? - Perguntou cortes

- O que eu mais desejo no momento é a Kiara. - foi direta sem rodeios – Traga-me a garota.

- Pilar, é…. - gaguejou, tentando tapear a mulher com palavras. - não quer mesmo algo para beber?

- Ora! Não me faça de trouxa, fale logo onde está Kiara antes que eu invada esse cubículo e vá eu mesma busca lá.

- Ela não esta! - A mulher berrou aflita

- Como assim não esta? Ela foi a onde? Há que horas volta?

- Alceu enviou ela para Milão. - Confessou receosa.

- Milão? - praticamente rosnou entre os dentes. - Pelo visto me fazem de palhaça.

 

A executiva tirou o celular do blazer e começou a discar alguns números enquanto dizia:

 

- Eu quero o endereço certinho de onde está Kiara, vou buscá-la, e nem ouse me passar a perna outra vez.

- Tente entender! A menina não quer casar com você, por favor, ela não a quer.

- Pois eu pouco me importo com o que ela quer ou deixa de querer, quem tem que querer algo aqui sou eu. - Bufou - Caralh*! Entregue-me o maldito endereço ou descubro sozinha.

 

A mulher entregou o papel com os dados tremendo, sabia que não teria escapatória para Kiara, casar com Pilar era seu destino.

 

Ela saiu da casa da Família Fagundes e seguiu para o aeroporto onde seu jatinho lhe aguardava, durante todo o vôo Pilar sentia uma raiva tremenda passar pelas veias de seu corpo, tanto ódio, tinha muito mais de imaginar que Kiara poderia estar nos braços de alguém.

 

Assim que o jato pousou no aeroporto de Milão – Malpensa, não se importou com o horário seguiu para o apartamento em que a jovem estava morando, chegando ao local olhou com repulsa, e pensou, nem um lugar apropriado aquele verme teve coragem de pagar, parecia um chiqueiro o local, ordenou para que seus seguranças fossem na frente e abrissem a porta do apartamento da jovem sem fazer barulho, tinham se encarregado de pegar a chave com o síndico, quando entrou viu como parecia um cubículo de tão pequeno, olhou m alguns cantos e não viu ninguém, ouviu barulho de algo atrás de uma porta que parecia ser um banheiro, então preferiu ficar plantada na sala onde mais parecia um quarto de um vão, a porta ainda estava aberta e os seguranças fora observando o corredor.

 

Alguns minutos se passaram e a jovem sai do banheiro enrolada na toalha de cabeça baixa secando os cabelos, não havia notado a mulher alta, com o corpo atlético, seria que estava parada lhe fuzilando, bastou uns segundos para que fosse notada, fazendo Kiara estancar, assustada e gritar.

 

- Meu Deus!

 

A jovem agora se tremia toda enquanto trocava olhares com Pilar, esses que eram gelados e sombrios, causando um arrepio por sua espinha. Por um momento o ar lhe faltou quando percebeu de quem se tratava. Lhe olhou da cabeça aos pés, demorando um pouco no braço esquerdo, percebeu que a mulher estava sem a prótese. Medo, nojo, atração e fascínio, todos os sentimentos misturados ao mesmo tempo.

 

Pilar assim que notou as sensações que causou na menina, sorrio sínica e caminhou a passos lentos até Kiara, aproveitou que ela estava catatônica e lhe laçou com o braço direito pela cintura, colando seus corpos, a executiva abriu os lábios um pouco soltando o ar e notando a loira a sua frente se arrepiar e se encolher, não deixou de soltar um riso presunçoso e pensar quão linda era.

 

- Minha querida, Kiara. - a voz soa rouca e arrastada mantendo os olhos fixos na loira. - Te encontrei.

- Pi..Pilar – gaguejou nervosa. - Como me encontrou, como entrou aqui?

- Que pergunta meu bem. - revirou os olhos e mostrou a chave que estava guardada em seu sobretudo. - Com dinheiro se consegue tudo. Só precisei molhar a mão do síndico desse chiqueiro e vu alá estou aqui.

 

A loira fecha os olhos e bufa se esquivando dos braços da mulher.

 

- Temos um acordo, se lembra? - falou baixo e completou. - Alias, eu e seu pai.

- Você detalhou bem! - irônica – Você e meu pai, estou fora disso. Além disso eu não faço o seu tipo, não tenho modos como as mulheres que lhe rondam tem.

- Pois bem, prefere que seu pai moribundo seja preso e morra na cadeia? - falou ríspida – Discordo, você me interessa, tem um lindo corpo, sua beleza me fascina. - passou os olhos pelo corpo da jovem como se tivesse lhe despindo. - Nada como aulas de etiqueta não resolva esse contratempo de modos.

 

Aquelas palavras cortaram o coração de Kiara, seus olhos se encheram de lágrimas.

 

- Não! Eu não suportaria esse peso.

- Então vai ter que ser minha. - voltou a se aproximar da jovem sorrateiramente.

- Eu não vou ser sua. - rebateu irada.

- Será, sabe por quê? - aproximou seu rosto de Kiara fazendo com que seus lábios ficassem a milímetros de distância, aproveitou a distração da garota e lhe pegou nos braços, mesmo com dificuldade por conta de não estar com a prótese conseguiu prender a menina na parede e enfiar uma das pernas entre as suas e roçar a coxa na intimidade da loira que soltou um gemido sofrego e abafado pelos lábios da morena.

 

Naquela movimentação a toalha acabou escorregando do corpo de Kiara, ela então estava exposta, rapidamente Pilar levou o cotovelo até um dos seios da jovem e acariciou, pressionou o corpo no dela para que não tentasse fugir, passou a beijar o pescoço e arriscou capturar um dos seios com a boca, não se fez de rogada, ch*pou com gosto, fazendo a loira gem*r.

 

De alguma forma Pilar sabia que Kiara estava gostando, resolveu arriscar um pouco mais e desceu a mão enfiando no meio das pernas da menina, teve a prova de que estava mexendo com ela, se encontrava molhada, acariciou sem pressa, ela estava entregue, decidiu introduzir a ponta do dedo no canal.

 

- Não! Por favor! - sussurrou sofrega, mesmo com o turbilhão de sensações tentava evitar. - Vai acabar me machucando.

 

Pilar para de ch*par o seio da loira e ergue a cabeça olhando fixamente

 

- Por que eu te machucaria Kiara?

- Eu não quero que me toque intimamente.

- Você não tem querer, vai ser minha esposa, tem que deixar, aposto que não sou a primeira pessoa a te tocar assim. - voltou a introduzir o dedo devagar.

- Para! Eu sou virgem!

- Está mentindo! - Força mais uma vez e acaba fazendo a jovem gem*r em sofrimento.

- Eu não vou te machucar, não sou uma tarada. - retirou o dedo que havia introduzido a ponta e passou a massagear o clit*ris enquanto observava as reações que causava na menina, passou um tempinho naquele movimento enquanto ch*pava o ponto de pulso que havia entre o ombro e o pescoço de Kiara.

 

A cada momento que passava Kiara gemia sem ter mais controle seu corpo todo queimava de prazer, as palavras sujas que Pilar usava para lhe excitar levava para outro planeta, bastou mais alguns movimentos que se desfez para a mulher, as pernas estavam fracas, não se segurava em pé, se sentia molhe e bamba. Respiração ofegante a testa suada encostada no ombro da mais velha.

 

Pilar ch*pa os dedos que passou na entrada da jovem comprovando seu feito, em seguida pegou a menina nos braços e levou até a cama, deitou a mesma e lhe cobriu dizendo:

 

- Arrume suas coisas, voltaremos para o Brasil quanto antes.

- Não quero ir!

- Você não tem querer, eu já lhe disse, não me faça voltar aqui e lhe arrastar até o aeroporto, além disso, o contrato desse apartamento já foi fechado.

- Co...como..como ousa, sua, sua, infeliz. - Kiara em um pequeno surto acaba dando vários tapas em Pilar que se afasta rapidamente.

- Para porr*! Vai arrumar suas coisas e não testa minha paciência. - Esbravejou, estava cansada daquela ladainha.

 

Kiara ficou assustada e resolveu se recompor, não tinha mais como fugir daquela mulher, já a executiva ajeitou suas roupas no corpo e saiu fechando a porta do apartamento.

 

Fim do capítulo