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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 2269
Acessos: 1101   |  Postado em: 16/10/2022

Notas iniciais:

Atenção! Este capítulo contém tema sensível: tentativa de suicídio. Relevante no contexto da história. Se este é um tema sensível a você e traz aceleradores, pule para o próximo! Em caso de necessidade busque ajude profissional de um psicólogo ou um psiquiatra. 

Capitulo 55

 ÁGATA

 

 

Ainda nos braços de Gabi, a ouvi dizer:

 

-- Ágata, quem é aquela garota olhando para nós?

 

Virei de costas e vi a quem Gabi se referia.

 

-- É a prima de Elisa, acho que se chama Sabrina.

 

Gabi suspirou aliviada.

 

-- Menos mal, ela é tão branca que por um minuto pensei que era um fantasma.

 

Pela primeira vez desde que meu pesadelo começou, tive vontade de rir.

 

-- Vou lá ver o que ela quer.

-- Tudo bem. Vou ver se compro algo para comer. Você quer?

-- Não tenho fome. -- Recusei.

-- Tem certeza? Algo me diz que você não comeu nada ainda.

-- Meu estômago está embrulhado, Gabi. Não tenho vontade de nada.

-- Ei, cedo ou tarde você vai ter que comer algo. Saco vazio não para em pé. -- Alertou.

 

Gabi não insistiu mais, pelo menos naquele momento. Mais tarde, ela com certeza me obrigaria a comer.

 

Segui em direção a garota que não escondia que estivera nos observando. Estava com os braços cruzados sobre o peito. A garota tinha o aspecto carregado.

 

-- Olá, Sabrina, não é?

-- Isso. E você é Ágata, “namorada” da minha prima. -- Ela falou, irônica.

Olhei para ela, impaciente. O que a garota queria com aquele sarcasmo. Provocar?

 

-- E aquela lá que você estava abraçando. É sua amante?

 

Arregalei os olhos, surpresa. Respirei fundo, e falei, o mais controlada que pude:

 

-- “Aquela lá” é a Gabi. Minha amiga e amiga de Elisa também.

-- Pareciam bem mais do que amigas.

-- Garota, eu estou muito cansada e não tenho tempo para discussões sem sentido. Então, vou deixar as coisas bem claras para você. Eu não te conheço ou devo satisfações a você, mas quero que saiba que Elisa é minha vida. A amo mais do que tudo. Você não tem o direito de desconfiar de mim.

 

A garota deu de ombros, com indiferença. Foi minha deixa para sair dali.

 

-- Espera! -- Pediu ela. -- Desculpa, ok? Eu queria conversar com você.

 

Admirei aquela mudança de atitude da garota.

 

-- Tudo bem.

 

Sentamos em um banco próximo.

 

-- Sabe, Ágata. Há muito tempo eu venho tentando reunir coragem para contar aos meus pais sobre mim. Eu sou lésbica.

 

Meu radar só poderia estar quebrado, pois em nenhum momento desconfie que a prima de Elisa fosse lésbica.

 

-- Eu tenho medo da reação deles -- Continuou ela -- Mas, hoje eu vi como eles trataram você e isso me deu esperanças. Talvez não seja tão difícil quanto eu imagino.

-- Sabrina, acho que cada um tem seu tempo. Você vai estar preparada. Eu não tenho pais, mas contei para minha tia Viviane. Ela já estava desconfiada que eu gostava de Elisa na época, então não foi tão difícil para mim. Sua prima também tinha muito medo como você, isso até atrapalhou nosso relacionamento. Mas, ela acabou conseguindo dizer e no fim, os pais dela foram super legais.

-- Admiro você e Elisa. Por assumirem o namoro de vocês.

 

Sorri para ela. Ela não era tão má assim. Percebi que embora a garota tivesse uma personalidade forte, ela também era tímida. Uma combinação interessante.

 

Voltamos para junto dos demais. Gabi apareceu. Ela trouxe uma vitamina de fruta para mim. E só ficou tranquila quando eu esvaziei o copo.

 

-- Satisfeita? -- Perguntei, sarcástica.

-- Muito. -- Respondeu ela.

-- Esqueci de perguntar a você como ficaram as coisas com a Thaís?

 

Gabriela baixou a cabeça, derrotada. Toquei em seu ombro.

 

-- Tão ruim assim?

-- Péssimo. Ela me usou, Ágata. Se vingou de mim.

-- Lamento, Gabi.

-- Não é justo -- Disse ela, triste -- Cansei dessas armações, dos joguinhos. Agora eu quero algo sério. Alguém para chamar de meu. Será que é pedir demais? A Thaís acha que eu ainda sou aquela cretina e quer pisar em mim para valer. Não acho que fui tão cruel assim com ela, quer dizer, comparado ao que eu já fiz com outras garotas. Acho que estou pagando por todos os meus pecados, Ágata.

-- Não fica assim, Gabi. Você encontra alguém legal. Você merece alguém que te ame.

-- Obrigada, Ágata. Pelo menos eu tenho alguém ao meu lado que não acha que eu não presto.

-- As coisas vão melhorar, você vai ver.

 

O tempo todo, Sabrina que estava a alguma distância de nós não tirava os olhos de Gabriela, na verdade, ela a olhava com muito interesse.

 

-- Pelo jeito vão melhorar mais cedo do que eu pensei.

-- Como assim?

-- A prima de Elisa não tira os olhos de você.

Gabi olhou para a garota que imediatamente disfarçou o olhar.

 

-- O Gasparzinho? Qual é, Ágata. Não estou tão desesperada assim.

-- Deixa de ser chata, Gabi. A garota não é feia.

-- Mas é pálida.

-- Para de procurar defeito.

-- Você nem sabe se ela é lésbica.

-- Ela não olharia para você daquele jeito se não fosse. Vai por mim.

-- Vou pensar. Vê se vale a pena, mas não agora. Esse lance de paquerar em hospital é meio sinistro.

-- Gabi, onde menos se espera você encontra o amor.

-- Certo. Melhor aqui do que em um cemitério.

 

Depois de nossa conversa. Gabi passou mesmo que sutilmente a jogar seu charme para Sabrina. Esta que já estava caidinha pela morena, ficava cada vez mais sem graça quando Gabi se aproximava. Eu podia estar enganada ou apenas esperançosa, mas talvez algo bom surgisse daquela situação.

 

E assim o tempo torturante corria. Gabriela era uma excelente companhia. Havia sempre algo para contar e me distraia de pensar em Elisa deitada numa cama fria e impessoal de hospital.

 

Quando Dona Marta retornou, ela cumprimentou todos os familiares. Elisa continuava sedada e provavelmente só acordaria no dia seguinte. Assim, Dona Marta pediu para todos retornaram para casa que ela mandaria notícias. Para o marido, ela aconselhou que voltasse para casa para ajudar a polícia nas investigações.

 

Eu queira ficar, mas meus tios me aconselharam voltar para casa e tomar um banho. Depois, retornaria ao hospital. Gabi me levou para casa. Quando entrei no apartamento vazio, fui invadida por uma tristeza sem fim. As coisas estavam no mesmo lugar que eu e Elisa havíamos deixado antes de sair. Eu deveria voltar para casa com ela, continuaríamos a ser felizes, faríamos nossos planos para viagem enquanto víamos um filme, comendo pipoca feita no micro-ondas. Depois, Elisa pegaria um de seus livros favoritos, deitaria em meu colo e leria para mim, com sua voz calma e doce. Quando fôssemos para cama, faríamos amor até ficarmos exaustas e sonolentas, e dormiríamos abraçadas uma a outra.

 

Mas naquele momento ela não estava ali. Elisa estava inconsciente num leito de hospital. Seu corpo estava ferido. Sua alma, adormecida.

 

-- O que foi, Ágata? -- Perguntou Gabi.

-- Nada. Só estava lembrando.

 

Minhas barreiras estavam cedendo, as lágrimas teimando em caírem.

 

-- Estas malditas lágrimas – Exclamei.

-- Ei, Ágata. Qual o mal em chorar? Sei o quanto você luta contra isso. Talvez não faça nenhuma diferença, mas também não há mal nenhum. Você já chorou em meus braços, lembra? E tudo acabou bem, dessa vez também vai ser assim.

-- Eu sei, mas as lágrimas são inúteis.

-- Deixa de ser durona, Ágata. Eu sei o quanto você é sensível.

 

Me rendi ao choro e solucei algumas vezes com Gabi segurando minha mão como eu havia segurado a mão de Roger. Passado o momento de desespero e desamparo, finalmente fui tomar um banho, enquanto Gabi via TV. Um pouco depois, ela me chamou:

 

-- Ágata, vem cá. Você precisa ver isso.

 

Me enrolei rapidamente em uma toalha e corri para sala. Na TV, um jornal sensacionalista falava sobre a tentativa de assassinato da filha do diretor Roger Freitas. Diziam que a amiga de Elisa, Rebeca Frota era a principal suspeita, mas a polícia ainda não havia conseguido encontrá-la.

 

-- Onde será que se meteu aquela maluca? -- Exclamei em voz alta.

-- Ela não pode ter ido muito longe. Vão encontrá-la. -- Assegurou Gabi.

-- Não sei. Tenho medo de a mãe dela estar encobrindo. Já pensou se ela sair do país? Droga! Eu devia ter parado Becca quando pude.

-- Ágata, a polícia tem meios de achá-la. Você vai ver.

 

Eu queria ter tanta certeza quanto Gabriela tinha. Becca poderia escapar, fugir da responsabilidade.

 

Na TV, os “jornalistas” especulavam sobre o porquê de uma jovem bonita e rica havia ter se transformado em uma assassina em potencial. Chegavam a dizer que Becca seria a nova Richthofen.

 

Fotos de Becca e Elisa apareceram muitas vezes na tela. Os repórteres entrevistavam alunos e ex-alunos do colégio Yves Freitas e pediam para lhes contarem sobre a relação das duas.

 

-- Esses caras são como urubus -- Comentou Gabi -- Se vierem me entrevistar vou dá na cara deles.

 

Exausta, peguei o controle remoto e desliguei a TV.

 

-- Não gosto como expõem Elisa.

-- Mas, agora todos sabem quem Becca é.

-- Preferia que nada disso acontecesse. -- Falei, derrotada -- Sei que não vão deixar Elisa em paz quando ela acordar.

-- Não vamos sofrer com isso agora, Ágata. O importante é que Elisa se recupere.

-- Você tem razão.

 

Troquei de roupa e sai pelo corredor com Gabi. Quando chegamos à escada, uma pequena mancha escura do assoalho chamou minha atenção.

 

-- O que é isso? -- Perguntei, intrigada.

 

Gabriela se adiantou e sem cerimônia tocou a mancha com a ponta dos dedos. O líquido era vermelho e pegajoso.

 

-- Ágata, acho que é sangue.

-- Há quanto tempo você acha que isso está aqui? Não lembro de nada disso quando subimos.

 

Olhei para as escadas que levavam aos andares superiores.

 

-- Espera! Tem outra mancha ali!

 

Sem demora, corremos escada acima seguindo as manchas de sangue. Estávamos apavoradas pensando o que poderíamos encontrar, mas precisávamos saber. Poderia ser alguém precisando de ajuda.

 

A trilha nos levou ao terraço. Já era noite e o ar frio penetrou em nossa pele, causando arrepios. O vento gelado remexia nossos cabelos. Continuamos a andar, até nos depararmos com o corpo de uma garota estirado ao chão. Era a garota que todos estavam à procura. Becca.

 

-- Meu Deus! -- Falei, chocada -- Ela está...

-- Eu não sei -- Disse Gabi.

 

Ela não perdeu tempo e se aproximou de Becca.

 

-- Ela está viva -- Verificou Gabriela.

 

A morena fez pressão nos pulsos de Becca, tentando estancar o sangramento que vinha de cortes feitos ali.

 

-- Ágata, rápido. Liga para ambulância.

 

Com os dedos trêmulos, tentei discar o número da emergência no celular.

 

-- Ágata, rápido! -- Gritava Gabi, enquanto eu tremia por inteiro, tentando pedir socorro.

 

***

 

Becca foi levada ao mesmo hospital de Elisa. Tentavam salvar sua vida. Vida, ao que tudo indica, em que ela mesma tentara dá um fim.

 

A polícia veio, fez muitas perguntas. A ocorrência foi registrada como tentativa de suicídio. Inácio foi interrogado, como ele não vira Becca entrar? Como ela conseguiu burlar o porteiro era um motivo de preocupação. Se ela havia conseguido, outra pessoa poderia conseguir.

 

Era difícil aceitar o fato de que Becca havia tentado contra si. Logo ela tão egoísta e narcisista. Aquele era um ato totalmente desesperado. Talvez ao ver o que ela havia feito, ao cair em si, a única solução que Becca encontrou para seu sofrimento foi tirar a própria vida.

 

Aquele foi mais um golpe para todos. Roger e Dona Marta estavam totalmente sem chão. A tragédia não nos abandonava.

 

Gabi não saiu do meu lado nem por um minuto. Ela havia ficado suja de sangue e eu lhe oferecia uma das minhas roupas. Retornamos ao hospital. Por mais que Gabi quisesse mostrar o quanto era forte e estivesse segurando aquela situação muito bem, ela me confessou:

 

-- Ela estava fria, Ágata. Quando a toquei. Eu pensei que estivesse morta.

-- Você agiu bem, Gabi. Foi uma heroína. Já eu entrei em pânico novamente. Não pude evitar.

-- Eu também estava apavorada, Ágata. -- Contou Gabi -- Nunca vi algo assim. Eu entendo seu nervosismo. Você sofreu de estresse pós-traumático, lembra?

 

Como eu não poderia lembrar que esqueci? Minhas lembranças do acidente não retornaram, mas meu corpo sentiu. De vez em quando aquela sensação de impotência voltava e eu entrava em pânico. Coisas assim nos mudam para sempre.

 

Fiquei imaginando quando Elisa acordasse, como contar a ela o que havia acontecido?

 

Gabi passou a mão pelo rosto pela milésima vez. Ela estava nervosa. Tentava roer as unhas, mas eu não deixava. Estávamos sentadas um pouco afastadas das pessoas na sala de espera. A polícia estava ali, eu ainda não havia sido chamada para depor sobre o que aconteceu na casa de Elisa, mas cedo ou tarde eu teria que comparecer a delegacia com Dona Marta e Roger, outras pessoas também seriam chamadas. Mas eu não queria sair dali, queria ver Elisa bem.

 

-- E agora? -- Perguntava Gabi. -- Como isso vai terminar, Ágata?

-- Eu não sei, Gabi. Quisera saber.

 

Agora era eu quem ruía as unhas. Antes de aquela noite terrível enfim terminar, elas estariam em carne viva.

Fim do capítulo


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