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A tragicomédia de Morgana por shoegazer

Ver comentários: 2

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Palavras: 3177
Acessos: 501   |  Postado em: 14/10/2022

Volte para casa

Lá está ela, carregando duas malas grande e uma bolsa larga. Isolda está com seus óculos escuros redondo, chapéu de palha e um macaquinho de cor verde. Se alguém a vê assim, vai jurar que ela está vindo da praia, e não de uma rehab. Assim que ela me vê, corre com as malas em mãos e me dá um abraço apertado. Ela ainda usa o mesmo perfume de sempre.

— E aí, vamos?

Busco-a no terminal, e pegamos um carro até no que também será seu apartamento. Quando paramos em frente, ela dá sua esperada olhada de cima a baixo.

— Nada mau – ela dá com os ombros – como é a vizinhança? Aqui é perigoso?

— Aparentemente não – digo tirando uma das malas do carro – mas você sabe que não sou de sair muito.

— Bom dia! – ela acena para o porteiro, que responde caloroso nos ajudando com as malas até o elevador. Deixei pra fazer compras quando ela chegasse, mas sei que ela vai reclamar. Ao nos depararmos com a porta de entrada do nosso apartamento, abro e ela vai entrando, curiosa.

E, como o também esperado, olha com desdém ao redor.

— Mas que muquifo é esse? – ela coloca as malas encostadas na parede – Cadê os móveis daqui? E esse sofá velho?

Ela vai logo entrando no quarto, dando um grunhido descontente.

— Porr*, Morgana! – Isolda se volta pra mim – Você não tá mais num hospício. Parece que eu entrei no teu quarto de lá e...

Isolda coloca a mão nas têmporas, suspirando, e vai caminhando até a mesa, pegando um dos livros e o jogando no sofá.

— Ah, claro, sabe gastar teu dinheiro com isso e continua usando essas roupas velhas gastas.

Reviro os olhos, mas ela grunhe insatisfeita.

— Sério, Morgana, isso tá parecendo aquelas casas que os sem-teto vivem, abandonadas. Acha que é bom pra ti viver assim? Mal entrei e já estou com depressão – ela gesticula no ar – Sinceramente. tá tudo uma imundície.

— E vai fazer o quê? – dou com as mãos no ar – Jogar tudo fora e comprar novo?

— Como adivinhou?! – ela revira os olhos, abrindo os armários, o que a faz resmungar ainda mais – Tu tá vivendo de quê? Doação? Só tem um Cup Noodles e meio pacote de bolacha de água e sal – e abre a geladeira em seguida – e ótimo, uma garrafa quase seca e esse tomate nem presta mais. Estou o quê, na casa de um homem que não sabe lavar nem as cuecas e pede ajuda pra mamãe?

— Olha, maninha – pego a carteira de cima da mesa e entrego pra ela – você é melhor do que eu nisso, então faz o que tem que fazer.

— Bem lembrado – ela pega a carteira da minha mão – tenho que ver se o banco já liberou minha conta. Como vou viver sem dinheiro? Se for pra depender do teu, sua mão de vaca, vou passar fome e catar lixo pra sobreviver.

— Não te preocupa com isso – dou as costas, pego um dos livros com a leitura pela metade – só vai lá e...

— Aonde pensa que vai?

— Fugir pra casa da vizinha – que inclusive acho que ainda está dormindo.

— Nada disso – ela tira o livro da minha mão e me segura pelo pulso – Nós vamos fazer compras, agora.

Já deu pra perceber um ponto forte da personalidade de Isolda: autoritária. Ou você aceita ou só vai embora, porque o que ela quiser fazer, ela vai.

Segundo ponto: consumista. Se ela tiver dinheiro, ela vai gastar até onde der.

O resto, vou ter muito tempo pra relembrar com afinco como é convivermos juntas.

 

 

Chegamos em casa já de noite. Estou exausta e segurando tantas sacolas que não sou capaz de contar com exatidão. Talvez umas seis, oito? E ela está aí, com essa cara satisfeita enquanto entramos no apartamento.

— Amanhã vamos na loja ver uns móveis, e depois vamos no shopping comprar umas roupas pra você – diz ela colocando as sacolas na mesa – ou melhor, começar né. E ajeitar essa mesa, comprar uma televisão, ou pelo menos um som pra ver se anima um pouco aqui, né? Uns enfeites... E dar uma geral nessa casa. Como é que tu ia sobreviver se eu não viesse.

Dou com os ombros. Está aí uma pergunta que não sei responder. Provavelmente alucinando e me jogando da janela.

— Vou fazer macarronada – diz ela tirando as compras da sacola – que eu sei que você gosta e... – Ela aponta para fora – chama lá sua vizinha depois. Quero conhece-la.

Assinto que sim e passo bons minutos guardando as compras. Nem sabia que precisávamos de tudo isso, mas se ela, que cozinha e já morou só tanto tempo achou necessário, não vou intervir.

Termino de guardar as sacolas e limpar quando pego o livro e tento retomar a leitura, mas logo escuto seu estalar de língua negativo.

— Larga isso e vai tomar banho.

— Mas eu...

— Vai logo, Morgana – ela aponta pro banheiro – eu te conheço. Você não vai querer tomar depois, sua sebosa.

Muito autoritária.

Levanto e sigo as ordens da minha nova dona. Ligo o chuveiro e mergulho na água, o que me faz lembrar de coisas que queria ignorar.

Uma é que eu tenho que perguntar quem é a pessoa que a Isabela estava falando. A outra é que eu ainda não mandei mensagem pra Raquel por pura vergonha. Por que puxar assunto é tão difícil? Eu deveria ter dado meu número, não o contrário...

E essa sensação de que sou uma impostora, que estou omitindo quem eu realmente sou a troco da aceitação de ninguém em especial. Porque se eu minto para mim mesmo quem eu sou, não preciso carregar as amarras que me jogam pra baixo.

Porque eu seria uma pessoa nova, com uma vida nova, sem passado, só presente e futuro. Mas eu sei bem que isso não acontece...

De um jeito ou de outro, as coisas vêm à tona, não é?

Não deveria estar pensando nisso, pelo menos não agora. Sua irmã está em casa, e finalmente vocês estão juntas novamente. Não lembre das coisas ruins, foque nas coisas boas de agora. Todos temos dias ruins, mas também temos dias bons, e hoje é um dia bom. Lembre-se disso.

Termino de tomar banho, visto a primeira coisa que encontro no meu guarda-roupa e a vejo já cozinhando, falando no telefone com alguém.

— Pois é, agora estou morando com a Mog... Sim, minha irmã – escuto a conversa do quarto – é, ela saiu, isso não é ótimo? Não, agora eu vou me comportar, ou pelo menos tentar. Tenho que fazer isso pela gente, sabe? Sim, sim, não, tá maluco? Ela é uma pessoa maravilhosa.

Outro ponto: superprotetora.

— Depois a gente se fala, tá bom? Beijo... Morgana!

— Oi – digo saindo do quarto, balançando o cabelo molhado.

— Não vai chamar a menina?

— Tá, já vou indo...

Bato na porta de sua casa, e uma Isabela com uma cara péssima me recepciona.

— Ainda está mal?

— Um pouco. A ressaca moral que é foda mesmo... – diz ela puxando os dedos sob o rosto, para baixo – E aí?

— Minha irmã chegou aí e está fazendo a janta – aponto para casa – não quer comer com a gente?

— Com certeza – ela diz mais animada – estou morrendo de fome. Vou só trocar de roupa e já vou lá.

Volto pra casa e, depois de alguns minutos, ela bate. Abro a porta e quando ela entra, Isolda já vai limpando as mãos e se aproximando.

— Oi! Você é a...

E a recepciona com um abraço apertando, deixando Isabela sem reação. É de se estranhar que, enquanto uma demore dias pra fazer o mínimo de interação, a outra já chegue tocando assim.

— É um prazer finalmente te conhecer – ela beija seu rosto de um lado a outro – e aí, como está?

— É... – diz Isabela envergonhada – bem, eu acho.

— Senta, por favor – ela gesticula pro sofá – quer tomar alguma coisa, chá, suco, água? Pena que não posso te oferecer uma cerveja, né? – ela dá um riso irônico.

— Ah, não precisa, obrigada – ela acena para que não, e Isolda volta a mexer nos conteúdos das panelas, a qual nem me atrevo a chegar perto.

— Estava falando pra Morgana que aqui é muito desanimado – ela aponta com a colher para o lado – não tem um som, uma televisão pra dar um clima ambiente...

— Posso pegar minha Alexa, se quiser.

— Ah, jura? – Isolda diz mais animada – Você faria esse favor?

— Claro – ela já diz saindo – já volto.

Depois de pegar a caixinha, ela a conecta na tomada e Isolda pede por MPB em um volume baixo, apenas pra descontrair.

— E aí, Isabela, me conta mais de ti – Isolda serve suco de uva em três copos – porque a Morgana não abre a boca pra nada.

— Ah, eu...Bom... – ela passa os dedos no queixo devagar enquanto minha irmã entrega os copos para nós e brinda – Não sei, eu trabalho no ramo das artes visuais, estou fazendo uma tese na área e... Gosto de cinema, sou canceriana...

— Então é uma chorona sentimental?

— É... – Ela ri constrangida – acertou, é exatamente o que sou.

Olho de soslaio e Isabela dá um gole no suco com gelo, pressionando os lábios em seguida. Faço o mesmo, já que não tenho nada demais a acrescentar nessa conversa. Quando o assunto é interação social, deixo pra quem sabe.

— Faz tempo que mora aqui? – Isolda amola a faca e a passa na água antes de cortar alguns legumes.

— Na cidade já faz três anos, mas aqui no prédio um ano e pouco.

— Mora sozinha?

— Sim.

— Você namora?

Ela pigarreia de leve, e volta a beber o suco. Tento não rir da feição dela de “o que estou fazendo aqui”, e Isolda levanta uma das sobrancelhas, voltando a cortar em pequenas tiras o pimentão, tomate e cebola, entre outros.

— Não.

— Como uma mulher bonita como você está sozinha? – ela sorri, e joga os ingredientes na panela. O rosto de Isabela começa a ser tomado por um leve rubor.

— Não tenho sorte no amor – ela ri constrangida, e Isolda volta a mexer o conteúdo da panela.

— Somos duas, então – Isolda limpa as mãos novamente, dando um gole no seu vinho de mentira – não dou certo com ninguém.

— A Morgana falou que você é modelo... – ela arqueia as sobrancelhas, encostando-se no sofá – tem maior jeito mesmo.

— Era – ela ressalta, apoiando-se na bancada – agora só desfilo pra clínica de reabilitação mesmo – e dá um riso contido.

Só que Isabela não acha nada disso engraçado, e muito menos eu. Ela cerra os olhos, e morde os lábios antes de falar.

— Desculpe, eu não entendi.

— O quê? – minha irmã continua com o sorriso irônico no rosto – Ela não te contou?

— Não.

Morgana, você já sabia que isso ia acontecer, não sabia? Dou um gole no conteúdo do copo e o deixo no chão, vendo Isabela me olhar de soslaio enquanto minha irmã se prepara pra falar.

— Bom... – ela pressiona os lábios – no programa dos doze passos temos que aprender a falar disso, então... – e respira fundo – tive uns probleminhas com a bebida, sabe?

— Mas... – Isabela parece mais confusa do que antes – como assim, guria?

— É um jeito bonito de dizer que sou alcoolatra e passei os últimos anos indo e voltando da rehab, sabe? – ela dá um sorriso envergonhado – Mas acho que agora com minha irmã aqui, vou me sentir melhor.

Sinto o olhar de “como você não me conta isso” da Isabela em minha direção, mas finjo que não é comigo, porque se eu parar pra pensar se ela souber metade das coisas que tenho comigo, no que isso não vai se tornar?

— Barbaridade! – ela diz com as sobrancelhas arqueadas de surpresa – Mas, está melhor?

— Melhorando – ela dá com os ombros, voltando a ver os conteúdos da panela – mas... Pensei que soubesse disso. Morgana não te falou nada?

Cala a boca, Isolda. Cale-se imediatamente.

— Sobre o quê?

Se eu intervir, vai ficar muito evidente. Minha única saída é pedir que Isolda conclua pela minha reação que eu não quero que ela fale nada disso. Ela me olha de relance antes de se voltar para Isabela.

— Sobre isso, mas entendo ela não falar – Isolda faz uma careta – tem coisas que são melhores quando não são compartilhadas, né? As pessoas podem não receber bem.

Obrigada pela indireta, minha irmã.

— Compreendo – ela assente, apoiando o copo no queixo – fico melhor em saber que está bem na medida do possível, mas... Posso fazer uma pergunta?

E se volta para mim, com o lábio levantado em uma careta confusa.

— E a mãe de vocês? Digo... – e olha para Isolda – Onde ela está? Ela ainda está...

— Viva? – Isolda dá seu sorriso tortuoso – Sim, mas pra gente é o mesmo que estar morta.

Isabela olha espantada para o comentário, e mais ainda ao ver que concordo com o que ela diz.

— Ela mora na Espanha há oito anos e sabe quantas vezes ela veio nos visitar? – seu tom de voz é ainda mais carregado – Nenhuma.

— Que merd*... – Isabela dá um gole que seca o copo – Desculpe por falar disso, viu?

— E sua família? – Isolda desconversa com maestria – Como vocês são?

Para minha felicidade, a conversa se volta às queixas familiares até a hora de servir a estupenda macarronada de Isolda, que me faz repetir e tirar vários elogios de Isabela. A conversa se estende até tarde entre elas, com pouca participação minha.

Ela agradece, nos despedimos e fico com a impressão que ela queria dizer alguma coisa pra mim, mas ficou com vergonha da minha irmã e sua extroversão em ter tocado em assuntos delicados.

Assim que ela sai e dou as costas para minha irmã, nem preciso virar para saber o que ela tem a dizer.

— Ela é legal – Isolda se serve de mais suco de efeito placebo – pela fala dela, parece se importar contigo.

— Isabela é uma ótima pessoa – complemento, me apoiando na parede e a encarando enquanto ela gira o copo entre os dedos.

— Só você que não está sendo uma boa pessoa em ficar mentindo desse jeito, Morgana.

— Como é? – cerro os olhos e cruzo os braços, tentando não me indignar com esse comentário.

— Ah, sabe bem do que eu estou falando, caramba – ela revira os olhos, colocando o copo na bancada – ela nem sabia meu nome, vai ficar fingindo até quando?

— Tá, você mal chega e vai me acusando – dou com as mãos no ar, já me indignando – qual o problema?

— O problema é que você não está sendo sincera – ela cerra os olhos – tenho certeza que ela nem sabe que você...

— Por que eu tenho que falar sobre isso? – coloco minha mão no peito, tentando controlar a alteração da minha voz – Pra ser taxada como doida e você como cachaceira descontrolada perigosa?

— Você tem vergonha de si mesmo? – seu tom de voz é pesaroso – Tem vergonha de mim, maninha?

— Eu só quero ter uma vida em que ninguém saiba sobre mim, sobre nós, nada disso – pressiono os lábios e cerro os olhos – é pedir muito?

— O que fomos faz parte do que somos hoje, não deveria se envergonhar do que te trouxe até aqui...

— Pra ti é fácil – rio com ironia, e ela balança a cabeça em negativa, segurando os braços.

— Fácil? – Isolda se aproxima de mim a alguns passos – Onde é que isso foi fácil pra alguma de nós duas, Morgana? Me diz?

Fico em silêncio, já que me arrependi do que falei instantaneamente.

— Por um acaso você esqueceu de toda a merd* que passamos, porr*? – ela se aproxima ainda mais, gesticulando com as mãos próximas da cabeça – E você vem me dizer que pra mim foi fácil?

— Desculpe, eu me expressei mal – olho para baixo – sinto muito.

— Quem ficou lá dentro guardada foi você, e vem me dizer que pra mim é mais fácil porque não sou taxada de doida? – sei que ela está com raiva – Por que o resto que falam pra mim até hoje é super fácil de engolir, né?

— Me desculpe...

Esfrego meus dedos um no outro. Respiro fundo, mas não dá. Meus olhos marejam, e abaixo ainda mais a cabeça.

— Não consigo fazer nada certo mesmo.

— Ei, o que é isso? – ela tenta levantar minha cabeça, mas sem sucesso – Não chore, por favor.

— Não, Isolda, é que... Não está sendo fácil, não consigo comer ou dormir direito, não tenho estima pra nada e... Eu me sinto muito sozinha, mas não quero incomodar vocês e... Acabo surtando.

Mostro minhas mãos com os roxos já mais suaves. Sei que foi a primeira coisa que ela percebeu, mas não teve coragem de perguntar.

— Tomei os comprimidos até apagar, e... Sei lá, se não fosse pela Isa, eu sei lá o que seria de mim, sozinha...

Ela me abraça com força, apoiando sua cabeça em meu ombro.

— Para com isso, maninha. Você não tá só. Nunca esteve, tá bom? – Isolda passa a mão devagar no meu cabelo – Não guarde isso só pra ti. Sabe que isso te faz um mal do caralh*.

Dou com os ombros. Até quero, mas às vezes não consigo.

— Eu estou aqui contigo – ela entrelaça os dedos nos meus – Não esquece.

— Até quando, Isolda?

Meus olhos se debulham em lágrimas que detesto que estejam saindo de mim.

— Eu sempre fico só no final.

— Não diga isso... – Ela apoia meu rosto contra seu peito – Por favor. Nós não estamos sozinhas, nunca estivemos, tá bom? Porque sempre tivemos uma a outra, sempre, mesmo... que... – sua voz começa a tremular – tenha acontecido tudo isso.

Não quero dizer mais nada, e ela sabe disso.

Cansada demais pra agir, exausta demais pra pensar. Só quero que ela me abrace até tudo isso passar, como sempre fez, nem que isso passe depois, não importa, porque nesse agora, o antes não existe e o depois ainda não chegou.

Fim do capítulo


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Comentários para 11 - Volte para casa:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/10/2022

Complicado o vício quando não mata aleja.

Responder

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bicaf
bicaf

Em: 15/10/2022

Olá. 

Cada vez mais interessante essa história. 

Beijo. 

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