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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 1544
Acessos: 1049   |  Postado em: 14/10/2022

Capitulo 53

 

ÁGATA

 

Sempre odiei hospitais.

 

Mas quem morre de amores por eles? Ao menos que você trabalhe em um hospital, a experiência de estar em um pode ser angustiante. É como se sua vida ficasse em stand by, em modo de espera. O mundo lá fora continua, mas lá dentro é vida ou morte.

 

Estive muitas vezes em hospitais, quando sofri o acidente de carro, quando quebrei a perna em uma queda de moto, uma vez em que abusei de remédios para dormir e mais recentemente num deslize em um treino de vôlei. Por incrível que pareça as lesões no braço decorrentes do vôlei são estatisticamente menores que as lesões na perna ou no ombro. Eu tinha tanta sorte que fiz parte dessa pequena parcela. E depois do alívio de enfim melhorar, eu estava de volta ao hospital. Mas, dessa vez meus ossos estavam no lugar e eu estava plenamente acordada.

 

Mas, Elisa não.

A espera era terrivelmente dolorosa. A falta de informação. Como dizem, eu havia sido deixada no escuro, sem saber de nada do que estava acontecendo. Só me restava esperar. No entanto, eu não estava sozinha nessa espera.

 

Enquanto eu estava lá, sentada observando o vaivém de pessoas por aquele corredor de hospital, muitas coisas aconteceram. Começou um pouco depois de eu e Roberto chegarmos ao hospital quando o pai de Elisa apareceu. Eu nunca havia visto alguém tão transtornado em toda minha vida. O senhor Roger que costumava ser um homem de aparência sólida, estava lívido, suando por todos os poros e em seu rosto havia tantas lágrimas como era possível alguém derramar.

 

Roberto precisou segurá-lo para ele não invadir o centro cirúrgico atrás da filha. Ele gritava desesperado tentando entende o que havia acontecido e se Elisa estava bem. Tentamos acalmá-lo, ele chorava copiosamente no ombro de Roberto que não o deixava se mover. Eu como ninguém entendia seu desespero. Nessas horas nos sentimos inúteis, achamos que não há nada que podemos fazer, mas queríamos poder fazer tudo para ajudar.

 

A vida é algo tão frágil. Devemos esperar o melhor, mas preparados para o pior. Quando se perde tanto, de certa forma, você se acostuma ao pior, mas isso não quer dizer que fique mais fácil. Eu não estava preparada para perder Elisa, e nunca estaria. É algo que simplesmente eu não podia aceitar.

 

Quando finalmente o pai de Elisa se acalmou, lhe explicamos com calma o que havia acontecido. Ele ouviu chocado principalmente quando falei que Becca havia feito aquilo. Na verdade, tudo apontava para ela. A garota havia deixado a casa com sangue nas mãos, não havia mais ninguém além dos empregados em casa. E eles possivelmente não teriam motivos para tentar matar Elisa. E eu realmente não acreditaria naquilo, para mim a culpa de Becca era um fato concreto, sem brechas para dúvidas.

 

Mas para Roger, aquela informação levou muito tempo para ser digerida. Ele simplesmente não conseguia aceitar. Eu o comparava aos pais de jovens responsáveis por atos de violência conhecidos como mass murder, assassinato em massa. Jovens que por exemplo invadem escolas e saem atirando em todo mundo. Muitos desses pais, não faziam ideia que seus filhos eram capazes de atos assim.

O tempo correu cruel para nós. Quando Dona Marta apareceu, eu, Roberto e um ainda atônito Roger levantamos imediatamente e a acercamos enchendo-a de perguntas. Ela estava de jaleco e totalmente vestida, com certeza ela tinha roupas guardadas em seu trabalho. Embora, estivesse séria Dona Marta parecia controlada o que me deu esperanças de que as coisas não estivessem tão ruins.

 

Antes de dizer qualquer coisa, ela abraçou o marido com carinho.

-- Pelo amor de Deus, Marta, como ela está. Como está nossa menina? -- Ele perguntou.

-- Calma, querido. Ela está bem.

Suspirei aliviada.

-- Acompanhei a cirurgia, graças a Deus nada mais grave aconteceu. O peritônio foi perfurado, o fígado poderia ter sido atingido. A pessoa que fez isso provavelmente utilizou um instrumento cego ou não teve força suficiente para adentrar ainda mais. Por via das dúvidas, aplicamos uma antitetânica, mas é importante encontrarmos essa arma.

-- Eu não lembro de nenhuma faca ou lâmina no quarto de Elisa -- Falei, forçando minha mente.

-- Também não lembro -- Disse Marta -- Mas, naquele desespero eu não conseguia pensar em mais nada. Talvez esteja lá e a polícia a encontre.

-- A polícia já foi chamada? -- Perguntei.

Dona Marta confirmou.

-- É verdade, Marta. Que Rebecca, nossa Becca, fez isso com Elisa? -- Quis saber Roger, aturdido.

-- Temo que sim, querido.

-- Mas como isso é possível? -- Questionou ele.

-- Querido, há algumas coisas que você não sabe sobre Becca. Ela não tem estado bem ultimamente.

Ele olhou para esposa, surpreso com essa nova informação.

-- Mas, eu pensei... eu não sabia disso.

-- Melhor conversarmos depois, Roger. Vou voltar para perto de Elisa. Ela está sedada, quando ela acordar e estiver melhor, permitiremos que vocês possam vê-la.

-- Tudo bem, mas por favor. Nos mantenha informados. -- Pediu Roger.

Ela assentiu. Abraçou novamente o marido e lhe deu um beijo de leve nos lábios.

-- Não se preocupe. Ela vai ficar bem. Elisa é jovem e forte. -- Disse ela, com um sorriso. -- Nossa filha sempre foi muito saudável, querido.

Pela primeira vez, Roger sorriu, mesmo que fosse um sorriso tímido.

Dona Marta também abraçou Roberto, em seguida ela me envolveu em um abraço protetor.

-- Cuida dela -- Pedi.

-- Vou cuidar. Não vou sair de perto dela nem um segundo.

Quando Dona Marta nos deixou, estávamos muito mais animados, felizes. Elisa ficaria bem, não corria risco de morte. Mas, embora estivesse aliviada, eu não conseguia esquecer que toda aquela situação poderia ter sido evitada. E ainda tinha o fato de que Becca deveria ser encontrada. A polícia tinha de prendê-la, ela não poderia ficar livre dessa.

 

Roger abraçou Roberto, comemorando a boa notícia.

 

-- Você ouviu, Beto. Ela vai ficar. Elisa vai ficar bem!

 

Mas o sorriso do pai de Elisa durou pouco. Ele soltou-se dos braços do amigo quando avistou alguém que caminhava rapidamente pelo corredor até nós.

 

-- Você! -- Gritou ele -- Você? É tudo culpa sua, tudo isso é culpa sua.

 

Eu conhecia aquela mulher elegante, alta e bonita. Ela havia me dito uma vez que eu devia ser modelo. Era Drica, a mãe de Becca.

 

Ela não estava entendendo as acusações de Roger.

 

-- Você nunca cuidou da sua filha. Sua egoísta -- Acusava ele.

-- Do que você está falando, Roger. Minha menina não fez nada. A polícia anda atrás dela, sua casa está cercada de policiais. Dizem que... que ela é suspeita.

-- Ela fez sim -- Falei, entrando na conversa -- Becca é uma psicopata maluca.

 

Drica me olhou como se nunca houvesse me visto alguma vez na vida.

 

-- O que você sabe garota? Eu sei quem é você. Aquela órfã degenerada que minha filha tanto fala.

-- Órfã degenerada? Quem a senhora pensa que é? -- Retruquei, com os nervos à flor da pele, aquela mulher só podia estar de brincadeira.

-- Drica, não coloque a garota no meio disso -- Interveio Roger -- Você sempre procurou se isentar de sua culpa. Pelo menos admita, uma vez na vida.

-- Eu não vou admitir nada e vocês não podem acusar minha menina disso. -- Disse ela - Os jornalistas, eles já estão atrás da minha família.

-- Então é com isso que você se importa? -- Questionou Roger -- Você não está nem aí para sua filha, só interessa seu maldito status. Se Becca fez mesmo isso, você tem culpa.

 

Eles se encararam como se medindo forças. Drica respirou fundo, e falou:

-- E Elisa?

-- Tá preocupada que ela morra? -- Retrucou Roger -- Por que se ela morrer é assassinato, não é?

-- Não seja tão cruel, Roger. Não o conheci assim. Mesmo que você não acredite eu me importo com Elisa.

-- Tanto quanto se importa com Becca?

 

A discussão estava muito feia. Antes que piorasse, Drica se deu por vencida. Ela deu meia volta para ir embora, quando já estava se afastando, ela parou. Roger, então falou, como se não se dirigisse a ninguém em particular:

 

-- Ela vai ficar bem.

A mulher assentiu. E foi embora na mesma velocidade com que chegou. A tensão permaneceu no ar, mesmo depois de ela já ter ido. Roberto ofereceu-se para ir buscar uma água para nós. Ele saiu nos deixando. Ficamos em silêncio, eu não sabia o que dizer para o pai da garota que eu amava sentado ao meu lado. Ele estava de cabeça baixa, sofria em silêncio. Então, apesar da hesitação, eu apertei sua mão entre as minhas. Ele não a rejeitou e permaneci ao seu lado em silêncio enquanto ele derramava suas lágrimas. Será que ele entenderia se eu dissesse que as lágrimas não adiantariam, que a dor ainda iria permanecer com ele para sempre, mesmo que escondida no mais profundo de seu ser? Não, talvez eu só devesse o deixar chorar. Se isso o faria se sentir melhor naquele momento, eu deveria deixá-lo chorar.

Fim do capítulo


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Comentários para 53 - Capitulo 53:
patty-321
patty-321

Em: 16/12/2022

Forte 

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