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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 1695
Acessos: 1043   |  Postado em: 14/10/2022

Capitulo 52

 ÁGATA

 

Esfregava minhas mãos, nervosa.

 

Dona Marta era uma mulher muito bonita. A pele era branca como a de Elisa e seus olhos tinham o mesmo brilho intenso e indecifrável da filha. Somente as olheiras em torno deles denunciavam o cansaço das noites passadas em claro, do trabalho árduo, mas recompensador de salvar vidas.

 

Agora que estava novamente diante dessa mulher tão cheia de vida, notei o quanto sentia falta dela. Eu cheguei a pensar que nunca voltaria a vê-la, foi naquele dia obscuro e sem esperança que pensei ter rompido com Elisa para sempre.

 

Dona Marta sempre fora boa comigo. Ela já conhecia a verdade sobre mim e Elisa, mas isso não afetou o modo como ela me tratava. Pensei o quanto meu medo era infundado, Dona Marta conhecia como ninguém o amor verdadeiro. E, assim como eu, ela sentia falta de seus pais todos os dias de sua vida. Poucos eram as pessoas que entendiam a profundidade da perda como nós.

 

-- Então, querida. Elisa nos contou sobre a decisão de acompanha-la ao Canadá -- Dona Marta quebrou o silêncio. -- É um país lindo. Eu e Roger já o conhecemos. Muito frio em certa época do ano, mas é muito bom para quem aprecia a quietude e o silêncio das noites geladas. Elisa é assim, sempre tão na dela. Em todas as viagens que já fizemos, ela sempre terminava suas noites, sozinha e com um livro na mão. Não importava onde íamos, praia, campo, serra, neve, ela sempre encontrava um lugar sossegado e lá ficava durante horas.

 

Sorri involuntariamente. Essa era uma das coisas que mais admirava em Elisa. Ela nunca procurava os holofotes, queria apenas ser mais uma na multidão, preferia estar em sua própria companhia e nunca se entediava com isso.

 

-- Não sei por que mais eu tenho a impressão que vocês duas são muito parecidas nesse aspecto. Estou certa? -- Perguntou Dona Marta observando meu rosto.

-- Eu também prefiro a calmaria -- Respondi.

-- Sabe, não vou mentir. Morrerei de saudades de Elisa. -- Confessou ela -- Mas, sei que isso vai ser bom para ela. Na verdade, estou orgulhosa que enfim minha filha está vivendo de verdade. Assumindo riscos. Nunca a vi tão feliz, tão cheia de vida. E você é a causa disso, Ágata. E espero que vocês possam ser cada vez mais felizes.

-- Nós já somos. -- Falei -- Somos muito felizes. Eu a amo.

-- Eu sei disso, querida. E também sei o quanto ela ama você.

 

Depois disso, o gelo se dissipou. Começamos uma conversa animada e descontraída. Não vi o tempo passar e comecei a estranhar a demora de Elisa. Se eu não a conhecesse tão bem, diria que ela estava demorando de propósito para me dar a oportunidade de ficar a sós com sua mãe. Mas Elisa não era de se utilizar de subterfúgios desse tipo. Não ela. Provavelmente estava com dificuldade para encontrar algo.

 

Dona Marta estava começando a comentar sobre a demora da filha quando fomos surpreendidas por Becca que vinha correndo da entrada principal da casa dos Freitas. Seu rosto estava afogueado, os olhos arregalados, o suor grudava em seu cabelo. Ela parou atônita quando nos viu. Notei o sangue em suas mãos e manchando sua roupa.

 

-- Becca! O que aconteceu? -- Exclamou Dona Marta, surpresa.

 

Becca fez menção de continuar a correr, mas antes que ela fugisse cheguei até ela e agarrei seu braço, impedindo-a de se mover. Fui tomada pelo pânico quando percebi o que aquilo poderia significar.

 

-- Onde está Elisa? – Perguntei, sacudindo-a com violência. Ela não respondeu, sua expressão beirava a histeria.

 

Num impulso, Becca me empurrou com uma força sobre humana e logo ela estava correndo para longe de nós. Mas, em vez de ir atrás dela eu e Dona Marta nos entreolhamos numa compreensão mútua.

 

Nosso pensamento estava em Elisa. Imediatamente, corremos para o quarto dela. Meu coração estava disparado, minha respiração ofegante. Só conseguia pensar em Elisa, agora sua demora fazia sentido. O que aquela louca da Becca teria feito com ela?

 

Ao chegar ao quarto de Elisa, nos deparamos com uma cena de horror. Havia muito sangue, sangue escuro formando uma poça no chão ao lado de Elisa. Ela jazia ali, imóvel. Estava acordada e quando nos avistou, vimos seu pedido mudo por socorro.

 

-- Elisa! -- Gritou sua mãe, colocando-se ao lado da filha -- Oh, meu Deus! Precisamos de uma ambulância. Agora!

 

Numa velocidade espantosa, com toda a eficiência de alguém que estava acostumada em situações de emergência, Dona Marta pegou o telefone e já estava falando com o hospital onde ela trabalhava pedindo que os socorristas viessem imediatamente. Ela ainda fez uma descrição rápida do quadro geral de Elisa, utilizando-se de termos médicos que eu não compreendia bem.

 

Terminada a ligação, ela retornou para o lado de Elisa, examinando-a. Eu ainda não conseguira esboçar nenhuma reação. Estava apavorada demais. Dona Marta me tirou de meu imobilismo e me pediu para acalmar Elisa enquanto ela a examinava. Ajoelhei-me ao seu lado, e acariciei sua testa. Sua pele estava fria, gélida. E eu tive medo. Ela estava mais branca do nunca.

 

-- Calma, querida. Você vai ficar bem -- Repetia Dona Marta.

 

Eu queria dizer para ela que estava tudo bem, mas diante de todo aquele sangue, eu fiquei apavorada demais para dizer qualquer coisa. Senti-me culpada, eu queria fazer algo por ela, mas para isso eu precisava antes me controlar.

 

-- Seu pulso está fraco -- Sussurrou Dona Marta, falando para si mesma -- Está perdendo muito sangue. A pressão sanguínea caindo.

 

Depois ela falou, impaciente:

 

-- Onde está aquela ambulância!

 

Para visualizar melhor o ferimento de onde se originava tanto sangue, Dona Marta rasgou a blusa de Elisa encharcada do líquido vermelho. Ela analisou a profundidade do ferimento e ficou com medo de que algum órgão vital houvesse sido atingido. Essa era sua maior preocupação.

 

A minha preocupação deveria ser acalmar Elisa. De sua garganta, ela emitia de vez em quando palavras sem sentido.

 

-- Calma, querida! -- Falei, tentando manter minha voz controlada -- Eu tô aqui, não precisa falar nada. Você vai ficar bem.

 

Não sei se ela entendia algo que estava acontecendo ao seu redor, mas ao ouvir minha voz, ela deixou de tentar balbuciar qualquer palavra. Fitava meus olhos com uma tranquilidade espantosa.

 

O tempo corria devagar, a ambulância parecia ter demorado séculos, finalmente os socorristas chegaram e puseram Elisa na maca para ser levada ao hospital. Dona Marta ainda estava de biquíni, o sangue da filha em suas mãos. Ela pegou um casaco e o vestiu antes de também entrar na ambulância.

 

Logo as sirenes eram ouvidas ao longe. Eu estava parada na calçada, olhando-a dobrar a esquina, eu sabia que deveria segui-la ao hospital. Mas, meu medo não me deixava pensar direito, me paralisava. Ela não poderia morrer. Eu a amava e ela não poderia morrer agora, não depois que finalmente estávamos felizes com nossa vida juntas. Eu já havia perdido tanto. E Elisa era tudo para mim. Ela era jovem tinha uma vida inteira pela frente e muitos sonhos a realizar. Eu conhecia todos os seus nobres sentimentos e seu grande coração. Ela era uma pessoa admirável que não fazia mal a ninguém. Era como um anjo sobre a terra.

 

Não derramei lágrimas, mesmo que fosse doloroso segurar o choro. Como ouvi certa vez, “você chora como se sua dor fosse sair junto com as lágrimas. Mas não sai”. E a dor era quase insuportável. Mas eu precisava ser forte. Mais do que nunca. Por ela.

 

Uma mão tocou meu ombro. Era Roberto. Senti um arrepio percorrer minha espinha. A mão no ombro, como no conto de Lygia Fagundes Telles. Prenúncio de uma morte iminente. Não! Afastei esse pensamento e ouvi o que Roberto dizia:

 

-- Vamos, garota! -- Convidou ele, com voz branda -- Vou levar você ao hospital. Já liguei para seu Roger. Ele também está indo para lá.

 

Assenti. Em silêncio, acompanhei Roberto até o carro.

 

-- Espera -- Falei, de repente -- E a polícia? Temos que chamar a polícia. Becca não pode ficar livre dessa.

-- Não se preocupe, garota. Nesses casos de violência os hospitais notificam a polícia.

-- Tudo bem. -- Respondi, mais tranquila.

 

No caminho, a imagem da cena de horror no quarto de Elisa retornou à mente. Em minha memória quase fotográfica, a imagem era vívida, real e com tonalidades de vermelho escuro. Tinha certeza que eu carregaria essa imagem para sempre, como tantas outras que me assombravam.

 

Por que eu não prestei atenção aos sinais. Becca. Logo Becca. Tinha que ser ela. A garota andava cada vez mais esquisita, eu atribuía isso ao distanciamento de Elisa, agora eu via que tinha muito mais por trás. Parada perto da piscina, com os olhos fora de órbita, Becca era apenas uma sombra da garota que eu conheci acompanhando Elisa pelos corredores do Yves Freitas, vestindo roupas coloridas, sempre tão animada. Agora, eu via sua verdadeira face, uma sombra negra sobre as nossas vidas, sobre a vida de Elisa.

 

Ela havia tentado matar sua melhor amiga. Como ela havia chegado a esse extremo? E por que eu não havia prestado mais atenção. Ela esteve conosco no cemitério, ao lado de Elisa que havia dado o seu perdão pelas coisas que ela havia feito. Será que naquele momento o desejo de morte, destruição e homicídio já passava pela cabeça daquela garota. Talvez nós nunca chegássemos a saber, mas para mim não importavam suas motivações. Só o que ela havia feito. Eu a odiava, com todas as minhas forças. E somente o pensamento em Elisa, me impedia de procurar Becca naquele momento e retribuir o que ela havia feito. Elisa não aprovaria isso. Ela não me deixaria descer a esse nível. Ao nível mais baixo, ao ato mais desesperado, às vezes frio, que o ser humano era capaz de chegar. O ato de matar.

Fim do capítulo


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