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Pecado (EM BREVE NO AMAZON) por Thaa

Ver comentários: 6

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Palavras: 3337
Acessos: 1740   |  Postado em: 13/10/2022

Capitulo 4

 

 

Capítulo 4

 

— Tenham cuidado, crianças.

Recomendou a irmã Constança, enquanto observava Clara e Ester caminhando na direção de um carro prata, cujo motorista era o avô paterno de Ester. Um homem grisalho, esportivo, magro, de seus quase oitenta anos.

— Como o senhor está, vovó?

Ester perguntou abraçando o avô com muito carinho assim que entrou no carro.

— Estou bem, Star.

Ele sempre a chamava assim.

Considerava a neta uma estrela que gostava de iluminar caminhos e não apenas de brilhar ou ofuscar a luz alheia. Era uma jovem de luz própria.

— Meu pai já está no Instituto?

— Sim, pediu para que eu viesse buscar você e sua amiga.

— Ah! — Riu Ester. — Já ia me esquecendo, vovô, essa aqui é a Maria Clara, minha amiga. Mas pode a chamar de Clarinha.

— Prazer, senhor Santana.

Clara o cumprimentou.

— O prazer é meu, Clara. Imagino que minha neta tenha sido uma boa amiga para você.

Clara riu e Ester também, enquanto se entreolhavam de maneira cúmplice.

— Ester é uma boa pessoa, seu Santana. Tenho um carinho enorme por sua neta, apesar de ela ser meio desajuizada as vezes.

— Ora, Clara!

Ester exclamou com um ar brincalhão e todos riram.

— Conhecendo bem a minha neta sei que você fala a mais pura verdade, Clara.

— Ah, vovô, o senhor também gosta de me colocar para trás.

Sorrindo, o idoso se ajeitou no banco do motorista e ligou o carro.

— Vamos ou seu pai ligará daqui a pouco querendo saber onde estamos. — Voltou a atenção para frente, ao passo que já dirigia o veículo para fora das fortalezas do convento.

Clara apoiou a cabeça no banco do veículo, conforme este se afastava ela sentia as palpitações sôfregas em seu coração. Não estava muito certa de sua decisão. Sair do convento era como caminhar para a beira de um abismo declarando morte certa para si. Era um quase ato de suicídio. Seu estômago embrulhava só de pensar em estar numa sala de aula novamente. Só de pensar em lidar com as pessoas, só de pensar em se aproximar delas. Um arrepio incômodo percorria os pelos de seus braços e de suas pernas. Sentia-se desprotegida fora das paredes do convento. Sentia-se vulnerável ao ponto de pensar que seria apedrejada caso descobrissem que era portadora do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Fechou os olhos com força. As mãos suavam e seu coração retumbava frenético, podia sentir as batidas em suas costas e até em seus ouvidos. Depois de algum tempo olhou para trás e viu a majestosa estrutura repousando de maneira soberana sobre a rocha íngreme rodeada por um cerco de floresta verde belíssima. Ali era o seu refúgio, sua morada, ali estava a sua vida, a única que conhecia. Sair do convento era, exageradamente, quase uma sentença de morte para si.

O que uma pessoa como ela buscaria fora das paredes do convento?

Não havia nada na parte exterior para alguém como ela.

Não conhecia muita coisa da vida, das pessoas ou do mundo.

Pensava de maneira triste.

Perguntava-se como pudera se deixar levar pelas aventuras de Ester. Uma menina de família rica, caprichosa, que tinha uma vida perfeita e por causa de uma dessas paixões de adolescentes buscara abrigo num convento.

A vida de Ester era muito diferente da sua, que já nascera órfã, doente, sem respaldo familiar. Além de Madre Constança não tinha mais ninguém neste mundo. Não queria nem imaginar como seria sua vida se um dia ela partisse para o próximo plano.

Suspirou numa profunda angústia.

Não deveria ter se deixado levar pelas loucuras ou caprichos de Ester, apesar de gostar muito dela, era o limbo da sua vida que estava em jogo.

— Estou ansiosa para que você conheça o Instituto Agnello Ferrazza. É um lugar lindo e glamouroso, em que pese as pesquisas científicas realizadas lá.

Ester dizia de maneira eufórica, enquanto batia palminhas e sorria deixando à mostra dentes amarelados.

Era a espontaneidade em pessoa.

Clara a fitou.

Ester era a típica figura patricinha odiada por muitos.

Uma garota muito bonita, olhos claros e cabelos loiros.

Uma pessoa de coração imenso.

— Acho melhor eu fazer a prova sem ter que roubar esses gabaritos, Ester. Já pensou se essa dona Luciana pega a gente no flagra? O que será de nós? De seus pais? — Questionou aflita.

Ester gargalhou e sacudiu uma das mãos num gesto despreocupado.

— Relaxa, amiga! Não esquenta com isso. Não seja boba. Papai me disse que a chefe dele não trabalhará hoje. — Moveu as sobrancelhas fazendo um ar de riso travesso. Sabendo que estava mentindo para Clara. O pai sequer havia lhe dito nada.

— Ai, Ester, mesmo assim. Se outra pessoa vir a gente entrando na sala da chefe de seu pai? Você mesma fez questão de pintar essa mulher como uma pessoa horrível.

— Bom, Clarinha, fato é: ela não é o capeta, mas é detestável. Não gosto do jeito dela. Olha para as pessoas como se fosse a dona do mundo. Como se fosse a rainha da cocada. Com um a de brava e de superioridade que Deus me livre. — Benzeu-se.

Ester começou a rir e Clara também, que já estava imaginando Luciana como uma velha insuportável, arrogante e difícil de engolir. Não costumava julgar as pessoas sem as conhecer, mas de uma coisa tinha certeza, Ester não estava mentindo. Já não estava gostando nada daquela dona Luciana.

 

***

 

Constança aguardava Bárbara em seu gabinete.

Tinha pedido para que a irmã Clarice a chamasse, pois precisava de falar com ela.

Bárbara não demorou a abrir a porta do gabinete, entrar e a fechar novamente, atrás de si.

— Deseja falar comigo, Constança? — Perguntou se aproximando e sentando diante da escrivaninha da Madre.

Constança parou o que fazia e encarou Bárbara por trás das lentes de seus óculos de vista.

— Sim, Bárbara. Desejo. — Falou séria.

— E posso saber do que se trata?

— Por que falou aquelas asneiras para Maria Clara? — Questionou de maneira ainda mais séria e intolerante.

— E não é verdade? — Franziu as sobrancelhas de um jeito sarcástico, cruel.

— Não. Não é verdade, pois nós duas bem sabemos que todos os meses um doador anônimo faz uma doação exclusiva para o tratamento de Maria Clara.

— Um doador, não, um idiota!

Constança meneou a cabeça em negativa.

— Clara é só uma pobre menina sofredora, irmã, tenha mais compaixão e empatia por ela. — Pedia indignada.

Bárbara enrijeceu o maxilar e semicerrou os olhos, como tentando não externar a raiva que sentia por dentro.

— Maria Clara é um pecado dentro deste convento.

— Não julgueis o enfermo, irmã Bárbara, Jesus nunca foi um julgador, mas sim um homem de pura compaixão e perdão. Não sejamos hipócritas, como alguns que se dizem adorar a Deus, mas vivem para adorar políticos inescrupulosos.

— Não sei por que você defende tanto essa menina, Constança. Não percebe que ela é fruto de um pecado?

— Maria Clara é um anjo de bom coração e que merece ser respeitada. Não sei por que a odeia tanto, irmã Bárbara. O que tem contra essa menina? Diga-me, Bárbara, o que tem contra Maria Clara? Por que tanta raiva de uma menina indefesa e inocente?

— Porque ela é um Pecado! — Gritou.

As duas se encaravam incisivamente, até que a irmã Bárbara deixou o gabinete sem dizer mais nada. Apenas saiu com sua expressão sempre tão carregada.

Madre Constança ficou a imaginar por que tanta afronta por parte de Bárbara contra Maria Clara.

Que segredos haviam enclausurados no coração daquela mulher?

 

***

 

O carro do avô de Ester parou diante de dois lindos edifícios de sete andares, brancos com acabamentos e janelas prateados.

No topo da luxuosa construção podia ser visto o seu nome de peso em letras douradas.

Aquela imponente construção nada mais era do que o renomado Instituto Agnello Ferrazza. Consolidado como uma respeitada referência na área da saúde em todo o país.

O Agnello Ferrazza, atualmente, já contava com mais de três mil colaboradores, incluindo mais de setecentos médicos, bem como diversificadas parcerias que contribuíam para o tornar cada vez mais renomado e especializado nas descobertas para enfermidades da área da infectologia.

— O seu pai já lhe espera na sala dele, Ester.

— Está bem, vovô, obrigada. — Deu um beijo na bochecha do avô e desceu do carro.

— Foi um prazer conhecer o senhor.

— O prazer foi meu, minha jovem.

Clara sorriu e desceu do carro também.

— Vamos, Clarinha! — Ester chamou já caminhando para a entrada do Instituto.

Clara deu uma corridinha e alcançou Ester, que já estava parada diante de uma porta dupla de vidro meio esverdeado.

De cada lado das portas havia um segurança armado e fardado de maneira padrão — todo de preto.

Ester se identificou e aguardou enquanto um dos seguranças confirmava a identidade dela.

Quanto mais olhava para aquele lugar, mais Clara se sentia nervosa.

O lugar era imenso e dentro trabalhavam inúmeras pessoas.

Definitivamente, aquele não era um lugar para alguém como ela.

 

***

 

Ricardo saiu de sua sala e foi para a sala de pesquisa, porém, pediu para que sua secretária recebesse Ester, enquanto ele não retornava.

 

***

Luciana suspirou.

Há algum tempo havia saído do cemitério.

O carro dirigido pelo seu motorista cruzava ruas e avenidas. Ora e outra parava em algum sinal de trânsito.

Uma mistura de pessoas, raças, culturas e nacionalidades formavam um só povo, uma só nação, sem Estado de secessão. O Brasil era um só país, um Estado Federado, uma República não separatista, entretanto havia alguns abutres ignorantes movidos pelo fanatismo político, desprovidos da menor dose de inteligência, que ainda duvidavam da própria Constituição Federal que regia o seu país. Lamentável existir, ainda, pessoas tão ignorantes.

Quatro anos...

O tempo havia voado desde a morte de Sérgio. Ainda se lembrava daqueles olhos tão vividamente. Era incrível. Mas era só. Era essa a única lembrança que insistia permanecer em sua vida.

Outro suspiro escapou de seus lábios.

Precisava de um tempo. De uma viagem. Para Austrália, Filadélfia, Indonésia, um lugar onde pudesse ser ela mesma. Sem toda aquela gente puxando o seu saco. Sem todas aquelas reuniões intermináveis. Sem aquele estresse diário. Sem aquela papelada.

Precisava se encontrar, quem sabe buscar a si mesma.

Precisava de solidão.

Solidão completa.

Viajaria.

Precisava disso.

Novos ares, nem que fosse por uma semana, um mês.

 

***

 

Dentro do Instituto, Clara observava cada detalhe da requintada recepção.

O chão era um mar de mármore cinza e refletivo. Podia ver seu próprio rosto.

As paredes altas e brancas tinham detalhes dourados e amadeirados, o que deixava o ambiente ainda mais elegante e aconchegante.

Quatro recepcionistas atendiam ligações e pessoas, atrás de um balcão de madeira nobre.

Médicos, assistentes e clientes andavam pelo local conversando entre si.

Naquele lugar também funcionava um hospital de luxo.

Olhando para aquele lugar e para aquelas pessoas, Clara se sentia completamente fora do seu habitat natural, de seu mundo, do mundo que sempre conhecera e adotara como seu. Olhou Ester e percebeu que ela parecia estar feliz e conectada tanto com o lugar quanto com as pessoas dali. O filtro era natural era apenas o mundo dela.

— Vamos pelo elevador, Clarinha, a sala de papai fica no sexto andar. — Puxou na mão de Clara e seguiu para as portas metálicas do elevador.

As portas se abriram e se fecharam logo que as duas jovens entraram.

Ester clicou no botão que levava ao sétimo andar, não do sexto.

— Mas...você não falou que a sala do seu pai fica no sexto andar, Ester?

Clara perguntou meio confusa.

— Sim, amiga, mas acontece que a sala da doutora Luciana fica no sétimo andar, assim como todas as pesquisas sigilosas e valiosas que ela faz. É um andar restrito, mas não teremos problemas, garanto.

O coração de Clara bateu forte.

— Como assim? Não estou entendendo nada, Ester. — Indagou juntando as sobrancelhas.

As portas do elevador se abriram fazendo aquele barulho característico ao chegar no sétimo andar.

— Não precisa entender, amiga, vem!

Ester segurou na mão de Clara e saiu puxando. Conhecia a maior parte do Instituto, já que crescera naquele lugar, praticamente. Naquele andar havia apenas três seguranças, mas eram uns preguiçosos que nem sempre faziam o trabalho direito quando a chefe não estava na área.

— Olha, Ester, sabe...eu não acho que isso seja uma boa ideia, criatura.

Clara protestava incessantemente.

— Ora, Clara, deixe de besteiras, garota, não seremos vistas. Este andar é sempre o menos habitado. Quase ninguém tem ordens para vir aqui, mas sou conhecida, chegar aqui não será um grande problema.

— Ainda acho isso muito perigoso, Ester. Não estou gostando nada, nada dessas coisas. Prefiro fazer a prova. — Impôs-se, mas em vão. Não adiantava, Ester não a escutaria.

De repente, Clara se viu arrastada por um longo corredor em que uma de suas paredes era completamente envidraçada. O lado de fora do Instituto podia ser amplamente visto. Carros, pessoas, as avenidas movimentadas, as árvores, o estacionamento. O mar paradisíaco ao longe. Tudo.

Quando se deu conta já estava diante de uma porta marrom, com uma enorme maçaneta dourada.

Ester abriu a porta e carregou Clara para dentro de uma sala linda, espaçosa, em tons cleans. O ambiente tinha um toque bem feminino, poderoso, o aroma era encantador, divino. Um cheiro tão bom fluía no ar que chegava a dar uma sensação de relaxamento total.

Uma escrivaninha enorme, de cor bege, cadeiras de couro pretas, sofá branco, também de couro, centro de vidro murano, luminária de chão e diversas prateleiras de livros e enfeites impregnadas na parede atrás da escrivaninha mobiliavam a sala de Luciana.

Clara estava boquiaberta.

Jamais estivera em um lugar tão elegante quanto aquele.

Tudo parecia ter sido feito com muito cuidado e paixão.

Qualquer pessoa ficaria encantada com aquele lugar.

— Este lugar é chiquérrimo não é, amiga? — Ester perguntou sorrindo e sentou na cadeira de Luciana como se a dona fosse.

Clara ficou ainda mais nervosa ao ver a amiga mexer no mouse e ligar um computador branco, de tela enorme e fina.

— Ester, por favor, vamos sair daqui. — Pediu apreensiva e deu alguns passos até perto da mesa de Luciana, em que Ester estava muito despreocupada. — Você age como se fosse a dona deste lugar.

— Relaxa, amiga, o pior já passou. — Ria, à medida que mexia no computador de Luciana tentando achar a senha. Quando viu que não conseguiu, começou a mexer nas gavetas e encontrou uma agenda branca. Tinha certeza de que a senha deveria estar por ali em algum lugar.

— Sinto muito, Ester, mas não consigo relaxar diante da situação em que nos encontramos.

— Ora, Clarinha, qual situação, amiga? — Questionou de sobrancelhas erguidas. — Enquanto eu procuro aqui você poderia aproveitar e conhecer um pouco desta sala. É enorme e muito linda também. É, querida, a chefe de papai é podre de rica. Não é à toa que só pisa no chão porque não pode voar.

Clara ouviu outra gargalhada, enquanto se acalmava um pouco mais e dava-se a liberdade retesada de conhecer a sala da patroa do pai de Ester.

Deu alguns passos Enquanto olhava para aquele chão branco e brilhante. Encarou um móvel semelhante a uma mesinha de criado-mudo e viu ali em cima uma foto dentro em um porta-retrato preto.

Ali, presa àquele objeto, estava a foto de um homem sorridente, muito bonito, de seus trinta e poucos anos. Cabelos negros, pele bronzeada e olho de um verde muito bonito, nem muito intenso, nem muito severo, mas pacífico, amável, doce.

Clara supôs que àquele devia ser o falecido marido da tal chefe do pai de Ester.

A amiga falava tanto naquela mulher que ela já lhe parecia até familiar, por incrível que pudesse parecer.

Clara notou também que aquela era a única foto em toda a sala. Não havia nenhuma foto da tal doutora Luciana.

 

***

 

Ester conseguira achar a senha e a pasta de gabaritos da prova, porém, quando ia acessar, ouviu seu celular tocar.

No convento era extremamente proibido o uso de aparelhos celulares, mas era claro que sendo Ester quem era, dispunha de um aparelho celular que lhe fora entregue por Madre Constança nesta manhã antes de a jovem sair do convento.

Olhou para o aparelho sobre a mesa e viu que quem ligava era o seu pai.

— Porr*! — Exclamou e atendeu. — Papai?

— Onde você está, menina?! Seu avô disse que já te deixou no Instituto faz tempo. Estou aguardando você agora mesmo em minha sala, Ester! — Falou furioso.

— Calma, papai! O senhor está muito estressado. Acalme os ânimos, por favor...

— Se você não vier agora até minha sala eu mesmo irei te buscar, garota mimada! — Ameaçou.

Ester suspirou frustrada.

— Ok! Estou indo, papis. — E desligou. — Clara? Clarinha, venha aqui.

Clara se aproximou, assustada com o alvoroço da amiga.

— O que houve, Ester.

— Era papai, ele está me esperando na sala dele. Vou precisar ir até lá, mas em pouco tempo retorno. Consegui encontrar os gabaritos e até as provas, você só precisa anotar todos em uma folha de papel.

— Como você sabe que essa é a prova?

— A data, amiga, o nome do curso, tudo isso. Agora venha. Sente-se, pois preciso encontrar papai, mas já retorno.

— Eu prefiro não ficar aqui, Ester. E essa mulher de repente decide aparecer por aqui?

— Relaxa, amiga. Já disse que a doutora Luciana não vem. Deve estar no cemitério lamentando a morte do marido.

— Como assim?

— Hoje faz quatro anos que ele faleceu. Agora preciso ir, mas em pouco tempo retorno.

Clara respirou fundo deixando os ombros caírem.

— Está bem, Ester, mas por favor não demore.

— Não vou demorar, amiga, relaxa. — Correu para a porta e saiu rindo.

Clara ouviu a porta ser fechada num barulho discreto.

Olhou ao seu redor e sentiu um arrepio na espinha, mas mesmo assim entrou em ação e sentou na cadeira de Luciana, porém, em vez de anotar os gabaritos com papel e caneta decidiu imprimir a prova e os gabaritos. Sorte sua que a impressora estava ligada e conectada ao computador de Luciana.

“Ai, meu Deus, por que eu ainda caio nas loucuras de Ester?”

“Essa garota é doida, isso sim e eu mais ainda por concordar com as neuras dela”.

Clara desatou a rir e fechou a pasta das provas e do gabarito, quando os imprimiu.

Já ia sair da pasta Arquivos quando de repente outra pasta lhe chamou a atenção.

Na então pasta estava escrito: Pesquisa HIV-AIDS-U7.

Foi inevitável Clara abrir aquela pasta e começar a ler a “sagrada” pesquisa de Luciana.

A cada palavra lida sobre uma possível cura para o HIV e a AIDS, sentia uma dose de esperança invadir seu coração angustiado.

Clara estava tão envolvida na interessante e inteligente leitura que sequer viu a porta da sala ser aberta e Luciana entrar dizendo de imediato:

— Quem é você e o que faz em minha sala, menina?

A voz forte e expressiva da mulher fez Clara tomar um tremendo susto.

Mãos suadas, coração acelerado, olhos arregalados, trêmula, Maria Clara ergueu a cabeça e olhou na direção da porta.

Não lhe restou dúvidas de que aquela mulher linda, com cara de brava — e ela realmente estava muito brava — que lhe encarava de maneira séria era a tal doutora Luciana.

A chefe do pai de Ester!

Pensou nervosa e abafando um grito de temor.

Estava ferrada!

E bem ferrada!

Será que iria presa?

Abafou um outro grito de pavor.

“Ai, meu Deus, por favor, não me abandone!”

Suplicava nervosamente no mais pleno silêncio do seu âmago.

“O que eu vou dizer a essa mulher agora, meu Deus?”

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Instagram: @dicaldarelli

Wattpad: @DiCaldarelli

Leia mais histórias da autora em>> https://www.amazon.com.br/s?i=digital-text&rh=p_27%3AThaa+Di+Caldarelli&s=relevancerank&text=Thaa+Di+Caldarelli&ref=dp_byline_sr_ebooks_1


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Comentários para 4 - Capitulo 4:
patty-321
patty-321

Em: 26/11/2022

Caraca, essa Ester é muito doida. E agora?

Responder

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 17/10/2022

Que confusão henn Clarinha que vc deixou a Ester te meter, mas tb a bichinha foi curiosa com a pesquisa que pode salvar sua vida.... então só Deus pra ajudar viu...

Estou muito curiosa, volta logo minha querida


Resposta do autor:

Hel, meu bem! 

Ester é meio desajuizada, mas uma boa pessoa, só que não foi dessa vez que o plano deu certo, hahaha. 

Tô voltando @/ 

Bjsss e se cuide! 

Responder

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line7
line7

Em: 16/10/2022

Kkkk tadinha da Clarinha, volta logo mulher:) ansiosa para o próximo capítulo.


Resposta do autor:

Oie, Line! 

Torcendo aqui pela Clara! Kkk 

Tô voltando @/

Bjs e se cudie!

Responder

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Mille
Mille

Em: 14/10/2022

Ester deixou a clarinha em maus lençóis kkk

E agora quem vai ajudar ela com a fera???

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Oie, Mille! 

E como deixou, viu! Vamos ver como a Clarinha se sai dessas! Kkkkk 

 

Bjssss e se cuide! 

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 14/10/2022

Oxente fingindo ser surda e muda só assim pra sai dessa enrascada de Ester.


Resposta do autor:

Kkkkkk, será que em meio ao nervosismo a Clara seria capaz de tamanha audácia? Kkkk

 

Bjsss e se cuide!

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 14/10/2022

Meu Deus digo eu agora..... kkkkk... como vamos ficar sem mais um capítulo?!?! Aiaiaiaiaiaiaai

Eu sabia que ia dar merda.... kkkkk... coitada da Clara... Luciana quando ver a pasta aberta e a prova imprensa... vai ser problema grande... 

 

querendo mais... 

 

e essa pessoa que faz esses depósitos para o tratamento de Clara... será a mãe de Sergio? Que ja descobriu Clara como neta, mas tem vergonha dela ter HIV? E essa Barbara?!?! Será ela mae de Clarinha?!?! Ou se nao, ela sabe mais da vida de Clara do que imaginamos...

tenho medo da madre morrer e essa Barbara ficar no lugar dela e infernizar ainda mais Clarinha


Resposta do autor:

Oi, Anny! 

Ester só queria ajudar, tadinha, mas as coisas deram errado! Kkkkk 

Humm...sobre os depósitos, inúmeros mistérios que a trama cronológica há de mostrar. Rsrs

A Madre é uma mãe para a Clara, sempre foi! 

Bjsss e se cuide! 

 

Responder

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