"O nosso amor é tão bom. O horário é que nunca combina" (Chico Buarque).
4. Vínculo
4. Vínculo
- Adorei esse filme.
- Eu também e na tua companhia fica melhor.
- Linda! Que delícia passar o final de semana contigo.
- Podemos repetir sempre que quiser e seria ótimo você não sumir na semana.
- Mônica, sobre isso, eu sou muito estudiosa, até no meu horário de almoço, termino de comer e faço alguma atividade ou leio algum artigo, quando não estou trabalhando, por necessidade financeira mesmo, já que as contas nem se pagam sozinhas, eu estou estudando. Estou te falando isso, para te explicar como é minha vida, nos finais de semana, quando não estiver em semana de provas, podemos nos ver, sair e aproveitar. Na semana não consigo prometer, posso tentar, mas, é bem corrido.
- Entendi.
- É um problema para você?
- Não, se você realmente tentar, se esforçar e quiser de fato estar comigo.
- Eu quero, de verdade.
- Então daremos um jeito, sei que é puxado conciliar trabalho, estudo e vida social.
- Com disposição a gente consegue, é só driblarmos os dias corridos e aproveitarmos bastante quando estivermos juntas.
- E o que faremos agora?
- Não está gostando de perambular pelo shopping enquanto papeamos?
- Sim, mas que tal continuarmos papeando lá na praça de alimentação, o que acha?
- Eu topo, quero comer batata com cheddar e bacon.
- Boa pedida, te acompanho, adoro batata. Choveu e nem vimos, bem típico de janeiro, sempre chuvoso.
Fizeram seus pedidos, se alimentaram e continuaram conversando.
- Quero saber mais de você, o que te fez escolher seu curso?
- É tradição na minha família, nunca me pressionaram, nem mesmo me pediram para dar continuidade no legado, meu avô paterno foi jurista, meu pai seguiu na mesma área e hoje, o nosso escritório conta com mais de 40 anos de fundação. Sempre admirei o trabalho deles e desde criança já tinha uma certa certeza que seguiria os mesmos passos.
- Acho tão interessante isso de dar continuidade no trabalho dos pais, continuar com o negócio familiar, principalmente quando se gosta do que faz e não por obrigação ou por não ter outras oportunidades.
- Meu pai fica todo orgulhoso com isso. Minha mãe é nutricionista e a clínica dela é perto de casa. O meu irmão quis fazer cursos profissionalizantes, não tem muita paciência com estudos, ele gosta mesmo de toda a parte prática, gerencia todo o marketing e comunicação, do escritório e do consultório, então trabalhamos em família.
- Ainda bem que vocês se dão bem e são próximos.
- Verdade e você?
- Minha mãe é professora e meu pai é técnico de manutenção. Eu nunca tive essa certeza que você mencionou, fiquei muito indecisa e perdida. Minha mãe me levou para fazer teste vocacional com uma psicóloga, foi assim que cheguei onde estou.
- Se encontrou e é feliz?
- Sim, felizmente.
- Que bom, isso que é o mais importante. E sobre os assuntos do coração?
- O meu está livre e o seu?
- Também (respondeu sorrindo).
- E relacionamentos anteriores?
- Namorei duas vezes, a primeira vez ainda no colégio, ela era minha amiga e foi meu primeiro amor, terminamos quando a família dela se mudou para Portugal. Depois no primeiro ano de faculdade namorei novamente e acabamos nos distanciando.
- Eu tive só uma namorada, durante o colegial, foi meu único namoro sério e durou uns dois anos, nós acabamos terminando, porque ela queria ter outras experiências com mais pessoas e eu não topei, ela estava disposta a fazer novas descobertas com homens e eu sempre preferi exclusivamente as meninas. Depois até tentamos continuar com a amizade, mas, ela mudou para São Paulo e perdemos o contato. Aqui não tive nada sério, trabalhando e estudando muito, a falta de tempo incomoda algumas mulheres.
- E você se entendeu lésbica com que idade?
- Acho que eu sempre soube, mas, tive certeza aos 15 e você?
- Meu primeiro beijo foi com mulher aos 13 anos, também sempre soube. Como foi para você lidar com a questão da sexualidade, teve problemas na família?
- Comigo foi bem natural e sou privilegiada, nunca foi nenhum tabu em casa, meus pais contam que nunca gostei de princesas, que preferia super heróis, também não gostava de bonecas, adorava bolas, carrinhos e pipas. Eles falam que sempre dei sinais, então não ficaram surpresos. Na adolescência tive minha fase roqueira, só usava preto. Nunca dei trabalho na escola, sou estudiosa desde sempre. Com meus quinze anos, depois de um almoço num domingo, simplesmente virei e falei: eu acho que gosto de meninas. Meu pai perguntou se eu queria conversar sobre, se tinha acontecido algo e eu respondi que era como eu me sentia, ele me deu um abraço bem forte e falou que o que realmente importava era que eu fosse feliz. Minha mãe me alertou sobre o preconceito e que eu sempre poderia contar com eles para tudo. Seria tão bom se todos os pais fossem assim, tenho amigo que foi até expulso de casa. Mas, como foi contigo?
- Linda a reação dos seus pais, não os conheço, mas, já imagino que sejam incríveis. Então, eu tinha receio de contar para os meus pais, medo da reação deles. Nem para o meu irmão tive coragem de falar, ele que descobriu, me viu beijando a minha primeira namorada, que eu apresentava como amiga. Pedi para ele jurar que não contaria para os nossos pais, ele deu risada e falou que não iria prometer nada, daquele jeito todo atentado dele. Fiquei desesperada, mas, ele foi um fofo me tranquilizando, disse que não era dedo-duro, que era uma particularidade minha e que da boca dele ninguém saberia, ainda comentou que eu não tinha que temer, porque não estava fazendo nada errado. Só contei para os meus pais quando o namoro acabou, na época fiquei abatida, chorava muito e eles estranharam, achavam que era só uma amiga importante que tinha se mudado, nem faziam ideia que namorávamos, nós éramos muito novas, não tínhamos coragem de contar. Minha mãe ficou uns dias estranha comigo, chocada por me ver tão triste, disse que eu nem deveria namorar tão nova, mas, depois acabou fazendo de tudo para me ajudar a superar, me levando para fazer compras, para ir ao salão de beleza, para passear e conhecer outras pessoas da minha idade. Meu pai inicialmente achava que era só uma fase, mas, depois que superei e comecei a sair muito, ele achou que eu estava sendo precoce demais, me pediu para ter calma, viver com cautela, para não quebrar a cara. Eles nunca foram preconceituosos, só protetores mesmo, eu e meu irmão sempre fomos danados, de aprontar no colégio e cabular, de cair loucamente na gandaia, eles sempre se preocupavam mais com a nossa segurança, alertavam sobre os riscos de envolvimento com drogas, malefícios dos vícios e caminhos errados sabe. Na fase adulta quando apresentei minha última namorada, eles foram bem legais.
- Que bom. Poder contar com a família é maravilhoso. Ficamos conversando e até perdemos a noção da hora. Vamos indo?
- Claro! Para minha casa ou para a sua? (Levantou, perguntou com ar sedutor e demonstrando todo seu interesse).
- Uau, é que eu não disse nesse sentido. Nossa fiquei até sem graça agora, desculpa se deu a entender isso, é que pensei que continuaríamos nos conhecendo e indo com calma.
- Já passamos do terceiro encontro, acha cedo para avançar o sinal? Você não trans* nos primeiros encontros? Temos que ir ali para pagar o estacionamento (falou apontando para os guichês, a outra só assentiu enquanto estava pensando em como responder).
Na fila ficaram em silêncio e o mesmo só foi quebrado quando entraram no carro.
- Quer cocada?
- Não, obrigada.
- Experimenta, essa é caseira e muito boa, o amigo do meu irmão que faz (falou dando um pedacinho na boca dela e em seguida colocou o carro em movimento).
- É boa mesmo. O que nós vamos ouvir?
- Pode colocar o que você quiser.
Não voltaram a dizer mais nada, ficaram só ouvindo música.
- Prontinho, entregue.
- Você quer entrar? (Perguntou sem saber o que dizer).
- Melhor não.
- Ficou brava?
- Não e sou paciente, por favor, nem precisa se sentir insegura e muito menos pressionada, tenha o seu tempo.
- Eu fiquei pensando como te responder, não é que eu acho cedo, eu só achei que esperaríamos mais, também não é que eu não quero, eu só pensei que poderia ser mais, como que eu posso dizer... (tentou explicar e abaixou a cabeça com certa timidez).
- Mais que sex*? (Quis saber e segurou na mão dela).
- É!
- Entendi.
- E a resposta para sua outra pergunta é não, eu nunca transei no primeiro encontro, sou mais travada para essas coisas, mais contida e fico tímida. Você já?
- Sim.
- Você é mais descolada e moderninha.
- E você acha isso ruim?
- Não, cada um tem seu jeito. Você toda decidida, deve estar me achando uma boba.
- Para, não estou achando nada disso, somos diferentes, eu sou mais impulsiva e vivo intensamente. Você só é mais delicada, fofa, discreta, mais cautelosa e tranquila.
- Sou e você é bem observadora.
- E tem algo te incomodando? Alguma coisa que queira me dizer?
- Então, já me aconteceu de ficar por uns meses com uma moça, pedi para ir mais devagar, ela concordou e eu fiquei bem envolvida, depois que trans*mos, ela meio que perdeu o interesse, antes de me conquistar era toda atenciosa, depois mudou.
- E você tem medo que eu faça da mesma forma (falou com seriedade).
- Não é isso, não quero te comparar com ninguém, mas, eu fiquei meio que traumatizada com isso, já tinha ouvido histórias assim de amigas heterossexuais, mas, nunca tinha acontecido comigo, foi bem chato, eu só não quero passar por isso novamente.
- Tem quanto tempo que isso aconteceu?
- Um ano e meio.
- Depois disso você não se envolveu com mais ninguém?
- Não.
- Você achava que só os homens tinham atitudes assim e por isso, acabou decepcionada.
- É acho que foi.
- Thay, você já deve ter notado que sou sincera, estou gostando muito de te conhecer, talvez ter comentado sobre gostar de curtir bastante e ter sido tão direta, tenha me feito perder uns pontos, mas, não vou mentir, além de gostar muito de livros, também curto a boêmia, essa sou eu e não vou mentir, dizendo que sou caseira e sossegada, quando não é a realidade, você me conheceu numa festa universitária. Além de costumar ir para baladas, também gosto de ir ao teatro, como nós fizemos ontem. Os programas mais calmos também são muito bons, o cinema hoje foi maravilhoso! Sou uma profissional dedicada, também sei ser séria e tenho responsabilidade afetiva. Não sou canalha, jamais vou fingir algo só para te agradar e muito menos para te iludir, vou continuar sendo verdadeira. Podemos continuar nos aproximando, nos conhecendo como já estamos fazendo, com objetivo de criar um vínculo entre nós, o que acha?
- Perfeito! Fico mais aliviada que conversamos. Muito obrigada pela sinceridade e por me entender (falou dando um beijo na mão da outra e em seguida bocejou).
- Vai lá dormir, você já está ficando com sono. Tenha uma boa semana!
- Para você também, me avisa quando chegar (pediu e se aproximou com intuito de beija-la, mas, aguardou. Ficou na dúvida se tinha clima depois da conversa tensa).
- Ei, está tudo bem (garantiu e depositou vários beijos pelo rosto dela que sorriu).
Mônica aguardou ela entrar e colocou uma música calma antes de dar partida. Assim que estacionou na sua garagem avisou que já estava em casa e desejou boa noite.
- Brother preciso conversar (falou encontrando com seu irmão na cozinha).
- Estou terminando de lanchar e já subo no teu quarto.
- Beleza, vou dar um beijo de boa noite nos amados e te aguardo.
Ela bateu na porta do quarto, seu pai estava lendo e sua mãe penteando os cabelos.
- Cheguei, vim avisar e dar boa noite.
- Vem cá me dar um beijo (falou deixando o livro de lado).
Depois de abraçar e beijar os dois, seguiu para o seu cantinho favorito da casa.
Obrigada por avisar e pela companhia neste final de semana. Beijo!
Leu a mensagem e deixou o celular na cabeceira. Ficou muito reflexiva com tudo que conversaram e procurando lidar com o turbilhão que estava sentindo.
- Voltou cedo, pensei que você fosse ficar mais tempo com a sua amiga.
- É também pensei, senta aqui, aproveita e me faz um cafuné.
- Fala sério! Você saiu com a mulher que você está afim ontem e hoje. Então deixa disso, te conheço você deve ter beijado muito.
- Beijei.
- Sabia, você é muito beijoqueira. Eu que mereço cafuné então, nem beijei ninguém neste final de semana, só eu tenho direito de estar carente aqui, você não.
- Mas eu não tive tudo que eu queria, por isso, já estou em casa, detesto ser intensa.
- Mentira, você adora tua intensidade, só nem gosta quando leva não. Então, seja muito bem-vinda ao clube, é que você não está acostumada, eu vivo levando toco.
- Sai fora, recuso, nem quero saber de participar desse clube furado.
- Ficaram só nos beijos, você queria sex* e agora que vai dormir sozinha, quer o cafuné do irmão mais velho, você abusa que sou um bom moço, coloca a cabeça aqui vai.
- Você estava certíssimo, é mesmo o meu irmão preferido.
- Debochada! Está se apaixonando?
- Sim, já estou caidinha, ela é toda apaixonante.
- Então não é só curtição, achei ela bonita e te olha com admiração.
- Só que hoje acabei falando demais e fui querer dar um passo maior que a perna.
- Vai dizer que deu uma de Murilo, fui fazer surpresa levando a mina no motel, só comemos feijoada, nem rolou mais nada, ela ainda gostava do ex-marido, começou a chorar do nada e foi embora, fiquei sozinho na hidro bebendo.
- Cara sério, tem coisa que só acontece contigo, você se supera. Surreal.
- Só rindo viu, mas, qual foi teu vacilo?
- Sexta-feira, chamei ela para ir na balada, recusou, mas, aceitou ir ao teatro e me chamou para ir ao cinema. Eu já deveria ter sacado que ela é mais tranquila, toda estudiosa e séria. Só que a linda aqui da tua irmã, teve a excelente ideia de contar que curto uma noitada.
- Parabéns, você deu o ‘exposed' da tua vida de solteira e assustou a Thayná.
- Calma, piora, não contente propus sex* e ela ficou toda insegura, fui rápido demais.
- Caramba mana, retiro o que eu disse, você precisa de cafuné sim, que brisa hein.
- Nesta semana vou ficar com o freio de mão puxado, para nem ser inconveniente e para não acabar com todas as minhas chances, aguardar ver no que vai dar.
- Vou ficar na torcida e vai dar certo, logo vocês começam a namorar e ela vai me chamar de cunhado.
- Só você mesmo para me animar, obrigada por me ouvir.
- Nem precisa agradecer, você vai ficar bem?
- Vou sim, boa noite!
Elas conseguiram dormir bem, Thayná madrugou para conseguir se exercitar e tomar um bom banho antes da labuta, no ônibus foi lendo conteúdos do seu curso e antes de começar a trabalhar mandou mensagem de bom dia para Mônica, que tinha acabado de preparar seu pré-treino e respondeu antes de começar a malhar.
- Bom dia! Filha, seu pai saiu mais cedo e eu também já vou, hoje tenho atendimento logo no primeiro horário, não deixa teu irmão perder a hora e tenha um bom dia meu amor.
- Pode deixar e para a senhora também, bom trabalho. Te amo!
Fez uma hora de treino, tomou seu café da manhã e antes de tomar uma boa ducha, deixou a janela do quarto do irmão aberta e entregou para ele uma xícara de café.
- Segunda é um dia tão preguiçoso e você já até treinou, que ânimo. Bom dia!
- Bom dia e não volte a dormir hein preguiçoso.
- Já vou levantar, hoje tenho muito trabalho, valeu pelo café.
- Vai precisar do meu carro?
- Hoje não, vou trabalhar aqui de casa mesmo e amanhã o meu já deve ficar pronto.
Depois de tomar banho e se arrumar, tirou uma foto em frente ao espelho e postou no story, antes de sair para trabalhar; na hora do almoço a Thayná comentou:
Você é muito linda (seguida de emoticons de coração e sorriso).
Muito obrigada e você também (respondeu feliz com o elogio).
O destino deu uma forcinha e sem nem marcar nada se cruzaram antes da aula.
- Oi, tudo bem? Chegou mais cedo hoje.
- Tudo e você? Foi mais tranquilo no trabalho e não perdi o ônibus.
- Bem também, já está indo para sua sala?
- Ainda não, estou indo devolver um livro na biblioteca. Quer ir comigo?
- Sim, te acompanho.
- É tão bom chegar antes, detesto ter que ficar correndo, sempre prefiro adiantar, ao invés de atrasar e ter que correr loucamente (comentou enquanto pegava o livro na mochila e como não estava olhando para o chão tropeçou).
- Cuidado, te quero bem e inteira.
- Me atrapalhei, tropecei no meu próprio pé, você me desconcentra (falou dando risada).
- E eu levo a culpa, Deus está vendo viu (respondeu entrando na brincadeira).
- Boa noite, preciso fazer devolução.
- Um momento que vou localizar para dar baixa.
Logo fez a devolutiva e saíram da biblioteca.
- Quer uma carona na hora de ir embora?
- Aceito se não for abusar da tua boa vontade.
- Pode abusar na hora que você quiser (disse e piscou).
- Ainda estamos falando sobre a carona ou foi com duplo sentido?
Mônica somente deu risada e achou melhor mudar de assunto.
- A aula ainda vai demorar para começar, vamos passar na lanchonete?
- Vamos, adoro a coxinha deles e o suco de laranja.
- Eu sou fã do croissant de presunto e queijo daqui. Como você gosta de coxinha, qualquer dia encomendo com uma senhora, que minha mãe compra desde quando eu era criança, sempre tem nos aniversários lá em casa, os salgadinhos dela são deliciosos.
- Vou querer provar e quando você faz aniversário?
- Dia trinta de abril e você?
- 20 de fevereiro.
- Mês que vem, falta pouco, pisciana. Você é emotiva?
- Sou. Você acredita em signos?
- Um pouco, algumas coisas batem, mas, não entendo muito.
- Eu sei um pouco, minha mãe gosta bastante, já me levou para fazer mapa astral, acompanha algumas previsões e as vezes até me manda por mensagem.
Depois que comeram, foram para as suas salas e voltaram a se encontrar na hora que saíram.
- Gosta da Ana Gabriela?
- Sim, adoro as músicas dela, tenho vontade de ir num show.
- Eu fui num festival e teve participação especial dela, foi muito bom.
- Você sai bastante né.
- É que eu gosto de aproveitar.
- E quando você está namorando, continua saindo muito? Como que funciona?
- Deixa eu só me situar, você quer saber como funcionava nos meus relacionamentos anteriores e vai avaliar se valho ou não a pena?
- Você comentou dela, para ouvirmos até chegarmos? (Falou inquieta no banco do passageiro).
- Sim, mas, acho importante terminarmos essa conversa e não deixar nada mal entendido. Percebi que você questionou com tom avaliativo, eu nunca deixei de sair e também nunca fui infiel, não tenho a mesma postura de solteira, quando estou namorando, no meu ponto de vista, respeito e diálogo é a base de tudo.
- Desculpa, já estou sendo chata com tanta insegurança, é que somos tão diferentes.
- Temos nossas diferenças, mas, também temos pontos em comum, a gente conversa com naturalidade e sinceridade, gosto muito disso, conseguimos nos divertir juntas e apreciamos uma a companhia da outra, vem sendo tão bom. Só que você está começando a passar a impressão, que a todo momento fica procurando um motivo para se afastar e com isso fico ressabiada, não quero e nem vou ficar "pisando em ovos", também não sou de ficar fazendo rodeios, sou direta e você pode me perguntar o que quiser, sempre vou responder. E qual a sua avaliação? Mereço um voto de confiança?
- Sim (balançou a cabeça e abraçou a mochila).
Um silêncio constrangedor se instalou, cada qual lidando com o que estava sentindo e quando o carro foi estacionado ficaram olhando uma para a outra.
- Eu acho que estou gostando de você (assumiu).
- Teu jeito de gostar é bem peculiar e exigente.
- Desculpa e muito obrigada por me trazer até em casa.
- Não precisa se desculpar por nada. Amanhã estaremos em prédios diferentes, então nos vemos na quarta?
- Sim e vamos nos falando por mensagem.
- Não precisa ficar com medo do que você está sentindo, eu também estou me apaixonando e não tenho medo disso (destacou).
- Mesmo? O que você viu em mim? Queria ser bem resolvida assim igual você.
- É só se permitir. Vi uma mulher linda, inteligente, responsável, dedicada, batalhadora, agradável, esforçada e apaixonante. Quero continuar te conhecendo e me encantando.
Era tudo que ela precisava para derrubar todas as barreiras e deixar o sentimento falar mais alto, puxou a outra para si e se beijaram com muito carinho.
Fim do capítulo
May inspirada! Curtiram esse capítulo super longo e no capricho? *-*
Grata por cada leitura, final e comecinho de mês é uma loucura por aqui, fechamento é correria, muito trabalho e vários editais finalizando juntos, fico mais maluquinha do que já sou kkk o bom é que na medida do possível venho dando conta, além deste romance, em paralelo produzi vários poemas e outro conto com temática esportiva, venci minhas metas rs e fico feliz; venho procurando lidar com sabedoria com o precioso tempo, visando conciliar tudo. Outubro, começando a dar sinal e já tenho alguns projetos que preciso me dedicar, sendo assim, se eu me ausentar um pouco é por causa dessas questões, conto com a compreensão de vocês e assim que possível volto correndo.
Bom final de semana, vamos votar com sabedoria. Feliz mês 10, beijos, May.
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 01/10/2022
Boa noite, May!
Com jeito tudo vai se moldando!
*
Mônica já foi assustando a garota.kk
*
Se a Thayná era tão insegura assim,a Mônica com certeza transmitiu muita segurança e confiança,para manterem esse namoro a distância !
Resposta do autor:
Boa noite! Lea, como vai? Consegui ler e responder teu comentário somente hoje, com a mudança de servidor tinha sumido capítulo e comentários, ainda bem que foi resolvido. Legal acompanhar como tudo começou entre elas né vem sendo muito legal escrever. Boa semana. Beijos
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Marta Andrade dos Santos
Em: 30/09/2022
Devagar tudo se acerta.
Resposta do autor:
Verdade, aos poucos tudo se resolve. Bom final de semana! Beijos e abraços, May.
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